Profissionais da educação são taxados de incapazes



Por: Marcelo de Jesus Garcia

Artigo de opinião

29/06/2011

Profissionais da educação são taxados de incapazes

Os professores não estão capacitados? A resposta é unânime e sempre a mesma: não, precisa de formação. A realidade tem várias facetas. Há graduados em outras áreas do conhecimento que ocupam função no magistério por cupidez do próprio sistema educacional, que há anos não consegue completar o seu quadro efetivo de educadores, violência e a falta de interesse dos alunos sustentada por uma falta de perspectiva com os estudos não alimentada pela família.
No seu quadro efetivo as secretarias de educação têm mestres, especialistas em educação. Esse quadro efetivo não está capacitado? É preciso refletir sobre tal questão, pois estar capacitado não é freqüentar cursos de pequena duração sobrepondo a formação acadêmica em nível de graduação e pós-graduação. Existem especialistas com formação que abrange os cursos de pequena duração que lhes são oferecidos.
Por que um graduado em outra área que não seja professor é bem aceito? O professor não! Precisa de capacitação!
Quando um cidadão é encaminhado por outro profissional que não seja da educação a um especialista, não se houve em "couro" críticas a sua atuação. Já o professor, é incapaz!
Então, a formação acadêmica do professor não o capacitou para o mercado de trabalho? Ora, é aprovado em concurso público que avalia parte de sua formação e simultaneamente o considera despreparado?É aprovado em concursos extremamente concorridos e a culpa é apenas dos profissionais da educação?
São tantos os fatores que influenciam a educação, como docentes não graduados, família, comunidade em que está inserida a escola, mas, a classe do educador recebe uma crítica contundente em relação a sua atuação.
A família tem um papel importante para o aluno, pois esta pode alimentar o sonho com o futuro.
A falta de acompanhamento familiar no âmbito da escola influencia negativamente a aprendizagem. A apatia dos alunos com o estudo muitas vezes é uma constante, não é porque a aula não seja atraente, mas porque falta hábito de estudo não alimentado com a perspectiva do futuro ceifado com as facilidades tecnológicas do mundo globalizado e capitalista, do imediatismo.
Não podemos nos tornar insensíveis, os meios de comunicação dia após dia exibem em seus quadros jornalísticos cenas de violência no interior das escolas, desde a explosão de bombas, agressão a professores e assassinatos de alunos. O problema pode parecer mais sério do que imaginamos!
Então, a culpa é somente dos educadores? Ou o problema tem uma dimensão social abrangente?
A sociedade deveria ser mais participativa e não omissa transferindo os problemas que estão do lado oposto do muro da escola somente para o professor.
Já se tornou um jargão, capacitar professor, mas a estrutura educacional é complexa, o que faz com que alunos e pais não saibam entender o real papel dessa instituição que tem um papel fundamental na formação de pessoas e não de números, e vem se tronando um campo de batalha formando "soldados" analfabetos funcionais.


Autor: Marcelo De Jesus Garcia


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