Implantação de logística integrada



PROJETO PARA IMPLANTAÇÃO DE LOGISTÍCA INTEGRADA ELIEL ROBSON LEMES RIBEIRO Graduado em Serviço Social - Anhanguera Uniderp. Acadêmico de Curso superior em Logística ? Anhanguera Uniderp Coordenador em projetos de implantação de Logística Integrada em empresa de Piacatu - SP RESUMO Na Atualidade, as empresas, para obter vantagens competitivas, integram as sua estratégia de sobrevivência a logística integrada, que se define pela parte sistêmica de otimização do fluxo de materiais e informações de uma organização. Integra duas ou mais atividades gerenciais e operacionais, planejando, implementando e controlando o fluxo eficiente de materiais e informações, do ponto de origem ao ponto de destino, com propósito de adequá-los as necessidades dos fornecedores e clientes. Estes aspectos garantem a efetividade das estratégias e proporciona as organizações possuir diferenciais frente ao competitivo mercado global. PALAVRAS CHAVE: Logística Integrada, Redução de custos, Empresas. LISTA DE TABELAS Tabela 1 ? Logística Integrada Atual...............................................07 Tabela 2 ? Fluxo Básico do PCP....................................................10 Tabela 3 ? Comparação entre os modais........................................15 SUMÁRIO Introdução......................................................................................5 1 - Contextualização da Pesquisa................................................6 2 ? Fundamentação Teórica.........................................................7 2.1 ? Logística Empresarial.........................................................................7 2.2 ? Planejamento, Produção e Controle da Produção.............................9 2.3 ? Gestão de Custos Logísticos...........................................................10 2.4 ? Gestão em Marketing.......................................................................12 2.5 ? Intermodais.......................................................................................13 3 ? Analise e Interpretação dos dados........................................16 3.1 ? Logística Empresarial.........................................................................16 3.2 ? Planejamento, Produção e Controle da Produção.............................17 3.3 ? Gestão de custos Logísticos..............................................................17 3.4 ? Gestão em Marketing.........................................................................18 3.5 ? Intermodais........................................................................................18 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................20 RERERÊNCIAS..............................................................................21 1 ? CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA No desenvolvimento deste trabalho aplicou-se o método do estudo de caso que, segundo, Gil (2002) é o "estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados." O estudo de caso foi direcionado na empresa Ecoquality, onde numa visão econômica, a organização insere-se em gerencias departamentais, e uma vez não integradas, aumentam custos e conseqüentemente reduz as vantagens competitivas da empresa. A coleta de dados no referido trabalho foi à observação direta, cujo objetivo geral foi diagnosticar os métodos de Gestão presentes na empresa e criar sugestões que proporcione a integração logística da Ecoquality. Segundo Cooper e Shindler (2004), "a mesma ocorre quando o observador está presente monitorando pessoalmente o que ocorre, sendo assim muito flexível, pois permite ao observante reagir e registrar aspectos de fatos e comportamentos á medida que ocorrem". Os dados foram obtidos também através de uma entrevista, com perguntas abertas, ofertando a interpretação dos dados obtidos nas análises de processos ou atividades. Para Cooper e Schindler (2004), "este método de obtenção de dados inclui estudos de tempo/movimento de processos de fabricação e análise do fluxo de tráfego em um sistema de distribuição, fluxo de papel em um escritório e fluxos financeiros no sistema bancário". A justificativa para a elaboração deste projeto embasa que na Empresa Biofabrica de Agentes de Controle Ecoquality LTDA, inscrita sob o CNPJ 09.239.163/0001-04, IE 525.058.841-110, localizada a Avenida Nações Unidas, 510, em Piacatu ? São Paulo, há a inexistência da logística integrada, pois as características apresentadas remetem ao final dos anos 70, cujo foco era na empresa, tendo a Produção Plantas e Operações> Clientes > {suprimentos físico} > {distribuição física} {adm de materiais} Fase 3, é o período de 1980 ate 2011. Logística Integrada: Inbound Interna Interna Interna Interna Outbound fornecedores compras estoques Lead time armazenagem distribuição clientes Matérias primas Produtos e serviços Figura 1 ? logística integrada atual O sistema logístico da contemporaneidade objetiva a integração dos processos e negócios desde o usuário final ate os fornecedores originais (primários) que providenciam produtos e informações que adicionam valor para clientes e stakeholders. Define-se por stakeholders o grupo de interessados no sucesso do negocio, desde os proprietários, acionistas, funcionários, prestadores de serviços, ate todos os beneficiários da renda e dos impostos gerados pelo negocio. O foco da logística integrada se pauta na cadeia de valor, visando à vantagem competitiva sobre os concorrentes. Segundo Michel Porter: "Um negocio é lucrativo se o valor que cria supera os custos do desempenho de suas atividades de valor"...(...)"Para ganhar vantagem competitiva sobre os rivais, uma empresa precisa desempenhar estas atividades a um custo menor, ou desempenhá-las de forma a conduzir a uma diferenciação a um preço Premium (mais valor)". Uma das vertentes para adquirir a vantagem competitiva compreende obter redução de custos. Esta ação é desenvolvida através da estratégia logística empresarial, que para Bowersox e Closs (2001), é vista como a competência que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores. Contudo a integração deve começar internamente para em seguida expandir-se para o meio externo. Para obter o máximo de vantagens estratégicas da logística, todo o trabalho funcional deve ser executado de maneira integrada [...] a consideração de operações internas isoladamente é útil para mostrar a importância fundamental da integração de todas as funções e atividades envolvidas na logística (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 43). Christopher (1997) salienta que a "logística pode contribuir para a competitividade da empresa". Devido a este aspecto, as estratégias logísticas da empresa, elaboradas e implantadas com efetividade, ofertam a organização a preferencia dos clientes. Uma vez atingido o objetivo de ser pioneiro para os clientes, a estratégia da logística empresarial insere-se em buscar a estrutura organizacional adaptada a atender a demanda, analises periódicas em caráter avaliativo de procedimentos e padrões, fidelização dos clientes através de estratégias direcionadas, e a integração sinérgica da tríade: Empresa, Clientes e Fornecedores. Outras ações são proporcionadas pela Logística Empresarial, como o gerenciamento de Lead Time, implantação de Just in time, objetivando otimizar tempo, reduzir gargalos, e manter a sobrevivência da organização. Estas características, quando conduzidas de modo integrado, compõem a estratégia logística eficiente. De acordo com Ballou (2006) existe praticamente um pensamento unânime de que uma estratégia logística empresarial inclui três objetivos principais: a. redução de custos: enfatizando o enxugamento dos custos variáveis relacionados ao transporte e armazenagem; b. redução de capital: prioriza redução de investimentos nos sistemas logísticos; c. melhoria de serviço: normalmente admitem que os lucros dependem do nível dos serviços logísticos proporcionados, embora os custos aumentem rapidamente com a melhoria dos níveis logísticos dos serviços ao cliente, os lucros igualmente maximizados podem ser mais significativos que o aumento dos custos. Contudo, observa-se, que dentro da concepção de estratégia logística empresarial, a sinergia integrada da empresa com seus colaboradores e fornecedores perpassam ainda, conhecer o concorrente, buscar ousadia com responsabilidade para desenvolver novos produtos, além de estar sintonizado em um mercado competitivo, volátil e extremamente globalizado. Conclui-se, portanto que as muitas atribuições à logística empresarial definem-se como integração, o ponto chave para adentrar o mercado contemporâneo. Tal a importância da logística empresarial que conforme Bowersox e Closs (2001) são difíceis de imaginar a concepção de qualquer atividade de produção sem o apoio logístico. 2.2 ? PLANEJAMENTO, PRODUÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO. Entre varias ações, a logística empresarial, objetivando obter uma das vertentes da vantagem competitiva, insere-se no processo produtivo o Planejamento e Controle da Produção. Seu foco é direcionar as ações fabris produtivas, desde o desenvolvimento de novos produtos, lançamento no mercado, programações embasadas pelo Lead Time, realizar o provimento de matérias primas, monitorar as etapas produtivas através da mensuração estatística e proporcionar a integração sistêmica entre o processo, fornecedores e clientes. Ballou (1993) enfatiza ainda que o PCP engloba: "obtenção, transportes, manutenção de estoques, processamento de pedidos, embalagem protetora, armazenagem, manuseio de materiais e manutenção de informações". Ainda para Bowersox e Closs (2001), "o principal objetivo do PCP é dar apoio à produção ou à revenda, proporcionando comprar em tempo hábil, ao menor custo total". Além de suprir materiais, o PCP contempla a organização da movimentação de entrada de materiais, de peças e de produtos acabados dos fornecedores. No aspecto aquisição de materiais, uma das ações direcionadas pelo PCP, Gurgel (2000) salienta que a "função de compras nas organizações tem sido desenvolvida dentro de um novo estado de amadurecimento e com técnicas cada vez mais sofisticadas". Baily et al (2000) amplia o conceito de compras definindo-a como uma "função mais estratégica, passando as atividades rotineiras para o pessoal de escritório, possui objetivos de: suprir a organização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender a suas necessidades; assegurar continuidade de fornecimento de suprimento para manter relacionamentos efetivos com fontes existentes, desenvolvendo outras fontes de suprimentos alternativas, ou para atender as necessidades emergentes ou planejadas; comprar eficiente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto; administrar estoques para proporcionar o melhor serviço possível aos usuários e ao menor custo; desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos previstos". Seu fluxograma pode ser definido: Materiais Informações Figura 2: Fluxo básico do PCP. Em suas especificações, tanto na aquisição de materiais, controle e monitoramento produtivo, O PCP traduz em sua metodologia de que é necessário realizar as tarefas com o menor custo de distribuição, volume, custo de estoque, avaria e perda do produto, otimizando tempo, reduzindo gargalos, monitorando a produção, conduzindo as ações do melhor modo, serviço ao cliente, qualidade melhor gerenciada com total integração operacional, fazendo com que as coisas se movimentem rapidamente, numa distribuição e reações mais rápidas as mudanças de demanda através de um eficiente sistema de informações. 2.3 ? GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS. As empresas, no contexto de obter vantagem competitiva, focam a minimização dos custos totais logísticos, que englobam o custo de cada componente da cadeia logística, para obter diferenciais e atingir o nível de serviço desejado pelo cliente. Na analise da gestão dos custos logísticos, varias particularidades devem ser analisadas, pois reduzir o custo de uma atividade isolada não resulta, necessariamente, na redução do custo total. Exemplificando: Concentrar produtos num CD reduzirá custos de inventários e armazenagem, mas poderá aumentar os custos de transporte. Na obtenção da vantagem competitiva, estes fatores podem estar ligados à análise do custo total, que considera todos os fatores afetados pelo efeito de uma tomada de decisão e focaliza a otimização dos custos dos componentes logísticos. O principal objetivo da gestão de custos é criar estratégias que reduza custos e proporcione a integração eficaz dos departamentos da empresa, focando preços competitivos para a venda do produto. Neste sentido Guilhoto e Milone (2001) salientam no mercado, a empresa pode escolher por realizar suas vendas diretamente ao usuário final ou usar um intermediário, aproveitando o máximo de oportunidades que o mercado proporciona, para entrar em novos nichos de mercados, ou para transferir responsabilidades para os canais, contudo para que isso ocorra é necessário que a empresa monte um sistema de distribuição que atenda aos objetivos. O custo logístico, quando analisado em sua totalidade, requer entender o contexto inserido, pois segundo a ASLOG o custo logístico significa de 15 a 16% do custo total dos produtos no Brasil, podendo chegar à 30% em algumas empresas. Em países desenvolvidos a média é de 9 a 10 %. Uma vez analisado, interpretado e conduzido eficientemente, a gestão de custos logísticos resulta-se no desempenho, que proporciona a organização o diferencial competitivo, direcionando ações para melhoria nos resultados dos seguintes itens: ? Capacidade de resposta á demandas dos clientes ? Lead times reduzidos, Melhores níveis de serviço aos clientes. ? Qualidade dos produtos e serviços ? Relacionamento de parcerias com clientes e fornecedores. ? Velocidade, qualidade e timing da inovação nos produtos ? Produtos e serviços trazidos ao mercado mais rapidamente. ? Efetividade dos custos de produção e utilização do capital ? Processos da cadeia simples, efetivos e eficazes, para se tornarem fonte de vantagem competitiva. ? Performance e lucratividade a longo prazo ? Redução de custo liquido e maior lucro. A principal vertente, ponto crucial na gestão de custos, é a distribuição dos produtos. Viana (2002) enfatiza que a distribuição está intimamente ligada à movimentação e a transportes, pois é a atividade que empresa efetua as entregas de seus produtos. Para Ballou (2006), o transporte representa normalmente o artifício mais significante em termos de custos logísticos sendo que dois terços destes custos são absorvidos com movimentação de cargas. Além do transporte, Ballou (1993) enfatiza que a armazenagem e manuseio de mercadorias são elementos essenciais de atividades logísticas de distribuição, pois seus custos podem sugar de 12% a 40% dos gastos logísticos da empresa. Ressalva-se que a gestão de custos logísticos é a ação essencial para que a organização garanta sua sobrevivência longa no competitivo mercado atual. 2.4 ? GESTÃO EM MARKETING. Define-se Marketing como a estratégia empresarial que maximiza e agrega valor ao produto, objetivando vantagem competitiva da empresa frente à participação no mercado. Para Rocha 1999: "Marketing busca ajustar o casamento entre oferta da empresa e as demandas específicas do mercado, utilizando como ferramentas um conjunto de princípios e técnicas". O marketing em si, não se reduza a mero departamento com ações isoladas, mas sua intervenção permeia toda à empresa, com visão de orientação e suporte as demais áreas da empresa. Para Peter Drucker, o "Marketing é algo muito mais amplo do que vendas, não sendo uma atividade especializada, uma vez que abrange todo o negocio". Para definir as estratégias de Marketing, algumas técnicas, com perspectivas no fornecedor ou no cliente. Para o fornecedor, caracteriza-se o modelo dos 4 Os, sendo: Produto, Ponto, Promoção e Preço. Para foco no cliente, caracteriza-se o SIVA, a Solução, a Informação, o Valor e o acesso. Ambos os modelos são complementares e proporcionam a analise do contexto que relata a empresa a um mercado em que atua. O SIVA é uma vertente do Marketing que traz o potencial de satisfação ao usuário. É um conjunto de expressões simbólicas que embasa expectativas, necessidades ou desejos dos indivíduos ou de grupos. Seu foco direciona-se para o serviço produzido pelo produto, que essencialmente é algo intangível, mas agregado ao produto e a oferta ao usuário. Exemplifica-se, os restaurantes Self-Service, lavanderias, serviços de automóveis entre outros. O SIVA é uma estratégia usada também no Pós-venda, como analise do grau de impacto que o produto ofertou ao usuário. Ressalva-se ainda que baseado na estatística, como fonte de pesquisa e tabulação de dados, o produto poderá demandar novas necessidades com características SIVA. Os 4P?s define-se primeiramente como Preço. Este aspecto engloba-se pela valorização do produto ao usuário, e quanto este está disposto a pagar. Neste caso, a visão do usuário é fundamenta para a elaboração dos custos produtivos, que somados as operações mercantis, aquisição de insumos, pagamento de impostos e mão de obra, devem agregar-se para proporcionar aos negócios, sua viabilidades . Para definir o preço, vários aspectos devem ser observados: os preços do mesmo produtos no concorrente, o sistema de custos da empresa, a estratégia de inserção do produto no mercado, as políticas de subsídios praticadas no país e especificamente a percepção de valor por parte do cliente. Para Rocha 1999, "o preço pode ser definido baseado no custo somado a margem almejada pela empresa, no ponto de equilíbrio, na taxa de retorno, na curva de demanda, baseado na concorrência e em métodos híbridos". No tocante ao lançamento do produto no mercado, Rocha 1999 define que poderá: "Ser de forma Skmiming e por penetração", com estratégias assertivas, pautadas em pesquisa de perfil do público alvo, minimizando a guerra de preços, garantindo a qualidades para o usuário do produto. A promoção refere-se à estratégia do incentivo, que induz ao consumo do produto. Para Rocha 1999: "A empresa pode empregar diversas formas de promoção: Propaganda paga, publicidade gratuita, promoções de vendas, distribuição de folhetos por mala direta ou em potes de venda, promoções e descontos, materiais educativo e outros". Quando a promoção escolhe como veiculo de divulgação a mídia, três fatores fundamentam esta ação: adequação, variedade e freqüência. O produto deve estar apto a atender as demanda em seu contexto emergente, adequando ao usuário todas as prerrogativas pertinentes a sua exposição, seja na televisão, rádios, jornais ou revistas. O produto para sua inserção eficaz, demanda-se do ponto de distribuição em que se Aloca. Deve-se observar, nesta vertente dos 4P´s onde está a localização do usuário e o acesso ao produto de forma rápida, fácil e objetiva. Todo produto, traz em sua essência uma marca. Esta termologia define-se como o conjunto de sinais e símbolos que combinados, permitem a identificação do produto. A marca agrega valor ao produto, designando-o como bem intangível. A marca pode ser registrada, caracterizando a exclusividade do seu uso e resguardando-a de copias indevidas. Ressalva-se que a marca tem suas características especificas que diferenciam de patentes. Marca é todo sinal distintivo, que obedece às normas e especificações técnicas, e patentes é a propriedade intelectual sobre uma invenção, projeto ou ações de caráter meramente intelectual. Após a explanação referentes aos 4 Ps, pertinentes ao Marketing, outros fatores devem ser analisados, envoltos na gestão da área, como a Qualidade do produto. Garvin(1987) "apresenta 8 critérios para avaliar a qualidade de um produto: Desempenho, características, confiabilidade, conformidade, durabilidade, serviço, estética, qualidade percebida (avaliação geral)". A qualidade do produto garante ao mesmo sua inserção e maturação no mercado. Todas as normas que o envolve em suas particularidades devem ser rigorosamente seguidas. O requisito qualidade também influencia, junto a outros fatores, o ciclo de vida do Produto para Kotler 1994: "...os lucros oscilam ao longo dos diferentes estágios e a empresa precisa empregar, diferentes estratégias em termos de Marketing, financiar, produção, compras e pessoal nos diferentes estágios do ciclo de vida do produto". O ciclo de vida do produto é caracterizado primeiramente pela sua criação. Segue-se cronologicamente a introdução no mercado, demandando propagandas para sua inserção. Uma vez no mercado, o produto tende a crescer, gerar vendas e lucros para a empresa. Conseqüentemente ocorre sua maturação e declínio, o fator tempo é o principal agente para definir a estadia de mercado do produto. Conclui-se que a gestão de Marketing deve trazer em seu esboço, estratégias focais que proporcione desenvolver os produtos com efetividade, garantindo vendas gerando receitas e conduzindo a empresa rumo ao sucesso. 2.5 ? INTERMODAIS. Define-se como logística da distribuição, as relações da tríade: Empresa, cliente e consumidor somados as relações internas com: Marketing, Vendas Produção, Financeiro e todas as áreas de apoio de uma organização. A atuação da logística de distribuição embasa-se na responsabilidade da distribuição física dos produtos ate os pontos de venda, assegurando que os pedidos sejam entregues com pontualidade, precisão e concretos, objetivando a melhoria continua de serviços ao cliente, como custos e velocidade. Para as estratégias de distribuição, varias características são apresentadas, visando atender a demanda, tais como: ? Paletizada: sistema pelo qual a carga percorre os canais de distribuição em paletes, sem a necessidade de manuseios intermediários. ? A granel: a carga é carregada unitariamente. ? Centralizada: Distribuída por um único ponto, CD, podendo agregar realizações de operação de montagem, embalagem e identificação. ? Descentralizada: Realizada com mais de uma origem ou ponto de estocagem, privilegiando os custos de transportes, pois os destinos estarão mais próximos, porem demanda controle de estoque em vários pontos dispersos. ? Entreposto: Local que recebe carga de vários locais e redistribui por meio de outros veículos, sendo que o sincronismo reduz a necessidade de estoque intermediário, porem precisa de frota própria. ? Cross docking ? são carregados os caminhões de distribuição ao mesmo tempo que descarrega os de coleta, sem estoque e com sincronização, facilitando o Just in time, contudo é um projeto mais ousado que demanda estabilidade em primeiro plano para depois analisá-lo. Para o planejamento dos recursos de produção, define-se as necessidades totais de ressuprimento para cada produto a partir do almoxarifado da organização, respaldado pela programação de cada produto e para cada local, que será consolidado para a fabrica nos mesmos moldes do calculo da MRP. Para cada local e produto considera-se o saldo existente de estoques disponíveis, estoque de segurança, duração de ressuprimento e quantidade de pedidos emitidos, para no caso de estoque descentralizado. As necessidades totais refletem a demanda dos clientes e de locais de distribuição, conforme o levantamento de cada local, gerando assim os recebimentos programados. Neste contexto, a vertente da gestão do transporte e da distribuição tem como meta principal realizar um equilíbrio que reduza o custo total da operação, fornecendo o nível de serviço desejado. Seus objetivos designam: Assegurar que os recursos estejam disponíveis para satisfazer a necessidades dos clientes internos e externos, buscando satisfazer as movimentações diárias de produtos. O planejamento e monitoramento de todos os recursos para fornecer um serviço dentro dos parâmetros de custos e dos critérios acordados, são fatores determinantes na minimização do tempo e a distância de viagem. Nestes aspectos, onde as variáveis tempo e distancia são decisivos, a gestão de transportes baseia-se nos modais de transportes, que caracterizam-se pelo: Rodoviário ? Ferroviário ? Aéreo ? Aquaviário ? Dutoviário. Numa analise comparativa, o modal de transporte é um dos fatores que impactam o preço final do produto, aspecto de fundamental importância para a vantagem competitiva: Figura 3 ? Comparação entre os modais A escolha do transporte está relacionado com três tipos de necessidades da empresa: Custo ? baseados na distância percorrida: Fixos = depreciação, licenças, salários básicos. Variáveis = manutenção, combustível, pneus, óleo, despesas e horas extras dos motoristas. Velocidade ? qual o tempo disponível e a distância para que o processo de entrega seja realizado. Confiabilidade ? habilidade de entregar no tempo acordado, numa condição satisfatória. Numa gestão de transportes, a economia é afetada pela distância, volume, densidade (peso x espaço), facilidade de acondicionamento, manuseio, responsabilidade, Mercado. Como estratégia de transportes, as organizações optam-se pelas modalidades que atendam as necessidades empresariais. Entre elas, destacam-se: ? Frota própria: Veículos e funcionários da empresa, as condições são favoráveis, caso se tenha demanda regular em diversas rotas, com uma boa ocupação de veículos, controle de custos de manutenção e combustível, com um serviço mais personalizado, porém existe um aumento dos custos fixos e dos ativos da empresa. ? Frota terceirizada: Podendo ser o transporte e também a armazenagem, com uma redução dos custos fixos e dos ativos, e também a profissionalização destes serviços aos clientes, porém os parceiros devem ser cuidadosamente escolhidos. ? Roteirização de carga: Realiza-se o cruzamento de informações de volume / peso, capacidade dos veículos e locais de entrega, se for rota fixa o sistema distribui pelo CEP, ou pode sugerir a melhor rota se for dinâmica, porém deve-se tomar cuidado com todas as informações inseridas no sistema para que funcione bem e reduza os custos. ? Agendamento de entrega: É a programação utilizando janelas de tempo com clientes, fornecedores e transportadores, pode reduzir o tempo de espera, porém sua implantação não é fácil. ? "Milk run": A idéia é promover uma coleta colaborativa, onde um único veículo passa coletando cargas de vários fornecedores para um único destino, propiciando a redução de custo, rateado entre vários fornecedores, e maior ocupação do veículo. Sua implantação necessita de muita disciplina das empresas envolvidas para não causar atrasos no circuito, e utilizar somente as embalagens padronizadas, que devem ser planejadas com antecedência. 3 ? ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Nome Fantasia: Ecoquality Ramo de atividade: Controle Biológico de Pragas Agrícolas Produtos comercializados: Vespa Cotesia Flavipes, fungo nemáticos. Principais fornecedores: Base Química, Kristal Produtos para Laboratório, Lab Camp Produtos para Laboratório. Publico Alvo: Plantadores de cana, agricultores, Usinas. 3.1 ? LOGÍSTICA EMPRESARIAL: Na aplicação da entrevista, notou-se que a estrutura da empresa atende as necessidades logísticas, porém tem algumas deficiências na sua gestão, que se sugere quebra de paradigmas e inserção de novos olhares. Há a ausência de analises periódicas na organização para diagnosticar a efetividade de processos e procedimentos, consequentemente, o gerenciamento estratégico do Lead Time, torna-se falho, pois, uma vez apresentado divergências na metodologia empresarial e não toma-se ações corretivas, o mesmo perpassa a todos os departamentos que compõem a empresa. Apesar de parcerias concretas com seus principais fornecedores, os elos da cadeia de suprimentos precisam ser ajustados, pois a empresa direciona as aquisições as aos fornecedores costumeiros, sem que desenvolva outros, que possam atendê-los. Observa-se ainda, que muitas vezes, os fornecedores, por ter preferência do cliente Ecoquality, não o atende com pontualidade, originando falta de matérias primas. Quanto às intervenções de RH com os colaboradores da empresa, há a preocupação em qualificar constantemente a mão de obra, e principalmente motivá-los, uma vez que a empresa busca benefícios para sua área de recursos humanos. Sugere-se que a Gestão de Compras, especificamente, deve pautar-se em maior ênfase no desenvolvimento de novos fornecedores e redução de custos, focando a diminuição das rotinas em atividades administrativas e burocráticas. Deve ser concentrada a maior parte das atividades em relacionamento com fornecedores realmente parceiros, evoluindo de simplesmente reagir às necessidades do usuário, passando para uma abordagem proativa, conduzida integrado a empresa. Sugere-se também usar o LEC (Lote Econômico de Compras), definido como lote a ser comprado por um ponto de reposição, incluindo o lead time menos o estoque em mãos. 3.2 ? PLANEJAMENTO, PRODUÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO Em relação ao PCP, observa-se varias anomalias presentes na empresa Ecoquality, uma vez que não há o acompanhamento e controle eficaz da execução dos planos, confrontando os resultados reais com os planejados. Para o PCP, os sistemas de planejamento necessitam de previsões corretas e coordenadas para cada ação produtiva e para cada produto, bem como para cada tempo de movimentações de produtos. Na hipótese de uma previsão ineficiente, pode mostrar a demanda em local ou em data errada. O planejamento exige tempos consistentes e confiáveis para as movimentações dos produtos, aquisição de material, elaboração das ações do processo fabril e monitoramento produtivo, pois a incerteza nos tempos reduz a eficiência do planejamento. A empresa tem parcerias concretas com os fornecedores, mas numa visão mais ampla, ineficiente, pois muitas vezes ocorreu falta de matéria prima por atraso do fornecedor. A Ecoquality busca desenvolver outros controles biológicos, visando a inserção de novos produtos ao seu portfolio, porem, apesar de todo o aporte do setor comercial, há a ausência de profissional competente na área financeira e gerencial, que busque a redução de custos em todas as vertentes da cadeia. Sugere-se a implantação do planejamento integrado, pois se observam que, o modelo de planejamento existente na empresa Ecoquality está sujeito as próprias vicissitudes, com freqüentes alterações, por interrupções na produção e atrasos de entregas. Ainda, para a Gestão de Estoques, propõe-se determinar o que manter em estoque e identificar precisamente os itens, determinando quando reabastecer. Idealmente, deve-se receber, estocar e suprir os materiais conforme requeridos pelos usuários, mantendo a acuracidade dos saldos com inventários periódicos, e efetivando assegurar um adequado e satisfatório padrão de qualidade no atendimento das necessidades de seus clientes internos ou externos. 3.3 ? GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS A Gestão de custos logísticos da empresa, na visão do grupo, é a área de maior deficiência, pois não há controle efetivo sobre as operações financeiras de pagamento e recebimento, devido à ausência de software eficiente que controle, registre, classifique e atribua custos, orientando os rateios de forma coerente e justa. Devido a este aspecto, há a ineficiência de dados estatísticos que permita mensurar as discrepâncias que possam ocorrer, e consequentemente, não há maximização de rendimentos do caixa, aplicando seus excedentes ou captando recursos em condições favoráveis a empresa. Sugere-se que o profissional da área financeira busque conhecimentos através de cursos de capacitação e gestão financeira. Varias instituições ofertam bons cursos a preços acessíveis, mas todavia, o SEBRAE é o melhor caminho para desenvolver a capacitação financeira dos gestores. Sugere-se ainda, que a empresa opte por um software, mesmo que "simples", que o auxilie na gestão dos recursos financeiros disponíveis da Ecoquality. 3.4 ? GESTÃO EM MARKETING Em relação ao Marketing, cujo objetivo da atividade é penetrar em mercados específicos e gerar transações lucrativas, demanda-se a atuação do papel da logística, colaborando com o sucesso organizacional quando o auxilia em cada idéia fundamental desta área: A necessidade dos clientes vem antes dos produtos e serviços, pois os produtos e serviços somente tem valor quando disponíveis e posicionados, considerando as perceptivas do cliente. Estas características são observadas na empresa pesquisada, pois há o desenvolvimento de pesquisas com os clientes, visando verificar as necessidades, tendências, atitudes dos consumidores. Há o desenvolvimento de novos produtos, e ofertado treinamento, tanto do produto, como motivacional para seus representantes. Repassa-se a equipe operacional por meio de projeções de vendas e qual a meta ser seguida, porem, como já relatado, não monitora-se as ações planejadas. Os preços dos produtos são direcionados pelos custos operacionais e fiscais, que alisados junto a restrita concorrência do setor, resulta no valor final ao cliente. A empresa possui uma marca de renome, e para isso faz exposições em feiras do setor, vincula-se a pesquisas universitárias, e procura fidelizar seus clientes através de visitas técnicas constantes, emitindo laudos e pareceres pertinentes ao controle biológico. Sugere-se que a gestão de Marketing da Empresa Ecoquality, busque ter disponibilidade de estoques consistentes para atender as necessidades materiais e produto para os clientes, pois se notou que algumas vezes, houve falhas na entrega. Deve ser focado o desempenho Operacional, caracterizado pelo tempo decorrido desde o recebimento ate a atendimento do pedido, com velocidade, flexibilidade e consistência de entrega, garantindo a confiabilidade, que envolve a qualidade, onde todas as operações devem estar alcançadas suas metas de serviço desejadas. 3.5 ? Intermodais A gestão de transportes da empresa é um dos seus pontos fortes. A logística da empresa, no requisito transporte, tem grande aporte técnico para a distribuição de seus produtos. O principal meio de transporte é o rodoviário, com frota própria. A empresa distribui seus produtos diretamente ao cliente, pois o custo, comparados a terceirização das entregas, é menor. O monitoramento da entrega é feita pela gestão de transportes, obedecendo a uma estratégia e programação logística. Notou-se que no transporte, o PCP funciona, pois as programações de entrega, quando obedecido aos lead times produtivos, acontecem naturalmente. Uma estratégia pertinente a esta gestão, observada na entrevista, é que a empresa troca os seus produtos com as usinas produtoras de álcool, o combustível que move a frota da empresa. Com esta ação os custos de combustível são reduzidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES Conclui-se que a realização deste projeto, de fácil desenvolvimento, trouxe em sua essência a correlação das aulas ministradas com o agir profissional envoltos na empresa Ecoquality, cujos gerenciamentos, para atingir patamares maiores, sugere-se algumas mudanças de paradigmas e inserção de novos olhares voltados a gestão da empresa, com objetivo na implantação da logística integrada. Para a empresa em questão, sugere-se que a medida que a Logística for tratada como um sistema integrado, poderão se concretizadas economias reais nos seus custos pela sua gestão eficaz, focando-se na otimização de seus trade-iffs, minimizado seu custo total, de modo a atender os objetivos de serviços da empresa. A Gestão da Logística Integrada e a da Cadeia de Abastecimento vem gerando grandes vantagens competitivas às empresas, sendo considerada como elemento básico de competição no novo ambiente globalizado de negócios. RERERENCIAS BAILY, Peter et al. Compras princípios e administração. São Paulo: Atlas 2000. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: Estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira Thomson, 1997. COOPER, Donald R.; SHINDLER, Pámela S. Métodos de pesquisa em administração. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003. GALVIN, David. A., Competing on the Eight Dimensions of Quality, Harvard Business Review, November-december, 1987. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005. GUILHOTO, Lúcia de Fátima Martins; MILONE, Mário César de Mattos: Distribuição e logística no mercado empresarial brasileiro: diagnóstico e novos desafios com o advento da internet, disponível em . Acesso em: 03/06/2011. KOPLER, Philip, Administração de Marketing: Analise, Planejamento, Implementação e Controle, Editora Atlas, 1994. PORTER, Michel E., Estratégia Competitiva, criando e sustentando um desempenho superior, Editora Campos, 1989. ROCHA, Ângela da, Marketing, Teoria e Pratica no Brasil, 2ª ed. Editora Atlas, 1999. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002.
Autor: Eliel Lemes


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Logística Integrada E Seus Processos.

Cadeia De Suprimento

Parceria E Colaboração: Ganhos Para A Cadeia Logística

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