Levado



Levado


Pelas levadas da vida aprendi ser estrada, não para levar aonde queriam ir, mas a trajetos que deveriam seguir; aprendi ser poeira, não para embaçar objetivos que precisavam atingir, mas para que perdessem de vista o abismo que tentava os atrair; aprendi ser córrego, não para irrigar ilusões, muito menos encharcar sonhos, mas  para manar o que podiam florir; aprendi até ser cachoeira, não para vaidades, mas apenas, quando a necessidade da queda era para os acolher, e então, me fazer caminho a conduzi-los, como aprendizes, a selecionar o que se deve plantar, e entre joios, o que se pode colher.

Amadurecer para Viver, também é entender que, às vezes a vida nos faz brotar de vertentes que, assim como a correnteza, que se submete às quedas-d’água para no seu fluir, aprender encontrar o declive que a leva ao mar, também nós, para podermos iniciar o ir vinculado ao que edifica o ser, é necessário descermos aos lamentos das quedas, e lá, sem a pressa de emergir, termos que despertar, ruminando a mente, e com o espírito renovado para a humildade, podermos dizer que: mesmo feridos pelos tombos nas encostas da vida, conseguimos enxergar o caminho a seguir.   


Autor: Josué Firmino Dos Santos


Artigos Relacionados


Ja Ta Na Hora

15 De Outubro

Poesia

A Destinação Da Sabedoria

Mulher Ii

Minha InfÂncia

Afetos Desordenados Do Coração