Dia Internacional de Combate às drogas: Melhor Prevenir do que Remediar



A questão das drogas vem ocupando, cada vez mais, a atenção de todos, no mundo inteiro. O empenho em combater a evolução do problema e amenizar o estrago que provoca na saúde das pessoas, nas famílias, na sociedade é crescente, mas parece que a doença se alastra sem controle, é assustador. E o que mais impressiona é ver que as garras do vício alcançam usuários cada vez mais jovens, em plena infância.
O que ouvimos é que a saúde pública não tem estrutura suficiente para oferecer tratamento adequado àqueles que se dispõe a deixar o vício e que o problema se agrava com o crescente número de usuários e com a rapidez com que isto vem ocorrendo, dando a impressão de que pouco ou nada se tem feito a respeito, quando na verdade, o que está ocorrendo é que o problema esta tomando proporções maiores do que, talvez, se podia imaginar.
Se pensarmos a droga como uma "alternativa" compensatória para suprir as carências e frustrações das pessoas, e no seu uso em todas as idades, até mesmo de crianças e ainda, na rapidez com que ela se alastra, podemos supor que estamos diante, talvez de um problema maior, uma sociedade doente. Parece radical? Talvez! Se pensarmos as consequências e a extensão dos problemas decorrentes do uso das drogas, temos uma grande parcela da sociedade afetada, portanto, também está doente.
Estamos diante de um assunto extremamente complexo devido ao seu múltiplo aspecto causal e das questões sociais persistentes, fome, miséria, violência e desigualdade social, aliado agora à competitividade estimulada pelo mundo globalizado. Quanta frustração para ser enfrentada.
A dependência química, quando vista como doença, verifica-se também que ela não escolhe a sua vítima por credo, cor, raça, sexo, profissão e muito menos, pela posição social, rico ou pobre. Destrói a saúde e a pessoa, sem nenhuma desigualdade ou preconceito.
Sabemos que o problema é antigo em todas as culturas e sociedades, mas a dimensão em que está tomando e as projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema no futuro não é nada promissor.
Precisamos intensificar nossas ações no combate às drogas, agora.
Quando digo precisamos, não me refiro apenas ao governo, setores da saúde pública e privada, mas um comprometimento social com a questão. Por se tratar de um tema abrangente e de interesse pessoal e da população, podemos nos apropriar de um dito popular e tentar transformá-lo em atitude, qual seja: é melhor prevenir do que remediar.
Digo prevenir, no sentido mais simples de sua expressão, que é a prática da ação antecipada ao problema. Trabalhar nas bases da estrutura de nossa sociedade, ou seja, nas famílias, nas escolas, nas empresas e, principalmente, nos meios de comunicação. A informação sempre foi uma grande arma na guerra pelo poder e hoje temos a internet como uma das maiores facilitadoras da interação humana no mundo globalizado. Vamos usá-la a favor desta causa.
A cultura é uma construção social comunitária, uma forma de transformar a realidade. É o esforço coletivo que constrói os valores morais e éticos de um povo. Temos duas drogas lícitas: o tabaco e o álcool, que já provaram do que são capazes, por que algumas pessoas insistem em liberar mais uma, a maconha. Porque devemos ficar fiéis a costumes que não nos faz bem.
Possivelmente muitas pessoas já conhecem a fundo os problemas relacionados as droga e até mesmo, tenham um ente querido preso em suas garras. Estes sentem de perto a sua fúria. No entanto, é possível que muitas pessoas não tenham uma visão clara no que diz respeito às drogas, ou, pelo desconhecimento do assunto, não conseguem perceber quando esta entra em sua casa ou ainda mantenham uma visão distorcida do assunto, interpretando como uma questão de valores morais "força de vontade" e "vergonha na cara".
É fato que as questões legais e o contrabando de drogas devem ser conduzidos pelos órgãos governamentais, mas podemos fazer nossa parte em procurar conhecer melhor o assunto, ajudar a divulgar seus males junto à nossa família, grupos que façamos parte e nossa comunidade. Uma das variáveis no processo de contato e iniciação do uso das drogas é o comportamento aprendido, por isso, devemos iniciar o processo dentro da nossa casa, na nossa família, com nossos amigos.
Não pretendo aqui criar uma "corrente do bem", mas creio que se as pessoas que lessem esse artigo e compartilham comigo essa idéia pudessem pelo menos falar a respeito dos problemas e das consequências das drogas com um familiar, com um amigo, um colega de trabalho ou colega de escola, etc. estaríamos contribuindo para a construção de uma vida melhor, sem drogas.
Pensar atitudes preventivas no presente poderá nos livrar de remediar situações críticas no futuro. É dito pela sabedoria popular: É melhor prevenir do que remediar.

Autor: Nadir Sebastião Reis De Brito


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