AS DIVISÕES DO PERÍODO INTERBÍBLICO (PARTE 1 DE 4)
A Supremacia Persa
Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelos sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12:22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo.
A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do mar Cáspio.
Foi renovado o conhecimento da lei sob a direção do escriba Esdras, que leu e interpretou as Escrituras (Ne:8:2,7,8; 8:9,13-18)
Fazia aplicação rigorosa dos princípios da Lei. O culto do templo foirenovado e as contribuições para o sustento foram exigidas. Os casamentos mistos proibidos (Ne:10:30), a quebra do sábado condenada (10:31) e foi estabelecida a administração regular dos dízimos (Ne:12:44).
Estas reformas deixaram efeitos perduráveis até o tempos dos Macabeus, criando um povo fiel a Deus que resistiu ao paganismo.
Dois aspectos da vida judaica desapareceram durante o período persa e grego: a monarquia e a função profética. As pretensões de independência foram centralizadas no sacerdócio e a função profética findou com Malaquias.
Características gerais do período persa.
No final de Malaquias os judeus se achavam ainda sob o reinado persa e permanecerem nessa situação durante praticamente sessenta anos da era intertestamentária.
A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e sumo sacerdote recebeu ainda maior poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse de, naturalmente, prestar contas ao governador persa da Síria.
Em 2Reis 17:24-4, lemos que bem antes, em 721 AC, depois destruir o reino das dez tribos de Israel e dispersar os israelitas através das cidades dos medos, o rei da Assíria repovoou as cidades de Israel com um povo misto que veio a ser chamado de "samaritanos", seu território sendo conhecido como Samaria, o nome da cidade principal, ex-capital de Israel.
Autor: Monica Gazzarrini
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