Do Tejo ao Prata - 3 - Um Passeio Pela História



O NASCIMENTO DE PORTUGAL
A retomada da península foi bastante lenta e gradual e originou o surgimento de pequenos reinos. Estes iam sendo alargados à medida que a reconquista era bem sucedida. Primeiro foi o Reino das Astúrias, que viria a dividir-se entre os filhos de Afonso III, quando morreu. Assim nasceram os reinos de Leão e Castela e, em seguida, de Navarra, Aragão e Galiza. Mais tarde, Afonso VI de Leão e Castela, autodenominado Imperador de toda a Espanha, entregou, por mérito, ao seu genro D. Henrique de Borgonha, o governo do Condado Portucalense. Deste condado, que fazia ainda parte do reino de Leão, mas que dele tinha grande independência, nasceria o reino de Portugal. D. Henrique governou no sentido de conseguir uma completa autonomia para o seu condado e deixou uma terra portucalense muito mais livre do que aquela que recebera.
Por morte de D. Henrique, em 1112, sucedeu-lhe a viúva D. Teresa, durante a menoridade do filho Afonso Henriques, nascido em 1111. Ela fortaleceu a vida portucalense e pensou conseguir a independência para o condado. Começou em 1121 a intitular-se "Rainha", mas os muitos conflitos diplomáticos e a influência concedidos a alguns nobres galegos, principalmente a Fernão Peres na gerência dos negócios públicos prejudicou o seu esforço. Aos catorze anos de idade, em 1125, o jovem Afonso Henriques armou-se a si próprio cavaleiro, segundo o costume dos reis, tornando-se assim guerreiro independente. A posição de favoritismo de D. Teresa em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses originou a revolta destes, sob a chefia do seu filho, D. Afonso Henriques.


Autor: Raul Santos


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