NOSSO RELACIONAMENTO COM A VIDA: OS SONHOS



O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.

Elleanor Roosevelt

Nunca se afaste de seus sonhos. Porque se eles forem, você continuara vivendo, mas terá deixado de existir.
Mark Twain



Mais facilmente se julgaria um homem segundo os seus sonhos do que segundo os seus pensamentos.
Victor Hugo

A esperança não murcha, ela não cansa, também como ela não sucumbe a crença. Vão-se sonhos nas asas da descrença, voltam sonhos nas asas da esperança.

Augusto dos Anjos.


A LAGARTA QUE SONHAVA QUE UM DIA IA VOAR

Era uma vez uma lagarta, feia, asquerosa e nojenta, aos olhos das pessoas.
Ela era ridicularizada por outros seres do mundo animal.
Era chamada de lenta, ser ignóbil, asquerosa e horrível.

Este ser tão "repulsivo" trazia dentro de si um sonho.
Desejava ardentemente um dia poder voar.
Com este sonho e com este anseio na alma, era comum vê-ela subindo nas árvores.
Subia pelo tronco e se alojava nos mais altos galhos.
De lá de cima seu passatempo predileto, era observar os pássaros em seus voos gloriosos.
Observar os passarinhos em seus mergulhos na imensidão do céu lhe traziam enorme prazer.

Contudo quando a lagarta olhava para sua condição, ficava triste imaginando seu futuro.
Futuro incerto e imprevisível, imaginava formas de um dia decolar e voar pelo céu azul.
Quando cansava de pensar, exausta e fadigada de tanto escalar árvores, caia no sono e adormecia.
Mas mesmo dormindo, o sonho a perseguia, enquanto dormia, via seu desejo virar realidade.
Se encontrava voando, voando o mais alto possível.
Pousando em flores, plantas, árvores e outras coisas, ia seguindo seu plano de voo.
Mas ao acordar, como era dura a realidade. Se via só, no galho aonde adormecera.
Ficava triste em viver como um ser rastejante, desprezada e até humilhada.

Um dia a lagarta acordou muito mal.
Notou que algo estava acontecendo.
Pensou que ia morrer, sentia-se estranha e foi se esconder.
Percebeu que sua pele estava se tornando um casulo.
Achou que a Mãe Natureza iria sepulta-la dentro dele.
Se encolheu o máximo e ali apagou, já não via mais nada.


Enquanto dormia, pensando que fosse o sono da morte, voltou a sonhar.
Sonhava novamente podendo voar e voar tão alto como nunca conseguiu em nenhum sonho.

De repente a lagarta acordou, estava em trevas, tudo escuro.
Notou que o casulo se fechara completamente.
Não querendo ficar para sempre ali, ela lutou para sair, e fazendo muita força deu um salto.

Ao saltar para fora do casulo, achou que ainda sonhava.
Porque quando pulou, em vez de rastejar ela voou, baixo, mas voou.


Se aventurou em um segundo voo e conseguiu ir mais alto.
Que surpresa! Ao olhar para si não viu mais uma lagarta.
Agora ela era uma linda borboleta.
O que ela pensou ser a morte, era uma metamorfose, era apenas um processo.
Processo para tira-la do chão e leava-la as nuvens.

As vezes temos sonhos na vida que parecem utópicos, porém só o tempo revelará se eles são utopias ou não.

Sonhe e ouse sonhar, porque dificilmente alguém irá além dos seus próprios sonhos.

Autor: Davi Alencar Santana


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