O Dono do Mundo



Capitulo Trinta e seis)

Alexander levantou-se da cama encostou a cabeça no vidro, a imagem no jardim inteiramente distorcida a fronte estava fria.
A mãe estava estranha hoje , não era seu jeito era algo que escapava as palavras ,trouxera um novo amigo para casa , nunca o tinha visto era um rapaz de brincadeira que não compreendia.
Beijara a mãe na boca era um comprimento apenas , mas porque o beijo prolongava e não entendeu porque seu rosto ficou vermelho como se aquilo fosse algo errado.
Entretanto sua mãe não faria isso ... não ela .Levou-o para o quarto, depois que mandou ele dormir:
"Já é tarde, Alexander vá para a cama " se era tarde porque tinham visitas,ouviu sons esquisitos ,murmúrios e gemidos , temia que ele a machucasse, mas não sorriria daquele jeito para o tal Thorper se ele a ferisse como o pai, ela não sorria para o velho conde daquele jeito.
Estava quase dormindo seus olhos já se fechavam pesadas e a respiração se torna compassada quando ouviu passos pesados e a voz pastosa do pai chamando a mãe.
O pai estava novamente bêbado o que não era novidade nenhuma o que o surpreendeu é que estava mais furioso do que de costume , por isso encolheu de medo e um arrepio percorreu seu corpo.
Não podia ser tão covarde era alemão , não era? E alemão jamais teme o perigo.
Era o homenzinho da mãe não era? Tinha que protege-la ...
Desceu com seu pijama brilhante como se fosse uma armadura sentia-se como se fosse um cavalheiro andante da Idade Média que protegeria as pessoas caminhou com passos sorrateira e largos entretanto nada seguros.
O pai entrou no corredor o viu , o agarrou puxando com força seu cabelo :
_ Ótimo está na hora de descobrir a sem vergonha que o colocou no mundo, arrastou para o quarto e apenas protestos abafados de sua boca.

A mãe e aquele homem sobre o lençol de cetim ...Nus estavam seus olhos se arregalaran,espantados a cena que não compreendia tornando os mais azuis quase negros, mas aquilo era algo errado senão o pai não estaria tão furioso.
Angustiado desviou os olhos da cena que se desenvolvia em sua frente que o repugnava,

Segundo passavam lentamente antes que notassem que não estavam sozinhos.

A mãe sobre o homem o seu corpo enroscava nele ,roçando nele como uma serpente perigosa.
Então percebeu tardiamente que não estavam sozinhos.
Empurrou o menino na direção da cama quase perdeu o equilíbrio. A mãe se cobriu e o homem terminou de por a calça ,as roupas estavam espalhadas pelo quarto.
Palmas foram ouvidas e um riso diabólico explodiu:
_Bravo!!!Elena, nunca o vi tão louca de paixão como numa gata no cio entre as minhas pernas.

_ Não fale assim , não na frente do menino , ele é apenas uma criança.
_É hora de conhecer a vadia de Iorque que o colocou no mundo.
Quase acertou o rosto do jovem, mas o gesto cambaleante foi desviado, saiu apressado pela porta.

_Wilhelm não fale assim.Saia daqui Alex.

Entretanto suas pernas estavam presas , grudadas no chão olhou a mãe com magoa.
Elena desviou os olhos não suportava aquele olhar a feria demais.
Desceu da cama com o lençol envolvendo seu corpo nu :
_ Pare com isso Wilhelm,falou com o dedo em riste, está assustando-o

Rasgou o lençol mostrando as curvas perfeitas.
_Sua sem vergonha seu filho tem que saber quem é a mãe dele , uma mulher que sempre está sorrindo , convidando os homens para se jogar na cama dele.
_Pare , tampou os ouvidos desesperada.
_ Mãe ... pai não é assim, disse numa voz sumida.
_Não me chame assim! , um som explodiu na sala depois de bater no garoto,eu não sou seu pai, jamais fui, já perguntou a sua mãe , quem é o seu pai?Pode ser qualquer um desses homens que se esfregam nelas pelos cantos.
Uma palidez mortífera cobriu o rosto da criança seus olhos pareciam saltar da órbita.
_Sim eu não sou seu pai, mas não se preocupe eu sei quem é.Esses cabelos , essa pele doentia é inegável a semelhança,Giovanni di Fiori é seu pai.Esse pintorinho de quinta categoria que contratei para pinta-la.Ele não apenas a pintou mas torpou com ela...
Saiu furioso do quarto deixando os dois logo se ouviu os cantar dos pneus sozinhos em frente ao outro.
_Filho , abriu os braços ,não se preocupe o que ouviu.
_Não sou seu filho ... não me chame nunca mais assim.
Virou os calcanhares e saiu.
Copiosas lagrimas escorreram de seu rosto, aninhou seu corpo como um feto.Tinha morrido ali jamais se recuperaria, nunca vira tanto ódio num rosto,seu filho a odiava.Soluços cortavam aquela noite jamais sentira tão só ...

Capitulo trinta e sete)

O conde von Wolfemberg assumira o menino porque se envergonhava que sua esposa colocava chifres em sua cabeça e ainda por cima gerara um filho, mas o ódio aos poucos lhe corroeu o peito e tudo que nele havia de bom, quando via o menino crescer tão diferente de si próprio e tão igual ao outro.

Capitulo Trinta e oito)

As mulheres não prestam ...
O condesinho desde pequeno sempre ouviu que as mulheres não são seres bons , o velho conde vivia lhe dizendo que as mulheres não prestam:
_Sua mãe até que não é muito cara vendeu seu corpo a mim em troca de um velho titulo de nobreza, que tem mais o brilho de outrora.Mas tem outras que são mais caras , jóias ,roupas são os que querem.
Em sua cabeça lembrava agora não entendeu o sentido mas aquilo ficou enraizado em sua cabeça de forma profunda... e agora tudo começava a fazer sentido.
O avo não tinha problemas com mulheres apesar de já ter apagado do rosto os traços da juventude , as mulheres o cercavam.
Na sua mente avivou lembranças duras que tantas vezes ouviu mas agora entendia:
_ Eu posso até andar com todos os homens que vejo Wilhelm.Pelo menos vou para a cama com eles porque gosto. E não por alguns trocados para conservar um velho castelo!
Queria esquecer , mas mesmo se pudesse não era certo tinha que entender que as mulheres são interesseiras e desleais.

Capitulo Trinta e nove)

Era o caminho da morte...
O carro descia rápido pelas ruas que se estendiam como um tapete prateado pela estrada.Deslizava macio cortando o ar.
Mergulhou no passado , das suas palavras duras com Elena e aquele garoto idiota!
Perdeu a direção , o caminhão vinha rápido em sua direção , um estridente barulho de buzina, freiou o carro, derrapou na pista deixando suas marcas , desviou mas o precipício o envolveu ,tudo era escuridão ,tudo era silencio...

Capitulo Quarenta)

Amigos?

Tinham mais coisas que as outras crianças tinham mas talvez eram mais felizes ,faltava ?lhe alguma coisa;
Pensava nisso enquanto a limusine descia as ruas de Berlim,viu um grupo de crianças brincando der roda, rindo felizes como se o mundo girasse por causa delas ,caindo no chão em uma algazarra, rolando no gramado.
Elas se interagiam e ele continuava a parte, as olhando, não conseguia pertencer ao grupo.
As pessoas sentia em seu coração ,até as crianças eram falsas.

Capitulo Quarenta e um)

Não suportava os jornalistas , se comportavam como abutres não pensavam em seus sentimentos , só pensava em vender muito, não importava o que publicassem, nem pensava se o feriam.
Viu a morte do pai estampado em todos os jornais e invadindo a sua privacidade ,o interrogando ,sem se importar o que via por trás da foto deprimente no enterro.

Quando se viu viúva ...
Elena se surpreendeu quando ficou sabendo da trágica morte do marido.
Ainda bem que ficava ótima de preto, escorria pelas suas curvas ,seus cabelos ficavam ainda mais dourados e seus olhos mais azuis , hoje estavam violetas.
Nem um pouco se abalou com a morte do marido, sentiu como se tirasse um peso de seus ombros delicados. A única coisa que lhe sangrava o coração, era o filho que não lhe dirigia mais a palavra desde a fatídica noite ,estava mais isolado e arredio.
Estava desesperada na medida que seu coração mimado e egoísta permitia .
O pai lhe dissera que com o tempo deveria passar , assim achou uma boa idéia passar uns tempos com ele até aceitar.
Isso coloria com um que de tristeza comovente como dizia a nota no jornal.
Uma chuva caía fria naquele outono de quase 25 anos atrás.
Muitos compareceram , poucos amigos ,em geral curiosos , vieram entre sussurros abafados de fofocas da família, e do conde, pois este em vida nunca foi querido.
Mas todas agora comentavam da dor de perde-lo , da pena de deixar a jovem viúva informa e o filho , único herdeiro e o conde de Wolfenberg.
A terra fofa e molhada caía ... fechando o buraco onde o caixão caia deitado.
Não pode segurar uma lagrima que solitária escorreu de seu rosto.Muitos entre murmúrios abafados com a palma da mão interpretaram mal o gesto.
Estava livre agora.


Era como senão enterrasse aquele homem que jazia em seus pés ...
Era um estranho que por tantos anos chamara de pai."pai" essa palavra soava amarga em sua boca.
Seu pai saberia de sua existência ,se soubesse porque jamais o procurou?Giovanni di Fiori ,era seu nome ... o único fato que sabia.
Enquanto voltava para a limusine com o imenso guarda-chuva preto que o empregado o guiava o protegendo mais jornalistas todos estavam curiosos em saber novidades da morte misteriosa do conde.


Capitulo Quarenta e dois)

Nova Iorque...
Odiou aquela cidade desde o inicio , a separava daquilo que tinha até ali aprendido a amar.
Amava tanto a Alemanha ,sentia tanto sua falta , mas agora eram só lembranças, lembranças de um tempo que não volta mais .Tudo o que fazia lembrava ele da Alemanha...
Sentia falta da mãe ? Nenhum pouco , eram raras suas visitas , não se importava .O ódio preenchia o lugar onde devia estar o vazio da saudade.
Desprezava ?a fizera ruir todo o seu mundo.Não Elena , não o amava.
Crescendo foi aos poucos percebendo para sua decepção que as pessoas se vendiam.
O avô era um milionário, era cercado de aduladores se desejasse era só dar algumas cédulas para ter amigos .


Capitulo Quarenta e três )

O avô contratou uma jovem senhora para cuidar do neto seu nome era Natalie.Era uma jovem rechonchuda com os cabelos encrespados.Seus olhos era negros como a fruta exótica da jabuticaba.Sua voz era meiga e carinhosa ao mesmo tempo severa.
Não era definitivamente bonita mas tinha algo nela que transcedia , que encantou o menino assim que a viu.Irradiava carinho por todos os poros.
No inicio ficou meio desconfiado e arredio entretanto lentamente deixou se aproximar mas não muito,não queria se envolver profundamente com ninguém ,não queria se ferir de novo.
A sua cor era tão diferente que o encantou.A sua voz cativante contava historias de as gente.
Foram contava a voz emocionada pelas lembranças dolorosas aprisionados e vendidos como escravos como se fossem menos que animais e não seres humanos ... com seu suor e sangue construíram a força dos EUA mas ao invés de retribuir , os negros ainda os piores salários e desdém da gente branca.
Não entendia Alexander como alguém podia desprezar alguém apenas pela sua cor e ainda uma cor tão bonita , mas não foi assim que Elena pensou que seu filhjo estava sendo criada por uma " filha do demônio" ficou horrorizada:
_Como pode pai por meu filho ser criado por essa mulher, elas não serve.
Leandris não deu ouvidos a filha.Natalie alem de ser de sua confiança parecia ter conseguido algo que ninguém conseguiu, entrar no mundinho que era então só de Alex.
Cada dia o garoto ficava ao seu lado mais esperto e vivo.
_Eu perdi meu marido e meu filho num acidente.Para mim , me sinto com você como se Deus tivesse me devolvido o filho que perdi, Oh! Meu filho me desculpe essa preta velha só fala bobagens.
_ Não precisa se desculpar Nanny, como a chamava diminuitivamente , disse sem emoção e serio como se aquelas palavras não significassem nada mas significavam muito, ficariam coladas em seu coração.
Desviou os olhos antes que estes o traíssem.

Nanny...

Nova Iorque, Alex olhava pela janela do apartamento a cidade de mil faces , de mil oportunidades.
Arranha-céus, central-park, Brodday ,Harlem...
Os negros foram arrancados da sua mãe África, África negra , das florestas que escondiam o desconhecido.
Foi no Harlem que Natalie nasceu...
Nanny sempre soube que uma cortina invisível mais resistente separava os brancos dos negros dos pobres.
Desde a época da colonização, hoje libertos mas ameaçados com a Ku-Klux- Klan.
Nanny era uma mulher corajosa,
Conheceu a pobreza, o preconceito, que rasgava por dentro, apesar de ter sofrido muito com as piadinhas maldosas , o medo pela policia ,pois como todos os negros carregava um estigma de culpado.
Via ?os como inferior ... negro não é apenas uma cor , mas a identidade de uma raça,de uma das culturas mais ricas.
Tão colorida ,tão viva ,cheia de ritmo ... uma dança compassada ... num batuque único e ritmado.

Capitulo Quarenta e Quatro)

Superdotado...
Não fazia muito que Nanny descobriu algo que espantou a todos.
Surpreendeu algumas vezes o pequeno conde com alguns pedaços de papel, uma ruga fincava a testa morena, os lábios apertados, uma fisionomia concentrada, amarrada.
O lápiz deslizava sobre o papel ... o que seria?
Escondia os papeis e não permitia que visse, sua pele ficou branca como cera como se estivesse sido pego em flagrante fazendo algo errado.
Alguns dias depois enquanto arrumava o quarto encontrou sob o colchão um caderno de desenho.
Folheando viu alguns que eram de rara beleza e profundidade que não escondiam um indiscutível talento.
Surpresa como não tinham percebido até agora que o garoto era superdotado ?Lembrou de conversas maldosas entre os empregados que sua presença fazia cessar logo, que não era filho do conde mas sim de um artista italiano sem nenhum tostão?
O velho Leandris não ficou entusiasmado quando mostrou os desenhos do neto mas seu secretario que entendia algo de arte não escondeu a admiração era inegável o seu talento.
Leandris em dois tempos chamou especialistas do assunto ,concordaram unânimes do garoto , que não conhecia as tradições artísticas ,era inegável o talento era como uma pedra tosca só precisando ser polida para ser transformado num belo diamante.
Não gostou muito porque pintura não é bem o que sonhava para seu herdeiro, mas sim seguir seus passos no mundo dos negócios , mas por outro lado aprovou , não era o bobo que pensava .
Iria ter os melhores professores que a fortuna dele podia pagar.Iria para o colégio interno.
Para Alex foi como um castigo.

Capitulo Quarenta e cinco)

Amor pela Alemanha...
Quando via as fotos dos dias que passou da Alemanha , ou ao folhear um livro,o Reno , seus castelos ,suas construções grudadas uma contra a outra tinha vontade de voltar para lá e não só passar uns dias que logo desapareciam.
Mas estava preso num colégio, num pais estranho, apesar de ser meio-americano não sentia a mesma emoção do que pela Alemanha ,o simples toque das notas do seu hino fazia seu coração vibrar.

Capitulo Quarenta e Seis)

O desenvolvimento de seu corpo...
Não estava satisfeito seu corpo ,espinhas cobriam seu rosto,cravos também deixavam suas marcas.
Seus ombros se alargavam ,seus quadris se estreitavam.
Crescia demais estava cada vez mais alto.Suas pernas se tornavam longas e desengonçadas.Seu corpo se modificava rapidamente.Seu rosto se tornava áspero.
Alexander não era definitivamente nada bonito o espelho cruel lhe dizia.A única coisa que se destava em si eram seus cabelos, eram como ondas de um mar revolto ,em que as ondas escuras se encontravam e se desencontravam.
Aparelhos dentários metalizavam seus dentes.Óculos,lentes de garrafa escondiam olhos azuis tristes.O que tornava seus sorrisos ainda mais raros.
Entretanto ao mesmo tempo ,que queria crescer não queria pois crescer é sofrer,por um espaço de tempo desconhecido, e tinha nojo de sexo, o repugnava,se lamber, se beijar ,se tocar,o repugnava.

Roupas que não valorizavam seu corpo, escondia a silhueta e musculosa.Seu corpo se tornava mais firme e musculoso.
Desde pequeno com a asma teve que aprender natação e outros esportes que fortaleceu seus músculos tornando seu corpo quando mais maduro mais atraente.Entretanto não gostava de usar roupas que valorizavam seu corpo queria passar despercebido, contraditoriamente sentia necessidade de ser muito amado.
Ao contrario dos seus colegas fugia das mulheres com o rosto em fogo.Pensava nesses dias jamais seus corpos se encontrariam, jamais faria aquilo , temia a rejeição .Embora aquilo para seu desgosto começava a fascina-lo ,ficava furioso nesses momentos cada vez mais presentes,pois temia se ferir, era tão ruim,machucava.

Vivia em um mundo que não compreendia , que a porta estava trancada e a chave perdida.Tímido as palavras morriam em sua boca antes de sair.
Triste, desesperançoso, descrente ...
O jovem Alex fez a faculdade em Harvard, lugar em que foi um aluno de destaque e um grande orador.Orador????Sim , um grande orador ,era tímido , mas quando estava no alto era como se o conde von Wolfemberg tomasse seu lugar e não o jovem Alex tímido e inseguro.
A voz saia agradável bem modulada, fria mas cativante, Todos adoravam seus discursos , na medida certa não inflamados.


Capitulo Quarenta e sete)

Os amigos...
Nem por isso tinha menos amigos ,o cercavam além de inteligente era rico o que atraia muito.
Mas sempre se escondia em seu escudo protetor.
Apesar de tanto tempo, anos se passaram rugas marcava o rosto jovem nasceram ainda ouvia ,angustiada as risadas ecoando em seus ouvidos como martelos.Era terrível.
Riam do aparelho , do seus óculos que não ajudavam nada.E da gagueira que logo dava espaço.
As crianças são ingênuas e por isso , não fazem maldade ... não há nada mais cruel que as crianças.
Alex era inseguro não confiava mais nas pessoas,não abria seu coração, não gostava de ser ferido, pois isso doía tinha medo de abrir de novo e as crianças rirem de suas opiniões o acharem idiota outra vez por isso se escondia mesmo assim feria com a solidão, com aquele silencio.
Se ressentia porque ninguém sentia sua falta, ninguém sentia sua falta ,ninguém se importava com ele.Era como se não existisse.Era como se não valesse nada.
As pessoas riam dele não gostava que rissem deles.Por isso fazia de tudo para não se magoar,sentimento tão doloroso, senão gostasse que os outros rissem dele porque ia desejar algo tão desagradável aos outros.
A mãe traiu seu pai que batia nela.Talvez as pessoas fossem mais felizes ferindo os outros,se magoando,talvez até gostassem de serem magoadas pois beijava a mão daquele que o esbofeteia.

Capitulo Quarenta e oito)

Um dia no banheiro fazendo suas necessidades no colégio interno , ouviu uma conversa que jamais esqueceu que o magoou profundamente.
Hermann e Heinrich, que consideravam até então seus amigos, mas com uma certa reserva,que lhe era natural comentavam:
-Há-Há! Alex você está brincando? Ele é um idiota duvido que conseguisse distinguir Jennifer de Karl.Eu acho que deve ter algum problema.
_Quem sabe não quebrou a munheca quando pequeno ...
Risadas ouviu, as vozes entre as paredes do banheiro que nunca lhe pareceram tão frias, a porta se fechou.
Aprendia aos poucos que não devia confiar nas pessoas principalmente nas mulheres que eram interesseiras mas ainda aquela que tinha o poder de feri-lo.
Se pudesse não queria mais ter que sentir isso escondia seu coração mas ainda sofria e como.
Com mérito se formou em administração de empresas e conseguiu seu MBA.
Tinha um charme mas era tão tímido que não demonstrava ,só faltava um pouco de confiança para ser irresistível

Capitulo Quarenta e nove)

E as namoradas?
O avô também se preocupava com sexualidade do neto, se ele era normal não tinha amigos pouco saia , jamais falava e, namoradas, como era natural em um rapaz de sua idade.
O velho não sossegaria enquanto não descobrisse uma solução.
Obstinação foi uma das características de sua personalidade forte que fez onde estava no topo da terra do tio Sam.E não foi fácil.

Aprendeu desde jovem a desprezar as mulheres ,todas são vadias ,fazem tudo por dinheiro.Todas as mulheres tinham um preço.
Aprendeu a despreza-las e desprezar seu próprio desejo que sentia pelas mulheres mas o desejo persistia.
Odiava ?as ainda mais por encher seu corpo de desejo.
Entretanto não estava preparado para apenas se relacionar com uma mulher apenas aplacar a sua febre carnal.Aprendeu a achar o sexo imoral que todos praticavam.
O sexo por si só era sujo tinha que haver sentimento.
Sonhava quando pequeno encontrar uma mulher como a mãe , com aqueles cabelos dourados, seu jeito, para ele a mãe era divina.
Então depois que a viu com aquele homem se desiludiu e seu maior se tornou exatamente este alguém como a mãe.
As mulheres cercavam seu avô , onde se houve alguma beleza , as marcas do tempo apagou.


Capitulo Cinqüenta)


Miklos Leandris era o patriarca da família.O chefe supremo,ninguém podia ter opiniões diferentes das suas.
Estava preocupado,muito preocupado enquanto soltava uma baforada do cachimbo.
Para ele as pessoas se dividiam entre vencedores e perdedores,temia que seu neto fosse um perdedor.
Tudo bem era ótimo empresário, tinha um faro de leão para o mundo dos negócios, olhando o movimento da janela da cidade de Nova Iorque,mas lhe sobrava escrúpulos e consideração com os outros , não via o mundo da forma correta como um homem de verdade,de fibra.
Era tão calado... na sua idade já era um homem casado,entretanto ser sua mãe nesses dias já morta e sua filha ,todas levava pra cama.
Já contratara mulheres par derreter aquele gelo e nada, para seu pesar e desgosto.
Playboy deixadas propositalmente e nenhuma olhadinha.Desespera-se temia que o neto fosse uma florzinha, mas não ousava completar seus pensamentos.
Seu escudeiro fiel, não comentava nada sobre encontros , namorada ,não era normal.
Aquele jeito tímido ,inseguro, nem parecia um homem.Se descobrisse alguma coisa o deserdaria,não era digno de ser seu neto, de um grego.
Um único neto , dar um desgosto desses , era tão fraco com aquelas crises asmáticas e chiado no peito,e já o estava preparado para ser o cérebro da Leandris Company.



Capitulo Cinqüenta e um)
Segurança...
Sentia-se preso , quando pequeno vivia livre na Alemanha ,como as aves que sobrevoam o céu, mas agora estava enjaulado temia por sua segurança.
Uma sombra o perseguia,um estranho seguindo seus passos,tornava-se uma constante, se acostumou? Provavelmente não, mas aceitou sua presença.
Pessoas eram roubadas,seqüestradas ....carro blindado fazia o sentir mais protegido.
Os bandidos ao invés de estarem atrás das grades, os bons homens se enjaulavam como se eles fossem os criminosos.
O emprego sumia como fumaça , a miséria crescia,o abismo entre pobres e ricos aumentava.
O mundo era dos mais aptos ,e ele trabalhava duro para conseguir seu rico dinheiro, e tinha que se fechar atrás das grades,dos muros altos, câmeras escondidas ...
Os paparazzi os perseguiam,as empresas o deixava em paz o único herdeiro da Leandris que caminhava entrando atividades então em rumos desconhecidos, que não havia sido explorado.
A ousadia ,a genialidade de Wolfemberg,fazia progredir, nascia a futura Wolfnet.
O mundo da informação crescia, a internet invadia os lares, as empresas se modificavam , o mundo jamais voltaria a ser o mesmo.
Seus empregos eram tomados por máquinas frias sem sentimento que fazia o mesmo trabalho com mais rapidez e eficiência.


Capitulo Cinqüenta e dois)

Nova Iorque...
A estatua da liberdade ,com a tocha cortando o negro do céu, saúda a vinda dos imigrantes.
Baía de Hudson, reflete o céu estrelado e a lua de prata.
Ilha de Manhattan.Os prédios arranha os céus.
Carros num movimento,ordenado e barulhento.Pessoas, muita gente.
Pernas brancas,preta, e amarelas .
Manhattan... Nova Iorque talvez não seja a mais bonita mas certamente a mais fascinante.

Capitulo Cinqüenta e três)

Elena em Nova Iorque...
No seu apartamento em Nova Iorque de frente para a Baía de Hudson onde se via em pé a estatua da liberdade com sua tocha cortando o céu de Manhattan , azul como a cor dos seus olhos e um amarelo ardente e abrasador estava em pleno verão.
Ao seu lado se reerguiam as torres gêmeas ,símbolo que a cidade uma piscina que refletia o azul do céu,profundamente azul.Se destacam entre tantos prédios com a sua impaciência.
Elena amava Nova Iorque ... só ali sentia realmente viva.Ali era verdadeiramente azul ou a imagem que queria que os outros o vissem.
A mulher fútil e caprichosa que fazia o transito parar.Um biquíni vermelho com o suave ondular dos quadris .E aqueles olhos de tigresa e preguiçosa e manhosa.
Sua voz radicalmente parecia o canto das sereias que seduzia os pescadores.
Precisava se sentir a amada , desejada, querida finalmente renascia com a luz , ao toque de maio.Só assim se sentia viva ,feliz de verdade.
Seu cabelo flutuava molhado, o vento soprava aquelas ondas suaves se sentia feliz,viva, feliz de verdade.
Mas em outros momentos só o cigarro que queimava, em seus lábios.Soltando uma fumaça aplacava a sua ânsia de viver.
No fundo era solitária , não foi feliz no casamento .O filho, não gostava de crianças , e Alex estava tão distante,agora mal falava com ela,apenas palavras frias, na frente dos outros corteses.
E nem queria ter engravidado, foi um acidente,deformaria seu corpo para sempre o incharia e tornaria pesadora.Queria ter arrancado do ventre logo que descobriu que estava grávida , mas Miklos queria um neto ,Wolfember a obrigou a assumir o filho:
-Não tinha feito ,agora era assumir aquela vergonha.
E assumir:
Então... quase perdeu a vida. Talvez fosse melhor te-lo perdido .Ele era tão doentinho.Era tão idiota.
Vivia enfiado nos livros , ou atrás daqueles bichos, numa quietude e apatia que era abominável.
-Não gostava de pensar nessas coisas,era bom pensar em coisas boas como naquele rapaz na sua frente.Loiros ,olhos claros ,americano,sensual e casado.Era mais um na sua interminável lista.
Levaria ?o para o quarto, seria seu pelo menos por aquela noite..
Capitulo Cinqüenta e quatro)
Alex era uma pessoa solitária se refugiava sempre no mundo das pinturas ,nela se sentia completo, não escondia seus sentimentos, divagar.Um jovem puro mas principalmente sensível.
Uma sensibilidade que transportava para a tela.Por isso não gostava muito que os outros a vissem lá estava mais exposto e nu do que se andassem sem roupas por um salão cheio.
Mas tinha vontade de se comunicar com os outros o que sentia.Por isso começou com um pseudônimo Francesco Vicenzi.
Suas obras no início causaram um impacto mas logo as pessoas acostumaram e aprenderam a gostar não era ainda a obra de um grande mestre mas logo seria.

O conde von Wolfemberg nasceu com o tino para os negócios, para administrar e ordenar.Entretanto nasceu esse jovem com o talento artístico,sempre procurou aprimorar o seu lado de empresário ,fez até o curso de administração, na tradicional universidade norte-americana.
Não gostava do seu lado de pintor , não gostava sempre procurou camufla-lo,até esconder dos outros.Não gostava de parecer com seu pai biológico ,um homem que jamais se importou com ele, escondia , lutava ,entretanto estava incipiente com uma dor surgia em seu coração e desenvolvia.
Mais lutava contra ele mas forte estava , era uma parte de sua própria existência.
Tinha necessidade assim com de respirar de passar para a tela o que sentia,invadia sua alma.
Entretanto o seu talento extrapolava , era um gênio era na escultura.
As pedras se transformavam seus pensamentos e vida neles.
Dá pedra bruta, nascia mulheres , o seu desejo intimo e latente, mas em cada escultura surgia no homem sentado na praça , na criança perdida, a dor , expremia a dor de ser homem.
Não queria ter esse dom ,não queria ter nada que lembrava ele.
É uma necessidade do homem externar seus sentimentos ,suas emoções ,transpassar o seu eu.
Não gostava que os outros vissem seus quadros e escultura onde era inegável o seu medo das pessoas penetrassem no seu verdadeiro" eu" ,certamente nem ele se conhecia tão bem.
Era difícil e saber que as pessoas sabiam suas reações perante o mundo.
As suas emoções ,duvidas em cada pincelada ali na tela e barro , as suas cores, suas curvas , como o toque mas a sua imaginação e talento criativo.

Capitulo Cinqüenta e cinco)

Não queria crescer era algo que não desejava crescer significava sofrimento.Logo começou sonhos que o perseguiam que não desejava.
Sonhava com a mesma mulher mas seu rosto não via ,estava coberto por uma nuvem cinzenta.
Ela era linda,seu corpo femenil era macio e seu ventre quente.
Podia até sentir seu calor entre suas pernas.Ela o perseguia...
A primeira vez que sonhou com ela ,era tão real,nem parecia um sonho.
Com sua língua úmida explorou a boca macia numa doce entrega.Seu membro logo enrigeceu e começou a acariciar o corpo dele com língua morna e seu corpo enrigeceu de prazer ,soltou um murmúrio involutário.

Risos o acordaram , droga devia ter soltado gemido involutário.
Risos o acordaram, sentiu o pijama úmido .Seus colegas riam dele do curso de verão, a calça um ida é que realmente ficou excitado com o sonho.


Capitulo Cinqüenta e seis)
O desejo que sentia não era virtual..
É claro que sentia desejo irresistível pelas mulheres.
Na empresa do avô as mulheres o atraiam, mas com sua timidez as afastava.
A saia escura suavemente descia pelas nádegas, roçando as cochas, tocando os joelhos num caminho sinuoso pelo corpo da secretária.
O decote baixo que mostrava os mamilos rosados ,vermelhos que pareciam tão macios ao toque... que vontade de afundar a cabeça entre estes e prova-los.
Ao mesmo tempo que sentia atraído pela renda , pelo que escondia no tecido fino da blusa ,sentia nojo e repulsa.
Como seria sentir o contato da língua daquela atriz roçar pela sua.
Isso o fazia sentir excitado.

Capitulo Cinqüenta e sete)

Seu pai era um desconhecido.

Há pouco tempo seu homem de confiança Césare Bellini descobriu que seu pai vive num gueto em Veneza ,para compreender porque ele jamais ligou para ele ,ninguém sabia nem mesmo o velho avô contava.
Olhou para o espelho estava lá aquele rosto sem graça, olhando para si.
Chegaria no pai e diria:
_Pai sou eu, seu filho.Porque você nunca me procurou durante todos estes anos?
Não a voz lhe faltaria sabia disso começaria a gaguejar e fraquejar e sob tensão nada sairia.
Chegaria e não diria .Resolvido.Chegaria nele apenas.

Capitulo Cinqüenta e oito)

Nova Iorque...
Era o coração do mundo... Wall Street o centro financeiro.
Lá se erguiam a sede da Leandris Company e a empresa jovem mas a maior do ramo, sede da empresa que criava programas para computadores do mundo e de outros negócios que tinha como um diretores Alexander von Wolfember.
A cidade de Nova Iorque pode não ser a mais bela do mundo, mas sem dúvida uma cidade que cativa a todos.
É como se Nova Iorque jamais parasse.
Pessoas de lá para cá caminhavam apressadas ,amareladas,brancas ,pretas, confusão de pernas ,braços ,rostos e vozes.

Carros apressados ,táxis ,tráfegos .Arranha ?céus cortavam o céu de Manhattan, Nova Iorque é o símbolo dos EUA ,do seu poder.
Do alto se avista a Broaday, a Wall Street e lá longe a Estátua da Liberdade com seu braço erguido no lugar em que a rocha tocava o céu, e as torres tremulantes.
Abrindo as águas da baía, de Hudson com sua imponência e suas pontes, um tráfego que não para mais.
Nova Iorque foi fundada pelos holandeses , mais tarde caiu sob o domínio dos ingleses ... Uma limusine escura com os vidros fechados caminhava apressada pelas ruas.
Dentro estava Belline e o conde frente a frente .Wolfemberg olhava perdido pelas ruas da cidade.
Aquela cidade o sufocava ,aquele monte de gente estranha o fazia sentir mais olitario e com saudade de casa. A Alemanha.Com suas cidades pequenas ,ruas tranqüilas.
Bellini era seu secretario particular , falou:
_ O senhor Wolfemberg tem um almoço as 12 horas e 30 minutos com Hapton.
Repassava a agenda para o poderoso conde alemão.Não é que não gostava do EUA era meio americano vivia sempre entre a ponte aérea alemã e daqui.Mas era muio mais alemão.
Sentia mais vivo, mais feliz na Alemanha.


Capitulo Cinqüenta e Nove)

A Alemanha é indivisível...
Alemanha desde o dia que nasceu estava dividida mas seu coração sempre soube que a Alemanha é indivisível assim como o coração de seu povo.
Sempre seria uma só, um muro não mudava isso ,mesmo com homens armados, cães e arame farpado.Era o mesmo povo , a mesma língua , os mesmos costumes, uma mesma família.
Apesar de terem-na dividido era ainda uma mesmo que aquela doía.
Seu pai jamais viu velhos amigos ,familiares , primos e tios.A dor não era só dele era só conversar com os alemães que contava historias de separação.
O muro os seaparava... que não foram eles que ergueram mas os invasores num pais destruído pela guerra.
Não destruída laços de sangue, laços que o tempo não apaga , a dor da separação forçada ate´aumentava.
Com instrumentos rudimentares, o muro ruiu aos pés do povo ... um mundo acabou .... o muro foi erguido contrava a vontade da nação ,pois era um pais derrotado pela guerra ,não tinha voz esse povo, nem defesa e nas mãos desse povo cansado dessa divisão absurda e indesejada nas suas mãos caiu.
Muitos pensaram que a Alemanha estava destruído, mas com sua força e coragem reergueram pedra por pedra de sua soberania,apesar das indenizações e empréstimos em poucos anos a nação mais rica da Europa, a terceira potencia mundial

Capitulo Sessenta )


Tinha os cabelos longos em suaves cascatas ruivas .Seus olhos eram verdes ,tão vedes e tão brilhantes como duas esmeraldas.
Seus lábios eram vermelhos e bem cheios eram um convite para aproveitar seu gosto de cereja.
Seus seios eram pequenos e redondos bem firmes.Sua cintura era fininha.Suas pernas eram longas e bem torneadas.
Tudo o que vestia lhe caia bem.Era muito bonita.
Seu nariz era pequeno e seguia os ângulos do rosto.
Seu nariz era pequeno e seguia os ângulos do rosto.
Os pares dos olhos masculinos a seguiam ,deveria ter algo que os atraiam , não sabia bem o que era , mas era sua arma ,fazia dos homens joguetes em suas mãos.
A toalha escorregou pelo corpo,mostrando as curvas perfeitamente alinhadas , mas o que a tornava mais bonita não era apenas o seu ar virginal mas sua inocência.

Capitulo Sessenta e Um)

Leandris...

O avô era um homem cruel e vingativo mas controlado.Wolfemberg o admirava seu auto-controle ao contrário do jeito explosivo do velho conde.
Não queria ser como ele, expondo os sentimentos as pessoas se tornavam vulneráveis por isso escondia seus sentimentos atrás de uma árdua couraça.


Capitulo Sessenta e Dois)

São Sebastião do Rio de Janeiro ,mas pelo povo brasileiro é mais conhecida como Rio de Janeiro ou Rio.É a cidade Maravilhosa.
O céu estava anil, cor de anil, quase sem nuvens, um sol abrasador ali descansava a sua cabeça de fogo.
As águas refletiam o azul do céu , um azul como do céu.As águas se abraçavam e se encontravam,águas que se desmanchavam como espumas.
As nuvens eram como uma vela que passavam no mar , que passavam no céu... o sol era como uma bola de fogo escaldante.
Sob o dourado no sol nas praias turistas, banhistas ,biquínis, um cenário colorido e sensual.
Mulheres com um biquíni sumário um fio dental e tomara que caia que mal escondia as formas.Homens de sungas.
Uma mistura de raças e cores ...
A baía de Guanabara sob um sol escaldante de 40 º C, a areia dourada.
Para os olhos as águas tinham uma cor entre azul e verde ,se entrelaçavam numa confusão cromática, era um cenário tropical.
Montanhas que foram esculpidas pelos tempos , o corcovado foi erguido pelo homem.Jesus Cristo abraçava o Rio, e este o mar.


Miséria ,fome, criminalidade e polícia.Barracos desciam o morro descoberto da vegetação nativa,parecia que na primeira chuva tudo desceria morro abaixo.
As águas escorriam sem encanamento, sem tratamento.Rios eram chãos de terra,onde novos barracos se amontoavam.
Crianças passavam com rostos ossudos, sujos de barro, com barrigas de água.
Apesar de jovens no seu rosto miúdo a marca do tempo, olhos sem brilho ,preocupação, seu rostos para os estranhos se confundiam como se fossem iguais,mas cada um trazia sua dor.
A dureza , a crueza da vida estavam pintadas com as tintas da miséria.Brasil é um país rico de povo pobre.
Foi entre essas casebres que cresceu Lara.Queria subir de vida, ter roupas como as atrizes da telenovela, porque elas nem são tão bonitas como ela , e o que tinham de melhor que ela?
Queria ser muito famosa ,ser atriz .Sua ambição aumentava entre as ruelas.
Seu rosto chamava a atenção ,um rosto de traços exóticos , talvez não sejam seu rosto mas seus cabelos de cor vermelha sob a luz do sol ,conhecia a sua beleza.
Era ambiciosa sonhava alto, ser uma estrela de Hollywood ,seus pais achavam besteira ilusões de adolescente.
Filha de um desempregado com uma doméstica, mas sonhava com seu sucesso, via seu sucesso ...
Perseguida pelos fãs, admiradas pelos homens, filmes , muitos dólares ,seus pais tentavam tirar essas ilusões bobas.
Entretanto nada adiantou , mal dezoito anos completos foi tentar a sorte nos EUA, já sentia uma atriz do cinema.
Se apaixonou a primeira vista por Los Angeles e por Jake Willians um ator emergente.
Trabalha numa loja especifica de roupas masculinos ,Jake não era muito bonito mas charmoso e galanteador , logo suas idas tornaram freqüentes .
Apesar de não permitir o envolvimento com clientes , mesmo assim em pouco tempo começaram a sair juntos,se tornavam muito mais que amigos, amantes.
Willians ainda não conhecia o sucesso como ator estava trabalhando duro.Lara já via no futuro , nas páginas dos jornais o sr e a sra Willians estréiam o filme ...
Estava apaixonada perdidamente apaixonada por Jacques e por seus sonhos.
A menstruação falhou um mês.Bobagem não podia estar grávida , não podia esconder muito tempo para si mesma.


Capitulo Sessenta e três )


As pessoas tem um preço...
O avô fez de tudo para enriquecer e agarrou nisso como se fosse o único fato que imprtava.
Mas isso entristecia Alexander não gostava de pensar que as pessoas se vendiam tão baixo por dinheiro,se vendessem por tão pouco.

Tubo bem dinheiro mas não compra tudo não.
Entretanto se o amor existia as vezes não acreditava . Se existisse não existiria guerra, nem fome, nem dor.
Então se não existisse o que era que sentia pelos animais e no passado sentiu pela mãe?E agora sentia algo pela Nanny que não deixava criar raízes.
Não , não podia ser amor.Não gostava de sentir isso.Amor era um sentimento ruim.
Fazia se sentir vulnerável como um barco sem leme ao sopro do vento, navegando perdido,só a brisa do vento levava.
Era muito ruim jamais permitiria amar de novo ,sabia se amasse e a pessoa o magoasse seria doloroso demais e sofreria e jamais conseguiria amar de novo, sofreria e é tão ruim. Que seu coração jazeria morto e jamais amaria de novo.
E não queria pensar que aquela dor não teria jamais fim ,jamais dividiria sua dor o seu sofrimento como alguém, rirem juntos , serem como um único ser ...

Capitulo Sessenta e quatro)

Nova Iorque ...
As estrelas pareciam velas no céu , a lua um prato refletindo a cidade movimentada.
Belle Flower, que homem não conhecia Belle. Ninguém sabia ao certo quem ela fosse, talvez uma irlandesa , seus cabelos eram muito ruivos.

Nunca foi num lugar assim após muita discussão aceitara ir ali, não sentia bem.
Afrouxou a gravata, puxou as mangas da blusa,estava afafado.Ou era ele , que sentia desconfortável.
Seu avô saboreava seu drinque ,uma linda garota do seu lado, desprezara uma que se oferecera.
Miklos pensava que Alexander fosse se divertir como rapazes normais mas seus olhos beiravam o desespero: Jovens dançavam praticamente nuas no palco.
O conde não gostava disso jamais freqüentou um lugar assim.Todas as mulheres ao seu redor eram putas, que se vendiam por alguns trocados, homens que a pagavam.Sentiu nojo de tudo aquilo ali.
Belle Flower era a grande estrela da noite.
Strip-tease .Uma música sensual envolveu o ambiente.Dançando envolventemente entre as mesas.Cada uma de suas peças caindo , mostrando a carne perfeita, branca , muito branca.
Miklos percebeu satisfeito que Alex deixou se perdeu no ritmo da musica e das curvas.
Leandris o levou para conhece-la até o camarim da Belle , Alexander foi contrariando, jamais vivia uma mulher que o atraia , tanto , mais que as outras mulheres , por isso mesmo queria ir embora dali,não se envolvia com a jovem.
Belle ... mas não adiantava insistir com Miklos era como perdido.
Um robe negro envolvia seu corpo feminino.Sabia que estava nua só o tecido descia sob o tecido que descia como uma segunda pele , um caminho convidativo rumo ao desconhecido um mundo que só a imaginação penetrou.
Seus lábios cheios era mais que um convite é uma promessa, seus olhos sorriam pareciam saber ler para onde iam seus pensamentos.
O jovem era até bonitinho , senão fosse aqueles óculos horríveis , e seus cabelos eram tão negros e macios.Lembrou da conversa com o velho Leandris, as notas verdinhas que lhe dera:


As mulheres ao mesmo tempo que o atraia o repugnava. O que mais lhe atraia nas mulheres eram suas pernas, não que não fosse chegado nos seios.
Todas as raças tinham mulheres belíssimas sejam negras ,brancas e amarelas.Tinha as esbeltas ,curvas que o deliravam e escondiam sob os tecidos .Seus olhos seguiam o ziguezague constante das pernas.
E os cabelos ... vermelhos como sangue, amarelos ,cachos dourados ,como fios de ouro ao sol ,negros como a noite,longos com franja.
Sentia ?se estremecer do desejo de enviar suas mãos entre seus cabelos


Capitulo Sessenta e cinco)

Um homem de negócios ... na área de Informática.
A Leandris Company é uma das firmas mais importantes dos EUA em telecomunicações.
Seus tentáculos se estendem as mais diferentes áreas do conhecimento e agora ruma para mundo dos computadores pessoais.
O cérebro da era o velho grego Miklos Leandris,conhecido no mundo financeiro como rapoza cinzenta ,seja pela sua sagacidade e ou esperteza.
Tinha um tino especial para empresário, não importava os meios para conseguir o que queria.
Assim enriqueceu tornando um dos homens mais poderosos do mundo , com sua esperteza investiu na fabricação de programas e equipamentos pra computadores.
Os meios sólidos e maquiavélicos eram pouco conhecidos pelas sociedade mas não sua riqueza legendária.
-Esse é meu futuro herdeiro Belle, o conde Alexander von Wolfemberg.
A mão pequenina e delicada desapareceu entre a mão morena que a segurava um sorriso tímido e metálico pareceu naqueles lábios que não conheciam o valor de um sorriso:
-Boa noite , Alex , se é que posso chama-lo assim.
Miklos se retirou discretamente, Alexander estava tão distraído e perdido naqueles lábios que nem percebeu.
Com as pernas tremulas procurou um lugar para se sentar no camarim
As luzes iam do rosa ao vermelho. Uma cama...? E percebeu que não tratava do camarim como o avo dissera mas sim de seu quarto.
O único lugar que havia para se sentar era uma cama redonda e macia percebeu com desespero, que ela caminhava como uma leoa, com um sorriso que era capaz de descongelar os pólos Ártico.E viu ?se só para seu desespero.
Sentou na cama pois as pernas não era mais capaz de sustenta-lo.
-Espero que goste ,ofereceu um uísque.
Alexander bebeu num gole só para buscar a coragem que lhe sumia Se arrependeu nunca bebia e ainda mais tão rápido.
Tossiu discretamente e procurou disfarçar perguntando sem pensar e rápido:
-Gosta do seu trabalho, desviou os olhos meios sem graça ,lembrou qual era seu trabalho e escondeu as mãos nos bolsos da calca que agora era com estivesse com frio mas todo seu corpo estava em brasa.
-Ganho bem e sempre tenho minhas recompensas

Enquanto dizia sentou-se do seu lado na cama sob olhar atônito de Alexander , cruzou as pernas esbeltas , pernas que ao se cruzarem foram segundos que passaram lentamente,demoraram, suas pernas não eram muito longas mas eram donas de curvas sinuosas , a pele era macia e o que não se via pelo robe ... algo cálido que só conhecia pelas revistas masculinas, olho seu rosto estava tão próximo, sua respiração suave , num ritmo continuo,sua boca entreaberta , nunca provara um beijo de mulher antes.
Rápida lhe tocou seus óculos para sua surpresa viu dois olhos dos mais azuis , da maior profundidade que já vira.
Uma mecha caiu sobre o rosto delicado ,num impulso colocou atrás da orelha arrependeu do gesto ,seus dedos se tocaram , e se queimaram ao se levantar para ir embora.
Lábios cheios pousaram nos seus ,eram macios ,levemente úmidos ,sua língua invadiu dentro de sua boca.Quando viu estava entregue e se correspondia a mão pequenina penetrou pelos botões , ao sentir a blusa e a penugem negra enroscando entre os dedos macios, gemeu rouco.
Ela se deitou sobre o leito e o puxou pela gravata.Seu corpo forte e rijo e delicado , murmúrios incoerentes. As mãos navegaram pelo dorso nu.
Seios nus eram como pêssegos em seus lábios:
Abriu a calça:
-Não!
-Alex...
Alexander a afastou por um empurrão das mãos que o prendiam ,se vestiu apressado:

-Porque não Alex , se podemos ser felizes?

Se vestiu desajeitadamente e foi embora sem olhar para trás


Durante semanas ficou se recriminando como se comportou como um idiota, se recriminando.
Adorava quando irritado andar pelas ruas de Manhattan.Parecia que no esforço físico descarregava sua fúria.
Uma barraca de flores , num impulso, comprou vermelhas lembrava seus cabelos.E nem ao menos sabia onde ficava sua casa .

Capitulo Sessenta e cinco

Lara ...
Estava se olhando nua ao grande espelho que estava a sua frente.
Era linda tinha consciência , os olhares cobiçosos masculinos lhe diziam.Os homens a desejavam ,conhecia bem aquele olhar que viu no jovem conde, era o mesmo que vira em tantos olhos .Wolfemberg estava na palma de sua mão.
Alexander era rico ,saia ate melhor que a encomenda do empresário grego tinha até titulo de nobreza.
Meu Deus , não dava para acreditar ,se tirasse aqueles óculos horríveis e usasse um terno que marcasse suas formas no lugar daquele austero ficaria lindo!!!
Ele seria seu,tinha certeza!!! Ingênuo ,puro ,era virgem ,tímido tantas qualidades numa só.
De repente seus olhos verdes encheram de amarguras ,mas ele não era Jake , não era ...

O conde von Wolfemberg estava apaixonado pela primeira vez .Se olhou no espelho, a espuma cobria o rosto másculo.
Robe preto cobria seu corpo assobiava baixinho ,olhando no espelho ,planejava ir à casa de Belle Flower.
_ Lara ,pronunciou solenamente frente ao espelho.
Esse era seu verdadeiro nome,desejava vê-la mais uma vez.
Fechou os olhos a viu com um vestido vermelho grudado no corpo macio em ondas macias ,abria uma abertura lateral,exebindo as pernas esbeltas e perfeitas.
Um decote profundo mostrava os seios perfeitos ,redondos ,bem cheios ,senti-los novamente contra o peito.
Por isso tinha que ir em seu apartamento ensaiar para conversar com ela, ouvindo ?a:
-Lara vim pedir desculpas e convida-la para jantar?
_Claro ,adoraria ...
Tinha medo da sua voz falhar na hora ,sempre quando mais precisava sumia , mas o pior covarde é aquele nem ao menos tenta.
No caminho em que seu carro ultimo tipo seguia ,deslizava rápido como um tigre entre a selva densa.
Lara era uma mulher vivida não gostava de jantares românticos a luz de velas.Sua testa molhada , suas mãos tremulas , o coração acelerado tudo num único compasso da paixão.


_ Lara , passou as mãos nos cabelos negros e espessos em desalinho , mas mãos morenas tremulas pela ansiedade passeavam , eu ... quero dizer você eu queria lhe dar isso...
Notou a timidez e o desejo naqueles olhos luminosos tão negros.
_Obrigada ,não quer entrar?
Seus olhos sorriram,seus lábios sorriam entretanto logo morreram.
Com passos inseguros apesar da imensa ansiedade que ia em seu coração .Então se viviam a só, numa intimidade até há pouco desconhecida.
Se estendesse seus braços poderia desmanchar aquele rabo da cavalo e sentir sua textura suave ,seu perfume ,beija-lo , mexeu a cabeça para desviar os pensamentos pertubadores.
_Sente-se .Deseja beber algum drinque ,um uísque, talvez?
_Eu não sei .... eu não bebo.
_Sempre tem a primeira vez ,sorriu com malicia numa frase dúbia.
As palavras estavam ali só precisava juntar para formar uma frase , mas as palavras estavam presas na garganta, não saiam e agora as palavras pareciam sem sentido,tolas ,infantis , um jantar não estava eram , um passeio ao luar tão pouco.

_Deveria fumar ,os homens que fumam são tão confiantes tão seguros de si, as mulheres deles o achavam atraentes.A próxima vez fumaria.
Bebeu um gole só a bebi parecia quente não gelada.Queimou-o por dentro.
Sentou-se ao seu lado com um vestido simples de algodão ,tão verde como seus olhos.
Olhos azuis se afundaram entre os seios , que se entreabriam palpitantes , queria ver mas não estava satisfeito apenas com aquela visão.
Uma mão delicada pousou em seu joelho num movimento tão leve como pousar da borboleta e morna ...Sentia-se como uma vela,quente e se derretia no calor das chamas que saiam dos dedos delicados e irradiavam por todo seu corpo:
_Alexander ,tirou os óculos e pos em cima da mesinha de centro e continuou você tem uns olhos tão lindos não deveria esconde-los beijou de leve seus olhos
Levantou desajeitadamente ,bateu na mesinha de centro:
_Eu vim convida-la?
_Convidar-me? Alex?
_É uma festa de virar de anos na Leandris .É melhor esquecer , é uma festa efadonha , uma moça como você ...
Era tão delicioso ouvir seu nome naqueles lábios.Estava preocupado com suas emoções não gostava de sentir vulnerável lembrava de fatos que não queria lembrar.
_É um prazer é só você esperar que eu vou tomar um banho e por uma roupa adequada.
Foram momentos de tortura só de pensar naquele corpo delicado nu,água escorrendo pelo corpo , a espuma suave ,que inveja tinha da esponja de banho que agora tocava seu corpo.
SE não fosse tão desajeitado e não usasse aqueles óculos horríveis ,da próxima vez viria sem, não existiam lentes?
Um vestido de veludo preto ,descia pelo corpo ,botas de cano alto , um véu de perfume cobria o corpo.
Alexander era bastante atraente , mas do que imaginou no principio, muito mais , se usasse roupas bonitas e tirar aqueles óculos horríveis.
Quando seus olhos viviam aquela pequena sereia, tingiram seu rosto de rubor, é uma pena que fossem tão tímidos , mas até era um charme.
Deveria fumar , os homens que fumam são tão confiantes ,tão seguros de si, as mulheres gostavam deles, os achavam atraentes .A próxima vez fumaria.
Bebeu num gole só apesar da bebida está gelada pareceu-lhe quente .Queimou-o por dentro .
Sentou-se ao seu lado com um simples tecido de algodão ,tão verde como seus olhos,
Os olhos azuis afundaram entre seus seios ,se entreabriram palpitando , queria ver , mas não estava satisfeito apenas com aquela visão queria mais.
Uma mão delicada pousou em seu joelho, num movimento tão leve como o pousar da borboleta e morna ...Sentia ?se como uma vela ,quente e se derretia no calor das chamas que saiam dos dedos delicados e irradiavam por todo seu corpo.
_ Alexander ,tirou os óculos e colocou encima da mesinha de centro e continuou você tem os olhos mais lindos que já vi não deveria esconde-los ,beijou-os de leve seus olhos:

Levantou desajeitadamente ,bateu na mesinha de centro:
_Eu vim convi-da-la...
_Convidar-me? Alex?
_É uma festa de virar os anos na Leandris, limpou a garganta e continuou , É melhor esquecer , é uma coisa efadonha não uma moça como você ...
Era tão delicioso ouvir seu nome naqueles lábios.Estava preocupado com suas emoções não gostava de sentir vulnerável lembrava de fatos que não queria lembrar:
_ È um prazer é só você esperar que eu vou tomar um banho e colocar uma roupa adequada.
Foram momentos de tortura ,só de pensar naquele corpo nu, a espuma suave , que inveja tinha da esponja que agora tocava seu corpo.
Se não fosse desajeitado, e não usasse áqueles óculos horríveis , da próxima vez veria sem , não existiam lentes?







Capitulo Sessenta e seis)
Lara ...
Estava se olhando nua no grande espelho que estava a sua frente.
Era linda ,tinha consciência , os olhares cobiçosos masculinos lhe diziam.Os homens a desejavam conhecia bem aquele olhar , e o vira nos olhos violeta de Wolfemberg estava na palma de sua mão.
Alexander era rico ,saia até melhor que a encomenda, ainda tinha titulo de nobreza.
Meu Deus ,não dava para acreditar se tirasse aqueles óculos horríveis , e usasse no lugar do terno de corte severo um que marcasse as suas formas ficaria lindo!Ingênuo ,puro,era virgem,tímido tantas qualidades numa só.
De repente seus olhos verdes encheram de amargura , mas ele não era Jake , não era ...


O conde von Wolfemberg estava apaixonado pela primeira vez.Se olhou no espelho , a espuma cobria o rosto másculo.
Robe preto cobria o corpo musculoso , assobiava baixinho, olhando no espelho.
Esse era seu verdadeiro nome ,desejava vê-la mais uma vez .
Fechou os olhos a viu com um vestido vermelho grudado no corpo macio em ondas macias descia a cascata ruiva, abria no tecido uma abertura lateral , exibindo pernas esbeltas e perfeitas.
Um decote generoso mostrava os seios perfeitos, redondos bem cheios ,senti-los novamente contra o peito um desejo que seus olhos traiam.
Por isso tinha que ir , ensaiar para falar com ela , ouvindo-o:
_Lara vim pedir desculpa e con-vi-dá- la para jantar?
_Claro, adoraria ...
Tinha medo de sua voz falhar na hora ,sempre quando mais precisava sua voz sumia.Mas o pior covarde é aquele nem ao menos tenta.
No caminho em que seu carro último modelo da Classe A da Mercedes ?benz ,deslizava rápido como um tigre a selva densa .
Lara era uma mulher vivia não gostava provavelmente de jantares românticos a luz de velas.Sua testa molhada suas mãos tremulas , o coração acelerado tudo num ultimo compasso da paixão.

_ Lara , passou as mãos nos cabelos e espessos em desalinho as mãos morenas tremulas pela ansiedade ali passeavam ,continuou vacilante, eu ... quero dizer você eu queria lhe dar isso ...
Notou a timidez e o desejo daqueles olhos luminosos de tão azuis negros.
_ Obrigada ,não quer entrar?
Seus olhos sorriram,seus lábios sorriram entretanto logo morreram.
Com passos inseguros apesar da imensa ansiedade que ia em seu coração.
Então se viviam a só numa eternidade até que há pouco desconhecida.
Se estendesse seus braços poderia desmanchar aquele rabo de cavalo e sentir a textura suave ,seu perfume ,beija-lo mexeu a cabeça para desviar esses pensamentos pertubadores.
_Sente-se.Deseja beber algum drinque , um uísque talvez?
_Eu não sei ... eu não bebo.
_Sempre tem a primeira vez disse com malicia numa frase dúbia.
Alex sentia no coração que batia célere como tambor que as palavras estavam ali só precisava juntar para formar frases , mas as palavras estavam presas na garganta , não saiam e agora as palavras parecia sem sentido ,tolas ,infantis , um jantar não estava , um passeio sob a luz da lua tão pouco.

Deveria fumar , os homens que fumam são tão confiantes ,tão seguros de si . as mulhres gostavam deles gostavam deles , os achavam atraentes

Bebeu num gole só a bebida quente mas gelada.Queimou-o por dentro.
Sentou-se ao seu lado um simples vestido de algodão ,tão verde como seus olhos.
Sentou-se ao seu lado um simples vestido de algodão ,tão verdes como seus olhos.
Olhos azuis se afundaram entre seus seios se entreabriram palpitantes , queria ver , mas não estava satisfeito apenas com aquela visão.
Uma mão delicada pousou em seu movimento tão leve como o pousar da borboleta e morna...Sentia-se como uma vela , quente e se derretia no calor das chamas que saiam dos dedos delicados e irradiavam por todo seu corpo.
_Alexander ,tirou os óculos e pos em cima da mesinha de centro e continuou você tem um olhos tão lindos não deveria esconde-la de centro:
_Eu vim convida-la?
-Convidar-me? Alex?
-É uma festa de virar de anos na Leandris.É melhor esquecer é uma coisa efadonha, uma moça como você...
Era tão delicioso ouvir seu nome naqueles lábios .Estava preocupado com suas emoções não gostava de sentir vulnerável lembrava de fatos que não queria lembrar.
_É um prazer é só você esperar que eu vou tomar um banho e por uma roupa adequada.
Foram momentos de tortura só de pensar naquele corpo delicado nu, água escorrendo pelo seu corpo a espuma suave , que inveja tinha da esponja que agora tocava seu corpo.
Se não fosse tão desajeitado e não usasse aqueles óculos horríveis , da próxima vez viria sem , não existiam lentes?

Um vestido de veludo preto descia pelo corpo ,botas de cano alto , um véu de perfume cobria seu corpo.
Alexander era bastante atraente , mais do que imaginou em principio se usasse roupas mais jovens e modernas e tirassem aqueles horríveis óculos.
Quando seus olhos viviam aquela pequena sereia ,tingiram de rubor é uma pena que fosse tão tímido , mas até que tinha charme só tinha que se desinibir e deixar aflorar


Capitulo Sessenta e Sete
Não sabia como conquistar as mulheres mas de uma coisa sabia que elas gostavam de artigos caros.
Entretanto tinha medo de se expor e se magoar por outro lado ao mesmo tempo deveria se revelar pois sabia que só assim seria realmente feliz.
Se é que esse tal amor que os poetas cantavam realmente existia e que sonhou tanto na infância.
Será que Lara , se interessa por ele tão sem graça , não era nada bonito, nem ao menos atraente
Mas aquele beijo de boa noite significaria algo para aquela mulher deslumbrante e experiente.Será?
-E o meu beijo de boa noite?
Um rubor tingiu seu rosto ,meio tímido beijou a bochecha, desviou o rosto roçou com uma pluma em seus lábios os abriu,sua língua penetrou na sua boca.Beijou no ardor e na ternura de sua inexperiência .
Deixou-se levar perdido naqueles instantes.
Interrompeu-os instantes de delírios afastou-se medo , paixão tumultuava a sua mente:
_Boa noite!
Saiu rápido para o carro estacionado na garagem do apartamento.


Um jantar a luz de velas seus olhos azuis se perdiam no mar verde da paixão.
Seus olhos prometiam um mundo desconhecido que ao mesmo tempo o atraia ao mesmo tempo temia
Um mundo que só ouvira falar, mas que prometia delicias que só lera, mar de paixão de delicias.
Seus seios palpitavam,encontrado levemente no tecido macio , nunca tocara no corpo de uma mulher .
Nos sonhos eram tão macios e delicados ,descobrir segredos que escondiam sob o corte ousado do vestido.
Será que isso chamavam de amor?
A sede de tocar os lábios macios , de roçar a língua na dela , de roubar o mel...
A amava ...
Estaria desperto a largar o seu posto seguro feito de castelos de areia a tão duras penas e se lançar no mar desconhecido daqueles olhos de gata?
E se ferisse ? Jamais se recuperaria...



Capitulo Sessenta e Seis


Reviravolta ...

O shopping estava lotado , a época do natal se aproximava.Nunca teve espírito natalino essa data lhe era indiferente
As festas , quando era criança, eram grandes e iluminosas , reuniam familiares amigos ,não curtia, sentia muito deslocado.
Presentes não faltava ,ganhava muitos até coisas que já tinha.
Sentia ?se no meio daquela gente ainda mais solitário pois a maior solidão é estar entre as pessoas que não compreendiam conversavam consigo mas no entendia era como se falasse em outra língua sem ser alemão .

As vitrines estavam enfeitadas de verde e vermelho se misturavam estas cores em cada loja em cada ornamento .Entretanto viera ali para comprar lentes , queria que ela o achasse ao menos um pouquinho bonito.
Era difícil mas ... não custava tentar .Valorizaria seus olhos que ela tanto elogiou.Por isso as comprou para substituir pelos antigos óculos.
Mas de repente um lindo colar de esmeraldas verdes como áqueles olhos jamais vira outros tão verdes ,tão puros ,tão forte , num impulso o comprou.
Entretanto um lindo colar de esmeraldas verdes como aqueles olhos jamais vira outros tão verdes , tão puros .tão intensos , num impulso o comprou.

A vendedora olhada fascinada aquele rapaz a sua frente que jeito tímido quase sem jeito o deixava mais fofinho,
O olhar cobiçoso o deixou ainda mais sem graça.Nunca uma mulher o olhou assim e isso o tingia ainda mais de rubro mesmo com a pele morena.


Passou em frente a vitrine na volta em que o mostrava de perfil .Jamais se viu com olhos críticos , mas se levar para o que ouvia.Percebeu que não era mais aquele garoto cheio de espinhas era um homens , sim um homem ,talvez não no sentido completo da palavra.
Sua testa era alta e lisa mostrando sua inteligência,sobrancelhas ligeiramente arqueadas negras como seus cabelos.
Sua pele era morena como dos italianos.Terno cinzento de corte severo como os diretores da empresa que tinham mais que o dobro da sua idade.
Atrás da sua imagem projetada a sua frente , um rapaz moreno cheio de alegria com sua namorada. Um terno cinzento como sues olhos ,blusa branca ,gravata listrada frouxa ...
Queria ser como ele descolado,feliz com uma roupa lhe caísse bem .Num impulso entrou numa loja especifica em roupas masculinas
Horas mais tarde sai um jovem adulto com cabelos negros descendo selvagens pelo rosto juvenil.Olhos violetas brilhavam de expectativa.
Era um homem extremamente atraente ,saia daquela loja, olhares femininos seguiam os passos largos e certeiros.
Era alto , magro entretanto musculoso, sem exagero , o terno marcava a silhueta as formas masculinas .
Seus olhos era azuis profundamente azuis como a cor da blusa , que alguns botões estavam entreabertos mostrando pelo encarolados .
Os cabelos sombreavam a pele morena , charme latino,por todos os poros exalava charme.
Distraído não percebia que olhares femininos o seguiam cobiçosos.
Caminhava com naturalidade de um felino.
Era sem duvida um jovem extremamente atraente , a roupa lhe fortalecera com o amor de Lara a sua auto-confiança ,era o conde von Wolfemberg

Capitulo Sessenta e seis


Lara era sua nova musa ...
Alexander gostava de pintar , a dor , a angustia que sentia mas também gostava de retratar os momentos felizes pena fosse tao poucos .Agora estava apaixonado pela primeira vez e para transmitir toda paixão.
Retratos , muito retratos de Lara.
Sonhos ,encontros tudo em suas cores , queria retratar Lara em todos sua paixão e expressão, por isso a convidou para pousar.
Deitada na poltrona negra e macia.
Seus longos cabelos ruivos desciam em suaves cascatas pelos ombros delicados e desnudos.Seus olhos verdes e convidadativos.
Lábios sensuais,cheios ,entreabertos como se acabarem de serem beijados.
Um vestido leve transparente descia grudado pelo seu corpo, de formas perfeitas.Volumosos e firmes o brio rosado , as formas , suaves e perfeitos.
A paixão, o desejo estavam ali pintados com cores quentes.


Capítulo Sessenta e sete

Luz de velas ...
Era a cidade da rua das águas .Um amor que inicia em Veneza jamais acaba.
Jantar à luz de velas .Iate branco , era Vênus.
Um homem e uma mulher bebiam perdidos em seus pensamentos , ali tão unidos com único ser.Pensamentos ali muito unidos.
Jamais se sentira tão completo, nunca quis tanto uma mulher quanto desejava Lara naquela noite, eram tão diferentes , mas o amor os unia com certeza.Estavam sozinhos ,perdidos.
Lara jamais imaginou apenas com alguns retoques ele se tornaria tão lindo, tão sensual também o desejava no inicio achava que seria um sacrifício seduzir áquilo jovem estúpido.
Entretanto seu coração , já estava enlaçado preso nas mãos de Willians apesar de tudo que lhe fez ter abandonado ?na grávida ainda sentia seu coração preso, não se afastava.Era a sua maldição.Entretanto jamais voltou a vê-la
A lua como um camafeu brilhava ,estrelas véu finíssimo de prata descia abraçando os jovens mergulhados na paixão.
O mar era apenas uma mancha de espuma que se beijava e se derrentia de paixão.
Era Lido.
Tudo era magia , harmonia a brisa morna e fresca.Os dois se completavam como as faces de uma moeda antiga.
Alexander navegava por aqueles olhos que mais pareciam as águas dos mares verdes onde navegavam como uma vela perdida ao sabor do vento, ao sabor do paixão.
Queria mergulhar fundo naqueles olhos, se afogar neles, se ancorar naquele porto da paixão, a desejava seu corpo lhe dizia.
Seus dedos magros enroscaram naqueles cabelos vermelhos que nem fogo ,que queimaram a ponta de seus dedos.
Os olhos verdes apertaram seus lábios se abrirem eram como o botão de um lírico,tão delicado ,tão feminino , convidativo, a boca carnuda se uniu a dela.
Línguas se exploraram numa dança conhecido e misteriosa que se entregavam em momentos de delírios que desejavam prolongar,
Os corpos se uniam como dois cisnes que se entregavam ao amor.Corpos se roçavam que se uniram.
Não era a primeira noite de Alexander com Lara, foi uma noite deliciosa, explosiva ,deliciosamente bonita era como uma bebida quente que descia queimando o sangue.
Lara estava estendendida sobre a cama ,seu amante tomava banho ouvia- se do quarto o barulho da água escorrendo sobre o corpo rígido e musculoso.
Era um homem maravilhoso, com um pouco mais de experiência , seria um amante indescritível.
Era um homem e tanto...


Começaram a dividir o apartamento como amigos e amantes mas não contaram a Miklos Leandris.Alex o velho avô que não apoiaria o amor entre ele com uma mulher de classe baixa na sociedade e de uma profissão não muito bem vista apesar que com seu apoio financeiro abandonado.Ao descobrir que seu precioso neto ,tão preciso na medida que era seu futuro herdeiro, era claro que também gostava dele do jeito que um homem autoritário ,frio e calculista gostava .
A fúria tomou conta do seu ser quando descobriu que estava se envolvendo com uma golpista , uma qualquer e interesseira.
Faria tudo o possível e o impossível para separar os dois e o impossível para separar os dois.
Belle quem de Nova Iorque não conhecia aquelas pernas e os segredos que escondia entre as duas pensou com desprezo.
Seu detetive descobriu todo o passado sórdido que se escondia atrás dos corações daqueles cabelos ruivos.



Todos conheciam a beleza da cidade maravilhosa embora muitos desconheciam a beleza que se escondia atrás da cortina do turismo.
Prostituição.Criminoso.Trafico de drogas .O pior é a miséria essa dor surda que marcava o rosto das crianças pobres.
Trombadinhas,engraxates cercavam cercavam os carros.
Antes tinham mãos pequenas arrancavam à força dos braços que não se estendiam , antes pediam agora tomavam.
Crianças sem nenhum pouco de dignidade entretanto com direito de uma vida de verdade.

Lara tinha sido expulsa de seu emprego .Estava desesperada ,sozinha no mundo.Um aborto artesanal.
A agulha penetrou pela vagina.
Sangramento, depois hospital , quase perdeu a vida lhe abandonou o corpo mas abandonou a criança que não era bem vinda.
Queria a criança , mas ninguém lhe dava trabalho.Sem dinheiro , numa terra estranha...Seus pais não tinham como aceita-la de volta não tinham dinheiro para enviar para traze-la .Aborto era única solução que lhe parecia.



Capitulo Sessenta e oito

Alexander sabia que seu pai era pintor e se chamava Francesco di Fiori e morava em Veneza.
Mas jamais teve coragem de procura-lo encontrar seu verdadeiro pai.
Sabia que era dele que herdou seu talento artístico por isso lutava tanto contra a parte sua que menos gostava que lutou tanto para se libertar mas perdeu.
Toda vez , que ficava triste ou muito tem vontade de passar para a tela com toda a sua força esses momentos.
Jamais teve coragem de procurar encontrar seu verdadeiro pai, pois ele o rejeitou embora tivesse muita vontade de saber quem era ele,da onde vinha seu passado mas não queria que soubesse quem era.
Assim seguia mansamente por aquelas tortuosas que não conhecia procurando alguém que era tão importante que ainda não conhecia.
Seu coração batia rápido como um tambor ,acelerado rumo ao seu descobrimento.
Era uma construção antiga , faz anos que não via a reforma.
O cenário demonstrou a desolação e miséria.Alex sentiu o peito apertado, seus lábios se contraiam.
Ficou um tempo que parecia uma eternidade olhando a velha construção
Então era nesse lugar que seu pai vivia, jamais ele procurou , nunca quis saber dele.
E o boboca estava parado no carro.Entretanto tinha que saber quem era ele.
Desceu a passos largos para não voltar para trás e foi, mesmo com o coração a saltas e as pernas como maria-mole.
Uma velha matrona italiana o aguardava, olhou-o com receio não era nenhum cliente ,era muito elegante para um lugar simples como aquele , talvez estivesse perdido poderia então ganhar um trocado.
_Bom dia , sorriu com o melhor dos sorrisos que jamais jamais trilhava naquela boca quase sem dentes e os poucos que tinham eram amarelados.
Analisou com os olhos calculistas a mulher na sua frente não era muito bonita e ainda por cima ainda tinha um olhar interesseiro.
_Giovanni Francesco di Fiori, desejo vê-lo, falou num italiano que não restava duvida nem a um mal observador a sua origem italiana, numa voz segura e confiante .Apesar do medo do próximo encontro.
_ O que aquele estúpido aprontou agora? Quero que saiba que não tenho nada a ver com seus rolos ...
_Senhora ,estendeu o braço num gesto indicando para se silenciar, eu só quero encomendar um quadro .
Um riso cortou o ambiente :
_Um quadro para aquele homem ,não sabe nada? Nunca vendeu um só quadro .
Bellini seu secretario na investigação do homem lhe comunicou esse fato.Ele era um homem preciso , não perdia detalhes .
_Espero que não se ouça nessa recepção mais nessa recepção mais nenhuma palavra de ofensa contra esse homem.
Em pensamentos , prometeu que fecharia aquela espelunca e colocaria Francesco num lugar melhor, cada vez mais sentia que gostasse dele , não por seu filho ou pelo seu dinheiro que ele tinha mas simplesmente por ele próprio.
Ouviu atento a informação do quarto que era em que seu pai estava.
Subiu as escadas, a porta 711 ,seus olhos leram e releram ea ali mesmo que seu pai morava.
Respirou fundo ,bateu na porta ,abriu ?se . O ruído seco cortou o corredor e de repente se viu a frente de um homem.
Era como se visse frente à si mesmo, mas trinta anos mais velho.
Os mesmos traços pintados naquele rosto marcantes, os cabelos tumultuosos agora esbranquiçados pelo tempo.
Rugas fincavam os olhos e o canto da boca,roupas gastadas e sujas de tinta.
Os olhos eram profundamente negros mas um negro onde a vida se ali houve algum dia tempo se apagou.
Aquele estranho ali na sua frente era seu pai.
_Eu não gosto de ser incomodado quando estou pintando.
-Desculpe senhor é que eu queria um quadro ...
_Entre ...
As portas se abriram e mostrou um minúsculo quarto onde reinava a desordem.A pintura úmida e gasta. Uma cama, e uma poltrona de um braço quebrado eram os únicos moveis .Vivia sozinho, o único amigo deveria ser o caos, roupas espalhadas , pinceis , quadro ,tudo sem ordem.
Telas ao fundo mostravam cenas de bairros, pobres de Veneza, crianças miseráveis ,prostíbulos ali a vida ganha a força real de um pincel vibrante com cores.
Alex desviou os olhos do pai notou que aquele rapaz sem dúvida gostava de suas telas isso o deixava comovido para diabo.
_Fico contente que tenha gostado.
_São obras muito boas ,falou num tom seco que não percebia a extensão de toda sua admiração,deu de ombros, eu soube que em alguns anos atrás você pintou um quadro de uma mulher que seu marido tinha encomendado .Era de Elena von Wolfemberg , em Munique ...
_Isso deve fazer uns 20 anos meu rapaz ...
_Eu gostaria ... de vê-lo
Estava um pouco mais adiante num gesto do pintor viu.Jovem , linda ...
Tranças pendiam como as de Rapunzel cobrindo o corpo nu.Seus olhos não tinham nada de puro e inocentes entretanto de uma mulher vivida e ardente.
Os olhos do pintor não negavam conhece-la intimamente, via-se até delicadamente a pequena mancha que ela trazia no seio, o que não era novidade nenhuma , qualquer homem que quisesse se ...
O modo que fitava retratava a sensual,ardente pronto para entregar a luxuria...
Seus lábios entreabertos convidativos
_Eu lhe dei o nome de Afrodite ...
_´é perfeito até na escolha do nome, falou com um desprezo sutil , que passou despercebido , gostaria de compra-lo.
-Sinto muito filho entretanto esse quadro não esta a venda , representa-me algo inesquecível .Mas tenho outros ...
Não ouvia mais, filho essa palavra lhe soava estranha aos ouvidos , palavras ditas dolorosamente cansativas.


Capitulo Sessenta e nove

Francesco aquele homem nunca estava com ele, quando precisava, nem soube de sua existência que jamais se importava com ele nem ao menos o amava
Foi apenas um caso, uma relação sem amor, ele era o resultado da traição.
Um homem estranho lhe colocou no mundo, seu passado era completamente desconhecido.
Embora era uma ligação na qual existiria e que transcendia o tempo e espaço, apesar de até então jamais terem se visto sabia que jamais morreria a relação que os unia, mesmo o imenso ressentimento que o nutria.
Quando saiu furioso por ele não ter contado por ele não ter vendido o quadro apesar da imensa proposta que depois fez que certamente o tiraria da ruína sabia que o pai não estava bem estava com os dias contados.
A heroína , o corroia por dentro mas não sabia que seria tão breve ,entretanto breve não chegaria na próxima estação.

Era um dia como tantos outros de novembro estava triste como a neve macia que descia do céu.
A terra fofa cobria áquele caixão , o seu corpo se despedia da vida.
Jamais o pincel sentiria os dedos envelhecidos as marcas dos cantos.
A brisa jamais tocaria naquele rosto que a vida ceifava todos seus sonhos.
Não ouviria mais o tinir suave do canto dos pássaros , o canto rouco dos sinos.
As vezes não mais escutaria , só restaria silencio e a morte.
A vida se despedia daquele homem

Apenas um homem acompanhava o entretanto sem comoção...
Um desconhecido de terno com corte fino.
Era apenas um estranho, mas era seu filho...


Capitulo Setenta

O conde von Wolfemberg conhecedor de grandes artistas estava organizando em Veneza e exposição de um pintor conhecido e já falecido , mas de incofundivel talento
Curiosos ,críticos de arte, a elite italiana compareceu a exposição que foi um grande sucesso.
Francesco di Fiori era um grande pintor corroído pela ruína , seus quadros retratavam a luta contra o vicio, e este inimigo vencendo, a miséria humana e a prostituição.
Pintor que jamais vendeu um quadro com o apoio do conde agora se reconhecia seu talento.


Capitulo setenta e um

Lara ficou com medo de contar a verdade mas sabia que era pior se Alexander descobrisse pelos outros.
E o velho Miklos já ameaçara quando não aceitou a quantia fabulosa oferecida pelo velho.Sabia que iria ganhar muito mais se casasse com ele.Não era tola.
Ele era ingênuo ,confiava nela apesar da distancia inicial.
Agora sentia nele uma entrega total sem reservas.Por isso contou tudo.
_Alexander eu já estive grávida-Assim contou sua vida miserável no Rio até mesmo Jacques.
E sua criança não chegou a nascer.
Ouviu calado suas mãos se tocaram , as mãos pequenas estavam frias e molhadas o pior estava por vir mas como reagiria mas era melhor saber por si mesa.
_Como ela morreu?

_Eu ..., caminhou até a janela, nunca sentiu tanta consciência de seu erro, estava sozinha, abor-tei
Um silêncio pesado reinou na sala nunca lhe pareceu tão pequena, o ar lhe faltava.
_Lara olhe para mim ,levemente ergueu os olhos mais verdes que já vira, eu teria feito igual mas nesse momento eu tenho vontade de esmurrar aquele desgraçado por te-la abandonado grávida e seu filho ,beijou ?a carinhosamente no nariz, nos lábios
_ Não o culpe Alex, hoje o entendo até o perdoei.Se eu pudesse teria feito o mesmo , mas estava dentro de mim, era mais difícil.
_Eu a amo Lara, se entregaram a doce e torturante caricia.





Capitulo setenta e dois

-Alex , mas filho é um absurdo ,você querer casar com uma mulherzinha a toa? Será que não percebe como as mulheres assim pode conseguir em qualquer esqui, por alguns míseros dólares.Elena falava em desespero, mas era bom saber que seu filho era afinal um homem, mas que a preço?
Um soriso duro ficou em seus lábios e replicou:
_Pelo visto " a condessa" pegou uma mania nociva de achar que todas as mulheres são iguais a senhora , bateu o telefone.
Lembrou então da noite que pediu Lara em casamento.
Lara gostava de ser sempre a mulher mais linda e fazia bem ao seu ego ficar ao lado dela por isso comprou o anel de brilhantes e a convidou para ir num dos restaurantes mais selecionados de Veneza lugar em que os papparazi já os aguardava.
No decorrer do jantar sendo que nada mais em sua volta tinha importância somente seus olhos e ele.
Se deixava conduzir por aquela mas de promessas apesar de lá já ter lhe dito muitas vezes que o amava ainda se sentia meio inseguro, por isso a pediu com uma ligeira estremecida na voz:

-Aceita ser minha mulher?
Foram segundos que pareciam eternidade na demora de seus lábios se sbrirem e dizerem, sim eu aceito casar com você.
Se beijaram e perceberam que seriam para sempre feliz.
Alex encontrara a mulher que sempre desejou e Lara a conta bancaria que realizaria seus sonhos mais loucos.
O conde apesar de todas suas inseguranças e o medo de principalmente se entregar a alguém se ferir profundamente e se tornar incapaz de amar.
Deixou-se envolver por aqueles misteriosos olhos verdes que faziam tantas promessas que não cumpriam.



Capitulo setenta e três

Onde havia aquele rapaz franzino e serio desaparecer surgir um homem vivo e feliz.
_Alexander será que não percebe que todas em Nova Iorque que procuraram seus encantos teve tudo sem necessidade de chegar ao extremo de casar.Não precisa comprar a vaca se tem o leite de graça.
Alexander ficou rubro apertou as mãos e deu um soco sobre a mesa.
_Avô isso é um absurdo , conheço Belle muito bem.Ela me contou suas dificuldades que passou.Nós nos amamos e iremos noc casar.
No intimo Miklos se admirou nunca imaginou que fosse um homem de fibra mas aquele noivado estava com os dias contados .Diria mesmo sabendo que não adiantaria nada.
_Eu o deserdarei.
_Não me importo faça o que bem entender.
Saiu da mesa mas foi embora embora depois de jogar uns trocados um pouco mais que pagaria o drinque mal bebeu.
Miklos bebeu num gole só o uísque que estava em seu copo.
-Belle...

Capitulo setenta e quatro
Alexander estava viajando a um problema urgente em Nova Iorque.
Inadiável que só ele podia resolver.Discutia com o avo mas apesar das discussões não o deserdaria , aceitara melhor o casamento que imaginava.
Estava cansado de Veneza.Apaixonado pela cidade , não existia nada que comparava com a sua beleza.
Ruas de águas ,envolvia a cidade .Seu carro deslizava macio pelas ruas de Veneza. Rumava ao Palácio di Alfieri, em estilo gótico do Veneziano.
O céu descia como um manto de veludo sobre o carro envolvia tudo e á todos.
Estrelas mergulham no manto negro do céu ,brilhante a lua brindava com seu sorriso o seu retorno.
Chegou.Estacionou, desceu ,fechou a porta rapidamente ,estava com pressa sentia falta de te-la em seus braços.I
Finalmente , casa ,parecia que fazia anos que estava longe e era apenas algumas semanas.
Subiu as escadas ,célere, estava com saudade de Lara ,do cheiro gostoso de seu corpo,de sua voz sensual , doce as vezes em seu ouvido.
Ruídos baixos, o resto no corredor era silêncio.
Penumbra , passos rápidos largos ... a porta se abriu.
Apesar de sua auto-confiança recém conquistada não estava preparada o que viu , nenhum ser humano jamais estaria.
O ciúme , a dor ao sentir aquela pessoa que acha que é só sua , compartilha a dor com outra é imensa que não caberia nessas folhas.
Como se destruísse num só instante todo seu amor , a confiança. Seus sonhos ,tudo desmoranava aos seus pés como um castelo de areia.
Tudo não passou de uma ilusão você estava sozinho e a única coisa que agora resta é a dor , uma dor terrível.
Leito desfeito, murmúrios , suspiros de prazer ,beijos , desejos satisfeitos ,delírios de paixão , cenas intimas , compartilhadas a dois ,numa entrega sem reservas.
Dois olhos azuis perdiam todo seu calor e brilho para uma frieza e dureza,eram então dois diamantes , não perdia nenhum detalhe.
As cenas se misturavam se confundiam com pouca nitidez, rostos ,vozes se misturavam numa dança frenética , como se tudo passasse num mesmo instante, era um pesadelo dantesco.
Era a mesma cena, o mesmo menino inseguro mas agora com o coração de homem, carente de amor, rejeitado.
A saliva ficou presa na garganta , a respiração suspensa, as palavras carinhosas , as confissões ,trocadas ao banho do luar.
O casal perceberam que não estavam sozinhos.
Jake não demonstrou surpresa.Lara percebeu. Num lance relembrou as ameaças de Miklos , era armadilha,agora tudo estava claro.
Willians com suas promessas vazias.Ilusão não a amava, mas Alex sim.Tudo estava perdido. Novamente estaria sozinha apenas com as dificuldades.
Alex via tudo se redesenhar a sua frente.
Ao notar que tinha sido percebido , voltou as costas a cena dos dois amantes a mesma voz urgente que ainda o perseguia, lhe chamava:
-Querido eu posso lhe explicar tudo, volte era o mesmo pedido mas não era a mesma mulher.Tudo como num pesadelo acontecia novamente.
Alex!Um sussurro surdo escapou de seus lábios úmidos pelos beijos recém trocados entre promessas de paixão .
_Espere Alex, precisamos conversar
Não , não ouvia seu coração estava dilacerado pela dor ,todo despedaçado não sobrava nada.
Ela o traira mais uma vez.
Desceu rápido os degraus das escadas.
Não, não podia ser.Após ter escondido por tanto tempo abriu seu coração para quem não merecia.Jamais permitiria que ninguém se aproximasse novo.Com promessas vazias ao luar.
Passos o seguiam, mais rápido suas pernas caminharam.Entrou no carro mais rápido que o carro permitia seguiu veloz.
Jamais permitiu que alguém se aproximasse de novo, ninguém ...

Com fala bem modulada , doce ... seu rosto de anjo e corpo de Vênus
Lara aquela puta ...
De repente um barulho surdo .De repente tudo ficou silencio , um silencio angustiante o que teria acontencido?
Alex perdeu o controle da direção e entrou contra ?mão e bateu o carro de frente.Vinha muito rápido não deu para freiar o carro, o cantar dos pneus ecoava nos seus ouvidos.
Seu corpo jogava contra o volante , o para-brisa se espatifando, os estilhaços lhe ferindo o rosto, um hematoma profundo se abria no rosto moreno, um fio de sangue escorria manchando a gola branca.
Apenas uma dor forte na cabeça. Tão forte que uma nuvem escura o envolveu, eram as mãos protetoras de Morfeu.O mundo era só dor e sofrimento.
Entre aquelas nuvens negras ,fumaças escuras, tão calmo e gostoso sem dor.
A mancha escura de sangue continuava a escorrer pela testa , ensopando o terno claro de corte perfeito.Inconsciência era um balsámo para dor que havia em seu coração e a cabeça tão pesada que lhe roubava todas suas forças.

Capitulo setenta e cinco
Hospital.Inconsciente. Lutava pela vida...não queria morrer.
_Pancada na cabeça sempre é perigoso é melhor deixa-lo em observação.
Aventais brancos, saias , calças brancas e saias impessoais eram apenas borrões de imagens distorcidas e indefinidas de miragens que chegavam vozes e ruídos distantes eram apenas ecos
_Alex eu estou aqui,sei que errei e que vivo não está me ouvindo, estou arrependida percebo agora tardiamente que você é o único homem que me ama
A voz ficou embargada pela emoção.Era tão duro vê-lo daquele jeito.
Pálido sempre teve a cor dourada do sol.O rosto tão atraente e querido ,ferido com um hematoma grande com bandagem.
Esses olhos tão azuis agora sempre cerrados , os cílios espessos sombreavam a pele morena.
O semblante retesado lhe dava um toque de menino carente ,continuava irresistível.
Queria ?o tão bem não sabia porque fizera aquilo.Apaixonada por Jack e novamente caiu na sua lábia de sedutor.Tola parecia a ingênua de antes não a mulher vivida de hoje.
Certamente a perdoaria, já havia perdoado erros piores que cometeu no passado.Senão seu futuro tenebroso sua beleza logo morreria.
Assim como as flores na primavera ao chegar o longo inverno, amarelam, murcham ,secam e morrem.
Sim envelheceria se ficasse com ele mas ficaria rica.Era diferente envelhecer rica.
-Alex ,querido foi tudo uma loucura ,uma armadilha que seu avo armou tudo.
A resposta era apenas a respiração compassada ele não a ouvia.Foi assim que Lara sentiu.Entretanto em algum lugar da sua inconsciência a ouviu.
Mas não queria ouvir.

Capitulo setenta e seis
-Alex , eu posso explicar tudo
Alexander não queria explicações .Rápido deslizou pelas escadas , os passos delicados mas decididos que os seguissem.
Chegou ao carro, bateu a porta com brusquidão.O cinto automaticamente o colocou.As ruas de Veneza eram devoradas rapidamente.
Uma dor aguda sentiu em sua cabeça parece que ela se abria:
_Naaaaao ! molhado de suor e a voz contrastando com os ruídos hostis do hospital.
_Foi um pesadelo conde ,disse a enfermeira.
Sim era apenas um pesadelo que para sempre o atormentaria.


Capitulo setenta e sete
Lara ficou muito feliz ao descobrir que Alex voltou a consciência.
Miklos era um homem perigoso, comprou Jackie prometendo seu apoio prometendo seu apoio para encenar como astro principal no próximo filme.
Prometeu nesse reecontro tantas coisas, que ficariam juntos agora , que arrependeu de te-la abandonado, que a amava, eram mentiras.
Leandris a avisou varias vezes para ficar longe do neto mas não percebera que as palavras não era ditas ao vento.Faria algo decisivo para os separar.
Quase destruiu o noivado e agora quando o transferiu para Nova Iorque.Não queria que chegasse perto do conde como se fosse seu dono.
Nova Iorque, essa cidade foi fundada pelos holandeses , e conquistada posteriormente pelos ingleses , em que se destacou o duque de Iorque , por isso pois era uma nova cidade que surgia ,depois de Iorque na Inglaterra ,de Nova Iorque.
O conde saiu recente do hospital tinha voltado para sua cidade, estava no seu apartamento luxuoso na Cobertura de Central Park.
O coração de Lara estava confiante que Alex a perdoaria, a amava e passava meses e o tempo apaga todos os ressentimentos.
O anel de brilhantes que Alex comprou ainda estava em seu dedo anular da mão direita.Entrou no apartamento.Após muito insistiu no apartamento que era noiva.A empregada negra que deveria ter saído de algum buraco do Harlem não queria deixar Uma criada gorda a esperava, num uniforme branco de forma imaculada tinha o porte uma criada eficiente .Era Natalie, a criada bisbilhoteira que nunca aprovou quando saia com Alex, não que tivesse dito alguma coisa , mas seus olhos diziam tudo.
Uma voz desconhecida entrar pensou , o mais incrível que sentia que a voz não era assim tão assim tão desconhecida
O som era grave mas frio e distante ,deveria ser algum criado novo que a lembrava alguém que não sabia quem permitiu.
Não permitiu nascer as duvidas que começaram a crescer no seu coração.
Então o viu .Parecia mais imponente do que jamais foi.
O terno que vestia era preto tipo esporte que tinha um acabamento perfeito.Sua pele estava levemente pálida.
Seus cabelos ainda mais negros do que se lembrava como ébano.
Bandagens ainda cobriam a face direita, seus lábios carnudos que tantas vezes a beijou carinhosamente tinha uma linha fina ,seus olhos não estavam azuis, estavam quase negros.
Eram como as águas do Ártico gélidos. O rosto frio como mármore,indecifrável,nenhuma emoção ,sentimentos que antes brilhava em seus olhos era como se tivesse perdido toda a luz do sol que ali brincou um dia.
_Como vai Lara? ,sua voz saiu fria quase ríspida mas nenhuma emoção o traia.
Pouco atenta Lara não percebeu o não quis enxergar que o tom era muito indiferente e perigosamente calma:
_Querido senti sua falta ,pensei que você estava me evitanto.
_Está engana não estou a evitando.
Tentou tocar seu rosto com carinho, mas Wolfemberg .Desviou a tempo para evitar o contato:
_Alex?!
_Lara , minha querida já tive de seu corpo tudo o que queria ,não preciso mais de você.O que queria de você já me deu não preciso sacrificar a minha condição de solteiro.
-Alex nós nos amamos .. se por causa de Jake eu posso explicar tudo, foi seu avo..
Duas palavras morreram na sua garganta ante o olhar cinico que passeava pelas curvas perfeitas do corpo da bela ruiva um jeito avaliador com se dissesse que ali não escondia nenhum encanto que não conhecia e nada que a interessava.
Um olhar que envergonharia a mais experiente das mulheres.
_Lara , o que mais há no mundo são mulheres , muitas por sinal que não conheci.Eu já cansei de seu corpo. E agora vê se sai do meu pé.Tudo o que ouve entre nós já acabou.

_Voce fala como se nosso amor resumisse em apenas sexo, falou a ultima palavra alterada.
Wolfemberg e com a voz controlada e macia perigosamente:
_Eu vou chamar os seguranças se você não se retirar imediatamente daqui .
Lara notou que o conde cumpriria as ameaças e virou as costas.
Parecia o que adolescente desajeitado e tímido que pediu sua mão morreu e no seu lugar surgia um homem desconhecido

Capitulo Setenta e oito
Lara perdeu do dia para a noite o emprego na boate , não se preocupou muito arrumaria em outro lugar ,sempre foi muito requisitada.
Entretanto os clientes pareciam sumir,ninguém a procurava.
Sentia-se perseguiadas pelas cidasdes que buscava uma nova vida mas virava as costas não via nada era apenas a multidão.Rostos desconhecidos se misturavam resolveu mudar para o outro lado da costa em Los Angeles.
Gostava muita da cidade ,lembrava da sua terra natal o Rio de Janeiro.
As suas areias branquinhas , as águas do pacifico brincando aos seus pés.
Sempre sonhou em ser uma estrela famosa nunca esse sonho lhe pareceu tanta ilusão.
Infelizmente mesmo longe de Nova Iorque a sensação de estar sendo perseguida não diminuiu será que estaria enlouquecendo?
Parecia que cada passo seu os olhos a perseguiam?
Lembrou dos olhos frios do conde como se fosse uma ameaça.As suas jóias que tanto gostava nenhuma lhe sobrou, o dinheiro no banco evaporou.
Tinha que abandonar o apartamento confortável que vivia por um quartinho no subúrbio.
Em pouco tempo nem isso lhe restava o emprego que queria não conseguia ,nem de secretaria nada , parecia o mundo virou contra ela.
Apenas de uma miserável garçonete, o emprego lhe parecia ter caído do céu daria pagar a pensão atrasada.

Lembrou sem motivo aparente dos olhos frios da dona ,estava feliz depois de dias de tristeza senão fosse emprego por certo estaria despejada.
Tudo bem não era aquele quarto com goteira ,baratas e ratos o lugar de seus sonhos mas tinha uma cama e um teto a esperando que podia não ser a mais confortável era dura que não a deixava descansar completamente par o outro dia, nem gostava de lembrava de lembrar do banheiro que dividia com os outros moradores do cortiço e com algumas ratazanas furtivas.
Era melhor do que ficar ao relento.Estava abatida com o rosto bem magro ,com olheiras profundas que parecia rasgar a pelo.
A roupa laranjada certamente não a valorizava seus cabelos que agora pareciam a cor da abóbora.
Estava pálida e com uma cor levemente amarelada parecia doente no espelho seu rosto desfigurado nem parecia da beldade que um dia foi.
Pensou em pedir ajuda ao conde mas seus olhos indiferentes fizeram mudar de idéia, não teria compaixão dela pressentia talvez até gostasse.Não era mais o rapaz que lhe entregou o coração.
Estava servindo cuidadosamente um homem baixo de cabelos crespos de olhos negros que pareciam analisa-la de forma cortante,tinha impressão que viu alguma vez.Não era só impressão tinha certeza ,mas não conseguia ?se lembrar.

-Esse bife eu pedi bem passado ,senhorita
-Entretanto eu tenho certeza que o senhor pediu mal passado
-A senhorita tem audácia de dizer que o erro foi meu?Eu não vou pagar esta porcaria
-Eu não quis...
A gerente chegou com o semblante aflito,perguntando:
_Signor Bellini, eu sinto muito, nesse momento Lara lembrou de onde o conhecia era o secretario particular de Wolfemberg como não se lembrava antes agora as peças se encaixavam perfeitamente , tudo fazia sentido .Ele queria que soubesse que foi ele que a destruiu. Nervosa sua mão tremeu e a jarra com o suco que segurava caiu de suas mãos no terno caro do homem a sua frente ,seu chefe parou de falar e começou a gritar furioso:
-Você está no olho da rua.
-Mas Luiz...
_Eu não quero ouvir mais nada saia daqui imediatamente
E agora como iria pagar o aluguel?Estaria dormindo na rua ...
Wolfemberg conseguiu o que queria que ficasse ao relento ,abandonada ,sozinha
Nem lagrimas tinha para chorar, se foram não tinha escapatória ,estava presa numa armadilha que não tinha escapatória.
Na rua andava sem rumo.Uma banca de jornais estava em sua frente , uma manchete lhe saltou aos olhos:
"O poderoso presidente da Leandris Company será velado nesta tarde na capela ..."
A foto central mostrava Alex ao lado de uma bela mulher.
Não era a primeira , já tinha visto antes era mais uma na lista de mulher que não parava de crescer.Os casos não duravam mais de alguns dias.
Noitadas ,festas e inaugurações ,faziam parte da vida do playboy Alexander von Wolfember o único herdeiro da Leandris Company.

Capitulo setenta e nove

Mônaco
Wolfemberg ,sentia um prazer indescritível quando completava as monhtanhas e o mar...
O mesmo prazer que sentia quando tenha uma mulher em êxtase em seus braços...
As montanhas se erguiam pesadamente ,altas pareciam rasgar as nuvens ,sentia como homem é pequeno e frágil e não somos nada ,perecíveis ao tempo e seguido a morte.
As águas do mar , são como os olhos das mulheres tanta promessa e você se entrega só são destroços.
A sua força que o barco se deixa levar para lá e para cá num movimento continuo.
Quando do céu desce a tempestade , o mar vira um monstro que a tudo leva e tudo devora,com um estrondo quebra nas pedras e se desmancha em espumas e areias.



Autor: Priscila Dias De Carvalho


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