Educação ambiental na escola



EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

LIMA, Greycy Kellen Geber ¹.
SILVA, Maria de Nazaré Barroso da ².

RESUMO

A educação ambiental são os processos por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Promove-se a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria sócio-ambiental, e de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e sociais, que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável. A escola, dentro da Educação Ambiental, deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies, pois o objetivo desse artigo é analisar a importância de aprender e de se conhecer o que é a Educação Ambiental, possibilitando a todos conhecimentos, sentidos de valores, interesse ativo e atitudes necessárias para respeitar, proteger e melhorar o meio ambiente. Destacar a importância da Educação Ambiental na escola. E mostrar o quanto é fundamental que se saiba sobre esse assunto nos dias de hoje. O trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Dr. Issac Sverner, situada na rua J Nº 79 ? São José - Etapa B II, Manaus, Amazonas. Onde de forma descritiva e com a utilização de data show em aulas expositivas e outros recursos didáticos como livros, artigos publicados na imprensa, reportagens de televisão, tudo com a finalidade dos alunos tomarem conhecimentos sobre o assunto abordado.


Palavras- chave: Educação Ambiental, Escola, Meio ambiente.















ABSTRACT


Environmental education is the processes through which the individual and the community build social values, knowledge, skills, attitudes and skills aimed at environmental conservation and use of common people, essential to a healthy quality of life and its sustainability. It promotes the articulation of educational activities aimed at protection activities, rehabilitation and socio-environmental improvement, and enhance the function of education to the cultural and social changes, which includes the Environmental Education in strategic planning for sustainable development. The school, within the Environmental Education, should sensitize the student to seek values that lead to a harmonious coexistence with the environment and other species that inhabit the planet, helping them to critically analyze the principles that have led to reckless destruction of natural resources and several species, because the aim was to examine the importance of learning and understanding what is the Environmental Education, allowing all knowledge, sense of values, active interest and attitudes needed to respect, protect and improve the environment . Highlighting the importance of environmental education in school. And show how much it is crucial to know about it today. The study was conducted at the State School Dr. Issac Sverner, located on J Street # 79 - San Jose - Stage II B, Manaus, Amazonas. Where descriptively and using date show in lectures and other teaching resources such as books, press articles, TV reports, all with the purpose of students taking the subject matter knowledge.

Keywords: Environmental Education, School, Environment.





INTRODUÇÃO

A estratégia de se implementar a educação ambiental na escola busca um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual quanto coletivo, pois ela deve começar nas escolas, ganhar casas, praças e ruas, sendo que a educação ambiental tem sido sugerida como a salvadora dos problemas ambientais, e também, como sendo umas das alternativas para o desenvolvimento sustentável para implantar mudanças via educação.
Assim, fica é evidente a importância da educação ambiental de sensibilizar os humanos para que ajam de modo responsável e com consciência, conservando o ambiente saudável no presente e no futuro, pois é sabido que a educação ambiental é um tema transversal muito pouco abordado em sala de aula.
O presente artigo terá, portanto, como objetivo geral implantar a melhor forma de trabalhar, apreender e de se conhecer a educação ambiental na escola, abordando e mostrando as conseqüências da atuação do ser humano no meio-ambiente, promovendo-se a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria ambiental, e de potencializar a função da educação para as mudanças culturais e sociais, que se insere a Educação Ambiental no planejamento estratégico para o desenvolvimento sustentável.
E para tanto deverão ser observados os seguintes objetivos específicos: definir a educação ambiental, que são os processos por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente e à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade; possibilitar a todos os alunos os conhecimentos, sentidos de valores, interesse ativo e atitudes necessárias para respeitar, proteger e melhorar o meio - ambiente; apresentar a importância da Educação Ambiental, deixando claro que a Educação Ambiental na escola é de fundamental importância para que educadores-professores possam utilizá-la como uma grande ferramenta para interferir nesse processo dentro da sala de aula e, também, com a finalidade de conscientizar seus alunos-comunidade e sociedade a respeito da preservação do meio em seus vários aspectos. E mostrar o quanto é fundamental que se saiba sobre esse assunto nos dias de hoje, principalmente na escola, já que a Educação Ambiental é essencial para o conhecimento, aprendizado e socialização dos alunos, pois trabalha as questões ambientais por meio de dinâmicas, práticas e ações para a preservação do meio ambiente, visando uma melhor responsabilidade das novas gerações
Hoje em dia, em todos os segmentos de nossa sociedade, há uma suma preocupação com o meio ambiente e com a saúde pública, porque a cada dia que se passa tem-se visto que o planeta está ameaçado pela poluição, e o pior de tudo isso, os seres humanos são os responsáveis por esse grande mal. O homem, de forma inconseqüente, tem provocado diariamente a destruição de seu habitat natural, o que tem colocado em risco a sua própria existência nesse planeta. Na década de 60 já se falava sobre as ações da humanidade contra o meio - ambiente, com o uso de produtos pesticidas. Isso retrata que a preocupação com meio ambiente vem desde muitos anos, e traz ainda mais uma certeza que a educação ambiental surgiu nas entrelinhas dos artigos daquela época. A educação ambiental surgiu nos anos 70 pela sensibilização da população contra a degradação do meio - ambiente, contra a poluição do ar, do solo, da água e pela preocupação da escassez dos recursos naturais. Conforme a Lei nº 9.795, de 27 de Abril de 1999 o artigo 2 diz: A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Portanto, esse artigo pretende mostrar a importância da educação ambiental no âmbito escolar, mais precisamente na Escola Estadual Dr. Issac Sverner, com o principal intuito de despertar nos alunos uma maior preocupação com o meio - ambiente. Sendo esta preocupação, uma nova cultura a ser absorvida pelos alunos na busca da conservação da biodiversidade para as gerações futuras. Dentro de todo esse contexto, procurou-se ver as possibilidades por meio de análises bibliográficas da implementação da Educação Ambiental na escola pública e, paralelamente a isso, dentro da realidade discente, tentou-se inserir a teoria e a prática no cotidiano escolar.
Quanto a estrutura desse artigo, este será dividido em 09 capítulos, onde mostrará toda a contextualização e referências feitas de autores para elaboração do mesmo.

REFERÊNCIAL TEÓRICO
OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A partir de 10 mil anos A.C. a revolução agrícola acarretou impactos na natureza, pelas derrubadas das florestas. Desde então, o homem ouve falar em extinção de espécimes da fauna e flora, poluição do ar pelas queimadas, poluição do solo, excesso de matéria orgânica e erosão. (MUCELIN, 2004). No início da década de 60, os problemas ambientais já mostravam a irracionalidade do modelo econômico, mas ainda não se falava em Educação Ambiental. Somente em março de 1965, na Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Inglaterra, colocou-se pela primeira vez a expressão Educação Ambiental, com a recomendação de que ela deveria se tornar uma parte essencial de educação de todos os cidadãos.

De acordo com Dias (1991), foi no ano de 1972 que ocorreu os eventos mais decisivos para a evolução da abordagem ambiental no mundo. A Organização das Nações Unidas promoveu, do dia 5 a16 de julho, na Suécia, a "Conferência da ONU sobre o Ambiente Humano", (ou Conferência de Estocolmo), como ficou consagrada. Considerada um marco histórico-político internacional, a Conferência estabeleceu um "Plano de Ação Mundial" e, em particular, recomendou que devesse ser estabelecido um Programa Internacional de Educação Ambiental. Foi onde a Educação Ambiental passou a ser considerada como campo de ação pedagógica, adquirindo relevância e vigência internacionais.

No ano de 1975, a UNESCO promoveu em Belgrado, Iugoslávia, o Encontro Internacional sobre Educação Ambiental, unindo especialistas de 65 países. No encontro, foram formulados princípios e orientações para um Programa Internacional de Educação Ambiental, segundo os quais esta deveria ser contínua, multidisciplinar, integrada ás diferenças regionais e voltada para os interesses nacionais. A discussão sobre as terríveis disparidades entre os países do Norte e do Sul gerou, nesse encontro, a Carta de Belgrado, na qual se expressava a necessidade do exercício de uma nova ética global, que proporcionasse a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição e da dominação e exploração humana. Assim, em 1977, celebrou-se em Tbilisi, URSS, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, que constitui até hoje o ponto culminante do Programa Internacional de Educação Ambiental. Nessa conferência foram definidos os objetivos e as estratégias pertinentes, em nível nacional e internacional. Postulou-se que a Educação Ambiental é um elemento essencial para uma educação global, orientada para a resolução dos problemas, em favor do bem estar da comunidade humana.

Acrescentou-se aos princípios básicos da Carta de Belgrado que a Educação Ambiental deve ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais, deve desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas, utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para a aquisição de conhecimentos, sem esquecer-se da necessidade de realização de atividades práticas e de experiências pessoais, reconhecendo o valor do saber prévio dos estudantes.

O avanço a ser destacado com essa conferência, é a importância dada às relações natureza-sociedade. A importância de fazer crescer, através da divulgação de informações por meio de livros, filmes e outros meios de comunicação, a sensibilidade diante das questões ambientais, principalmente entre as populações mais ricas e com maior nível de educação.

Passados dez anos da Conferência de Tbilisi, realizou-se o Congresso Internacional sobre a Educação e Formação Relativas ao Meio Ambiente (1987), em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO. No documento elaborado, "Estratégia Internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90", a ênfase é colocada na necessidade de atender prioritariamente à formação de recursos humanos nas áreas formais e não-formais da Educação Ambiental e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino.

Vinte anos após Estocolmo, quinze depois de Tbilisi e cinco depois de Moscou, chegou-se a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), que se transformou num momento especial também para a evolução da Educação Ambiental. Além dos debates oficiais, dois, entre os incontáveis eventos paralelos, foram marcantes: a "1ª Jornada Internacional de Educação Ambiental", um dos encontros do Fórum Global atraiu cerca de 600 educadores do mundo todo; e o "Workshop sobre Educação Ambiental" organizado pelo MEC.

Destes eventos, nasceram três documentos que hoje estão entre as principais referências para quem quer praticar Educação Ambiental:

? Agenda 21: subscrita pelos governantes de mais de 170 países que participaram da Conferência oficial, dedicou todo o Capítulo 36 a "Promoção do Ensino, da Conscientização e do Treinamento". Este capítulo contém um conjunto de propostas que ratificaram, mais uma vez, as recomendações de Tbilisi, forçando ainda a urgência em envolver todos os setores da sociedade através da educação formal e não-formal. Além disso, a conscientização e o treinamento são mencionados em outros capítulos, já que estas são necessidades que permeiam todas as áreas.
? A Carta Brasileira para a Educação Ambiental: produzida no Workshop coordenado pelo MEC, destacou, entre outros, que deve haver um compromisso real do poder público federal, estadual e municipal, para se cumprir a legislação brasileira visando à introdução da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino. Também propôs o estímulo a participação das comunidades direta ou indiretamente envolvidas e das instituições de ensino superior.
? O Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global: resultante da Jornada de Educação Ambiental, elaborado pelo fórum das ONGs, explicita-se o compromisso da sociedade civil para a construção de um modelo mais humano e harmônico de desenvolvimento, onde se reconhecem os direitos humanos da terceira geração, a perspectiva de gênero, o direito e a importância das diferenças e o direito à vida, baseados em uma ética biocêntrica e do amor.

De acordo com Phipippi Jr; Pelicioni (2005), a sociedade capitalista urbano-industrial e seu atual modelo de desenvolvimento econômico e tecnológico têm causado crescentes impactos sobre o ambiente, e a percepção desse fenômeno vem ocorrendo de maneiras diferentes por ricos e pobres. Se o homem não mudar radicalmente a sua mentalidade de depredar a natureza, ele ficará soterrado em seus próprios dejetos. Nem a natureza deixará a sociedade impune dos equívocos cometidos contra o ambiente, pois, teme-se que o homem do século XX, apesar de seu suporte tecnológico, fique marcado, na história da humanidade, como um bárbaro (MUCELIN, 2004).
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS E SUA EVOLUÇÃO
De acordo com Dias (1991), a evolução dos conceitos de EA esteve diretamente relacionada a evolução do conceito de meio ambiente e ao modo como este era percebido. Dessa forma podem-se analisar vários conceitos de EA no decorrer da evolução.
? Em 1969, a EA foi definida como um processo que deveria objetivar a formação de cidadãos:
? Em 1970, a Internacional Union for the Conservation of Nature (IUCN) definiu a EA como um processo de reconhecimento de valores e clarificação de conceitos, voltado para o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias a compreensão e apreciação das inter-relações entre o homem, sua cultura e seu entorno biofísico:
? Em 1972, Mellows apresentou a AE como um processo no qual deveria ocorrer um desenvolvimento progressivo de um senso de preocupação com o meio ambiente, baseado em um complexo e sensível entendimento das relações do homem com o ambiente e a sua volta:
? Em 1977, a conferência realizada em Tbilisi, definiu a AE como uma dimensão dada ao conteúdo e a prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade;
? Em 1996, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), definiu a AE como um processo de formação e informação, orientada para o desenvolvimento da consciência crítica sobre as questões ambientais e de atividade que levem a participação das comunidades na preservação do equilíbrio ambiental:

? Em 1992, elaborados pela Comissão Internacional para preparação da Rio-92, a EA se caracteriza por incorporar a dimensão socioeconômica, política, cultural e histórica, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e o estágio de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva holística. Assim sendo, a EA deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conforma o ambiente, com vista a utilizar racionalmente os recursos do meio, na satisfação material e espiritual da sociedade, no presente o no futuro:
? Em 2000, Minini relatou que a AE é um processo que consiste em propiciar às pessoa uma compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e participativa, a respeito das questões relacionada com a conservação e adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo desenfreado.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: DEFINIÇÕES

? Educação Ambiental é a preparação de pessoas para a sua vida enquanto membros da biosfera;
? Educação Ambiental é o aprendizado para compreender, apreciar, saber lidar e manter os sistemas ambientais na sua totalidade;
? Educação Ambiental significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema específico - sua história, seus valores, percepções, fatores econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o causam e que sugerem ações para saná-lo;
? Educação Ambiental é a aprendizagem de como gerenciar e melhorar as relações entre a sociedade humana e o ambiente, de modo integrado e sustentável;
? Educação Ambiental significa aprender a empregar novas tecnologias, aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões acertadas.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: SUAS FINALIDADES

? Ajudar a fazer e compreender claramente, a existência da interdependência econômica, social, política e ecológica, nas zonas urbanas e rurais;
? Proporcionar, a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, as atitudes, o interesse ativo a as atitudes, necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente;
? Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, a respeito do meio ambiente.

1 EA ? Abreviação de Educação Ambiental.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PRINCÍPIOS GERAIS

? Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;
? Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
? Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
? Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
? Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PRINCÍPIOS BÁSICOS

? considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos, sociais, econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético;
? construir um processo contínuo e permanente, começando pelo pré-escolar, e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-formal;
? aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada;
? examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista do local, regional, nacional e internacional, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas;
? concentrar-se nas situações ambientais atuais, tendo em conta também a perspectiva histórica;
? insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir e resolver problemas ambientais;
? considerar de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de crescimento;
? ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais;
? destacar a complexidade dos problemas ambientais (sócio ambientais) e, em conseqüência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas;
? utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimento sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades práticas e as experiências pessoais.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: LEGISLAÇÃO ATUAL

A EA é totalmente amparada por leis, nos mais diversos fatores, aqui somente a citaremos alguns fragmentos legais que estão relacionadas a Educação Ambiental Formal, cujo tema é a base deste artigo.

Lei nº 9.795 de abril de 1999

Art. 1.º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 2.º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
Art. 3.º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:
II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais.
Art. 4.º São princípios básicos da educação ambiental:
III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e trans-disciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo;
Art. 5.º São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
§ 3.º As ações de estudos, pesquisas e experimentações voltar-seão para:
I - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à incorporação da dimensão ambiental, de forma interdisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades de ensino;
II - a difusão de conhecimentos, tecnologias e informações sobre a questão ambiental;
III - o desenvolvimento de instrumentos e metodologias, visando à participação dos interessados na formulação e execução de pesquisas relacionadas à problemática ambiental;
IV - a busca de alternativas curriculares e metodológicas de capacitação na área ambiental;
V - o apoio a iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material educativo;
VI - a montagem de uma rede de banco de dados e imagens, para apoio às ações enumeradas nos incisos I a V.

Seção II

Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art. 9.º Entende-se por educação ambiental na educação escolar a desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e
privadas, englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.

Art. 10.º A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
§ 1.º A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino.
§ 2.º Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a criação de disciplina específica
§ 3.º Nos cursos de formação e especialização técnico profissional, em todos os níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas.
Art. 11.º A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.
Parágrafo único. Os professores em atividade devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de
Educação Ambiental.
Art. 12.º A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de ensino e de seus cursos, nas redes pública e privada, observarão o cumprimento do disposto nos arts. 10 e 11 desta Lei.

A ESCOLA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Considerando toda essa importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992). Ressaltado que as gerações que forem assim formadas crescerão dentro de um novo modelo de educação criando novas visões do que é o planeta Terra.

Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente, ou se limita a ser somente uma repassadora de informações. Nesse caso, as reflexões que dão início a implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir conseqüências benéficas (ANDRADE, 2000), favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta, do meio em que estão inseridas, e o desenvolvimento do respeito mútuo entre todos os diferentes membros de nossa espécie (CURRIE, 1998).

Dentro da escola devem-se encontrar meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital. Que as demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência. E, principalmente, que é necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.

Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. SOUZA (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola. Os participantes do Encontro Nacional de Políticas e Metodologias para a Educação Ambiental (MEC/SEMAM, 1991) sugeriram, entre outras propostas, que os trabalhos relacionados à Educação Ambiental na escola devem ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; buscar uma mudança comportamental; formar um cidadão mais atuante; (...) sensibilizar o professor, principal agente promotor da Educação Ambiental; (...) criar condições para que, no ensino formal, a Educação Ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; procurar a integração entre escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentado. (DIAS, 1992).

Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.

Assim sendo, a escola é o espaço social e o local onde o aluno será sensibilizado para as ações ambientais e fora do âmbito escolar ele será capaz de dar seqüência ao seu processo de socialização. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser apreendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.

A metodologia teórica e prática dos projetos ocorrerão por intermédio do estudo de temas geradores que englobam aulas críticas, palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece possibilidades para os professores atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção.

Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, deve-se desenvolver projetos e cursos de capacitação de professores para que estes sejam capazes de conjugar alguns princípios básicos da Educação Ambiental.

Nesse contexto a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação de professores e discentes.

A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO ESCOLAR

Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se deve em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem didática ou pedagógica, apenas apareceu nos anos 80. Somente a partir desta data, os alunos puderam ter a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de resolvê-los.

A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.

As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam". Implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva. Existem grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Segundo ANDRADE (2000), "... fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de treinamento, vontade da diretoria de realmente implementar um projeto ambiental que irá alterar a rotina na escola, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental". Dado que a Educação Ambiental não se dá por atividades pontuais, mas por toda uma mudança de paradigmas que exige uma contínua reflexão e apropriação dos valores que remetem a ela, as dificuldades enfrentadas assumem características ainda mais contundentes. A Conferência de Tbilisi (1977) já demonstrava as preocupações existentes a esse respeito, mencionando, em um dos pontos da recomendação nº. 21, que deveriam ser efetuadas pesquisas sobre os obstáculos, inerentes ao comportamento ambiental, que se opõem às modificações dos conceitos, valores e atitudes das pessoas. (DIAS, 1992).

Segundo OLIVEIRA (2000) tem-se três dificuldades a serem vencidas no processo da efetiva implementação da Educação Ambiental no âmbito escolar:

1. A busca de alternativas metodológicas que façam convergir o enfoque disciplinar para indisciplinar;
2. A barreira rígida da estrutura curricular em termos de grade horária conteúdos mínimos, avaliação, etc;
3. A sensibilização do corpo docente para a mudança de uma pratica estabelecida, frente às dificuldades de novos desafios e reformulações que exigem trabalho e criatividade.

Segundo ANDRADE 2000 a escola deve posicionar-se "por um processo de implementação que não seja hierárquico, agressivo, competitivo e exclusivista, mas que seja levado adiante fundamentado pela cooperação, participação e pela geração de autonomia dos atores envolvidos". Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades isoladas, gerenciadas por apenas alguns indivíduos da comunidade escolar ? como um projeto de coleta seletiva no qual a única participação dos discentes seja jogar o lixo em latões separados, envolvendo apenas um professor coordenador ? não são capazes de produzir a mudança de mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar.

Portanto, devem-se buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine na metanóia (mudança de mentalidade); apenas dessa forma, se consiguirá implementar, em nas escolas, a verdadeira Educação Ambiental, com atividades e projetos não meramente ilustrativos, mas fruto da ânsia de toda a comunidade escolar em construir um futuro no qual possa viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com os outros semelhantes.

OLIEVEIRA (2000) Sugere os seguintes passos, para a busca de alternativas na escola, de planejamento escolar, com equipes de coordenação multidisciplinar:

? Formulação de um projeto pedagógico para a escola que reflita o espaço sócio-político ? econômico- cultural que ela se insere;
? Levantamento de situações-problemas relevantes, referente à realidade em que a escola está inserida, a partir das quais se busca a formulação de temas para estudo, análise e reflexão;
? Estruturação de uma matriz de conteúdos inter-cruzandos conteúdos/disciplina x situações ? problemas/temas;
? Realização de seminários, encontros, debate entre professores, para compatibilizar as abordagens dos conteúdos/disciplinas x situações-problema/temas, buscando sobre situações-problemas a serem trabalhadas. (OLIVEIRA, 2000)
Tendo isso realizado e concretizado pode-se partir para pontos efetivos de ações escolares como:
? Levantamento do perfil ambiental da escola (se possui área verde, horta, separação de lixo, etc.);
? Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos na escola;
? Acompanhamento de projetos específicos na escola que serão desenvolvidos pelos professores ou pelo Grêmio Estudantil (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores, recuperação de nascentes, etc...);
? Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades durante a semana do meio ambiente, com finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;
? Realização de campanhas educativas utilizando os meios de comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, distribuição de panfletos, folder, cartazes, a fim de informar e incentivar a população em relação à problemática ambiental;
? Promover a integração entre as organizações que trabalham nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população.

Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania será necessário o envolvimento de diferentes órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo na sociedade, entre esses órgãos pode-se citar a polícia militar, o corpo de bombeiros, a vigilância sanitária, IAP, etc. serão trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo:
? Lixo (redução, reutilização e reciclagem);
? Lixo hospitalar (destinação);
? Água (consumo, desperdício, poluição);
? Florestas (por que preservá-las?);
? Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);
? Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);
? Caça ilegal;
? Respeito aos animais silvestres e domésticos;
? Drogas (Proerdi);
? DST ? Doenças sexualmente transmissíveis;
? Segurança no trânsito;
? Respeito ao próximo;
? Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);
? Cidadania (direitos do cidadão);
? Voto consciente;
? Promover a dimensão ambiental 5R ? Reduzir, Reutilizar,
Reciclar, Reeducar e Replanejar.

Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, está facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.

Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.

Tendo a capacidade de tornar os alunos conscientes e sensibilizados a essa nova visão sobre o ambiente, eles próprios se tornarão educadores ambientais em suas casas em seu meio de convívio. Tornando assim esse processo uma seqüência de ações benéficas a vida, a natureza e ao futuro.

CONCLUSÃO


O presente artigo mostrou a necessidade de fato da educação ambiental nas escolas não somente para os alunos, mas para os gestores da educação indiretamente. E nessa perspectiva, acredita-se no pressuposto de que é mais importante que o aluno saiba lidar com a informação e não simplesmente a retenha, pois o aluno precisa saber porque esta aprendendo sobre a importância da educação ambiental e ter clareza em relação aos seus objetivos e aos processos de vida fora do contexto escolar.
No decorrer da elaboração desse trabalho, tentou-se adequar os alunos a realidade da educação ambiental, para que pudessem desenvolver senso critico e criar soluções para os problemas reais e locais relacionados ao meio ? ambiente.
Foram utilizadas técnicas participativas nas quais incentivaram a reflexão dos problemas apresentados. Sensibilizaram para o fato de que o ser homem é apenas um dos itens que integram todo o meio - ambiente, já que o ser humano é um dos complementos do planeta terra e não é capaz de viver sem os outros componentes.

Impressionaram para o fato de que a educação ambiental é continuada, ela não acaba ao sair do portão da escola, tem que ter continuidade em suas casas e também destacaram-se para o fato de que os atores ambientais quando tomam consciência da sua realidade para com agressão ao meio-ambiente, logo tentam mostrar formas para amenizar tal degradação.E com isso ter ações ambientais praticadas não só na escola mais na família e sociedade.

Após todo contexto abordado, representou não só para os jovens o entendimento das questões ambientais, mas também como controvérsia a dificuldade de implantar esses "conhecimentos" adquiridos na vida "real", sendo que a prática de educação ambiental visa não somente o planeta como um todo, mas também, métodos simples de economia de recursos naturais em casa.
O objetivo do artigo atingiu um excelente entendimento dos alunos e, também, os seus comprometimentos de buscarem sempre alternativas para a sustentabilidade ambiental do planeta e da sociedade em que vivem.

REFERÊNCIAS
ANDRADE, D. F. Implementação da Educação Ambiental em escolas: uma
reflexão. In: Fundação Universidade Federal do Rio Grande. Revista
Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 4.out/nov/dez 2000.

CURRIE, K. L. Meio ambiente interdisplinaridade na prática. Campinas,
Papirus, 1998.

DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo, Gaia,
1992.
MEC. Coordenação de Educação Ambiental. 1998.

MELLOWS, apud DIAS, Genebaldo Freire Dias. Educação Ambiental ?
Princípios e práticas. São Paulo, Gaia, 1992.
MININI, apud DIAS, Genebaldo Freire Dias. Educação Ambiental ? Princípios
e práticas. São Paulo, Gaia, 2000.
OLIVEIRA, E.M. O Que fazer Interdisciplinar. In: A Educação Ambiental uma
possível abordagem.Brasília, Edições IBAMA, 2000.
. PHILIPPI, Arlindo Jr. PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação Ambiental
e Sustentabilidade. Editora Manole, 2005.
SOUZA, A. K. A relação escola-comunidade e a conservação ambiental.
Monografia. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2000.

OLIVEIRA, E.M. O Que fazer Interdisciplinar. In: A Educação Ambiental uma
possível abordagem.Brasília, Edições IBAMA, 2000.








Autor: Greycy Kellen Geber Lima


Artigos Relacionados


A ImportÂncia Da EducaÇÃo Ambiental No Ensino Da Geografia

Um Mundo Melhor é Possível

Os Diferentes Contextos Sociais Nos Projetos De Educação Ambiental Na Escola

GestÃo Ambiental

EstratÉgias E Subsidios Para A SensibilizaÇÃo Da Sociedade Para O Uso Racional Da Água

A InterrelaÇÃo Entre A GestÃo Ambiental E A GestÃo Educacional Na Contemporaneidade

Resumo Educação Ambiental