Pensamentos



FALANDO DO AMOR

 

Uma vez falaram do amor. Não! Várias vezes falaram do amor. No decorrer dos séculos, tantos nomes na história não resistiram e escreveram sobre o amor. O mais excelso dos sentimentos, a mais gostosa das sensações e também a mais delirante.

Ah, amor! Por que tem que ser assim? Tão efusivo, enlouquecedor, delicioso, angustiante, eletrizante. O que dizer de ti, é impossível. Mas da sensação que provoca é prazeroso.

É algo que aquece o íntimo, vai se espalhando até não caber mais dentro e aos poucos saindo pelos poros, irradiando e iluminando o dia.

Os pés saem do chão, o céu fica mais próximo, o corpo parece pluma voando no ar.

O amor produz um espetáculo que sempre se repete na história, mas não perde o seu glamour.

Aquele que não conhece o amor, abra a porta e o deixe entrar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ÚLTIMO ROMÂNTICO

 

Todos os dias ele a despertava com um beijo suave e lhe entregava flores.

Todos os dias ele lhe preparava o café, e sempre lhe deixava uma mensagem.

Todos os dias ele a recebia com um sorriso apaixonado.

Todos os dias ele a fazia adormecer com a mais bela das canções.

Todos os dias ele ouvia suas dores.

Todos os dias ele a aconchegava em seu colo.

Todos os dias ele acariciava sua face.

Todos os dias ele beijava-lhe com toda paixão.

Todos os dias ele a amava.

 

ALMA QUE GEME

Alma que soluça convulsivamente

Em grunhidos incessantes

De uma dor incandescente.

Sinto a s entranhas contorcerem-se,

O sangue fervilhar,

Os olhos faiscarem,

O coração endurecer,

De algo que não parece ter fim.

Ah! Alma enfurecida,

Que esbraveja seus horrores

E lamenta seus terrores,

De uma dor que não passa.

Alma que clama sem cessar,

Suas súplicas inumeráveis.

CONHEÇO O AMOR

Desconheço a dor,

Conheço o amor.

Desconheço a tristeza,

Conheço o amor.

Desconheço a ignorância,

Conheço o amor.

Desconheço a hipocrisia,

Conheço o amor.

Desconheço a intolerância,

Conheço o amor.

Desconheço o rancor,

Conheço o amor.

Desconheço o ódio,

Conheço o amor.

Desconheço a frieza,

Conheço o amor.

Desconheço a maldade,

Conheço o amor.

Desconheço a morte,

Conheço a mor,

Desconheço tudo,

Simplesmente conheço o amor.

CONTEMPLAÇÃO

Não consigo parar de contemplar

A imagem mais bela

Que a natureza ofertou.

Não consigo parar de admirar

O sorriso singelo

Que teus lábios produzem.

Não consigo parar de apreciar

A voz suave

Que tuas cordas vocais emitem.

Não parar de olhar

Teus olhos

Que hipnotizam a minha alma.

TERRA DE TODOS OS SANTOS

Terra encantada de mil fragrâncias,

Me seduz o balançar dos coqueiros,

O rufar dos tambores,

E a brisa do mar.

Ah, terra de todos os santos

De um colorido intenso,

De uma magia contagiante

E uma alegria fascinante.

Maravilhosa sensação de prazer

Quando se bebe da sua água,

Quando o corpo embala com seu ritmo

E com a saborosa culinária.

Ah, terra que encanta,

Que me faz regozijar

E sempre lembrar da bela

Terra de todos os santos.

CANTIGA DE UM SONHADOR

Sonho com um mundo em paz

Quando as armas se transformem em flores,

As guerras sejam comunhões de esperança e vida

E o ódio modifique-se em amor.

Sonho com um lar feliz

Onde irmãos ajam em conjunto,

Os pais sejam amigos dos filhos

E que marido e mulher sejam eternos cúmplices.

Sonho com uma sociedade mais justa

Onde todos se igualem perante a lei,

Sem discriminação de cor, língua, etnia ou posses

E a corrupção não prevaleça no poder.

Sonho com uma educação plena,

Em espaços adequados e professores qualificados,

Que os professores se consagrem educadores

E os alunos não cresçam como depósitos do saber.

Sonho com a amizade sincera

A atenção sem interesse,

O elogio sem falsidade

E a generosidade sem cobrança.

Sonho com a vida sem flagelos

Com o amor em plenitude,

A alegria constante

E a felicidade sem fim.

PARTIDA

O céu está fechado,

As ruas estão tristes,

As malas estão prontas,

A velha senhora deixa a lágrima cair

E fazer o trajeto em seu rosto.

Está quase na hora do adeus,

Um adeus que deixa na memória

A lembrança de dias felizes.

Da alegria contagiante,

Da verdade desconcertante,

Do silêncio desafiador,

Da voz amiga.

É hora de partir ao desconhecido,

E deixar para trás tudo aquilo

E reconstruir o novo.

DECLARAÇÃO

Pela primeira vez resolvi me declarar

Não penses que é bobagem,

É apenas a vontade de alguém que deseja falar.

Da felicidade que brota em seu semblante,

Do riso rasgado e desconcertante,

Da harmonia dos versos nos lábios,

Da simplicidade dos gestos,

Da verdade no olhar,

Do silêncio acolhedor,

Da vontade de cada instante

Querer sempre bem

A quem se ama.

CELEBRAÇÃO DA VIDA

De vida,

Eu tenho sede;

De vida,

Eu tenho fome;

De vida;

Eu tenho vontade.

Dor, medo, cansaço, morte.

Não, vida.

Vida entoada no canto dos pássaros;

Vida que pulsa dos corações enamorados;

Vida levada no sopro do vento;

Vida exalada no perfume das rosas;

Vida brincada na infância;

Vida descoberta no primeiro beijo;

Vida descoberta na primeira transa;

Vida gerada no ventre;

Vida salva nas mãos dos médicos, bombeiros, enfermeiras, pelas mães...

Vida,

Dada por Deus;

Vida,

A ser compartilhada com os outros;

Vida,

Celebro;

Vida,

Vivo;

Vida,

Amo;

Vida,

Compartilho.

Hoje, sempre e por toda minha existência.

QUERIA NÃO CHORAR

Queria poder não chorar,

Ao ver alguém estender a mão e pedir pão.

Queria poder não chorar,

Ao ver alguém sendo morto.

Queria poder não chorar,

Ao ver um irmão passar frio.

Queria poder não chorar,

Ao ver um filho ofendendo aos pais.

Queria poder não chorar,

Ao ver dois irmãos brigando.

Queria poder não chorar,

Ao ver um casal marcado pela traição.

Queria poder não chorar,

Ao ver tantos criminosos soltos.

Queria poder não chorar,

Ao ver tanta dor.

Queria poder não chorar,

Ao ver tanta gente

Esquecer daquele que morreu

Por um mundo cheio de intolerância

E desumanidade.

Queria poder não chorar,

Mas não posso, porque

Cristo morreu e o mundo

Parece não se lembrar disso.

 

 

 

 

 

 

 

 


Autor: Janniny Lemos


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