REDES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: Análise da eficácia da educação superior à distância no Brasil como instrumento de acesso e permanência universitária.



1 INTRODUÇÃO


O Brasil é hoje a oitava maior economia do mundo e sua população ultrapassa o número de 190 milhões de habitantes. Apesar disso, apresenta uma baixa taxa de escolarização bruta na Educação Superior ? 26,7%. São apenas 13,8% dos jovens de 18 a 24 anos na faculdade, índice menor do que países como México, Chile e Turquia.

O ensino superior tem sido objeto importante na análise dos estudiosos da educação, visto que as mudanças verificadas na sociedade norteiam a formulação de políticas públicas voltadas a esta área.

Apesar do número de vagas oferecidas em vestibulares e outros processos seletivos na educação superior de graduação presencial terem aumentado consideravelmente nos últimos 20 anos, a relação população/vagas ainda é um grande impasse para se chegar ao modelo de expansão da educação superior. Outro indicador importante é a relação entre alunos matriculados e professores. Há um total de 307 mil professores na educação superior, sendo 17,4 alunos em média por professor.

Todos os anos cerca de um milhão de jovens que terminam o ensino médio não seguem para uma universidade e o crescimento da classe C pressionou ações do Governo que proporcionassem o acesso destes jovens a educação superior.

Com a criação do Programa Universidade para Todos alavancou-se a expansão das matrículas nas instituições privadas. Porém, atualmente cerca de 50% das vagas do Prouni não são preenchidas, tudo porque outras questões colaboram para dificultar o acesso à graduação, entre elas a alimentação, o transporte e os livros, principalmente para aqueles que vivem em regiões interiorizadas, onde esse acesso se torna muitas vezes totalmente inviável pelas condições socioeconômicas.

Diante deste cenário, ressurgi a modalidade de educação à distância, que no inicio era feita por correspondência, desta vez mais aprimorada e se utilizando da tecnologia e das redes virtuais de comunicação. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.

Nas regiões interiorizadas, a educação a distância surge como uma forma de interligar a população às Universidades localizadas em regiões centralizadas, quebrando barreiras geográficas e socioeconômicas. A partir da formação superior, muitos destes jovens que vivem nessas regiões poderão capacitar-se para atuar como novos educadores expandindo a educação e tendo como principal ferramenta a modalidade à distância.

A Educação a Distância (EAD) amplia oportunidades onde os recursos são escassos, permitindo uma educação mais eqüitativa, além de familiarizar o cidadão com tecnologias que estão no seu cotidiano e oferecer meios de atualizar rapidamente o conhecimento técnico.

A EAD se torna a forma mais viável para essa expansão, pois através de um computador e da internet, a população poderá cursar a graduação e até mesmo se especializar nas melhores universidades do país, sem ao menos precisar sair de casa ou de sua cidade. Amplia-se então o número de vagas, soluciona-se a dificuldade de acesso físico e proporciona-se o desenvolvimento regional, já que serão formados mais educadores na região e estes estarão aptos a transmitir seus conhecimentos.

Apesar de ser uma potência mundial, o Brasil ainda apresenta sérios problemas em relação à educação e esse problema se agrava quando se trata da educação superior. Recentemente medidas foram tomadas para amenizar essa situação, mas o desequilíbrio existente precisa de um instrumento mais eficaz e que possa atingir todas as regiões, mesmo as mais distantes do centro.

Expandir a educação superior não é apenas com a construção de novas universidades, cursos e pólos. É necessário levar a educação nas regiões onde o acesso físico e socioeconômico se torna a maior barreira para essa expansão. Surge então a educação à distância. Mas é necessário avaliar os seus resultados, o quanto ela pode ser responsável pela integração universitária e desta forma, poder desenvolver novos pólos proporcionando à formação de novos educadores, disseminadores do conhecimento.

Com o surgimento de políticas públicas os recursos poderão ser ainda maiores para desenvolver a expansão da educação à distância nas regiões interiorizadas, mas é preciso provar sua eficácia na formação de jovens e adultos, não apenas para o poder público, mas também para a população e educadores, que muitas vezes de forma preconceituosa ainda rejeitam essa modalidade de aprendizagem.


2 Educação Superior no Brasil


A América Latina é um continente de muitas desigualdades, tanto no âmbito social como no âmbito territorial, sendo o continente com o maior número de índices desiguais em vários aspectos, incluindo-se, entre eles: distribuição de renda, despesas com bens de consumo, serviços, acesso à saúde e, principalmente, acesso à educação. (STALLIVIERI, 2009).

A educação no Brasil, segundo o que determina a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional deve ser gerida e organizada separadamente por cada nível de governo. Conforme descreve o art. 1º da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996: "A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais."

"Educação não é só ensinar, instruir, treinar, domesticar, é, sobretudo formar a autonomia do sujeito histórico competente, uma vez que, o educando não é o objetivo de ensino, mas sim sujeito do processo, parceiro de trabalho, trabalho este entre individualidade e solidariedade". (CRUZ, 2009 apud DEMO, 1996, p. 16).

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) a educação no Brasil se divide em Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior, Educação de Jovens e adultos e Ensino Técnico.

O início do ensino superior no Brasil deu-se em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao país. Contudo, a iniciativa privada e a "expansão" do ensino superior somente aconteceram muito tempo depois com a Constituição da República de 1891 que descentralizou a oferta de ensino superior, permitindo que os governos estaduais e a iniciativa privada criassem seus próprios estabelecimentos.

Apesar de a educação superior ser o nível mais elevado dos sistemas educativos, ela ainda apresenta índices insatisfatórios segundo dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) em 2010. Entre os principais problemas estão às dificuldades encontradas no acesso à educação superior e a permanência aliada aos problemas socioeconômicos.


3 Dificuldades de Acesso à Educação Superior


A Educação Superior cresce quantitativamente, porém o número de vagas ainda se encontra centralizado não atendendo todas as regiões e classes sociais. A expansão educacional encontra como barreira as dificuldades sociais e econômicas da realidade da população. A dificuldade em conciliar a educação com a necessidade de estar inserido no mercado de trabalho barra o progresso educacional.

A expansão quantitativa do ensino superior brasileiro não beneficiou a população de baixa renda, que depende essencialmente do ensino público. A universidade pública se expandiu entre o período de 1930-70, mas após esse período, até os dias atuais, as políticas mercantilistas do ensino superior fortaleceram o setor privado, que hoje detém aproximadamente 90% das instituições e 75% do total de matrículas (INEP, 2010, p.84). A ampliação do número de vagas foi considerável nos últimos anos, mas sua polarização no ensino pago não reduziu as desigualdades entre grupos sociais.

"Estudo recente do Observatório Universitário da Universidade Cândido Mendes revela que 25% dos potenciais alunos universitários são tão carentes que ?não têm condições de entrar no ensino superior, mesmo se ele for gratuito". (PACHECO e RISTOFF, 2004, p. 7). Desta forma, para serem incluídos no sistema de educação superior não basta apenas a gratuidade, são necessárias bolsas de estudo, monitoria, extensão, pesquisa, restaurantes universitários subsidiados, moradia estudantil, e outros benefícios que tornem viável a sua permanência no campus.

Uma efetiva democratização da educação implica, certamente, em políticas voltadas para a ampliação do acesso e fortalecimento do ensino público, em todos os seus níveis, mas também para a permanência dos estudantes no sistema educacional de ensino.

Com o grave problema social da constituição precoce de famílias, os jovens em idade escolar, muitas vezes não chegam nem a concluir o ensino médio. Quando concluem, têm que optar pelo trabalho no período diurno, restando apenas o noturno para os estudos, atividades domésticas, cuidado dos filhos e descanso. Com esse excesso de atividades em relação ao tempo disponível acaba ocorrendo a evasão acadêmica, além dos altos custos para se manter na universidade, apesar de na maioria dos casos, serem públicas. Existe a necessidade de apostilas, transporte, alimentação, entre muitos outros fatores.

Em outros casos, o fato de residir em um municípios que não dispõem de campus ou unidades universitárias obriga os jovens a se deslocarem quilômetros em busca de atingir a tão almejada formação superior, porem nem sempre esses objetivos são atingidos, tendo como fato causador a indisponibilidade de locomoção, ocasionada pelas barreiras geográficas e financeiras.


4 Acesso Universitário nas Regiões Interiorizadas


Desde 2005, a expansão da rede federal de educação superior visa a ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior de qualidade. O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), criado em 2007, prevê, além do aumento de vagas, medidas como ampliação ou abertura de cursos noturnos, aumento do número de alunos por professor, redução dos custos por aluno, flexibilização de currículos, elevação da taxa de conclusão das graduações presenciais e combate à evasão. (INEP, 2010)

De acordo com dados disponibilizados pelo INEP (2010) de 2003 à 2010 as Universidades Públicas expandiram sua atuação levando a áreas mais interiorizadas a educação superior. Em 2003 eram 45 universidades federais passando a 59 em 2010. No total de 148 campus e unidades em 2003 e 274 em 2010. Desta forma, o Reuni proporcionou que mais municípios tivessem acesso as universidades, evoluindo de 114 municípios atendidos por campus para 230 em 2010. Apesar desta evolução e expansão, ao analisar-se a relação entre o total de municípios brasileiros ? 5.563 em relação aos atendidos pelas Universidades Federais é possível perceber o quanto ainda é preciso expandir para atender as regiões mais distantes do centro.

Como medida para promover a educação superior para a classe C o Governo federal Institucionalizou em 2005, o Programa Universidade para Todos (Prouni) que promove o acesso ao ensino superior de estudantes de baixa renda, a partir da concessão de bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior. (INEP, 2011)

Outra forma de proporcionar o acesso a educação superior é através do Financiamento Estudantil (Fies). O Fies Financia o ensino superior para estudantes que não tenham condições de arcar com os custos de formação e estejam regularmente matriculados em instituições cadastradas no programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação. (INEP, 2011)

Por entender-se que não bastava apenas promover o acesso a educação superior, mas também proporcionar a permanência do estudante na universidade foi então criado o Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Criado em 2007, o PNAES prevê assistência a estudantes de graduação presencial das instituições federais de ensino superior. São contempladas ações como: moradia estudantil, alimentação, transporte, assistência à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico (INEP, 2011).

Apesar destas medidas, o acesso e permanência na educação superior ainda não apresentam os índices esperados, tendo ainda muito para evoluir até atingir a taxa de escolaridade superior de 30% objetivada pelo Governo Federal e definida no Plano Nacional de Educação. Com a criação do PNAES muitos estudantes passaram a ser beneficiados e cerca de 304 milhões de recursos foram implantados em 2010 neste plano de assistência, porém apenas 704 mil estudantes foram atendidos.

Nas regiões do interior onde a criação de campus ainda não está nas metas de expansão universitária algumas prefeituras tentam amenizar esse déficit disponibilizando transporte para os estudantes, contudo, é preciso muito mais do que isso para mantê-los. Conforme já exposto, muitos outros fatores culturais, sociais e financeiros impedem a finalidade das ações. Passar a ser então necessária outra forma de levar a educação superior as regiões interiorizadas e atender principalmente a população mais carente. A proposta então é ampliar o alcance da educação a distância, conscientizar a população da eficácia desse método de educação e capacitar novos educadores.


5 Redes Virtuais de Aprendizagem: Educação à Distância


A revolução da informação possibilitou a comunicação e transmissão de informações e dados em tempo real entre pessoas e empresas geograficamente distantes (ZANGISKI et al., 2009 apud LEE e HONG, 2002). Estas transformações estruturais permitiram a globalização financeira, comercial e produtiva, aumentando o número de competidores e intensificando a competição internacional. (ZANGISKI et al., 2009 apud CHOI et al., 2006).

O ciberespaço é o lócus onde se situa o nosso objeto de investigação, as redes e comunidades virtuais de aprendizagem (CARVALHO, 2009). Os agrupamentos de pessoas no ciberespaço podem ser classificados como redes sociais, de conhecimento, de relacionamento etc. A maioria desses agrupamentos proporciona novas aprendizagens através da troca de informações baseadas em características comuns entre os participantes.

"É possível encontrar no ciberespaço agrupamentos criados com fins educacionais, vinculados ou não a instituições educativas, mas que apresentam um objetivo educativo explícito. Nessas redes, é possível perceber que há um planejamento prévio, um ou mais responsáveis por estimular e provocar a aprendizagem do grupo, algumas discussões e atividades que visam alcançar as finalidades inicialmente expostas, e a abertura do grupo para novas proposições dos participantes ao longo do processo." (CARVALHO, 2009, p. 65)

Por isso, agrupamentos do ciberespaço organizados para o ensino/aprendizagem têm recebido o nome de redes de aprendizagem online e comunidades virtuais de aprendizagem. A educação à distância tem uma longa história, existe pelo menos desde o final do século XVIII, com um largo desenvolvimento a partir de meados do século XIX quando, foi criado o primeiro curso por correspondência, por Sir Isaac Pitman, Correspondence Colleges ? Reino Unido (VIDAL, 2002 apud ANDRADE, 2000).
É bem provável que a origem do ensino à distância se deva a razões de ordem social e profissional ou mesmo cultural, associadas a fatores como o isolamento, a flexibilidade, a mobilidade, a acessibilidade ou a empregabilidade. De um modo geral o nascimento do ensino à distância tinha como objetivo suprir as carências do ensino tradicional (VIDAL, 2002 apud SANTOS, 2000).

"O Ensino à Distância é uma acção educativa onde a aprendizagem é realizada com uma separação física e (geográfica e/ou temporal) entre alunos e professores. Este distanciamento pressupõe que o processo comunicacional seja feito mediante a separação temporal, local ou ambas entre a pessoa que aprende e pessoa que ensina." (VIDAL, 2002 apud SANTOS, 2000, p. 7).

Num contexto de rápidas mudanças tecnológicas e de novas lógicas de mercado, o sistema educativo é confrontado com a necessidade de fornecer novas oportunidades educacionais. Na sociedade atual o conhecimento e a informação são fundamentais para a formação e sucesso profissional dos indivíduos.

A educação à distância é um recurso de incalculável importância, como modo apropriado para atender a grandes contingentes de formandos de forma mais efetiva que qualquer outra modalidade, e sem grandes riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos. (VIDAL, 2002)

Muitos formadores e responsáveis da educação questionam a eficiência da educação à distância. No entanto, pelos resultados comparativos de estudos feitos em diversas instituições de ensino, pode concluir-se que o ensino à distância é tão ou mais eficiente que o tradicional, desde que o método e tecnologias usadas sejam os apropriados à matéria que se ensina; exista interação entre formandos e "feedback" entre o formador e o formando.

Numa perspectiva atual e global, o ensino à distância apresenta-se cada vez mais como uma alternativa, do que um complemento aos tradicionais métodos de ensino presenciais. Identificam-se várias particularidades do ensino à distância, entre as quais se destacam algumas em que o formando poderá (VIDAL, 2002 apud SANTOS, 2000)
No sistema de ensino à distância o formador é um organizador, orientador e facilitador, isto é, um gestor de informação útil e pedagógica a que os seus estudantes têm acesso, por via de diferentes fontes, para estudarem à distância e ao seu ritmo de aprendizagem.

Uma das formas de evitar o isolamento do formando, passa pela organização de sessões presenciais e virtuais, planeadas de modo a permitir que o formando esclareça as suas dúvidas, adquira competências específicas, treine comportamentos e crie espírito de grupo.

Apesar da conclusão a respeito da eficácia da EAD, sua implementação enfrenta alguns obstáculos que resultando contexto de atuação, e da própria natureza das estratégias de ensino à distância. O principal deles é a reduzida confiança neste tipo de estratégias educativas por parte de educadores, aprendizes, responsáveis de instituições e até alguns grupos-alvo mais conservadores e resistentes à inovação.

Dados do INEP (2010) no Censo da Educação Superior, afirmam que em 2009 das 839 mil matrículas em graduação na rede federal, 87 mil já eram na educação à distância. Número cinco vezes maior do que o apresentado em 2003, comprovando que a população está mais aberta para aceitar esse novo instrumento educacional.

De acordo com dados divulgados pelo INEP (2010) o Censo de 2009 registrou 28.966 cursos, sendo 28.671 de graduação e 295 sequenciais de formação específica. Os cursos de graduação tiveram um crescimento de 13% em relação ao ano de 2008. Quanto à modalidade de ensino, os cursos de educação a distância aumentaram 30,4%, enquanto os presenciais 12,5%.

Ao comparar a distribuição do número de matrículas por grau acadêmico, segundo a modalidade de ensino, verifica-se que, enquanto 71% dos cursos presenciais são de bacharelado, metade dos cursos de EAD é de licenciatura. Entre os dez maiores cursos de graduação por número de matrículas está Pedagogia com mais de 34% de alunos matriculados. (INEP, 2010)

Na educação superior à distância os alunos apresentam características que os diferenciam dos alunos da educação através do método tradicional. Na EAD os alunos têm idades e qualificações diferentes, não habitam na mesma zona, a maioria é adulta e trabalha e a educação acaba sendo a atividade secundária.

Para essa categoria de estudantes, a maior vantagem da educação a distância é o fato da disponibilidade do conteúdo 24 horas por dia nos 7 dias da semana e a disponibilidade do estudo poder ser realizado em casa ou em qualquer outro local. Essa vantagem proporciona a oportunidade de cursar uma universidade de qualidade, principalmente para quem reside em regiões interiorizadas, quem ocupa as classes econômicas mais baixas e quem não teve oportunidade de ingressar no tempo de conclusão do ensino médio.

Conforme dados apresentados pelo Inep (2010), os alunos que ingressam na EAD são os que ingressam na educação superior mais tardiamente e pelas condições preferem essa modalidade de ensino. Na modalidade presencial os alunos concluem a graduação com aproximadamente 28 anos, enquanto na EAD com 36 anos, como conseqüência tardia do ingresso.
De acordo com dados apresentados pelo Inep (2010), dos 19 mil estudantes que concluíram em 2009 a graduação na modalidade à distância 10 mil obtiveram a licenciatura. Esses resultados são significativos, pois representam a formação de novos educadores e a disseminação do conhecimento, criando novas redes de aprendizagem.


REFERÊNCIAS


BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União de 23 de dezembro de 1996.

CARVALHO, Jaciara de Sá. Redes e comunidades virtuais de aprendizagem: elementos para uma distinção. São Paulo, 2009. Disponível em: . Acesso em: 07 jun. 2011.

CRUZ, Vicente Vagner. Discussão sobre o Conceito de Educação. Pará, 2009. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2011.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA ? INEP. Sinopse das Ações do Ministério da Educação 2011. Brasília, 2010. Disponível em: . Acesso em: 15 jun. 2011.

______. Censo da Educação Superior 2009: Resumo Técnico. Brasília, 2010. Disponível em: . Acesso em: 07 jun. 2011.

PACHECO, Eliezer; RISTOFF, Dilvo. Educação Superior: democratizando o acesso. Série Documental. Textos para Discussão. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2004. Disponível em: . Acesso em: 07 jun. 2011.

STALLIVIERI, Luciane. O Sistema de Ensino Superior do Brasil: características, tendências e perspectivas. Caxias do Sul/RS, 2009. Disponível em: . Acesso em: 08 jun. 2011.

VIDAL, Elisabete. Ensino à Distância vs Ensino Tradicional. Porto, 2002. Disponível em: . Acesso em: 07 jun. 2011.

ZANGISKI, Marlene A. da S. Gonçalves; LIMA, Edson Pinheiro de; COSTA, Sérgio E. Gouvêa da. Uma Discussão Acerca do Papel da Aprendizagem Organizacional na Formação de Competências. Ciência da Informação. Brasília, 2009. Disponível em: . Acesso em: 06 jun. 20111.

Autor: Raphaella Karla Martins De Lima


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