Não sei
Tu me perguntas se tenho medo? Em momentos sim, houve um medinho bem no começo da coluna que se espalhou por todo corpo, sabe como é né?. Uma noite bêbada, um carro numa velocidade a mais, babau pra ti, meu bem. Já era. E essas coisas assim, dá medo. Não de morrer, mas de encarar outra não-vida. Já pensou a merda que seria, tu numa não-vida? Se a vida já é assim. Mas meu bem, o tempo tava fresco, olhei pra baixo da montanha russa e daí, adivinha? Não tinha mais, sumiu aquela coisa, o arrepio, aquilo tudo. Me entende? Só restou uma vontade absurda de viver, de não desistir, de enganar, de cair sentada no meio da rua e esperar. Esperar o quê? Tu não sabe ,não sei também.
E daí tô vivendo. Do jeito que quero e como quero. Se a morte bater na porta de novo, a gente finge que não tá em casa, vamos para o nosso porto. Pro nosso quarto. Pego na tua mão e sussurro três vezes: Amo você, amo você, amo você. Vê se guarda. Repito: Quem sabe, amor. Quem sabe.
Autor: Thais Pifano Mendes
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