RELATÓRIO EXPOSIÇÃO ISLÃ



Introdução

Este trabalho como parte das disciplinas de história antiga do ocidente e história antiga do oriente, ministradas pela Prof.ª Suzi Aguiar, trata de uma visita técnica guiada ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que apresenta a exposição "Miragens", que reúne cerca de 350 peças, em sua maioria inédita no Brasil, de dezenove artistas contemporâneos com origens em países do oriente médio. As peças que fazem parte da exposição foram trazidas dos museus da Síria e do Irã; museu de Damasco, palácio de Azem, museu de Aleppo na Síria, museu do Irã e do museu de tapetes em Teerã.
Tendo em comum a cultura islâmica e a partir de diversas linguagens que, incluem pinturas, fotografias, desenhos, instalações e vídeos, os artistas abordam temas que vão desde o lugar da mulher na sociedade, o diálogo entre modernidade e tradição relativos do Oriente Médio, até os conflitos armados mais recentes.

Relatório

1- O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), ocupa o histórico nº 66 da Rua 1° de Março, prédio de linhas neoclássicas que, no passado, esteve ligado às finanças e aos negócios. Sua pedra fundamental foi lançada em 1880, materializando projeto de Francisco Joaquim Bethencourt da Silva (1831-1912), arquiteto da Casa Imperial, fundador da Sociedade Propagadora das Belas-Artes e do Liceu de Artes e Ofícios.
Inaugurado como sede da Associação Comercial, em 1906, sua rotunda abrigava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Na década de 20, passou a pertencer ao Banco do Brasil, que o reformou para abertura de sua Sede. Esta função tornou o edifício emblemático do mundo financeiro nacional e duraria até 1960, quando cedeu lugar à Agência Centro do Rio de Janeiro e depois à Agência Primeiro de Março.
No final da década de 80, resgatando o valor simbólico e arquitetônico do prédio, o Banco do Brasil decidiu pela sua preservação ao transformá-lo em um centro cultural. O projeto de adaptação preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda.

Inaugurado em 12 de outubro de 1989, transformou-se em pólo multimídia e fórum de debates. Com 17 mil metros quadrados, o CCBB RJ integra muitos espaços num só, onde a arte está permanentemente em cartaz.

2- Exposição Islã

A exposição foi idéia de Rodolfo Athayde, que nasceu em João Pessoa, em 1952. Entre 1970 e 75 cursou Medicina na Universidade Federal da Paraíba-UFPB. No período de 1980 a 1984 fez pós-graduação em Medicina na Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha. Sua atividade artística se iniciou em Barcelona com os mestres Père Cara e César Lopez Ozórnio, e continuou no Brasil, quando realizou sua primeira mostra individual na Galeria Macunaíma, da FUNARTE, no Rio de Janeiro, em 1986. Nos anos seguintes, desenvolveu atuação intensa nas artes visuais, recebendo premiações em Salões Nacionais de arte e participando de várias exposições no exterior. Desde o início, teve na fotografia o exercício permanente do olhar. Mas, foi somente no final dos anos 90 que passou a desenvolver suas elaborações em série (projetos fotográficos), instalações e vídeo.
A exposição tem como finalidade aproximar não só o público brasileiro como também turistas de diversas nacionalidades que visitam o CCBB, da cultura de uma das civilizações mais importantes da humanidade. Este projeto comemora os vinte e um anos do CCBB. Está organizada em salas, de acordo com as datas e com a ordem dos acontecimentos, e os objetos estão ainda organizados dentro de uma seqüência lógica. Tendo como base o saber histórico, traz à oportunidade de reunir tempos, culturas e curiosidades em um espaço destinado ao saber, como livros formados não por palavras, mas por objetos, fragmentos e vestígios de memória, com o objetivo de investigar o diferente e transformar informação em conhecimento.
Entender o Islã como cultura é o caminho para a ampliação dos saberes sobre um grande grupo que escolheu o seu modo pessoal de estar no mundo. E, através de sua arte e da produção dos seus objetos, esta escolha começa a ser revelada.

3- O que é o Islã?

Antes de iniciar nosso passeio pelo oriente médio teremos que entender o sentido da palavra "Islã". Islam significa submissão a Deus, e islamismo seria a ação de submeter-se com o objetivo principal de alcançar a paz pessoal e coletiva. O muçulmano é o seguidor do Islã e a sua vida é pautada em princípios que extrapolam o mundo religioso, pois o islamismo é, acima de tudo, cultura.
O muçulmano acredita em apenas um Deus, assim como os cristãos e os judeus. O nome divino Ala significa "o Deus", em árabe. Seu livro sagrado chama-se alcorão (Quran), escrito que registra as revelações que o profeta Muhammad (também conhecido como Maomé) recebeu do arcanjo Gabriel, a partir do ano de 610 da era cristã. Isto aconteceu na cidade de Meca, na atual Arábia Saudita. Para o muçulmano Deus somente é um, portanto não aceitam, nem aceitarão a Santíssima Trindade, à que consideram como uma blasfêmia contra Alá, o único. Só aceitam a Jesus como um profeta anterior a Maomé.
Nem todo árabe é muçulmano e nem todo muçulmano é árabe. Maomé nasceu no mundo cultural árabe, o qual se caracterizava pela organização em tribos de pastores. E foi no centro destas sociedades que o islamismo nasceu. O islã adotou a língua árabe porque o profeta Maomé teria recebido todos os ensinamentos de Ala através deste idioma. Outros povos foram convertidos com a expansão da nova religião, fazendo do Islã um grande caldeirão de culturas misturadas. Como a língua sagrada continuava a mesma, estes novos adeptos a adotaram e países inteiros a tornaram o idioma nacional ou um idioma fundamental, por ser utilizado nas orações. Existe também outro fato que colabora para a confusão, das três cidades sagradas do islã, duas das mais importantes estão na Arábia Saudita, região originaria da família de Maomé. Meca e Medina atraem muçulmanos de todo o mundo para os locais de culto, sobretudo a primeira.
Assim, ser muçulmano não significa necessariamente pertencer ao povo árabe e nem todos os árabes converteram-se ao islamismo. Em alguns países do oriente médio como Líbano, Síria e Palestina, existem várias comunidades de árabes cristãos.

4- Térreo

Logo na entrada do CCBB, começamos a nos deparar com o universo Islâmico, e encontramos uma fonte, para o muçulmano a água é a essência da vida, e o mais alto sinal de purificação. O muçulmano possui cinco pilares que regem o seu dia a dia. A Shahada, que é a própria declaração de fé em Ala, a Salat, que está associada à ação religiosa, ou seja, a necessidade de orar cinco vezes por dia, o Zakat, que tem relação com a caridade através da doação de parte do seu patrimônio, a cada ano, o Sawn, o jejum durante o mês sagrado do Ramadã (mês sagrado do islã, quando os muçulmanos jejuam do nascer do sol ao por do sol em respeito à Ala) , e a peregrinação a Meca, que deve ocorrer pelo menos uma vez na vida para os que têm condições financeiras e físicas chamada de Hajj. A fonte representa a purificação, a limpeza de determinadas partes do corpo, como a cabeça, mãos e pés, antes das orações.
Do térreo olhando para o alto, vemos a amostra de tecidos, que são confeccionados em padrões geométricos, com cores harmônicas e claras e sem figuração. A arte islâmica adotou esse tipo de desenho como forma ideal de expressar a essência da sua cultura. As formas coloridas se repetem em ritmos calculados que buscam dar o sentido da harmonia e do equilíbrio. O islã não representa a figura humana em suas decorações, pois, no seu pensar cabe somente a Deus.

5- 1° Andar

No primeiro andar, encontramos parte da arquitetura muçulmana à mostra nos arcos que recebem o visitante na entrada da exposição, as salas em seguida nos levam ao universo da cultura islâmica. Diferentes mapas contam os períodos de expansão territorial do Islã, que percorre do século VII ao século XX, destacando os mais importantes acontecimentos históricos do mundo islâmico. Alguns objetos selecionados destacam para o público o conteúdo do restante da exposição. Uma pequena sala de passagem mostra plantas arquitetônicas das mais importantes mesquitas, como a Mesquita dos Omíadas em Damasco, a Mesquita da Rocha, em Jerusalém, entre outras, e azulejos históricos são recriados, e ressaltam a estrutura básica dos seus padrões.

Segue abaixo alguns dos objetos que mais se destacam na exposição:
a) Vestimenta masculina ? Calça reta ou Shiruel, camisa de manga longa, colete reto ou árabe e paletó com botões trabalhados do século XIX, proveniente do Palácio de Azem na Síria. Vimos também o Boubou, uma vestimenta masculina do século XX da Nigéria, proveniente da Casa das Áfricas (Brasil). Quando estudamos os povos que possuem tradições milenares, costumamos criar imagens a partir de suas características mais marcantes. Feitas de material tipo linho grosso. A calça tradicional, chamada Shiruel e bota estão presentes sempre. A cor preta é a mais comumente usada, e os enfeites são comuns na sua lateral. A faixa vermelha colocada na cintura é de pano e pode apresentar uma gama variada de cores. O colete também faz parte da vestimenta tradicional, esse diferentemente do shiruel, varia bastante nas cores e enfeites. Em baixo dele, é vestida camisa, normalmente branca, de manga comprida. Não é incomum algumas vezes a dança com uma ghalabyie, espécie de "sobretudo" árabe, sobre todas as outras roupas.
b) Vestimenta feminina preta bordada ? Datada do século XX d.c e proveniente do Palácio de Azem na Síria roupa sem decote, que não possui transparência, sem adornos e sem figuração, pouca mistura de cor, comprimento abaixo do tornozelo. Quando observamos as roupas temos a tendência de congelarmos estas culturas no tempo, como se qualquer tipo de mudança estragasse parte da sua graça. No caso do islã as roupas, com túnicas, os véus e os turbantes são elementos mais conhecidos, presentes em nosso imaginário, a partir dos contos literários e os noticiários de TV.
c) As bandejas de cobre em formato redondo ? Datadas dos séculos XVII e XVIII d.c provenientes do museu nacional de Damasco são de cobre trabalhado, bem maior que a padrão, serve como prato nas refeições, em grupo de orações onde os muçulmanos se sentam ao seu redor e utilizam as pontas dos dedos para se alimentarem. Com detalhes harmônicos enfeitados, com formas, de maneira a se conectarem com Ala, todos os desenhos são uma maneira de se conectar com o divino.

d) O astrolábio ? O astrolábio Plano Proveniente do Palácio Golestan em Teerã, ou o curioso astrolábio esférico de Isfahan, do século XI, que representa um globo celeste. Estas peças se relacionam com um painel sobre o saber no mundo islâmico, era usado para localizar com precisão a direção da Caaba sagrada (construção que é reverenciada pelos muçulmanos, na mesquita sagrada de Al Masjid Al-Haram em Meca, e é considerado pelos devotos do Islã como o lugar mais sagrado do mundo) em Meca.
Estas peças se relacionam com um painel sobre o saber no mundo islâmico, as aventuras da Casa do Saber criada em Bagdá no séc. IX, os feitos do filósofo e médico Avicena, o resgate de Aristóteles pelo filósofo andaluz Averroes, entre outras mentes brilhantes que fizeram florescer essa civilização. Um cofre guarda os tesouros da ourivesaria, com jóias da Síria do séc. XI, como os brincos de ouro em forma de pássaros, jóias do Irã, pratas dos Tuaregues do deserto e uma exclusiva coleção de moedas antigas de várias épocas, que vai do período Omíadas ao Império Otomano.
e) Tapetes decorativos ? São tapetes de várias épocas, alguns deles tapetes de oração, que dividem o espaço com os tapetes persas, que ainda sobrevivem em cidades como Tabriz e Isfahan. Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmicas. Para começar, como povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para decorar o interior das tendas. À medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar palácios e castelos, além de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em contato com a terra. Os tapetes com figuração são usados somente para ornamentação.
f) A música islâmica ? Os instrumentos musicais vistos na exposição são instrumentos musicais muito parecidos com os usados pelo povo cigano, havia um instrumento parecido com um violão chamado alaúde que é de madeira e decorado com fragmentos de ossos e madrepérolas, datados do século XIX, proveniente do palácio de Azem e outro que lembrava uma harpa, sendo que ambos mais rústicos. A música islâmica é agradável ao ouvido, relaxante, harmoniosa e instrumental, trazendo ao visitante uma paz interior. Para os árabes, a música é indispensável em todas as cerimônias religiosas. O Alcorão, livro sagrado dos árabes, tem seus versículos cantados, sendo esta uma tradição mantida até os nossos dias. Este é um dos motivos que este é um dos povos que mais cultivaram e propagaram a arte musical. Inicialmente, o canto e a execução dos instrumentos eram confiados aos escravos e às mulheres. Seu sistema musical é composto de 17 notas e os primeiros modelos de ritmo foram os passos do camelo e o galope dos cavalos. Um dos mais velhos instrumentos árabes era a rebeca da poeta e continha apenas uma corda. Servia para acompanhar as declamações dos poetas da tribo. Usavam ainda a harpa e o alaúde. Como percussão tinha o adufe, espécie de tambor coberto com pele. O principal instrumento de sopro era a flauta.
g) Azulejos de cerâmica ? Dos séculos XV e XVIII d.c 30 cm x 29 cm do Museu Nacional de Damasco com uma padronagem de linhas curvas entrelaçadas inspiradas nos vegetais. Como o islã não representa a figura humana em suas decorações, as plantas emprestam as suas folhas, flores e galhos como elementos de criação para o artista. Chamam atenção ainda neste mesmo ambiente, vários ornamentos em gesso datados dos séculos VIII e XII provenientes também do Museu Nacional de Damasco.
h) A escrita - A sala da palavra e a escrita, pois "sem escrita não há arte, nem sequer Islã, sem o valor transcendental da palavra e sua materialização, a escrita". Esta sala recebe o visitante com uma coleção de livros entre Alcorões e outros exemplares que mostram a arte da caligrafia árabe na sua complexidade e riqueza. Um antigo exemplar de uma página de Alcorão em letras Kuficas, escrito sobre pele de gazela, divide a atenção com as páginas douradas de outro Alcorão do século XVII, e um tecido bordado em ouro, que repete o padrão de uma "Sura" (versículo do Alcorão), vindo do Irã do século XVII. Há ainda uma pequena pedra com inscrições em árabe, talvez um dos mais antigos testemunhos da língua árabe. Datada do séc. VIII, do período Omíada, na Síria. Tábuas de escritura tuaregues e objetos para talhar e escrever também estão nesta sala, em que tudo gira em torno da palavra, essencial a uma cultura letrada, "onde o sagrado Alcorão é a própria palavra de Deus". A caligrafia ocupa lugar de destaque na arte islâmica, pois ela não é apenas uma forma de escrever, mas também ornamento que aparece em quase todos os objetos. Um simples prato pode conter uma frase desenhada em círculo, bem decorada. Assim o cotidiano ganha um toque de beleza formal somado a mensagens agradáveis de ler. Chama a atenção na exposição o quadro de letras da sala de caligrafia que mostra os equivalentes das letras árabes em português e que ensina como pronunciá-las. O árabe é escrito da direita para a esquerda e possui 28 letras no seu alfabeto. O calígrafo é aquele que aprende a arte de escrever bem. É requisitado para usar sua habilidade na decoração de azulejos, de parte de monumentos e de objetos em geral.
i) Quadros, fotos e obras de arte ? Hassan Massoudy, artista iraquiano nos faz viajar com seus belos quadros de arte escrita. Tradicionalmente, a caligrafia árabe é feita de tinta preta, mas Hassan coloca outras cores. As palavras e frases que ele desenha são de poetas e escritores de todas as partes do mundo. Ele se interessou pela arte desde novo, mas como o islã não permite a representação humana, ele passou a explorar a caligrafia como fonte de inspiração. Sob o titulo de Miragens os artistas reuniram diversos quadros e fotos que compartilham a cultura islâmica. O encontro com as obras contribui para confrontar a visão que o ocidente construiu do oriente e que hoje são reformulados pela mídia, que coloca na região do oriente médio e no Islã o alvo de suas criticas. Tem grande destaque na exposição as fotos de Shadi Ghadirian, suas fotografias nos mostram o contraste da personagem da foto, em destaque a cenografia e a roupa que não combinam com o objeto em suas mãos. Chama a atenção também o quadro de Laila Shawa- Meninos Soldados- impressão giclée sobre tela de 2008. Esta parte da exposição tenta transmitir esse diálogo contemporâneo com a tradição. Outra parte dos artistas reflete seu compromisso com o contexto político e com os conflitos armados. E vimos na mostra algumas obras que nos levam a esse imaginário, como uma roupa toda detalhada com miniaturas de fuzis AK-47, e uma máquina de escrever que tem em suas teclas ao invés de letras, projéteis de diferentes tipos de armas, o que nos fez entender que essa cultura teve a sua história escrita através das guerras.
j) Palácio Aze - A última sala nos leva ao interior do palácio Aze residência do Paxá, governador da Síria durante o período Otomano, o último dos grandes impérios muçulmanos. Destaque para o mobiliário de poltronas e o baú, crivados de madrepérolas, artesanato típico da Síria, e para as roupas que ocupam o centro da sala, assim como instrumentos musicais que são obras de arte do século XIX, feito pelo mais famoso luthier da Síria na época.

k) Diversos objetos em destaque ? Jarro de bronze decorado com trabalho de gravação e incrustado de turquesas do século XIX, do Museu Resa Abassi no Irã ? Capacete de ferro do século XIII-XIV do Museu Aleppo na Síria ? Escudo de ferro Dourado do século XIII-XIV do Museu Aleppo na Síria ? Cinto de Couro para pólvora do século XIX do palácio de Azem na Síria ? Prumo de construção civil do Museu Nacional de damasco ? Balança do século XIX do Museu Nacional de Damasco ? Espada do século XIX do palácio de Azem ? Tamancos do século XX do palácio de Azem ? Enfeite de cabeça com moedas do século XIX do palácio de Azem ? Cinto de prata revestido tecido do século XX do palácio de azem ? Martelo de madeira do século XIX do palácio de azem ? Vestimenta de seda da região de Rahiba do século XIX do palácio de Azem- Candelabro de bronze co inscrição datado do século XVII do Museu Nacional de Damasco ? Par de portas gravadas com inscrição em escrita naskh datada do século XVI do Museu nacional do Irã ? Livro de jurisprudência islâmica " O encontro dos mares" de Ibrahim Muhammad do século XVII do Museu Nacional de Damasco e varias outras peças.
Conclusão
Podemos concluir que o islamismo além de uma religião é uma filosofia e um modo de vida. Viajando pela cultura árabe e nos aproximando e aprendendo um pouco mais sobre esse povo temos a impressão que o islã, moldou a sociedade com seus valores, tudo que foi visto na exposição nos reflete ao pensamento de conquista, o Islã foi fundamental para a formação do mundo árabe, a aproximação com outros povos foi fator determinante para a diversidade cultural deste povo, rico em tradições e em fé. Não podemos tirar conclusões pelo que a mídia tenta mostrar, sabemos acima de tudo que em qualquer cultura e religião existe o chamado "fanatismo religioso", por isso não devemos nunca generalizar e sim saber respeitar a cultura e a religião islâmica evitando o etnocentrismo.
O encontro com essa cultura contribuiu para apagar a visão desencontrada que tínhamos em relação ao oriente, da maneira que hoje são tratados pela mídia e que coloca no islamismo o alvo de suas críticas. Os artistas mostram o seu protesto em forma de arte, para tentar mostrar ao mundo a verdadeira cultura do seu povo.

Referências bibliográficas

GAVIÃO, Gustavo. LIMA, André Ferreira: Caderno de Mediação. Exposição Islã/Miragens. RJ: Arte A produções.
MOREIRA, Sandra. Exposição Islã é lançada no Rio. Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010. Acesso em: 11/11/10.
VELASCO, Suzana. Exposição 'Islã' abre no CCBB com mais de 300 obras entrelaçando História, religião e arte. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/10/10. Acesso em: 14/11/10.

Autor: Everaldo Rufino Da Silva


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