Marrocos: Referendo constitucional; "Sim" não exonera os partidos de suas responsabilidades



Para os outros partidos com outras formações principais a ver: Istiqlal, PAM, USFP, PJD, PPS, RNI, MP e muitos outros, incluindo todas as tendências de ideológias confundidas votaram "Sim" . conforme chamado e apresentado por Sua Majestade o Rei no seu discurso de 17 de junho passado.

Tais formações polítcas tinham se reunido, recentemente, seus respectivos órgãos para fazer declarações através dos meios de comunicação, todos preocupados com o futuro do projeto depois de viotar sim via o referendo, iniciou-se terça-feira, 21 junho, uma campanha até o dia da votação, visando informar às pessoas para votar, bem como demais atores da sociedade políticos e povo em geral, com voto "Sim".

Estes partidos políticos, que participaram directamente na elaboração do novo projeto, apresentaram suas propostas para a Comissão do Mennouni, incitando sobre várias reuniões e Mecanismo do Acompanhamento deste projeto em fase inicial, essas reuniões foram presididas pelo conselheiro de Sua Majestade o Rei, Mohamed Moatassim, assegurando ele mesmo outras missões relevantes.

Trata de enquadrar os cidadãos, tornando-os conscientes da importância da reforma constitucional que Marrocos pretende face ao medo das mudanças que ameaçam a estabilidade e a nova era de democrática.

Razão pela qual líderes dos partidos políticos foram chamados para assumir plenamente suas responsabilidades, diante dos fatos que necessitam da adesão de toda sociedade, mudando de atitude e comportamento diante dos cidadãos.

Primeiro tem que aproximá-los e escutar suas preocupações. Depois os cidadãos se tornaram cientes do que eles querem, tendo descobrindo ao longo dos anos, a falsa imagem de ação política, nomeadamente através de práticas não-democráticas flagrantes durante várias épocas, dificultando o processo de desenvolvimento e o percurso da história do país.

Esses partidos políticos devem apreender a lição, enfrentando com coragem e determinação o desafio para instaurar a confiança entre o cidadão e o ator político. tendo em vista que o próximo passo que requer bases sólidas e novas práticas compatíveis com as disposições da nova proposta da Constituição.

Não é suficiente falar aos cidadãos para votar "Sim", continuando a veicular um discurso obsoleto formulado em termos equívocos. Tem que convencer o eleitor da utilidade da sua escolha e do seu caráter decisivo para o futuro de Marrocos, que está conhecendo mudanças profundas.

Os partidos políticos devem accelerar com a mesma velocidade o processo político e sócio-econômico desencadeado pelo discurso histórico de 9 de março. A Sua Majestade o Rei Mohammed VI tinha sublinhado no seu discurso de 09 de março, o papel central dos partidos políticos em fase ainda de revisão constitucional. "Dando o interesse particular aos esforços realizados em prol do país e da sua democaracia, para isso os partidos políticos devem engajar-se no verdadeiro desenvolvimento e na implementação de uma boa governação Constitucional.

Tendo considerado que o papel a desempenhar pelos partidos não deve ser limitado a projetos desta Comissão honrada, mas devem dar importância as reformas estruturais em curso, do inicio até o fim, rebateu o soberano.

"O fato que os cidadãos perderam a confiança nas suas políticas, isso explica certas práticas não-democráticas que ameaçam este processo. Não é de hoje, mas há 3 ou 4 anos que Marrocos chama para uma mudança. Decorrentdo inclusive da intervenção política e de transumância nos assuntos internos dos partidos políticos, com a entrada no meio de um partido bem determindado ...», precisou Nabil Benabdellah, secretário-geral do PPS. "Se queremos restaurar a confiança, devemos nos concentrar sobre três componentes.

A primeira é que o aparato do Estado deve ser neutro para assegurar a aplicação das disposições da nova Constituição.

Segundo, os partidos devem questionar-se sobre como renovar suas elites e seus quadros.

E terceiro lugar, as elites e os jovens devem entender que eles devem colocar as mãos na massa, ao invés de se contentar ficar na expectativa, senão os mesmos podres continuam traumitando com as novas instituições democráticas ", explicou Benabdellah.

Por fim o problema pode se repetir com outra formação política se não houve saída urgente, pois os partidos políticos são obrigados como nunca a ir ao encontro dos cidadãos para forjar uma nova relação baseada na confiança em prol do processo e do sucesso da reforma constitucional.

Lahcen EL MOUTAQI
Prof. Pesquisador universitário





Autor: Lahcen El Moutaqi


Artigos Relacionados


Marrocos: Eleições Legislativas Conforme A Nova Constituição

Partidos Políticos - O Imperativo Da Transparencia

Dia Do Trono: Marrocos, Um Vasto Sîtio De Empreendimento

Referendo Sobre A Constituição De 2011 E A Renovação Permanente Da Instituição Da Monarquia

Juventude, Política E Partidos Políticos

O Fim Das Eleições Amadoras

Fidelidade Partidária