Doenças Pulmonares causadas pelo fumo - Enfisema Pulmonar



ARTIGO CIÊNTIFICO COMO EXIGÊNCIA DA DISCIPLINA DE TCC DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PELA UNIVERSIDADE NILTON LINS (MANAUS/AM 2011)
Izabele Figueira da Silva ¹

RESUMO
A cada tragada, o fumante inala cerca de 2.5000 elementos, que são altamente lesivo ao nosso corpo. Um dois primeiros lugares a serem afetados e o pulmão órgão principal do sistema respiratório, mas não só o pulmão e atingido como outros órgãos também. O cigarro é responsável por mais de 80% dos casos de problemas respiratórios. A enfisema problemas na pulmonar e o fumante andam juntas, pois devido ao uso continuo do cigarro gerar produção de muco hipertrofia, desenvolvendo a dificuldades do seu transporte causando a diminuição dos cílios. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Adalberto Valle, situado na Rua São Benedito s/n° Morro da liberdade, Manaus-AM com as turmas do 9º ano do ensino fundamental.

PALAVRAS CHAVES: Tabagismo- Adolescentes- Doenças- Enfisema- Prevenção- Sociedade.

ABSTRACT
To each swallowed, the smoker inhales about 2.5000 elements, that healthy highly harmful to our body. A first two places be her affected and the lung main organ of the breathing system, but not only the lung and also reached as other organs. The cigarette is responsible for more than 80% of the cases of breathing problems. To lung emphysema and the smoker committees walk, because due to the use I continue of the cigarette to generate problems in the production of mucus hipertrofia, developing to difficulties of your transport causing the decrease of the eyelashes. The project was developed at the State School Adalberto Valle, located in the Rua São Benedito s/n° Hill of the freedom, Manaus-AM with the groups of the 9th year of the fundamental teaching.

KEY WORDS: Tabagismo- Adolescents- Diseases- Emphysema- Prevention- Society.
INTRODUÇÃO
A nicotina é um alcalóide altamente lesivo ao sistema cardiocirculatório e ao sistema nervoso. Ela é responsável pela dependência física, que torna o fumante escravo do tabaco. O mecanismo farmocológico é semelhante ao da cocaína e o da heroína. Na maioria dos tabagistas, a nicotino-dependencia é mais intensa que a provocada pelas outras drogas. Receptores nicotínicos existem em quase todos os 3centro cerebrais. Exigem cada vez mais doses mais elevadas de nicotina para produzir o mesmo nível de resposta. Há elaboração e liberação de números hormônio psicoativos, entre as quais a acetilcolina e a dopa mina, sendo esta última a responsável pelo estado prazeroso que sentem os fumantes. Após traga, a nicotina chega ao cérebro entre 9 a 12 segundos. Os consumidores de 20 cigarros por dia, com a média de 20 tragadas por cigarro, sofre 73.000 impacto de nicotina por ano. Nenhuma outra droga age de forma tão siderante, veiculando anualmente 100 milhões de substancia tóxicas.
Existem vários fatores que levam as pessoas a experimentar o cigarro ou outros derivados do tabaco. A maioria delas é influenciada principalmente pela publicidade do cigarro nos meios de comunicação. No caso dos jovens ainda é pior porque além das propagandas pelos meios de comunicação, pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência. Antes dos 19 anos de idade o jovem está na fase de construção de sua personalidade. Pesquisas mostram que a maioria dos adolescentes fumantes iniciou a fumar justamente nesta faixa de idade, isto quer dizer que o principal fator que favorece o tabagismo entre os jovens é, principalmente, a necessidade de auto-afirmação. Moda nos dicionários nos leva a pensar em: música, roupas, gostos, jeito de se vestir, gírias, danças, etc.
A Organização Mundial de Saúde considerar o tabagismo a maior causa isolada de doenças e de morte. Maciça evidência agora disponível mostra que 50 causa de morboletalidade são mais comuns nos fumantes, das quais metade são de alto risco, e entre essas últimas à maioria é relacionada com aparelho respiratório.
Desta nos ocuparemos no presente capitulo. Na média mundial, o tabagismo concorre com 80% na bronquite crônica e enfisema pulmonar (DPOC), 90% no câncer de pulmão, 33% no infarto do miocárdio e 25% nos acidentes vascular cerebrais em pessoas acima de 60 anos de idade. Morrem no mundo, anualmente, 4 milhões de tabagista. O tabaco e responsável por 1 de cada 10 óbito de adultos. Se esse quadro não se reverter, estima-se que na década de 2030 ocorrerão, no mundo, 10 milhões de morte anuais (1 óbito em cada 6), sendo 7 milhões no mundo em desenvolvimento, no qual o Brasil estar incluído. Um terço da mortalidade geral no grupo etário de 34 a 69 anos é devido ao consumo de tabaco. No Brasil, a mortalidade por doenças tabaco-relacionado oscila entre 80 a 100 mil. O tabagismo é a principal causa de morte evitável do planeta. Mesmo assim, a (OMS) calcula que um terço da população mundial adulta, isto é, 1,2 bilhões de pessoas, sejam fumantes. No Brasil, 200 mil mortes por ano são causadas pelo cigarro, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O FUMO E A ENFISEMA PULMONAR
Para um melhor entendimento uma explicação de como funcionar o sistema respiratório de forma correta de um paciente normal para um melhor esclarecimento:
O SISTEMA RESPIRATÓRIO
Fonte: http://www.nib.unicamp.br
Respiração é o de ato de inspirar e expirar o ar. Através deste processo o organismo tem o poder absorver o oxigênio necessário para gerar energia e eliminar o gás carbônico resultante das reações químicas. Durante a respiração, o ar é tomado dos pulmões e forçado a voltar para trás. Isto normalmente é feito automática e involuntariamente. Como os pulmões não podem se mover por eles mesmos, a respiração depende de movimentos do diafragma e dos músculos do tórax que estão entre as costelas. Quando os músculos da parede do tórax se contraem, eles alargam a cavidade do tórax, levando a uma diminuição da pressão do ar. Isto faz os pulmões se expandirem e empurrarem o ar. Quando os músculos relaxam, o tórax se contrai e o ar é levado para fora.
Em cada pulmão, o ar continua o seu trajeto através de tubos. Os tubos maiores são chamados brônquios. Os dois brônquios principais se originam na traquéia e, dentro dos pulmões, dividem-se em brônquios menores, que por sua vez dividem-se num grande número de bronquíolos menores ainda. Os bronquíolos dividem-se em ductos alveolares, que contém alvéolos, comumente chamados de sacos de ar. Os alvéolos contém uma parede muito fina ou membrana que separa o sangue do ar contido nos alvéolos. Esta fina membrana permite que o oxigênio e o nitrogênio passem do ar para o sangue. Desta forma, o sangue leva oxigênio para todo o corpo. Quando o sangue retorna aos alvéolos, o dióxido de carbono e outros gases passam do sangue para os alvéolos. Estes gases são eliminados do seu corpo com o ar que você expira.
Um paciente com enfisema pulmonar não faz o trato respiratório como deveria no caso dos pulmões funcionando corretamente, pois um dois sintomas da enfisema pulmonar e a destruição dos alvéolos pulmonares. Pois o uso continuo do cigarro destrói esses alvéolos, pode ser também por uso de produtos químicos em lugares de trabalho inapropriado com falta de usos de equipamentos de proteção, ou até mesmo a poluição.
O tabagismo sim é considerado sim uma doença e um risco a população e inclusive está incluído no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância psicoativa, segundo a Décima Revisão de Classificação Internacional de Doenças (CID-10). No caso do tabagismo, a dependência química é causada pela ação da nicotina, mas existem também aspectos psicológicos e comportamentais que a tornam mais complexa e, portanto difícil de ser superada pelo fumante.
"O enfisema pulmonar estão relacionados por motivo de que a enfisema é uma doença degenerativa, que geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão devido ao cigarro contínuo e outras toxinas como a poluição do ar".(Claret,2001)
Essas toxinas destroem os pequenos sacos de ar no pulmão, chamados alvéolos os quais incham quando transportam oxigênio do ar para os pulmões e encolhem para forçar o dióxido de carbono para fora. Como resultado, os pulmões perdem sua elasticidade ficando muito difícil o ato de inspirar e expirar. À medida que os danos progridem, o esforço para respirar só aumenta ficando um ato de muita dificuldade. Enfisema é parte de um grupo de doenças pulmonares denominado "doença pulmonar crônica obstrutiva", que interfere com a respiração normal. Outras doenças desse grupo incluem asma e bronquite.
"Milhões de pessoas têm enfisema, e fumar cigarro é a causa principal. Acredita-se também que a exposição à poluição atmosférica e inalação de fumaça de cigarro e detritos no trabalho sejam fatores que contribuem para enfisema pulmonar". (Viegas, 2008)
O Cigarro desenvolve o enfisema, seja por meios mecânicos, através da bronquite crônica, ou por meios enzimáticos. Nos dois casos, quase sempre associados, o acúmulo dos macrófagos alveolares e dos neutrófilos nos bronquíolos terminais e respiratórios produz nesses sítios maior liberação de elastase, razão por que o enfisema do fumante é predominante do tipo centrolobular.
OS RICOS PRIMARIOS
Os principais riscos à saúde relacionados ao tabagismo se referem às doenças do sistema cardiovascular, sendo o tabagismo um fator de risco importante para infarto do miocárdio (ataque cardíaco), doenças do trato respiratório como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e câncer, particularmente câncer de pulmão e câncer de laringe e boca. Antes da Primeira Guerra Mundial, o câncer de pulmão era considerado uma doença rara, a qual a maioria dos médicos poderiam jamais ver durante sua carreira profissional. Com o crescimento da popularidade do tabagismo após a guerra, houve um aumento "epidêmico" de câncer de pulmão.
A incidência de impotência sexual é aproximadamente 85% maior em fumantes masculinos do que não-fumantes, e é uma causa importante de disfunção erétil. O tabagismo leva à impotência por causar o estreitamento das artérias (do pênis e do corpo). As doenças relacionadas ao tabagismo matam 440.000 cidadãos estado-unidenses por ano, cerca de 1,205 por dia, fazendo com que o tabagismo seja a maior causa de morte capaz de ser prevenida nos Estados Unidos da América.
O risco aumentado da pessoa em contrair doenças é diretamente proporcional à duração do tempo em que a pessoa continua a fumar assim como à quantidade fumada. Entretanto, se alguém para de fumar, então estas chances diminuem gradualmente já que os danos ao corpo são reparados.
É uma doença de difícil estimativa de incidência, porque um diagnóstico definitivo, com base na sua morfologia, só pode ser feito por exame dos pulmões à necropsias, estava presente em 65 % dos homens adultos e 25 % das mulheres adultas. A maioria era assintomática, principalmente de enfisema centriacinar, mais comum e intenso em homens do que em mulheres. E o tipo mais sério ocorre nos grandes tabagistas. Embora o enfisema não se torne incapacitante até a quinta à oitava década da vida, os déficits ventilatórios podem tornar-se clinicamente evidentes décadas antes. Na verdade, foram encontradas alterações enfisematosas nos pulmões de adolescentes que morreram de causas acidentais e que estiveram expostos à poluição do ar ambiental.
EFEITO NO CORPO
Nos olhos, o fumo produz a ambliopia tabágica, que representa a debilitação do sentido da visão e distorção do ponto de foco visual. Quando ao olfato, o fumo irrita a mucosa nasal e distorce a função olfativa. Na boca ocorrem os cânceres dos lábios, da língua, além de enfermidades nas gengivas, incluindo até perda de dentes. Na laringe, o fumo dilata as cordas vocais, e produz rouquidão, não sendo raro o câncer nesse local derivado do uso do cigarro. Nos pulmões, a sucessão de enfermidades produzidas pelo hábito de fumar é notória. No aparelho circulatório ocorrem o aumento da pressão arterial, obstrução de vasos sanguineo, aumento de colesterol e todos os fatores conducentes a ataques cardíacos. Nos órgãos digestivos o fumo produz úlcera, distúrbio do duodeno, e câncer de estomago. No ultero, ocorre probabilidade maior de nascimentos prematuros. Nos órgãos urinários podem ocorre adenocarcinona, ate a qualidade do leite materno e afetada para as mães fumantes.
FISIOPATOLOGIA
Com o aumento de tamanho dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal é o fenômeno básico do enfisema pulmonar. Se existe apenas dilatação, podemos reservar ao quadro patológico termo de hiperinsuflação. Em outras ocasiões, por aumento da hiperinsuflação ou como fenômeno primário, ocorre destruição das paredes dos sacos aéreos, com comunicação entre os mesmos. Este último fato implica em alterações mutilatórias e irreversíveis do parênquima pulmonar.
Para HUDAK & GALLO (1997), enfisema pulmonar é uma dilatação irreversível do ácino, visto que, suas paredes apresentam alterações que resultam em perda da capacidade de retração elástica do pulmão.
KNOBEL (2003), define enfisema como sendo "... uma dilatação anormal dos espaços aéreos distais aos bronquiolos terminais, acompanhada por destruição das paredes alveolares sem fibrose evidente".
Com a destruição dos alvéolos pulmonares que são responsáveis pela hematose, o oxigênio chega com dificuldades no sangue e gerando assim a famosa falta de ar, que e um dos sintomas mais comuns de um paciente com a enfisema pulmonar.
O tabagismo gera o enfisema por dois caminhos: pelo mecanismo obstrutivo e pelo desequilíbrio dos sistemas enzimáticos. O primeiro o mecanismo resulta da bronquite, mais propriamente da bronquiolite acompanhada de angustia de luz dos bronquíolos menbransos, periféricos, dar maior produção de muco hipertrofia das glândulas mucíparas e dificuldades de seu transporte pela diminuição dos cílios. Na inspiração, a luz brônquica se dilata e o ar consegue penetrar nos alvéolos. (TARANTINO,2002)
Na inspiração, o bronquíolo se estreita, reduzindo ainda mais a luz que já é precária, caracterizando a denominada "limitação persistente do fluxo aéreo expiratório (TARANTNO 2002). Esse processo faz com que o ar entre nos alvéolos, mas encontre dificuldades em sair. O aumento da pressão intra-alveolar alarga o espaço dos alvéolos, cujos septos terminam por se romper, surgindo assim o enfisema.
O segundo processo que leva ao enfisema (modelo de desequilíbrio enzimático) só é produzido pelo tabaco e por outros raros agentes como ozona. E o desequilíbrio entre pretease e antiprotease. A inalação de fumo diminui rapidamente a capacidade da alfa ? antiprotease de inibir a elastase . Aquele enzima perde sua atividade quando posta em contato com o condensado integral ou solução aquosa do fumo. Por fim, o cigarro obstaculiza a neoformacao da elastina, inativando a lisil-oxidase. Esse efeito e demostrado de diversas maneiras. Assim, impede-se a elastogenese in vitro, colocando essa enzima em contato com a fase gasosa do gumo; sua atividade decresce nos animais exposto ao fumo.
Em resumo, o processo de desequilíbrio enzimático causado pelo tabaco é o seguinte:
a) Aumento da elastase no pulmão pela ativação dos macrófagos que por quimiotaxia atraem maior numero de neutrófilos contendo a referida enzima em seu citoplasma, liberando-a no lóbulo (ácino).
b) Produção de uma avalanche de oxidante que vão oxidar o núcleo ativo da alfa antiprotease, tornando-o inativo, portanto incapaz de bloquear a elastase.
c) Neutralização da lisil-oxidase, impedindo a ressíntese da elastina.

Em resumo, o cigarro destrói o pulmão pela tríade : aumento da elastase ?inativação dos inibidores da elastase-bloqueio da neoformacao da elasstina. Como se vê, o cigarro desenvolve o enfisema, seja por meios mecânicos, através da bronquite crônica, ou por meios enzimáticos. Nos dois casos, quase sempre associado, o acúmulo dos macrófagos alveolares e dos neutrofilos nos bronquíolos terminais e respiratórios produz nesses sítios maior liberação de elastase, razão por que o enfisema do fumante é predominantemente do tipo centrolobular.
SINTOMAS
KNOBEL (2003) refere que: "A bronquite crônica é caracterizada pela presença de tosse crônica produtiva por três meses, por dois anos consecutivos, desde que outras causas de tosse crônica tenham sido excluídas".
O diagnóstico do enfisema pulmonar não pode ser baseado apenas nos sintomas. É preciso um histórico focando na quantidade e duração desses sintomas e hábitos ocupacionais e de fumo. O médico examinará o peito, observando os padrões de respiração, e monitorará o esforço que a pessoa faz para respirar. O exame também incluirá a observação do grau de inflação total dos pulmões, escutar o peito com um estetoscópio para ouvir o fluxo de ar, e escutar sons que determinam a taxa e ritmo de qualquer sinal de esforço violento do coração que pode acompanhar os estágios avançados de enfisema. Adicionalmente, testes da função pulmonar podem determinar várias características e capacidades dos pulmões. Esses testes incluem espirometria, medição do gás no sangue arterial, oximetria de pulso, e raio-x.
O principal sintoma de enfisema é a falta de fôlego ou a sensação de não estar inalando ar suficiente. A pessoa pode visitar o médico inicialmente porque sentiu falta de ar durante uma atividade, mas à medida que a doença progride esse sintoma pode ficar presente todo o tempo. Tosse, respiração difícil, e produção crônica de muco são outros sintomas comuns.
Tosse diurna e/ ou noturna com expectoração e dispnéia em graus variáveis aos esforços rotineiros surgem no correr da idade. Nos estudos prospectivos, os sintomas que mais freqüentemente ocorreram, numa incidência que variou de 15 a 60% a mais nos tabagistas, foram tosse, expectoração, de discreta a abundante, mucosa ou mucopurulenta, rouquidão e dificuldade respiratória( fadiga facil).
O pulmão tem grandes reservas. Para ter-se uma idéia, sentados e conversando, usamos apenas 20% de sua capacidade para assimilar oxigênio e eliminar gás carbônico (TARANTINO 2002). As atividades do dia-a-dia consomem não mais do que 30% ou 40%. Por isso, se a área destruída for pequena, não haverá sinais significativos. A falta de resistência, o cansaço constante e o fôlego curto serão atribuídos à vida sedentária, ao excesso de peso ou à idade e não à morte de uma área vital do organismo.
Para suprir a necessidade de oxigenação, o paciente aumenta a freqüência com que respira. Tosse com catarro, além da inflamação dos brônquios, pode indicar que parte dos pulmões está sendo destruída para sempre. Como o enfisema é uma doença rara em não-fumantes, não fumar é a maneira mais segura para garantir sua prevenção e tratamento. Quanto mais cedo se começa a fumar, mais precocemente ele surge. E, quanto maior o número de cigarros fumados, mais rápida é a evolução do processo. Em geral, são necessários 30 anos para os sintomas aparecerem, mas a doença existe desde a primeira tragada.
TIPOS DE ENFISEMA
Não definido apenas pela natureza anatômica da lesão, o enfisema é também é classificado em relação a sua distribuição no lóbulo e ácino. Existe varios tipos de enfisema que é classificado de acordo com sua distribuição anatômica dentro do lóbulo que são:
o Centroacinar
o Panacinar
o Parasseptal
o Irregular
o Lobar Congenito
Centroacinar (Centriolobular) : Partes proximais ou centrais dos ácinos, formadas pelos bronquíolos respiratórios, são afetadas, enquanto os alvéolos distais são preservados. Assim existem tanto espaços aéreos enfisematosos como normais dentro do mesmo ácino e lóbulo. As lesões são mais comuns e em geral mais graves nos lobos superiores, particularmente nos segmentos apicais. O enfisema centroacinar ocorre com predominância nos tabagitas inveterados, em geral em associação à bronquite crônica.
Panacinar (panlubular): Os ácinos estão uniformemente dilatados desde o nível do bronquíolo respiratório até o alvéolo cegos terminais. O enfisema panacinar tende a ocorrer com mais freqüência nas zonas inferiores e nas margens anteriores dos pulmões e em geral é mais grave nas bases. Está associado a uma deficiência de alfa 1-antitripisina.

Enfisema centroacinoso e panacinoso. Observar que no enfisema centroacinoso, a destruição é limitada aos bronquíolos terminais e respiratórios (BT e BR). No enfisema panacinoso os alvéolos periféricos (A) também são comprometidos.


Parasseptal (Acinar distal): A porção proximal do ácino está normal, mas a parte distal está predominantemente envolvida. apresenta envolvimento dominante mais evidente próximo à pleura, ao longo de septos de tecido conjuntivo lobular, margens dos lóbulos, adjacente a áreas de fibrose, cicatrização ou atelectasia e por regra é mais acentuado na metade superior dos pulmões. O enfisema é mais notável na região adjacente à pleura. de espaços aéreos múltiplos, contíguos e aumentados que variam em diâmetro de menos de 0,5mm a mais de 2,0 cm, algumas vezes formando estruturas semelhantes a cistos que, com o aumento progressivo, são denominadas bolhas e são a base de casos de pneumotórax espontâneo em adultos jovens.
Irregular: Assim chamado porque o ácino está envolvido de forma irregular, é quase sempre associado a cicatrização. Na maioria dos casos, os focos de enfisema irregular são assintomáticos e clinicamente insignificantes.
Enfisema lobar congênito: devido à sua instalação precoce, antes do sexto mês, é considerado como doença do recém-nascido, embora suas manifestações possam ocorrer só tardiamente. É característica a grande insuflação do parênquima correspondente ao brônquio do lobo comprometido. Tal insuflação, que em geral atinge apenas um lobo, localiza-se de preferência nos lobos superiores e médios.
Além das já conhecidas repercussões morfofuncionais que ocorrem nos pulmões em pacientes com enfisema pulmonar, vários órgãos e estruturas sofrem o impacto dessas alterações, como o diafragma, o coração e o corpo carotídeo, entre outros.
CAUSAS DE ENFISEMA PULMONAR
A enfisema ela e adquirida normalmente por fumantes, mais pode sim por algum fator genético, muito raramente mas pode acontecer sim por uma deficiência congênita de uma enzima protetora dos pulmões a alfa 1-antitripsina, que e denominado enfisema genetico com a predisposição para desenvolver enfisema mesmo em não fumantes. Já nesse caso, a doença se manifesta em pessoas mais jovens e com uma evolução mais rápida. Nesse caso algumas terapias genéticas estão sendo estudada por especialistas. Ela estar também associada a outras doenças como a bronquite e a bronquite crônica.
TRATAMENTOS
Há várias opções de tratamento que podem ajudar pacientes com enfisema, mas a enfisema não tem cura porém o passo mais importante é parar de fumar. Ao parar de fumar quando as obstruções de fluxo de ar ainda são leves ou moderadas retarda-se o desenvolvimento da falta de ar incapacitante. Porém, parar de fumar em qualquer ponto da doença é benéfico. Pessoas com enfisema pulmonar também devem evitar exposição a outros poluentes no ar. As opções de tratamento do enfisema pulmonar incluem: remédios broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteróides, terapia com oxigênio (suplemento de oxigênio complementar), cirurgia de redução dos pulmões, transplante de pulmão (devido aos riscos é viável apenas para um pequeno grupo de pacientes) e programa de exercícios físicos
A medida que o enfisema evolui, a pessoa deixa de fazer uma série de coisas, torna-se mais sedentária. A musculatura atrofia e respirar fica mais difícil ainda. Para interromper esse círculo vicioso, há programas de treinamento muscular que permitem recuperar parte da capacidade para realizar esforços, apesar de a doença permanecer inalterada.


CONCLUSÃO
O tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou. A cada ano, segundo organização mundial da saúde, o cigarro mata mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Uma pessoa a cada seis segundos. Somente no Brasil este número ultrapassa os 200 mil. O tabagismo estar relacionado 90% com as doenças do trato respiratório. O enfisema pulmonar é apenas mais uma delas, o fato de o pulmão estar muitas vezes totalmente comprometido se torna um caminho sem volta. Pois apesar dos tratamentos existentes o que a nicotina destrói nos pulmões não tem volta mais. Cabe ao fumante que pare de fumar o quanto é tempo pois, a cada dia que se passa com o uso contínuo do cigarro somente piora o quadro do paciente levando-o até a morte. Porque a cada cigarro, fica cada vez mais difícil para respirar tornando muito sofrido e lento a tentativa de se salvar o enfisema pulmonar é apenas uma porta de entrada de outras doenças nos pulmões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Claret, Martin. O que você quer saber sobre o tabagismo. São Paulo, 2001.
Tarantino, Affonso Beradineli. Doenças Pulmonares. 5ªed Guanabara Kooga. Rio de Janeiro, 2002.
Viegas, Carlos Alberto de Assis. Tabagismo do diagnostico à saúde pública. São Paulo, 2008.
HUDAK, Carolyn M. & GALLO, Barbara M. - Cuidados Intensivos de Enfermagem, Uma Abordagem Holística - Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1997, 6 a . ed., 447-455.
KNOBELL, Elias. Conduta do paciente Grave. Editora Atheneu, 2003.














Autor: Izabele Figueira Da Silva


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