SEGUNDA CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA RECREATIVA DE RIBEIRÃO PRETO



SEGUNDA CARTA ABERTA AO SENHOR PRESIDENTE DA SOCIEDADE RECREATIVA E DE ESPORTES DE RIBEIRÃO PRETO.
Exmo. Sr. Dr. João Batista Sarti.
DD. Presidente da Recreativa
Prezado Senhor,
Nova tentativa de agendar uma entrevista com V.S. foi frustrada por sua fiel escudeira Lilian, que ao ouvir meu nome disse alguma gracinha para a excelente funcionária Beth, do multiatendimento, pois notei em seu semblante um sorriso disfarçado. Assim sendo, só me restou a alternativa de nova carta aberta. Então vamos lá.
Após colar grau em dezembro de 1970 na Faculdade de Odontologia da USP, nesta cidade, estagiava em 1971 na cidade de São Paulo, quando li no Estadão a seguinte notícia: MOCOCA TERÁ DENTISTA NO POSTO DE SAÚDE ? A Prefeitura doará todo o equipamento e a Secretaria da Saúde pagará o profissional. Imediatamente liguei para meu pai e indaguei sobre a veracidade da mesma e se ele já havia reservado tal cargo para mim. Laconicamente ele respondeu:- "Sim, é verdade e eu já indiquei o Thiaguinho, filho do Dr. Álvaro, para ocupar o cargo." Ele atendeu ao telefone no gabinete do Prefeito Municipal de Mococa. Ele era o próprio. Posteriormente justificou-se comigo alegando que "não teria cara para enfrentar a população, caso me privilegiasse com tal cargo".
De formação militar, tenente R2 do CPOR (Curso de Preparação de Oficiais da Reserva) de São João Del Rei, ele foi um Homem que primou pela decência e retidão de caráter. Sobre isso podem atestar o juiz da época, Dr. Geraldo Peres e o promotor Dr. Clid Menna Barreto, para citar apenas duas pessoas que posteriormente se transferiram para Ribeirão Preto, e que me honram com suas amizades. Foi desse Homem que recebi as noções de cidadania, moral e ética, que passaram a nortear minha conduta profissional e social vida afora. .
Isto, Senhor Presidente, é para que saiba um pouco de minha estirpe e entenda minha revolta quando, à suas ordens, sou julgado por alguém que há mais de cinquenta anos alterna cargos na diretoria deste clube, exercendo sem o menor pejo, o nepotismo, usando e abusando da famosa "Lei de Gerson"! Tomei conhecimento desse caso de nepotismo pela observação do meu "grande" amigo Dr. Nelson Pereira que disse:- " Apesar de poderoso no clube, desta vez o Wilson não conseguiu evitar a demissão do filho!"(sic). Eu nem sabia desse filho funcionário do clube!
. Fortuitamente soube de caso semelhante na sauna do clube. Ao cumprimentar meu ex-professor Dr. Abib Salim Cury fiquei com a mão estendida e constrangido pela não reciprocidade! Logo me bateu o motivo, vendo seu irmão ao lado! Ele vestiu a carapuça do nepotismo e revoltado com minha denúncia negou-me o cumprimento! Oras, eu atirei no que vi e acertei no que não vi, pois a denúncia visava outra pessoa. Eu desconhecia o fato de que este conselheiro havia instituído a vitaliciedade na sauna e transferido ao irmão o cargo que ocupou por muito tempo. Assim, seu irmão mais pobre deixa de recolher diariamente a quantia de R$ 10,00 aos cofres do clube, R$ 300,00 no mês, totalizando no ano R$ 3.600,00. Projetando para dez anos, a quantia de R$ 36.000,00 não recebida seria suficiente para a renovação de toda a aparelhagem da sauna! Mais decente e honesto seria a contratação do mano para trabalhar em uma das oito emissoras de FM que ele acaba de receber, de mão beijada, do governo. Ambos seriam beneficiados, o mano e o clube. Caso o Senhor decida por não ouvir as fofocas diárias do Zucoloto e sim perder alguns minutos numa volta pelo clube, verifique a falta de cabides na sauna, o estado deplorável dos armários no vestiário, solte os pássaros do viveiro, tanto da cidade quanto do clube de campo. Além de antiecológicos acarretam uma despesa desnecessária ao clube. No Clube de Campo elimine aquela pocilga indecente e mal cheirosa! Clube não é lugar para se criar porcos. A propósito, a Vigilância Sanitária aprova isso?!
Quanto à denúncia da invasão de nosso quiosque na festa de confraternização com meus colegas dentistas devo lembrá-lo do seguinte: Em outubro de 2010 foi celebrado com o clube um contrato de prestação de serviço no Clube de Campo, abrangendo além do acesso à boate, a locação do espaço das churrasqueiras, o serviço de bufê e seus apetrechos, bebidas e obviamente a infraestrutura de segurança que o clube normalmente oferece aos sócios. NADA DISSO FOI GRATUITO, TUDO FOI PAGO, e assim sendo, a denúncia de invasão por parte de um parente embriagado do conselheiro Scarpini deveria ter sido investigada por V.S. e as pessoas envolvidas responsabilizadas pelo ato e pelo prejuízo causado. Fui informado pelo gerente Pagoto de que o mesmo esteve em sua presença relatando o ocorrido, portanto, V.S. tem conhecimento de tudo que aconteceu naquele dia! A mim, ele disse que não daria mais nenhuma explicação sobre a não elaboração do BO. Caso insistisse em pormenores, fui orientado para dirigir-me à diretoria. Tentei fazer isso através de ofício à tesouraria. Indaguei a respeito de possível ressarcimento relatado pelo gerente. Não obtive retorno da mesma até hoje, portanto fica a dúvida sobre o paradeiro da quantia paga pelo conselheiro Scarpini para ressarcimento dos prejuízos. O gerente garantiu que "O Scarpini pagou o prejuízo e o assunto já morreu, além do que o cara nem sócio era"(sic)
A denúncia sobre a agressão da qual fui vítima foi devidamente comprovada pelo depoimento do sócio Wagner Bertolini, ao qual sua advogada procurou ignorar para não comprometer a atitude dos bancários aposentados.
Com relação à atrevida Edirlene, desta vez reconheço que ela se superou! No dia seguinte do recebimento da relação das pessoas que eu pretendia interrogar (02/04/11) a astuta, ardilosa e desonesta funcionária manteve contato com uma delas ? Dra. Valéria - comunicando-lhe que "ela receberia um convite para oitiva, mas que não precisaria comparecer, pois o caso já estava resolvido". Logo em seguida recebi ligação da citada testemunha questionando-me sobre meu comportamento no clube, haja vista ter recebido da referida funcionária informação de que eu seria "persona non grata" no clube, tendo contra mim, não somente a diretoria, mas também todo o conselho e grande número de sócios. Terminou a Dra. por aconselhar-me a abandonar minha "atitude de confrontamento e submeter-me pacificamente às penalizações impostas". Ardilosa e desonesta, sua funcionária conseguiu que minhas testemunhas, Dr. Roberto e Dra.Valéria comparecessem ao clube no dia 05/04, sendo ambos conduzidos diretamente à sala da advogada, e não ao multiatendimento como seria normal, onde redigiram uma declaração manuscrita, ditada por alguém, com termos bem diversos daqueles onde eles se oferecem para prestar os esclarecimentos necessários, inseridos no documento que possuo e que apresentarei à Justiça:? " Colocamo-nos a disposição da presidência e comissão de ética para melhores esclarecimentos", (sic) dizem eles.
Os acontecimentos em torno das palhaçadas praticadas pelos bancários aposentados, contra mim, banalizaram-se de tal forma que qualquer um se julga no direito de intimidar-me! Até mesmo um dos Cavaleiros da Távola Redonda, conhecido como Luisão-O Forte, que tem o hábito de adentrar o clube sem passar pela roleta, quis tirar sua casquinha chamando-me de bobão! Isso porque o fiscal exigiu sua carteira de sócio, em minha presença, para fazer girar a roleta. Oras, tivesse ele um terço de minha capacidade intelectual e não teria trabalhado como empregado por quarenta anos!
Senhor Presidente, sua prepotência eu conheço desde quando o senhor ocupava o cargo que hoje ocupa o vetusto bancário! Na ocasião o senhor foi taxativo em dizer-me que "como presidente da comissão disciplinar eu mantenho sua suspensão e os demais membros assinam embaixo." Como o uso do cachimbo faz a boca torta, tal prática vem sendo repetida através dos anos. Que o diga o Dr. Nelson, (mentiroso ou complacente?!). Agora o Senhor optou por dar uma de "João Batista Sem Braço", fingir que não tem nada a ver com os fatos e simplesmente manipular os cordéis dos fantoches!
Saiba Senhor Presidente, as pessoas que o senhor defende e curva a coluna pelos votos para se manter no cargo, eu aprendi com meu pai a desprezar! Saiba mais ainda; não sou eu a pessoa que "atenta contra o bom nome da Sociedade", pois tais pessoas estão ao seu redor. São essas que o Senhor tenta desesperadamente proteger agora. Minhas denúncias jamais "afetarão o crédito ou o bom nome da mesma" porque elas são dirigidas a pessoas inescrupulosas que usam dos cargos em benefício próprio ou de parentes. E a sujeira tem que ser mostrada sim! Não permitirei que a varram para debaixo do tapete! A inércia e incompetência de gestões passadas quase levaram o clube à falência, e muitos que contribuíram para isso ainda ocupam cargos indevidamente!
Finalizando quero cumprimentá-lo pela pose na capa da revista. Ficou ótima a foto, e deve ter feito muito bem para o seu ego. Ser presidente da Recreativa é o sonho dourado de muitos néscios. Não permita que eles o substituam. Imagino que a reportagem tenha sido cortesia do editor.

Oliveiros Coelho Neto ? sócio nº 2.655










Autor: Oliveiros Coelho Neto


Artigos Relacionados


Global Lottery: The Real Story Of The Turf Lottery Games In Brazil

Notas Sobre O Estádio Luiz Pereira, Em Ribeirão Preto

O Mais Querido Do Ms

Esporte Clube Bahia (em Acróstico)

Campeonato De Agility

Administradores De Paixões

Futebol Do Abc Na Elite Do Paulistão 2011