PÂNICO 4
Quando se fala em terror moderno, não se pode deixar de pensar no mais novo "Pânico" lançado este ano. O filme anterior, Pânico 3, foi em 2000 e desde então uma continuação da trilogia, contextualizando com o mundo atual era válida. Assim, o diretor Wes Craven arregaçou as mangas e nos entregou mais uma de suas produções, desta vez, basicamente substituindo o terror pela comédia.
"Nova Década, novas regras", esta foi uma das frases do filme extremamente metalingüístico. Sidney Prescott mais uma vez retorna para a sua cidade "Woodsboro", lançando seu livro sobre como conseguiu sair da escuridão após uma vida de perseguição de assassinos. Sem nenhuma surpresa no enredo, o mesmo retorna. Começa a aterrorizá-la e o derramamento de sangue pela cidade parece sem fim, sendo que cada morte é analisada pelos próprios personagens como inevitáveis para um bom filme de terror.
O filme merece destaque dentre as demais produções do gênero pelo seguinte: com consciência de seu clichê, o longa usa de aspectos satíricos para entreter ao telespectador e ao mesmo tempo provocar uma reflexão sobre a sociedade em que vivemos hoje. Como a tecnologia proporcionando oportunidades e como as pessoas estão utilizando-a para o bem ou mal.
Para os fãs de filme de terror torna-se divertindo assistir ao filme para buscas de referências cinematográficas, como o "quiz" realizado pelo assassino que pergunta sobre as armas usadas para matar em filmes anteriores famosos. Ou ainda referências mais sutis, como o policial morto, que se chamava Anthony Perkins, famoso nome do ator que interpretou o assassino do clássico Psicose.
Autor: Renata Magalhães Jungmann
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