Direitos Humanos



Direitos Humanos Vez por outra tenho publicado alguma reflexão dizendo que as escolas, por ordem da lei, foram invadidas por bandidos. Em razão disso algumas pessoas levantam o questionamento, perguntando se tenho algum preconceito; se tenho alguma fobia em relação a crianças, adolescentes ou jovens infratores que frequentam as escolas. Minha resposta sempre é a mesma: não. Não tenho nada contra eles, mas tenho muito mais a favor daqueles que acabam sendo vítimas destes... Minha discussão defende os direitos dos que cumprem as normas, aqueles que se dedicam ao estudo, os que se esforçam por manter um clima de interação e aprendizado no ambiente escolar. Por conta disso condeno os comportamentos que se interpõem, dificultam ou impedem que os interessados estudem. Mas os direitos dos arruaceiros, como fica?, perguntam os defensores dos direitos de quem atropela o direito dos estudantes Minha argumentação está num direito básico: um indivíduo não pode infernizar a vida de um grupo, impunemente. E o problema ocorre, justamente por que não há punição. O bandido, por ser protegido por uma legislação que inverteu os valores, acaba acreditando que fazer o errado é certo e está errado quem age corretamente. E quem age corretamente acaba pensando que está agindo errado pois, o bandido age errado e não é penalizado: além de se divertir às custas de todos os que trabalham na escola, não estuda e dá o exemplo que os outros querem seguir... tudo por falta de punição. Por isso, tenho insistido: na atual configuração da legislação o bandido acaba se impondo sobre os honestos. Tudo em nome dos direitos humanos. Estou, agora, fazendo estas considerações porque percebi eco às minhas palavras em um texto que circula pela internet. Diz o seguinte: "Prisão é para punição e para dar exemplo. Pensar em recuperação é romantismo e utopia". E o texto continua, simulando uma carta: "carta de uma mãe para outra mãe em SP, após noticiário na TV" E a mãe da carta diz: "Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado. Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência. Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc... Eu também sou mãe e posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro. Também para mim, enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família... Felizmente conto com o meu inseparável companheiro que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual. Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite. No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo... Ah! Ia me esquecendo, eu também ganhando pouco e ajudo a sustentar a casa; mas pode ficar tranquila, que eu pagarei, novamente, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem. Só mais uma coisinha: Nem no cemitério, onde enterrei meu filho, nem na minha casa, onde enfrento sérias dificuldades econômicas, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam. Nenhuma delas me procurou para me dar uma palavra de conforto. Nenhuma ONG ou Pastoral me procurou para me ajudar a procurar os meus direitos." Assim termina a "carta" da "mãe" aflita pela perda do filho que não recebe nem de entidades nem da mídia nenhuma atenção; enquanto as atenções estão voltadas para os "direitos" dos bandidos. O desafio, agora, é feito a você para que ajude a penar e encontrar alternativas para a inversão de valores que assola o Brasil. Naquela "carta" as palavras finais dizem que: "DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS" Podemos acrescentar que os direitos dos bandidos não podem se sobrepor aos direitos de quem cumpre as regras estabelecidas pela sociedade. Por isso, se você acredita nos direitos de quem é direito, ajude a gritar contra a inversão de valores. Contra os absurdos da legislação que dá direitos a alguns, tirando os direitos de todos nós. Neri de Paula Carneiro ? Mestre em Educação, Filósofo, Teólogo, Historiador. Leia mais: ; ; ; ;
Autor: Neri P. Carneiro


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