Expansão Rápida De Maxila (Rapid Maxillary Expansion)



Rapid Maxillary Expansion *** Expansão rápida de maxila

As dimensões transversais do arco dentário superior, obtido mediante a expansão rápida da maxila, devem-se principalmente ao efeito ortopédico bem documentado aliado a avaliação do ortodontista em conjunto com cirurgiões bucomaxilofaciais.

A Expansão Rápida da Maxila (ERM) é um procedimento que tem como objetivo aumentar o diâmetro do arco maxilar devido à uma atresia deste em relação ao seu antagonista, e ao maciço crânio-facial. As etiologias dessas atresias podem ser genéticas, fisiológicas ou em decorrência de hábitos parafuncionais. A correção cirúrgica das más-oclusões tipo esqueletal causadas por uma deficiência no sentido transversal da maxila é indicada após lançar mão de terapias ortopédicas ou ortodônticas, onde o ortodontista e/ ou ortopedista funcional dos maxilares propõe ERM ficando sempre na dependência do crescimento ósseo do paciente e na magnitude da expansão desejada em técnicas ortodônticas- cirúrgicas.

Haas (1973), grande estudioso em cirurgias ortognáticas de expansão maxilar comenta que "enquanto houver sutura, pois a experiência clínica do autor demonstra que, embora com poucas exceções, a expansão da maxila depois dos 20 anos tem uma expressiva taxa de falhas e fracassos. Isto ocorre devido às alterações estruturais nas suturas (intermaxilar,maxilo-zigomática e fronto-maxilar). Realmente, existe um consenso na literatura: "quanto maior a idade do paciente, pior o prognóstico. O prognóstico para a expansão rápida da maxila, em pacientes após a fase de crescimento, é: dor, edema e ferida.

É do conhecimento dos profissionais (ortopedistas faciais) que lidam com a expansão ortopédica que, aliada à abertura gradual da sutura palatina mediana, a força liberada pelo aparelho expansor provoca a compressão do ligamento periodontal, com inclinação lateral dos processos alveolares e subseqüente vestibularização dos dentes posteriores.

Depois de observado as características descritas para a expansão rápida da maxila em pacientes após a fase de crescimento ficam indicadas cirurgias em indivíduos adultos conforme descrição abaixo:

1) Idade acima de 30 anos

2) Necessidade de uma grande expansão na base óssea;

3) Perda óssea horizontal, mesmo que dentro dos limites aceitáveis para um tratamento ortodôntico convencional;

4) Não aceitem o desconforto provável em período de evolução da expansão com aparelhos disjuntores;

5) Apresentem atresia unilateral real da maxila

6) Tratamento ortopédico sem evolução satisfatória no período de expansão rápida ortopédica.

Ferreira et al., 2007 realizaram um estudo onde comentaram a utilização de aparelhos Disjuntores tipo Hyrax que têm sido descritos como o aparelho expansor da maxila que melhor permite ao paciente efetuar sua higienização. A explicação de o aparelho ser dento-muco-suportado e não possuir nenhum dispositivo de controle vertical, a evolução do tratamento determinaria que o aparelho Hyrax causaria, em amplitude maior que os disjuntores tipo Haas e de cobertura oclusal, inclinações vestibulares dos dentes de apoio, agravando os efeitos colaterais no sentido vertical.devido a essa explicação, esse tipo de aparelho de disjunção maxilar seria contra-indicado para pacientes esqueleticamente divergentes. Pacientes que se encontra em fase de crescimento e em plenas condições de adaptações musculares, tais alterações seriam dissipadas com o tempo . Os autores concluíram que o disjuntor tipo Hyrax é eficiente na promoção de efeitos esqueléticos sobre a maxila e o deslocamento para baixo e para trás da mandíbula, geralmente observado com aparelhos bandados, não foi permanente, visto que, comparadas as diferenças das médias iniciais e finais dos pacientes tratados com as do grupo controle, nota-se que todas as medidas angulares e lineares verticais foram compatíveis com o crescimento normal.

Quando as indicações são puramente rinológicas nem sempre os resultados positivos são encontrados nas cirurgias de disjunção maxilar conforme MUNIZ et al., 2008.

HAAS, A. J. INTERVIEWS. J. CLIN. ORTHODONT., V. 227-45, 1973.

FERREIRA CMP; URSI W; ATTA JW; LYRA MCO; LYRA FA. REV. DENT. PRESS ORTODON. ORTOP. FACIAL V.12 N.4 MARINGÁ 2007

MUNIZ RFL, CAPPELLETTE M JR , CARLINI D ALTERAÇÕES NO VOLUME NASAL DE PACIENTES SUBMETIDOS A DISJUNÇÃO DA MAXILAR DENTAL PRESS ORTODON ORTOP FACIAL MARINGÁ, V. 13, N. 1, P. 54-59, JAN./FEV. 2008


Autor: Helton Miyoshi


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