Lixo tornou-se uma das grandes preocupações de ordem sanitária.



IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELO LIXO

ELIZÂNGELA BATISTA SANTOS


PALAVRAS-CHAVE: o lixo urbano.

Graduada no curso de biologia
Pela Faculdade de Tecnologia
E Ciências - FTC EAD
Pós graduando no curso de educação ambiental
Pela faculdade Amadeus (Fama)
Email: [email protected]

INTRODUÇÃO

Dentre os problemas ambientais mais graves o lixo é um dos mais sérios e urgentes o que causa maiores seqüelas, tanto para o meio ambiente quanto para a saúde da população.
O lixo tornou-se uma das grandes preocupações de ordem sanitária e ambiental dos prefeitos de todas as cidades brasileiras. São de responsabilidade do município a limpeza urbana, a coleta domiciliar e a destinação final do lixo, cada uma dessas fases envolve muitos funcionários e equipamentos, acaba tendo dificuldade com o serviço, devido à falta de recursos.
O lixo que se acumula nas vias públicas, lotes baldios e lixões produzem a proliferação de animais nocivos e transmissores de doenças, polui o solo, o ar e o lençol d'água, dificulta o escoamento dos córregos no período invernoso causando danos ao sistema de drenagem de águas pluviais provocando muitas vezes inundações e desmoronamentos.
Infelizmente, os municípios não têm suportado carregar o fardo que lhes tem sido imposto e não adotam as medidas adequadas ou mesmo aconselhável para não provocar ou ao menos minimizar os danos ambientais.
Quanto a questão de resíduos sólidos e pelo precário serviço de limpeza que causa impactos ambientais e danos à saúde da população e suas proximidades.
Impacto ambiental deve ser entendido como um desequilíbrio provocado pela ação do homem sobre o meio ambiente, segundo a Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 001, de 23.01.1986) considera-se impacto ambiental, "qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qual quer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta indiretamente, afetam: I ? a saúde, a segurança e o bem estar da população; II ? as atividades sociais e econômicas; III ? as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e V ? a qualidade dos recursos ambientais"
A questão ambiental vem sendo amplamente discutida visto que a sociedade foi despertada em decorrência da destruição dos diversos recursos naturais do nosso planeta.MOURA (2002, p. 1) afirma que,"Ao longo do tempo o homem sempre utilizou os recursos naturais do planeta. Os recursos eram abundantes e a natureza aceitava os despejos de resíduos realizados.
Hoje, a questão ambiental é um dos assuntos que mais tem atraído a atenção das pessoas, pela valorização que se dá à qualidade de vida e pela percepção de que as conseqüências do descaso com o meio ambiente têm conduzido a situações criticas para a própria sobrevivência da humanidade em longo prazo. "Entre os problemas mais discutidos, o que mais se destaca, por sua gravidade e existência em todos os locais, é o lixo.
O problema não é atual, segundo RODRIGUES e CAVINATTO (1997, p.10) tendo em vista que o homem produz lixo desde a sua origem que "no decorrer deste século, a população mundial dobrou de tamanho, porém a quantidade de lixo produzido no mesmo período aumentou numa proporção muito maior".


DESENVOLVIMENTO

A concentração populacional e o processo de industrialização trouxeram, a partir do século XX, aumento da quantidade de lixo e também mudanças na sua composição. Os recursos eram abundantes e a natureza aceitava os despejos de resíduos realizados.
Hoje, a questão ambiental é um dos assuntos que mais tem atraído a atenção das pessoas, pela valorização que se dá à qualidade de vida e pela percepção de que as conseqüências do descaso com o meio ambiente têm conduzido a situações criticas para a própria sobrevivência da humanidade em longo prazo.
"Entre os problemas mais discutidos, o que mais se destaca, por sua gravidade e existência em todos os locais, é o lixo.
Atualmente a luta pela preservação do meio ambiente e a própria sobrevivência do homem no planeta, que está diretamente relacionada com a questão do lixo urbano.
O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de nosso tempo. Seu volume é excessivo e vem aumentando progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes.
Além disso, os locais para disposição de todo esse material estão se esgotando rapidamente, exigindo iniciativas urgentes para a redução da quantidade enviada para os aterros sanitários, aterros clandestinos ou lixões.
Entretanto, a quantidade de resíduos dispostos em vazadouros a céu aberto ainda é bastante expressiva, o lixo é simplesmente descarregado sem qualquer tratamento.
Esse destino do lixo, além dos riscos à saúde pública, tem como conseqüências a poluição do solo e a contaminação das águas superficiais e subterrâneas.
Embora proibidos, os lixões ainda são uma forma muito utilizada de disposição de resíduos no Brasil.
Os principais problemas associados a esse tipo de disposição são:
v Riscos de poluição do ar e de contaminação do solo, das águas superficiais e de lençóis freáticos;
v Riscos à saúde pública, pela proliferação de diversos tipos de doenças;
v Agravamento de problemas socioeconômicos pela ativa presença de catadores de lixo;
v Poluição visual da região;
v Mau odor na região;
v Desvalorização imobiliária da região.
Os aterros sanitários são grandes terrenos onde o lixo é depositado, comprimido e depois espalhado por tratores em camadas separadas por terras, o problema ambiental que podem ser causados pelo seu manejo inadequado torna-se uma problemática para muitas cidades.
O lixo, como os demais problemas ambientais, tornou-se uma questão que excede à capacidade dos órgãos governamentais e necessita da participação da sociedade para sua solução. Segundo RODIGUES e CAVINATTO (1997, p. 26) "o lixo não dura eternamente parte dele, formando por substâncias orgânicas, desaparece com o tempo, graças à atividade de micróbios de compositores que vivem livremente na natureza.?No entanto o lixo produzido continua todos os anos a aumentar.


DESENVOLVIMENTO
Abordagem: Impacto e volume de lixo

O consumo desenfreado e o impacto do volume de lixo no meio ambiente constrói habitat propício de vetores biológicos (moscas, mosquitos, baratas, roedores, etc.) responsáveis pela transmissão de doenças infecciosas, como febre, tifóide, amebíase, malária, dengue, cólera, leptospirose, etc., além de contribuir sobremaneira com a poluição do solo, ar e das águas superficiais e subterrâneas através do chorume.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao saneamento básico no ano 2000 apontam que das cerca de 230 mil toneladas de resíduos geradas por ano no Brasil, cerca de 22% são destinados a vazadouros a céu aberto ou lixões.
A falta de sistemas eficazes de separação, tratamento e reciclagem, aliada a uma baixa percentagem de lixos levados a reciclar faz com que os custos com o tratamento do lixo não parem de aumentar e continuem a haver problemas ambientais associados à produção.
De acordo com a Constituição Federal (art. 30, inciso V, da CF) os municípios brasileiros são os responsáveis pela limpeza urbana, porém, muitas deles deparam-se com barreiras de caráter sócio-econômico, típicas de países em desenvolvimento, onde faltam recursos financeiros para cobrir até mesmo os gastos básicos com o saneamento.







DESENVOLVIMENTO
Abordagem: Reciclagem e Conscientização

A reciclagem seria para o município uma alternativa mais econômica já que a coleta seletiva apresenta, normalmente, um custo mais elevado.
A reciclagem necessita também da conscientização da população local para o reaproveitamento de produtos reutilizáveis.
Dados indicam que, à medida que a coleta e a reciclagem dos materiais descartados apresentam-se como uma alternativa rentável, torna-se uma atividade produtiva, gerando emprego e renda. Uma das formas para o combate à destruição da natureza é a conscientização da sociedade sobre esta temática, buscando soluções para paralisar a destruição e ainda, inverter a situação com ações de recuperação do meio ambiente.
Coleta seletiva é a separação dos materiais recicláveis como papeis, vidros, plásticos e metais do restante do lixo. Tanto a coleta seletiva como a reciclagem de resíduos são soluções desejáveis, por permitirem a redução do volume do lixo para disposição final. Um dos programas de conscientização para a prática de reaproveitamento de materiais é a utilização dos 3RS: reduzir, reutilizar e reciclar. Para muitos autores reduzir significa consumir produtos com menos embalagens, com durabilidade maior e usar racionalmente os materiais naturais.
Reutilizar é dar um novo uso ao material.
Algo que servia para certa finalidade e agora pode ser usado com menos e saber o que se está consumindo. Comprar outro fim e por último a reciclagem que é na verdade o reaproveitamento do material quanto à matéria-prima.
A implantação de qualquer programa de coleta de lixo gera benefícios ambientais, sociais e políticos.
Além de reduzir o volume dos aterros sanitários e lixões, diminui também a poluição ambiental, o gasto de energia e o esgotamento de recursos naturais. Pode, inclusive, gerar renda para catadores, possibilitando-lhes melhores condições de vida e maior integração à sociedade.
O gerenciamento dos resíduos sólidos passa, indiscutivelmente, pela conscientização da população em relação aos padrões de consumo, da importância da reutilização de diversos materiais e da prática da coleta seletiva.
A educação ambiental deve estar presente e em consonância com as políticas públicas de redução e destinação do lixo.
CONCLUSÃO
Este artigo foi voltado para uma abordagem da questão ambiental, mais ampla e interdisciplinar, voltando para a problemática do lixo acerca dos efeitos e dos problemas ambientais que o mesmo pode acarretar na sociedade caso não seja gerenciado corretamente.
O problema do lixo talvez seja um dos mais graves problemas da sociedade moderna. O acúmulo de materiais não degradáveis e a pressão exercida pelo contínuo despejo, mostra a necessidade do assunto ser tratado com seriedade, pelo governo e por toda sociedade.
Hoje, para que as prefeituras executem a limpeza urbana de forma ambientalmente correta, é necessário um volume de recursos consideravelmente maior, tendo em vista que o lixo moderno é constituído por toneladas de garrafas plásticas, embalagens descartáveis, produtos tóxicos, fraldas descartáveis, enfim, materiais cada vez menos biodegradáveis e mais prejudiciais à saúde e, por conseguinte, ao meio ambiente.
Não se pode mais encarar todo o lixo como "resto inútil", mas sim como algo que pode ser transformado em nova matéria-prima para retornar ao ciclo produtivo. Basta que a conscientização e a sensibilização da população aconteçam e, que os poderes municipais e a iniciativa privada se unam para colocar em prática tais propostas, com isso ganha à sociedade e a natureza de um modo geral.
A preservação do meio ambiente depende de todos: governo, educadores, empresas, Organizações Não-Governamentais, meios de comunicação e de cada cidadão.A educação ambiental é fundamental na resolução desses problemas, pois vai incentivar os cidadãos a conhecerem e fazerem sua parte, entre elas: evitar desperdício de água, luz e consumos desnecessários (reduzir, reutilizar e reciclar), fazer coleta seletiva, adquirir produtos de empresas preocupadas com o meio ambiente, cobrar as autoridades competentes para que apliquem a lei, tratem o lixo e o esgoto de forma correta, protejam áreas naturais, façam um planejamento da utilização do solo, incentivem a reciclagem entre outros.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

? WALLAVER, J. P., ABC do meio ambiente, fauna brasileira, Editora IBAMA, Brasília, DF (2000).
?IBGE ? Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo de 2000. Disponível em acessado em Junho/2008
? MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental.3.ed. São Paulo, Juarez de Oliveira,2002.
? RODRIGUES, Luiz Francisco, CAVINATTO, Vilma Maria. Lixo: de onde vem? para onde vai?. São Paulo: Moderna, 1997 (Coleção Desafios)
?Constituição Federal (art. 30, inciso V, da CF)
?Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 001, de 23.01.1986)
? JAMES, Bárbara. Lixo e Reciclagem.5.ed. São Paulo, Scipione,1997.
? NOVA ENCICLOPEDIA BARSA.6.ED. São Paulo, Barsa Planeta Internacional Ltda.,2002.
Autor: Elizangela Batista


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