ROSELIS VON SASS



ROSELIS VON SASS

A Degeneração dos Incas


"A Degeneração dos Incas" de Roselis von Sass, é um texto que esta autora escreveu mediunicamente ("recebido por inspiração especial"). Antigamente este texto constava em seu livro "O Livro do Juízo Final", 1ª edição 1969 e 2ª edição 1976 e que depois se perdeu (ou quase?). Por isso o reproduzo aqui, e quem se interessa por tais assuntos poderá reavaliar o assunto "Incas" divulgado pela Ordem do Graal na Terra atualmente. Acompanhemos:



A Degeneração dos Incas


Não, os servos de Lúcifer não dormiam. Por toda a parte estendiam suas redes, nas quais os seres humanos de raciocínio ficaram presos.
Também os poderosos incas, maias, astecas etc. Não constituíam nenhuma exceção...
A história marca o início da cultura incaica por volta de 1.200 antes de Cristo. Essa data, como tantas outras de tradições históricas, não corresponde à verdade.
Pode-se dizer que a decadência dos incas manifestou-se terrenamente três mil anos a.C., época em que os mais fortes servos de Lúcifer deram início a sua obra. Primeiramente, alguns sacerdotes incas, mediúnicos, e virgens do sol ouviram a notícia do novo deus e de sua nova doutrina. Esse deus anunciou o poder do amor e denominou-se regente do gênero humano!...
Os incas eram um dos povos mais antigos da Terra que possuíam um elevado saber espiritual. Todavia, com o decorrer do tempo tornaram-se espiritualmente tão indolentes, que não perceberam o mal infiltrar-se sorrateiramente, envenenando suas vidas...
Vagarosamente, por toda a parte a mentira substituía a verdade. A influência luciferiana fazia-se sentir, mais forte em cada nova geração. Ao chegar o ano 1.200 a.C., nada mais restava da grandeza espiritual de outrora... Terrenamente, o império dos incas era poderoso e extenso, pois abrangia o Peru, Bolívia, Equador e uma parte do Chile e da Argentina de hoje. Apesar disso, desde essa época, o império dos incas era mantido pelo terror. Os povos subjugados, saturados da escravidão, provocavam constantemente rebeliões. Tais revoltas eram suprimidas com combates sangrentos. Todos os trabalhos demorados e pesados eram executados por escravos. Trabalhavam nas minas de cobre, de estanho e de prata; construíam estradas e aquedutos que passavam por montanhas e vales, e faziam derrubadas de árvores gigantescas para utilizar a madeira nas construções e muito mais ainda... Havia muitos artistas entre os povos escravizados: ourives, escultores, entalhadores, lapidadores de pedras preciosas, etc...
A escravatura já nos revela como se encontrava o povo inca que outrora ocupara posição tão elevada!...
Antes de sua decadência, os incas eram extraordinários agricultores, arquitetos e astrônomos! Os povos enteais eram seus mestres enquanto tinham confiança neles...
Todos esses processos de desenvolvimento realizavam-se naquelas épocas muito mais lentamente do que é hoje. A pressa e o afoitamento eram desconhecidos. Havia tempo de sobra para cada um. Portanto, havia tempo para examinar e raciocinar a fim de diferenciar o falso, do legítimo.
Esses relatos, porém, não constituem uma biografia do povo inca. Muitos livros poderiam ser escritos sobre a verdadeira e antiga história dos incas, bem como de outros povos, que aqui são mencionados apenas por ser necessário à finalidade deste livro!
Os incas veneravam durante longo tempo o sol, pois este era para eles o reflexo do Amor Onipotente de Deus que reinava no supremo, inalcançável e eterno céu, acima de todos os sóis... Comparavam as irradiações do sol com os braços carinhosos de uma mãe que envolvia a Terra com todas as suas criaturas, aquecendo e nutrindo-as... Por tal motivo denominavam freqüentemente o sol de "grande mãe"! Contudo, os incas, enquanto mantinham ligação com os mundos enteálicos, sabiam que todos os astros solares eram governados por enteais masculinos. Várias vezes, principalmente as mulheres incas, viam nos raios solares do sol nascente, a grande e maravilhosa Astarte, a corporificação enteal da Pureza, que pairava sobre as águas. Em tempos idos, Astarte aparecia freqüentemente às mulheres terrenas. Ela fortalecia e estimulava a pura fidelidade à Luz em seus espíritos, fidelidade essa que é a suprema virtude da feminilidade na Criação...
Toda a natureza era sagrada para os incas. Conheciam e amavam os entes que viviam nas flores, nas árvores e nas águas, e denominavam-nos de "senhor e senhora". As minúsculas Fadinhas das flores eram para eles as senhoras das flores; as Ondinas, as senhoras das águas e assim por diante...
Em cada Templo do Sol era celebrado o astro rei como reflexo do Amor de Deus e a Grande Mãe (Astarte), como protetora das mulheres... Havia sacerdotes do sol e virgens do sol... Todas as moças incas enquanto não se uniam a um homem, eram virgens do sol. Para essa finalidade eram cuidadosamente instruídas. Aprendiam a cantar, a fazer poesias e a tocar algum instrumento musical. Também o passo rítmico das danças das flores que constituíam em todas as solenidades dos templos, o ponto culminante, tinham que ensaiar. Conjuntamente, era-lhes ensinado tecer, trançar, retorcer o fio e tingir a lã ou outras fibras...
As tapeçarias que as moças teciam para as paredes dos Templos do Sol, eram preciosas obras de arte que levavam anos para serem executadas. Esses tapetes davam a impressão de que milhares de coloridas e brilhantes penas circulavam em volta de um sol amarelo dourado. Em todas as paredes dos templos pendiam esses maravilhosos tecidos. Da mesma forma, os mantos dos reis dos incas que originalmente também mantinham o encargo de supremo sacerdote, apresentavam o mesmo bordado que as tapeçarias. Só muito mais tarde, quando foi introduzida a idolatria, é que algumas virgens do sol tiveram a idéia de confeccioná-los com legítimas penas de pássaros, a fim de torná-los ainda mais brilhantes... Assim teve início uma matança de pássaros como jamais ocorrera... Os enteais na medida que lhes foi possível, tocavam os pássaros para longe. Contudo, os astutos seres humanos, apesar disso, perseguiam-nos até apanhá-los, pois os pássaros serviriam para uma finalidade sagrada, já que suas penas ornamentariam templos e reis!...
O fogo também era sagrado para os incas, como reflexo do sol. Em todas as solenidades do astro rei os sacerdotes acendiam fogueiras consideradas sagradas, nas quais empregavam lenhas de aroma especial. As fogueiras eram feitas à direita e à esquerda da entrada do templo. Em suas preleções os sacerdotes nunca se esqueciam de mostrar a profunda significação do fogo. Diziam, por exemplo:
"O amor puro e brilhante nascendo nos corações dos seres humanos, é a chama do sagrado fogo do templo que se eleva para o céu, transformando-se em maravilhosa flor nos invisíveis Jardins Celestes..." Afirmavam ainda que "essas flores possuíam tanta intensidade de luz que iluminariam os caminhos até os Jardins Celestes para aqueles que deixavam a Terra após a morte..."
Os incas tinham muitas parábolas significativas que se referiam à vida terrena e à vinda do Além. Possuíam diretrizes espirituais e podiam contar com o auxílio dos povos enteais em todas as circunstâncias de suas vidas. No entanto, enredaram-se nas teias de Lúcifer...
Quase imperceptivelmente, a substância hostil à Luz infiltrava-se nas almas dos sacerdotes, dos reis incas e das virgens do sol, e finalmente, não só o povo inca, mas também outros povos que estavam em contato com eles, foram contaminados... A mentira triunfara... A corrupção rastejante da moral transformara assustadoramente o povo inca, outrora tão pacífico.
Os sacerdotes incaicos introduziram a idolatria e comunicaram que muitos enteais da natureza eram demônios, ocasionando sérios malefícios às criaturas humanas... Os inúmeros acidentes, doenças e revoltas deviam ser considerados exclusivamente como consequências das forças demoníacas... Contudo, os demônios podiam ser acalmados mediante sacrifícios, preces e flagelações...
Depois dessa comunicação os Templos do Sol, em determinadas épocas, transformavam-se em verdadeiros matadouros. Foram escolhidos, aos milhares, uma espécie de veados mansos, de cor branco-acinzentada, para serem oferecidos em sacrifício. Enquanto o sangue dos animais, muitas vezes ainda com vida, escorria das feridas abertas, no altar de sacrifício, os sacerdotes entoavam um canto que mais se assemelhava ao uivo de lobos. Concomitantemente, uma multidão de pessoas acotovelava-se até o altar de sacrifícios para umedecer as pontas dos dedos no sagrado sangue daqueles animais...
"Pois o sangue era a melhor proteção contra os demônios", ensinavam os sacerdotes...
Havia outra comemoração denominada "festa da remissão", na qual multidões de mulheres e homens deixavam-se mortificar nos pátios isolados dos templos. As flagelações eram geralmente aplicadas por sacerdotes que, com prazer sádico, açoitavam com feixes e varas as costas vergadas. Quando eles se cansavam, os homens e as mulheres mortificavam-se mutuamente até que a pele sangrasse, pois somente o sangue purificaria os seres humanos de seus pecados...
Nesse ínterim, os sacerdotes realizavam entre si cerimônias noturnas e secretas, nas quais jovens, em geral moças, eram sacrificadas. Esse rito, até o seu término, era feito exclusivamente em segredo, em contraste com os ritos dos astecas...
Também a vida dos reis incas modificou-se desde que uma mediúnica virgem do sol, por ordem de um poderoso deus, anunciara que cada rei inca, bem como seus filhos, seriam de origem Divina. Todos eles foram tomados por uma espécie de megalomania. Aconselhados pelos sacerdotes, usavam máscaras quando apareciam ao povo, a fim de que o aspecto de suas fisionomias Divinas não perturbasse os seres humanos...
Os "divinos reis" eram também senhores e donos das virgens do sol. Elas estavam subordinadas ao seu "divino poder", portanto, podiam fazer com elas o que bem entendessem. Ao mesmo tempo, essas jovens eram propriedade dos sacerdotes, os quais, como representantes dos "deuses" na Terra, tinham igualmente direito sobre elas...
Junto às virgens do sol, isto é, nas casas dos sacerdotes, viviam também "meninos-deuses". Tratava-se de meninos que seriam iniciados no sacerdócio... As virgens do sol, as quais somente usavam o nome, pois não exerciam o encargo relacionado com essa designação, eram iguais a todas as outras sacerdotizas de Baal, somente prostitutas, com a única diferença que os respectivos sacerdotes alcovitavam as "consagradas virgens do sol"...
Durante os últimos séculos, antes que o conquistador penetrasse no Peru e mandasse executar o rei dos incas "Atahualpa", inventaram tantos ídolos e demônios que eram adorados e temidos de tal maneira, que não é possível descrever aqui... Por toda a parte verificava-se o mesmo quadro. Quanto mais profundamente se penetra nos inúmeros cultos de ídolos, tanto mais se verifica a degeneração da raça humana... Naturalmente, houve entre todos os povos, e assim também entre os incas, pessoas que não se deixaram envenenar pelos servidores de Lúcifer; contudo, sempre foram poucas!

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NOTA:
O Sub-capítulo reproduzido acima, foi copiado da 2ª edição do "Livro do Juízo Final", de 1976, da pg. 272 até pag. 276, da Editora Ordem do Graal na Terra. Equivaleria nas edições mais recentes, a estar entre os Sub-capítulos "A Epidemia de Ur" e "Toltecas" no Capítulo: "Da Atuação dos Grandes e Pequenos Enteais da Natureza! ? 2ª Parte". Nas atuais ediçoes do referido livro, não consta mais este texto polêmico aos adeptos da Entidade do Graal.

Autor: Cristina Rodrigues


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