Papai Noel existe



Estou convencido a respeito da existência de Pai Noel, e vou mostrar o porquê dessa minha conclusão.

Tenho visto alguns gerentes e diretores em atividade os quais não consigo entender como alcançaram tais níveis. São péssimos gestores, não formam ninguém, preferem manter equipes medíocres, creio que para não se sentirem ameaçados. Alguns desses tipos não tiram férias, certamente para que não percebam que não fazem falta, e também para adicionarem alguma reserva no caso de demissão.

Tive alguma experiência em uma empresa brasileira de serviços, e quando cheguei e tentei convencê-los a assumir certas práticas usuais em empresas organizadas, passei a ter problemas sérios com os diretores da empresa.

Alguns desses dinossáuricos amigos chegam a se aposentar e fazem carreira, muitas vezes com nível de conhecimento muito abaixo do que seria exigido a qualquer iniciante.

As grandes corporações descobriram há muito tempo sobre a alta importância da área de treinamento, bem como aplicam técnicas de avaliação bastante elaboradas, principalmente nas admisssões. Isso impede que executivos e outros funcionários, que ocupam posições chave, sejam admitidos sem serem atendidos requisitos mínimos. Ou seja, em empresas competentemente administradas, está cada vez mais difícil ocorrerem admissões de profissionais despreparados.

Ao longo da minha carreira de mais de 30 anos, tenho visto de tudo um pouco. Conheci um cara que conseguiu comprar cargas de canetas BIC cujos refis eram entregues mediante a devolução de outros usados e vazios. Trabalhei numa empresa onde o café era servido duas vezes ao dia, às 9 e as 15 horas.

Vi diferenças astrônomicas nos controles de estoque sendo ajustados sem nenhuma ação corretiva sobre a real causa do problema. Ví sistemas integrados que custaram milhoes sendo utilizados de forma incompetente. Vi desperdícios enormes sendo gerados sistematicamente com perdas de milhões. Normalmente, por traz de situações como estas, estavam gerentes e diretores incompetentes.

Péssimos gestores estão sempre mais preocupados em se manterem nos cargos que ocupam, do que em galgar posição superior, visto que, no íntimo, eles têm consciência de suas limitações. Estão felizes por ter chegado onde chegaram, não se preocupam nenhum pouco em desenvolver pessoas e em liderar com competência e respeito os seus colaboradores.

Executivos como esses atrapalham o ambiente, geram descrédito aos dirigentes da empresa, que por mais que se esforcem, não conseguem fazer com que práticas modernas de gestão e liderança não passem apenas de discurso.

Mesmo com tudo isso e muito mais, alguns deles continuam em atividade, se é que se pode chamar de atividade o que fazem, e muitas vezes chegam até a ser promovidos. No entanto, o espaço para esse tipo de profissional está cada vez mais restrito.

Hoje em dia, até mesmo empresas familiares, empresas que estão estrando no mercado e também empresas tradicionais, estão cada vez preocupadas na utilização de técnicas que são tidas como " benchmark " a nível mundial.

Então pergunto como é possível ainda encontrarmos esse tipo de gente em posições importantes e contando com apoio de seus superiores? A conclusão que cheguei é que isso foi um presente de Papai Noel, e conseqüentemente que PAPAI NOEL ainda existe para alguns desses !

Todavia, se você quer ser um líder de fato e ter uma carreira de sucesso, não espere por um presente de Papai Noel, vá a luta, visto que o mercado está sempre receptivo a bons profissionais, onde a competência, seriedade e postura adequados é o que conta.
Autor: Ari Lopes


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