RECICLAR É VIVER





RECICLAR É VIVER
RECICLAGEM DO PET E PLÁSTICOS, SUSTENTABILIDADE E EXISTÊNCIA



SILVA, Carlos Roberto da. PAES, Rafael. MEIRE, Ruth. MOURA, Verônica. FERNANDES, Willams. Reciclar é viver. Reciclagem do plástico, sustentabilidade e existência. 2011. Trabalho de conclusão de curso de técnico em Logística, Escola Técnica Gildo Marçal Bezerra Brandão, São Paulo, 2011.


RESUMO

Com o crescimento populacional e o consumismo, a produção de lixo aumentou 25% em relação aos 18% da população. Vendo este cenário o mundo tem percebido a necessidade de reciclar ou reaproveitar esses materiais, que na maioria das vezes acabam indo para aterros sanitários e perdendo sua utilidade. E isso agrava o problema da poluição ao meio ambiente e a camada de ozônio que é afetada não só pela poluição das empresas na fabricação de produtos como pelos milhões de toneladas que despejamos no ar pelos incineradores que nós mesmos fabricamos.
A reciclagem do PET tem sido um exemplo que deve ser seguido pelos demais seguimentos de materiais recicláveis, embora já atinja 78% da produção da matéria prima, ela ainda pode crescer mais com o decorrer dos anos. Porém ainda encontram-se inúmeras dificuldades para se reciclar esse produto, como falta de incentivo pelo poder público na infra-estrutura desse processo afastando assim a iniciativa privada desse ramo de negócio tão próspero e lucrativo que é a reciclagem do PET e do plástico. A logística reversa foi criada exatamente como alternativa a esses problemas que tanto prejudicam a sobrevivência quanto a existência da humanidade. Mesmo sendo uma nova área da logística, ela já se vê repleta de desafios a serem encarados pelo poder público e privado. O primeiro desafio são esses poderes assumirem a necessidade da atuação nessa área, que tem crescido desproporcionalmente ao crescimento da população.

Palavras chave: logística reversa, reciclagem, ambiente.
ABSTRACT

With population growth and consumerism, waste production increased by 25% compared to 18% of the population. Seeing this scenario the world has realized the need to recycle or reuse these materials, which most often end up in landfills and losing its usefulness. And that exacerbates the problem of environmental pollution and the ozone layer that is affected not only by the pollution of businesses in manufacturing products such as the millions of tons dumped into the air from incinerators that we ourselves manufacture. The recycling of PET has been an example to be followed by other segments of recyclable materials, although it reaches 78% of the production of raw material, it can still grow with the years. However still there are many difficulties to recycle this product as a lack of incentive for public infrastructure in this process thus ruling out that the private sector so prosperous and profitable business that is the recycling of PET and plastic. The reverse logistics was created exactly as an alternative to these problems that both affect the survival and the existence of mankind. Even though a new logistics area, it already sees plenty of challenges to be faced by the public and private. The first challenge these powers need to take action in this area, which has grown disproportionately to population growth.

Key Words: reverse logistics, recyclable, environment.

INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é contribuir para a conscientização da reciclagem e sua importância nos dias atuais.
Coloca-se em questão o quanto é importante e necessário a colaboração das pessoas em fazer já, em seus lares a separação dos resíduos e destinação de acordo com a sua utilidade e evitar jogá-los no lixo.
Este tema abrange as questões das garrafas Pet e os plásticos recicláveis que são um dos descartáveis mais prejudiciais ao meio ambiente.
Como se vê no dia a dia, as garrafas Pet e os plásticos trazem grandes problemas por serem despojados no meio ambiente, ao invés de serem colocados em recipientes e destinados a locais adequados.
Colocam-se aqui algumas questões às quais através das pesquisas, possamos dar um pouco de nossa contribuição e colaboração para que as futuras gerações vivam conscientizadas e pratiquem essa idéia.
Busca-se aqui, mostrar as deficiências enfrentadas pelos recicladores, a falta de recursos que enfrentam e o não incentivo público.
Em uma pesquisa feita à recicladora São Gabriel mostra-se de um lado as dificuldades que enfrentaram na sua inicialização, a disponibilidade de poucos recursos e falta de incentivos e de um outro lado a criatividade, a persistência e um ideal de transformar o lixo em fonte de recursos financeiros para muitos catadores e a transformação de materiais que simplesmente seriam descartados aumentando a poluição da natureza.

2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

2.1 DEFINIÇÕES DE LIXO

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.


Segundo Leripio (2004), somos a sociedade do lixo, cercados totalmente por ele, mas recentemente acordamos para este triste aspecto de nossa realidade. Ele diz ainda que, nos últimos 20 anos, a população mundial cresce menos que o volume de lixo por ela produzido. Enquanto de 1970 a 1990 a população do planeta aumentou em 18%, a quantidade de lixo sobre a Terra passou a ser 25% maior.
Nos Estados Unidos, de acordo com Leripio (2004), o grande volume de lixo gerado pela sociedade está fundamentado no famoso "american hay of rife" que associa a qualidade de vida ao consumo de bens materiais. Este estilo de vida alimenta o consumismo, incentiva a produção de bens descartáveis e difunde a utilização de materiais artificiais

2.1.1 O LIXO EM OUTROS PAÍSES

Na Europa, a situação dos resíduos é caracterizada por uma forte preocupação em relação à recuperação e ao reaproveitamento energético. A dificuldade de geração de energia, devida aos escassos recursos disponíveis e aliada a um alto consumo energético, favorece a estratégia de reciclagem dos materiais e seu aproveitamento térmico. Leripio, on-line, (2004) "menciona que na indústria do alumínio, por exemplo, 99% dos resíduos da produção são reutilizados, enquanto a indústria de plástico chega a 88% de reaproveitamento de suas sobras. Do total de resíduos municipais europeus, cerca de 24% são destinados à incineração, sendo 16% com reaproveitamento energético."

Na China, país de extensão territorial considerável e com grande contingente populacional concentrado nas cidades, o povo considera os resíduos orgânicos como uma responsabilidade do cidadão, ou melhor, do gerador. Este tipo de valor cultural facilita a introdução de métodos mais racionais de controle dos resíduos sólidos, com participação ativa da população. Há um envolvimento individual do cidadão chinês com vistas à reintegração dos resíduos à cadeia natural da vida do planeta. A massa dos resíduos sólidos urbanos é composta predominantemente de material orgânico que é utilizado na agricultura. Assim, o resíduo não é visto como um problema, mas sim como uma solução para a fertilização dos solos, o que estimula a formação de uma extensa rede de compostagem e biodigestão de resíduos. Esta diferença de tratamento fundamenta-se em valores culturais totalmente diferenciados dos ocidentais, que originaram outro paradigma para tratamento da questão.
Resíduos são resultados de processos de diversas atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e ainda da varrição pública. Os resíduos apresentam-se nos estados sólido, gasoso e líquido.

2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS:

De acordo com o Ambiente Brasil (online, 2011), os resíduos são classificados:

2.2.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:

Seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e toalhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
Molhado: restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc.

2.2.2 Composição Química:

Orgânico: composta por pó de café e chá, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
Inorgânico: composta por produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), isopor, lâmpadas, velas, parafinas, cerâmicas, porcelanas, espumas, cortiças, etc.

2.2.3 ORIGEM DO LIXO:

Domiciliar: originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Pode conter alguns resíduos tóxicos.
Comercial: originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.
Serviços públicos: originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, restos de vegetais diversos, embalagens, etc.
Hospitalar: descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). Em função de suas características, merece um cuidado especial em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário adequados.
Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários: resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países.
Industrial: originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.
Radioativo: resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem ser manuseados apenas com equipamentos e técnicas adequadas.
Agrícola: resíduos sólidos das atividades agrícolas e pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial.
Entulho: resíduos da construção civil, ou seja, demolições, restos de obras, e solos de escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.

2.2.4 CLASSES DOS RESÍDUOS

No dia 31 de maio de 2004 a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou a nova versão da sua norma NBR 10.004 - Resíduos Sólidos. Esta Norma classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente.
Nas atividades de gerenciamento de resíduos, a NBR 10.004 é uma ferramenta imprescindível, sendo aplicada por instituições e órgãos fiscalizadores. A partir da classificação estipulada pela Norma, o gerador de um resíduo pode facilmente identificar o potencial de risco do mesmo, bem como identificar as melhores alternativas para destinação final e/ou reciclagem. Esta nova versão classifica os resíduos em três classes distintas: classe I (perigosos), classe II (não-inertes) e classe III (inertes). (Ambiental Brasil ? online 2011)

Classe 1 - Resíduos perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Classe 2 - Resíduos não-inertes: são os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico.
Classe 3 - Resíduos inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de portabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.
Já vimos o que é o lixo e discutimos a sua redefinição. Também apontamos todos os problemas da produção e acúmulo de lixo. Resta saber o que pode ser feito para evitar os problemas ou, pelo menos, diminuí-los.
Ao invés de fórmulas complexas ou soluções mágicas ou ainda passar a responsabilidade para o governo, a solução para esta questão passa pelo cotidiano de cada um de nós.
Todos nós geramos lixo diretamente em nossas atividades diárias e indiretamente por conta de todas as nossas necessidades (alimentos, moradia, roupas, tratamento médico, lazer etc.), portanto somos todos responsáveis por este problemão.
A educação é a melhor e mais confiável saída para esta encrenca e, por incrível que pareça, há uma filosofia muito simples que é considerada a solução mais completa.

2.2.5 QUANTO MAIOR O PODER AQUISITIVO, MAIS AUMENTA O VOLUME DE LIXO

A situação econômica do Brasil melhorou de 10 anos para cá, resultando em aumento da demanda tanto de bens de consumo (alimentos, bebidas, combustíveis etc.) quanto de bens duráveis (eletrodomésticos, carros, móveis etc.). A produção teve que acompanhar este crescimento e para isso foi preciso aumentar a extração de matéria-prima e o consumo de energia. (Ambiente Brasil - online 2011).

2.2.6 CONSUMOS DESNECESSÁRIOS:

Com a possibilidade de comprar mais, muitas vezes adquirimos produtos desnecessários ou nos desfazemos com mais facilidade do que já temos. Essa cultura do desperdício infelizmente ainda é bastante presente em nosso povo. Segundo o último censo do IBGE a quantidade diária de lixo urbano coletado no Brasil é de 228.413 toneladas, o que representa 1,25 Kg diários por cada um dos cerca de 182.420.808 habitantes
Todo processo de geração, coleta, processamento e armazenamento do lixo resulta em problemas sociais, ambientais e econômicos. Como quase todas as atividades humanas geram lixo, em quase todos os lugares há a possibilidade do lixo estar causando problemas. Mesmo quando esse resíduo é tratado adequadamente alguns problemas persistem, mas no Brasil 76% do lixo produzido são lançados a céu aberto.

2.3. RECICLAGEM DO PLÁSTICO

Resíduos plásticos ? Os resíduos plásticos industriais, tais como aparas, rebarbas, sobras e matérias-primas fora de especificação, são comercializadas com extrema facilidade. Considerados materiais "nobres", não estão misturados a outros resíduos e não necessitam de etapas de separação e lavagem. Pertencem a um grupo de resíduos dificilmente descartados e que, não raras vezes, sequer saem das empresas transformadoras, sendo reutilizados nas atividades produtivas. Investidores interessados em ingressar no negócio da reciclagem mecânica de plásticos devem considerar que o mercado de resíduos industriais tem demanda muito superior à oferta, portanto, poderão enfrentar dificuldades na obtenção deste tipo de material.




2.3.1 PROJETO DE RECICLAGEM

Antes de ser implantado um sistema de reciclagem é necessário que se estude e se desenvolva um projeto detalhando todas as fases de procedimento, desde a coleta do material, sua separação e sua destinação.
Alguns aspectos são fundamentais na elaboração desse projeto:

VIABILIDADE EXECUTIVA

Um ponto importante a ser considerado na coleta seletiva é determinar como será e onde será feita a coleta, devendo os locais escolhidos ter o material que comporte o respectivo trabalho. Em outros países e especialmente na Alemanha existem leis que obrigam o município a separar previamente os materiais recicláveis do lixo e, aquele que desobedecer é severamente punido através de pesadas multas. Infelizmente o povo só entende a linguagem do bolso e, dificilmente, sem medidas concretas, em qualquer país do mundo, uma coleta seletiva irá funcionar.
Sabe-se que na cidade de Nova Iorque o custo do plástico reciclado é superior ao dobro do plástico originalmente fabricado.
Na Alemanha, por falta de mercado dos produtos reciclados do lixo, não se sabe o que fazer com esses resíduos e a grande maioria é encaminhada, após a separação, para os incineradores.


BENEFÍCIOS ECONÔMICOS

A Indústria Recicladora do PET no Brasil é economicamente viável, sustentável e funcional. Basta citar que cerca de um terço do faturamento de toda a Indústria Brasileira do PET provém da reciclagem. Gera impostos, empregos, renda e todos os demais benefícios de uma indústria de base sólida. Seu crescimento anual constante, em média superior a 11% desde 2000, permite planejar novos investimentos ? incrementados e incentivados pela criação de novos usos para o PET reciclado.

FATURAMENTO DA INDÚSTRIA DO PET


Faturamento Líquido
2008
(R$ Bi)
2009
(R$ Bi)

Faturamento Líquido. 2,1 2,29
Garrafas e Frascos 1,08 1,09
Total da Indústria do PET 3,18 3,38

Fonte: Abipet

2.3.2 BENEFÍCIOS ECOLÓGICOS

A produção e uso das garrafas em si já trazem vários benefícios para o meio ambiente. Sua reciclagem potencializa esses benefícios, pois a matéria-prima reciclada substitui material virgem em muitos outros produtos, nos segmentos mais diferentes, como construção civil, tintas, produção de automóveis, caminhões e telefones celulares.
Não bastasse o reaproveitamento de centenas de milhares de toneladas de embalagens que seriam indevidamente destinadas, a reciclagem de PET economiza recursos naturais, muita água e energia. Você pode colaborar diretamente para que tudo isso aconteça: basta destinar adequadamente suas garrafas após o uso.

2.3.3 BENEFÍCIOS SOCIAIS

No Brasil ? e em qualquer lugar do mundo onde a reciclagem do PET aconteça ? a indústria têxtil é a maior usuária do insumo. Somente aqui, entretanto, a diversidade de usos permite que o valor pago pela sucata seja altamente atrativo o ano todo, o que mantém em atividade muitas empresas que comercializam o material, bem como inúmeras Cooperativas e seus catadores, permitindo que a rentabilidade destas permaneça em patamares aceitáveis ? garantindo remuneração justa aos trabalhadores e a despeito da ausência de sistemas de coleta seletiva.

EMPREGO RELACIONADO AO SETOR


Diretos
Indústria de Resina e de Pré-Forma =

2.800
- Indústria da Revalorização 2.450
- Recicladores e Usuários de PET Reciclado = Indiretos 13.080
Transporte e movimentação + serviços + outros = 24.600
Total = Mais de 40.000 pessoas empregadas
O trabalho de coleta e separação compreende, aproximadamente, 800.000 trabalhadores/catadores de recicláveis.

Fonte: Abipet
2.3.4 PROCESSOS DE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS

É possível economizar até 50% de energia com o uso de plástico reciclado.
No Brasil, o maior mercado é o da reciclagem primária, que consiste na regeneração de um único tipo de resina separadamente. Este tipo de reciclagem absorve 5% do plástico consumido no país e é geralmente associada à produção industrial (Pré-consumo).
Um mercado crescente é o da chamada reciclagem secundária: o processamento de polímeros, misturado ou não, entre os mais de 40 existentes no mercado. A chamada "madeira plástica", feita com a mistura de vários polímeros reciclados, é um exemplo.
Já a reciclagem terciária, ainda não existente no Brasil, é a aplicação de processos químicos para recuperar as resinas que compõem o lixo plástico, fazendo-as voltar ao estágio químico inicial.
Após coleta seletiva de lixo, ou separação do mesmo, é possível reciclar:
Plástico do tipo PET (1): (É um dos mais recicláveis em diferentes tipos de produtos finais). (VALENTEMOAGEM, online 2011).

QUADRO 1:


FONTE: Reciclagem Aparecida

2.4. MERCADO DA RECICLAGEM E RESÍDUOS PLÁSTICOS

Os resíduos plásticos industriais, tais como aparas, rebarbas, sobras e matérias-primas fora de especificação, são comercializadas com extremas facilidades. Considerados materiais "nobres", não estão misturados a outros resíduos e não necessitam de etapas de separação e lavagem. Pertencem a um grupo de resíduos dificilmente descartados e que, não raras vezes, sequer saem das empresas transformadoras, sendo reutilizados nas atividades produtivas.
Investidores interessados em ingressar no negócio da reciclagem mecânica de plásticos devem considerar que o mercado de resíduos industriais tem demanda muito superior à oferta, portanto, poderão enfrentar dificuldades na obtenção deste tipo de material.


Fonte: Abipet

A maior parte dos plásticos pós-consumo é comprada suja (contaminada por resíduos orgânicos), pois poucos municípios possuem coleta seletiva, o que onera custos e, muitas vezes, até torna inviável essa forma de reciclagem.
Há variação considerável no preço de compra dos materiais a depender, entre outros fatores, da disponibilidade e origem do material.
Falta de fornecimento contínuo e homogêneo de matéria-prima, outro reflexo da inexistência de sistemas de coleta seletiva.
A grande maioria dos catadores nunca foi treinada e seus conhecimentos sobre o assunto são adquiridos na prática do dia a dia.
Existência de intermediários, o que eleva consideravelmente o preço do plástico a ser reciclado.
Ausência de linhas de financiamento direcionadas às recicladoras.
Ausência do código de identificação das resinas em muitos produtos plásticos de acordo com a norma ABNT NBR 13.230. Este item dificulta a separação dos diferentes tipos de plásticos, recorrendo-se, dessa forma, às diferenças das características físicas e de degradação térmica, tais como: densidade, comportamento ao calor e/ou teste da chama. Existe tecnologia para separação dos plásticos, porém, com custo muito elevado. É importante salientar que o PET e o PVC não aceitam misturas. Portanto, aqueles que desejam se dedicar à revalorização destas resinas deve ter unidades para uso específico das mesmas.
Tão importantes e decisivos quanto à coleta seletiva para a tornar viável a reciclagem de quantidades significativas de plásticos são: a criação de mercado consumidor para os produtos reciclados, e o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados ? que acaba "bi - tributando" os reciclados, sendo atualmente de 12%, valor superior ao da própria resina virgem que paga 10% de IPI, resultando praticamente num desestímulo à reciclagem.
Embora as pessoas estejam predispostas a serem consumidores conscientes e a colaborar com o meio ambiente, as mesmas rejeitam de forma geral produtos reciclados, associando-os a má qualidade. São poucos os produtos fabricados com plásticos reciclados cujo marketing se baseia nessa característica.
Apesar de todas as dificuldades anteriormente expostas, existem inúmeros casos de recicladores de plásticos pós consumo que começaram de forma tímida e hoje operam com boas margens de lucro. Além da persistência, pois o começo, obviamente, é difícil para todos. Outro fator determinante para o sucesso de alguns deles, foi a criatividade para atuar de forma diferenciada, tanto no sistema de obtenção da matéria-prima, quanto no aprimoramento dos fornecedores, ou no tipo de aplicação inovadora para seus produtos. Muitas vezes descarta-se quantidade considerável de matéria-prima, que poderia ser reciclada sem grandes dificuldades, pois não há "solução ou aplicação criativa" para o material.

2.5. DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA REVERSA

Logística Reversa é o processo logístico de retirar produtos novos ou usados de seu ponto inicial na cadeia de suprimento, como devoluções de clientes, inventário excedente ou mercadoria obsoleta, e redistribuí-los usando regras de gerenciamento dos materiais que maximizem o valor dos itens no final de sua vida útil original. (online 2011).
A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos e retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Apesar de ser um tema extremamente atual, esse processo já podia ser observado há alguns anos nas indústrias de bebidas, com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro para que sua embalagem fosse reutilizada e voltasse ao consumidor final. Esse processo era contínuo e aparentemente cessou a partir do momento em que as embalagens passaram a ser descartáveis. Contudo, empresas incentivadas pelas Normas ISO 14000 e preocupadas com a gestão ambiental, também conhecida como "logística verde", começaram a reciclar materiais e embalagens descartáveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas e caixas de papelão, entre outras, que passaram a se destacar como matéria-prima e deixaram de ser tratadas como lixo. Dessa forma, podemos observar a logística reversa no processo de reciclagem, uma vez que esses materiais retornam a diferentes centros produtivos em forma de matéria prima.
Segundo Lambert, relaciona as seguintes atividades como parte da administração logística em uma empresa: serviço ao cliente, processamento de pedidos, comunicações de distribuição, controle de inventário, previsão de demanda,
tráfego etc.




2.5.1 CUSTOS NO PROCESSO

Os processos de logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria nos processos de logística reversa. Também não podemos ignorar os custos que o processo de logística reversa pode acarretar para as empresas, quando não é feito de forma intencional, isto é, na citação acima percebemos que a logística reversa é utilizada em prol da empresa, transformando materiais, que seriam inutilizados, em matéria-prima, reduzindo assim, os custos para a empresa. Acontece que o contrário também pode acontecer, e é o que notamos com mais freqüência, isto é, materiais que voltam aos seus centros produtivos devido às falhas na produção, pedidos emitidos em desacordo com aquilo que o cliente queria, trocam de embalagens, etc. Este tipo de processo reverso da logística acarreta custos adicionais, muitas vezes altos para as empresas, uma vez que processos como armazenagem, separação, conferência e distribuição serão feitos em duplicidade, e assim como os processos, os custos também são duplicados, conforme descreve (LACERDA, online 2000).

2.5.2 CONCORRÊNCIA

LACERDA (online 2000) defende que os clientes valorizam empresas que possuem políticas de retorno de produtos, pois isso lhes garante o direito de devolução ou troca de produtos. Este processo envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornáveis, bem como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. Dessa forma, empresas que possuem um processo de logística reversa bem gerida tendem a se sobressair no mercado, uma vez que podem atender aos seus clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes.




2.5.3 LOGÍSTICA VERDE E QUESTÕES AMBIENTAIS

Preocupadas com questões ambientais, as empresas estão cada vez mais acompanhando o ciclo de vida de seus produtos. Isto se torna cada vez mais claro quando observamos um crescimento considerável no número de empresas que trabalham com reciclagem de materiais. Um exemplo dessa preocupação é o projeto Replaneta, que consiste em coleta de latas de alumínio e garrafas PET, para posterior reciclagem, e que tem como bases de sustentação para o sucesso do negócio a automação e uma eficiente operação de logística reversa (MALINVERNI, 2002.). As novas regulamentações ambientais, em especial as referentes aos resíduos, vêm obrigando a logística a operar nos seus cálculos com os "custos e os benefícios externos". E, em função disto, entende-se que a logística verde pode ser vista como um novo paradigma no setor. De acordo com ALCOFORADO (2002), a logística verde ou ecológica age em conjunto com a logística reversa, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos resíduos na esfera da produção e do pós-consumo, mas de todos os impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos.

2.5.4 LOGÍSTICA REVERSA NO BRASIL

No Brasil ainda não existe nenhuma legislação que abranja esta questão, e por isso o processo de logística reversa está em difusão e ainda não é encarado pelas empresas como um processo "necessário", visto que a maioria das empresas não possui um departamento específico para gerir essa questão; assim, algumas Resoluções são utilizadas, como, por exemplo, a Conama nº 258, de 26/08/99, que estabelece que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e a dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis, proporcionalmente às quantidades fabricadas e importadas definidas nesta Resolução, o que praticamente obriga as empresas desse segmento a sustentarem políticas de logística reversa. BARBIERI e DIAS (2002). Este conceito está em constante crescimento no Brasil e no mundo, e fica claro que as empresas, cada vez mais, têm se preocupado em considerar os custos adicionais e as reduções de custos que este processo pode ocasionar.

3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA/AMBIENTE DE ESTUDADO

Para o desenvolvimento deste trabalho utilizou-se como base de estudo as informações fornecidas pela empresa de reciclagem São Gabriel, uma empresa destinada ao setor de reciclagem, que atua no mercado de reciclagem desde 2003, composta por 12 funcionários. A empresa conta com o fornecimento dos pontos de coleta dos bairros do Sol Nascente, Morro Doce, Jaraguá, Perus e região para o seu fornecimento.
A empresa de reciclagem São Gabriel, é agregada as cooperativas de portes maiores, sua finalidade é adquirir materiais recicláveis plásticos de outros postos de coleta menores. A atividade da empresa é fazer a triagem, lavagem e a compressão das garrafas Pet de acordo com a cor. Os reciclados são transportados para ás empresas que transformarão os materiais em novos produtos.

IMAGEM 1: PROCESSO DE RECICLAGEM DA EMPRESA SÃO GABRIEL EM RELAÇÃO ÁS GARRAFAS PET

A empresa mostra a seqüência de sua linha de atividades conforme mostrado no fluxograma.


Fonte: Adaptado de Reciclagem São Gabriel






FLUXOGRAMA 2: PROCESSO DE RECICLAGEM DA EMPRESA SÃO GABRIEL EM RELAÇÃO A OUTROS TIPOS DE PLÁSTICOS.



Fonte: Adaptado de Reciclagem São Gabriel

Esse processo conforme mostra o fluxograma abaixo, não inclui garrafas pet, estes plásticos serão reutilizados por outras empresas para fabricação de baldes sacos de lixo e outros.

3.1 OBJETIVOS E POSICIONAMENTO DA EMPRESA EM RELAÇÃO AO MERCADO DO PLÁSTICO RECICLÁVEL

Valores:

ü Respeito e integridade aos catadores que sofrem a descriminação pela atividade que executam;
ü Dar continuidade nos trabalhos diários;
ü Comprometimento social e ambiental;
ü Criar oportunidades de ganho para a parcela da população menos favorecido.


Missão:
ü Ampliar os trabalhos de reciclagem;
ü Contribuir com a redução de resíduos plásticos no meio ambiente;
ü Expandir os negócios;

Visão:
ü Fazer com que o programa de reciclagem seja um método de conscientização popular;
ü Ser reconhecida no mercado como prestadora de serviços de resíduos recicláveis de plásticos.

4 METODOLOGIA
Em uma apresentação realizada no segundo módulo, um dos grupos apresentou o trabalho referente à Logística Reversa, pelo fato de ser um tema que chamou a nossa atenção, decidimos elaborar o TCC, dar continuidade a essa pesquisa e abordar e aprofundar mais no tema. O grupo usou como fonte de pesquisas, as páginas especializadas de internet, e a colaboração da recicladora São Gabriel, a qual nos mostrou como a empresa procede em relação as suas atividades de manuseio dos materiais recicláveis, e esta têm como projeto futuro implantar a Logística Reversa.
O foco de pesquisa nesta elaboração é abordar ao tema escolhido pelo grupo que é um dos problemas atuais, que é Pet e os Plásticos descartáveis que são materiais utilizados e não degradáveis. Buscou-se conhecer a causa que é a produção desordenada e a despreocupação das empresas e consumidores com o meio ambiente.
Na pesquisa qualitativa, foi utilizado a aplicação de questionário, entrevista, observações, registros fotográficos e pesquisa bibliográfica.
O questionário foi de grande eficiência nas respostas por parte do entrevistado e o grupo observou que o empresário se empenha no desenvolvimento de seu projeto com criatividade na suas atividades buscando o crescimento de sua recicladora, com o apoio de seu sócio e colaboradores.
Espera-se que a elaboração deste trabalho contribuía para que outros pessoas conscientizem-se do grave problema que é o lixo, e dêem continuidade a este trabalho.

5 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

5.1 QUESTIONÁRIOS APLICADOS AO SÓCIO DA EMPRESA SÃO GABRIEL
Através do questionário aplicado para um dos sócios da empresa São Gabriel verificou-se que a empresa existe há 8 anos e conta com 12 colaboradores que auxiliam na triagem e produção de 30 a 40 toneladas de material reciclável por mês.
O processo de reciclagem do PET passa por diversas etapas antes de chegar ao seu destino final. O primeiro deles é a coleta feita por catadores que saem em busca do material reciclável, além da coleta feita na rua há também as que são feitas em cooperativas e ferro velhos que tem parcerias com a São Gabriel. Após essa fase é feita a triagem do material reciclável, onde tudo é recolhido e separado por tipo e cor, encaminhado para a trituração, em seguida é lavado, secado e embalado, feito isso o produto está pronto para seu destino final.
A estrutura necessária para aumentar a produção e reciclagem da PET e do plástico viria com o incentivo do poder público através de linha de crédito tanto para melhorar o espaço físico como na compra de máquinas e caminhões facilitando assim a coleta e distribuição do material reciclável ao seu destino final. Fomentando a produção através de contratação de novos colaboradores e atraindo parceiros de empresas privadas.
A conscientização da população é fator primordial para a eficiência do processo de reciclagem. Isso só acontecerá quando o governo federal entender que a reciclagem é um fator preocupante no País e no mundo, pois os nossos recursos naturais são finitos. Já existem campanhas deste tipo, mas que não alcançam boa parte da população, o ideal seria que a reciclagem fosse tratada como disciplina nas escolas públicas e particulares, para que as crianças conheçam à importância da reciclagem para um futuro sustentável.
Pensando na sustentabilidade os sócios fundaram a São Gabriel, que atua no mercado há quase uma década, com o intuito de reduzir o número de lixo nas ruas, aumentado a reciclagem e gerando capital em beneficio próprio e revertendo parte dessa renda para região. Porém a empresa passou por dificuldades no início de sua fundação devido à falta de apoio dos órgãos públicos, espaço físico e capital inicial.
Um dos sócios relata que a empresa enfrenta diversos problemas em relação à falta de máquinas, caminhões e colaboradores, parcerias com empresas privadas. Segundo ele, tentou pedir empréstimos, e encontro muita burocracia, como mostra a pesquisa, outras empresas pequenas enfrentam situações parecidas ou até piores, mas persistem e buscam melhorar seus projetos.
Verificou-se também que devido ao pouco incentivo político e financeiro a alternativa encontrada pela empresa foi optar pela criatividade e diversos sistemas foram criados para auxiliar na trituração, limpeza e prensagem do material reciclado. Como podemos verificar através das imagens abaixo, tais equipamentos mesmo sendo muito rústicos devido a falta de recursos financeiros, apresentam-se eficientes resolvendo o processo de produção da recicladora.














5.2 PROCESSOS DE COLETA, TRIAGEM, TRATAMENTO, LAVAGEM, TRITURAÇÃO, EMBALAGEM E DESTINAÇÃO DO PET

LOCAL DE RECEBIMENTO DE DESCARTÁVEIS.

Imagem 1: Veículo de transporte dos recicláveis e big bags de depósito.

Fonte: Empresa São Gabriel
Local de recebimento de materiais descartáveis PET e plásticos variados, estes são separados de acordo com tipo, cor e composição. Depois são colocados em bags e destinados ao tratamento.






Imagem 2: Máquina de prensagem do Pet.

Fonte: Empresa São Gabriel

A máquina conforme a foto, possui sistema hidráulico de operação manual, e o operador comprime as garrafas em fardos, e estes são amarrados empilhados.





Imagem 3: Fardos prontos para serem transportados.

Fonte: Empresa São Gabriel

Os fardos são empilhados e transportados para outras empresas para serem reaproveitados na fabricação de novos produtos, desde novas garrafas, tecidos e outros.

Imagem 4: Sistema de limpeza e trituração do Pet.





Fonte: Empresa São Gabriel


Neste galpão é feito o processo de trituração, lavagem e secagem de diversos materiais plásticos, e este equipamento foi criado e projetado pelo proprietário, para a facilidade e o andamento de seu trabalho.

Imagem 5: Reservatório de separação de materiais.

Fonte: Empresa São Gabriel

Nestes reservatórios são colocados tipos de plásticos diferentes e logo após é adicionado sal ocorrendo à separação dos materiais, o claro fica na superfície e o escuro vai para o fundo.




Imagem 6: Granulado de plásticos de produtos eletrônicos.

Fonte: Empresa São Gabriel

Nos barris estão armazenados plásticos de origem de produtos eletrônicos, que ficam aguardando para serem transportados para a recicladora.
Imagem 7: Sacos de granulados que serão destinados as recicladoras.

Fonte: Empresa São Gabriel

Neste caso são plásticos de PEAD e estão prontos para o transporte, depois de passarem pela triagem, lavagem e trituração.


6. CONCLUSÃO
Reciclar é necessário e emergente, e a reciclagem deve fazer parte da conscientização da população como um todo.
As empresas de refrigerantes para obterem baixo custo em seus produtos, adotaram a produção de garrafas Pet, sem a preocupação com o processo reverso de seus descartáveis e isto trouxe os problemas atuais.
Em relação à empresa entrevistada, ela busca ser cada vez mais eficiente no que faz, necessita aumentar seus recursos, colaboradores, gerar ganhos para catadores e com este trabalho contribuir com a redução de recicláveis plásticos e futuramente aderir a outros tipos de materiais recicláveis, adquirindo maquinários destinados para este fim.
O decreto Nº 5.940, que está em vigor desde 25 de outubro de 2006, diz respeito à instituição e separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública e federal e sua destinação à associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. Apesar de o decreto estar vigente há pouco mais de cinco anos pouco mudou e influenciou na vida das cooperativas e seus catadores, segundo a São Gabriel, empresa entrevistada, ainda há muito a melhorar em relação a isso, falta investimentos e incentivos por parte do Governo, além de existir uma forte cobrança em relação à infra-estrutura das empresas que atuam nesse ramo.
Se houvesse um comprometimento por parte dos órgãos governamentais e a atuação presente das grandes corporações, certamente as pequenas cooperativas teriam capital suficiente para investir em maquinário, mão de obra e infra-estrutura em suas instalações, o que geraria mais produção e conseqüentemente muito mais lucro, pois a quantidade de materiais descartados pelas ruas é muito grande.
Que a reciclagem seja adotada na sociedade, para se tornar, quem sabe, uma matéria nas escolas públicas e assim protegermos o meio ambiente, pois essa é uma questão de sobrevivência dos seres humanos e do planeta, que as próximas gerações entendam que nossos recursos são finitos e precisamos aprender utilizar tudo que produzimos com inteligência e destreza garantindo nossa existência.


REFERÊNCIAS

ABIPET. 6º Censo da reciclagem de PET no Brasil (2009/2010)
www.abipet.org.br Acesso em: 26 de Março. 2011.
LOGWEB. http://www.logweb.com.br/artigos/arquivo/art0001703.htm Acesso em: 26 de Março. 2011.
LACERDA, Leonardo. Logística Reversa, uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Centro de Estudos em Logística - COPPEAD - UFRJ - 2202. www.cel.coppead.efrj.br Acesso em: 26 de Março. 2011.
MALINVERNI, Cláudia. Tomra Latasa: A logística da reciclagem. Revista Tecnologística, São Paulo, Ano VIII, nº 80. Julho 2002.
BARBIERI, José Carlos., DIAS, Marcio. Logística Reversa como instrumento de programas de produção e consumo sustentáveis. Revista Tecnologística, São Paulo, Ano VI, nº 77. Abril 2002.
CORPUS. www.corpus.com.br/artigos/reciclagem_plastico.htm Acesso e: 26 de Março. 2011.
VALENTEMOAGEM. www.valentemoagem.com.br/inicio/reci.htm Acesso em: 26 de Março. 2011.
RECICLAGEM APARECIDA. http://www.reciclagemaparecida.com.br/ Acesso em: 26 de Março. 2011.
AMBIENTE BRASIL. www.ambientebrasil.com.br Acesso em: 26 de Março. 2011
O GERENTE. http://www.ogerente.com.br Acesso em 26 de Março. 2011.
ALCOFORADO, http://www.guialog.com.br/ARTIGO394.htm Acesso em 26 de Março 2011.
LAMBERT, D M. et. al. 1998, Administração Estratégica da Logística ? São Paulo : Vantine Consultoria.
COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA. http://www.coletasolidaria.gov.br/menu/legislacao Acesso em 28 de Maio 2011.
PLÁSTICO MODERNO. http://www.plasticomoderno.com.br/revista/pm323/plastivida2.htm Acesso em 28 de Maio 2011
MONOGRAFIAS.COM
http://br.monografias.com/trabalhos/residuosindustriais/residuos-industriais.shtml Acesso em 09 Junho 2011.

Autor: Carlos Roberto Silva


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