O Gerenciamento da Troca de Turnos Policiais Orientado pela Filosofia de Polícia Comunitária
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CURRÍCULO: Psicólogo e Especialista em Gestão de Polícia Comunitária pela UNIVALI, com vários cursos e treinamentos na área de Segurança Pública. Policial Militar há 15 anos, atualmente na função de sargento. Autor do Livro "SOS Segurança Pública: soluções práticas para questões emergentes" (Editora Viena).
RESUMO
Este trabalho identificou, através de levantamento bibliográfico e aplicação de um questionário semi-estruturado, o atual modelo de gerenciamento da troca de turnos policiais de viaturas operacionais urbanas do 21º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina. Os participantes da pesquisa, todos do sexo masculino, acima de 35 anos (70,8%), com grau de escolaridade equivalente ao Ensino Médio (79,2%), com graduação hierárquica predominante a de Soldado PM (79,2%), trabalhando em viaturas operacionais. Quanto ao tempo de serviço 83,3% possui mais de 11 anos na corporação policial e 62,5% trabalham a mais de 11 anos no serviço operacional, sendo que a maioria (75%) mora a menos de 20 km de distancia do quartel. Utilizando o método de pesquisa qualitativa verificou-se que a dinâmica das relações das equipes de trabalho influência no momento da troca de turnos policiais, principalmente no que se refere ao fluxo de informações disponíveis e os meios utilizados. A filosofia e objetivos do atual modelo têm foco na continuidade do serviço de atendimento de ocorrências (repressivo), diferente do que é orientado pela filosofia de Polícia Comunitária (preventivo). Os policiais dependem de seus pares, superiores e do COPOM para lhe fornecer informações, pois a troca de turnos ocorre individualmente e entre viaturas, sem a presença de toda a equipe em um local adequado, previamente determinado para a transição do serviço e com os materiais apropriados para o planejando do trabalho.
Palavras-chave: Policiais ? Turnos de Serviço ? Gerenciamento - Informações
INTRODUÇÃO
Os policiais militares que trabalham nas viaturas operacionais urbanas estão sujeitos a um maior contato com o público externo, atuando em policiamento preventivo, atendimentos de emergência e repressão direta ao crime e a desordem, por isso são profissionais de referência às políticas e procedimentos institucionais.
A troca de turnos por sua vez é um dos momentos - senão o mais importante ? o de maior interação entre as equipes policiais, ficando a cargo da equipe que está saindo passar as informações pertinentes ao serviço, como: ocorrências vultosas, condições dos equipamentos, ordens de serviço, eventos importantes, faltas, atrasos, ocorrências em andamento, entre outras.
Neste contexto, o presente artigo verifica se a troca de turno dos policiais militares do policiamento ostensivo de viaturas operacionais urbanas da PMSC possui um fluxo adequado e contínuo de informações, proporcionando elementos para um planejamento eficiente do policiamento.
O objetivo é Repensar as práticas institucionais relacionadas ao gerenciamento da troca de turnos dos policiais militares do serviço de policiamento ostensivo de viaturas operacionais urbanas.
Para isso, partiu-se do princípio de que por ser o modelo militar de polícia um modelo tradicional e burocrático de administração pública dos serviços prestados a comunidade, caracterizado pela centralização das estruturas internas de comando e controle, o gerenciamento da troca de turnos dos policiais militares do serviço de policiamento ostensivo de viaturas operacionais urbanas ocorre sem um adequado fluxo de informações.
Autor: Alaor Antonio Bittencourt
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