Pronomes em Metáfora: O Subliminar nas letras de Chico Buarque de Holanda



PRONOMES EM METÁFORA: O SUBLIMINAR NAS LETRAS DE CHICO BUARQUE.
Cláudio Rogério Abrita Gonçalves*

RESUMO:
Durante o período militar (1964-1985) o cerceamento da liberdade de expressão imposto aos meios de comunicação e as artes em geral, fez com que Chico Buarque de Holanda e outros compositores coetâneos a ele criassem artifícios para tentar driblar a censura. Chico Buarque usou os pronomes para descrever os repressores e também os reprimidos, que eram chamados de: você, tu, ele. O presente trabalho pretende analisar o uso dos pronomes pessoais como metáforas em diversas fases da carreira do autor. Analisando algumas de suas composições fica clara a proposta do compositor de levar aos seus interlocutores de maneira cifrada o que não poderia ser exposto ao pé da letra. Assim vai tecendo sua teia com lirismo e pitadas de ironia de sua afiada pena. Era a forma de fazer-se ouvir apesar em meio às tentativas de cerceamento de sua arte e de outros artistas populares.
Palavras Chave: Pronomes, Ditadura Militar e Canção.

ABSTRACT:

During the military period (1964-1985) the abridgement of freedom of expression imposed on the media and the arts in general, has made Chico Buarque de Holanda and other composers peers the tricks he create to try to circumvent censorship. Chico Buarque pronouns used to describe the repressive and also suppressed, which were called: You, you, him. This paper analyzes the use of personal pronouns as metaphors in various career stages of the author. Looking at some of his compositions, a clear proposal to bring the composer to his interlocutors encrypted so that it could not be exposed to the letter. So weaves its web with a pinch of irony and lyricism of her sharp pen. Was how to make themselves heard even in the midst of attempts to curtail their art and other popular artists.
Keywords: Pronouns; Military Dictatorship and Song.

Introdução:
Chico Buarque de Holanda, com sua multifacetada obra dividida entre música, teatro, cinema e literatura perpassa através de seus textos, pessoais ou não, o cotidiano brasileiro. Considerado por muitos como "a síntese da MPB tradicional ? Noel Rosa (1910-1937), Ismael Silva (1905-1978), Ary Barroso (1903-1964) ? com a bossa-nova ? Tom Jobim (1927-1994), Newton Mendonça (1927-1960), João Gilberto", este "artista brasileiro" (HOLANDA, 1993), mistura samba e lirismo fazendo sua erudição chegar sutilmente ao "popular". Na opinião de críticos e especialistas: "Chico Buarque é um bom exemplo de músico da geração pós bossa-nova que não só incorpora a batida inaugurada por João Gilberto como adiciona a este ritmo elementos do repertório musical brasileiro. (MOREIRA apud NAVES, p. 40 ).


Chico era sempre lembrado como o porta-voz da resistência política no Brasil durante a ditadura militar (1964 ? 1985). Embora esta não seja uma afirmação sem fundamento, não é a mais adequada e verdadeira definição para este músico, dramaturgo e escritor.
Definição mais plausível ? embora rótulos soem minimalistas e generalizantes demais ? seria a de que:
[...] Chico Buarque fez da relação tensa entre ser e tempo num contexto autoritário, a base de sua matéria poética e, desta forma, imprimiu um sentido político sui-generis para a sua obra, indo além dos limites da canção de protesto tradicional. (NAPOLITANO, 2003, p. 115)


Chico Buarque iniciou sua carreira artística, mais precisamente a carreira musical, em um período em que o Brasil vivia sob um regime autoritário conhecido como Ditadura Militar (1964 ? 1985) e sua obra ? analiso aqui a obra musical ? foi relativamente um espelho do que acontecia.
O político sempre se fez presente na obra buarqueana desde seu primeiro samba Pedro Pedreiro e fica mais constante à mediada em que o regime endurece tendo seu ápice após o Ato Institucional N.º 5 (AI-5) ? em 13 de dezembro de 1968 ? que considerou Chico Buarque e Gilberto Gil como "elementos perigosos" (CONTREIRAS, 2005, p. 123) e que instituiu a censura prévia.
Após seu involuntário exílio na Itália, Buarque tornou-se o "inimigo número 1 do regime". Suas obras enviadas para aprovação dos órgãos censores eram sumariamente vetadas simplesmente por serem assinadas por ele. Era o governo do General Emílio Garrastazu Médici (1969 - 1974), período em que se intensificou a luta armada.
Foi no período em questão que Chico Buarque desenvolveu um modo particular para driblar a censura usando os pronomes pessoais de forma metafórica. Fazia-se muito presente em suas letras o uso de você, ele, tu pra designar os "mandalhões". É sobre o uso metafórico dos pronomes que pautarei minha análise mostrando em algumas de suas canções como eram designados não só "opressores" como "oprimidos".

1. Você: "Não é um general e sim uma generalidade":

Começo aqui por uma das mais contundentes letras de Chico: Apesar de Você, onde "você" era culpado por toda desventura, toda tristeza, todo infortúnio, mas dias melhores viriam. Este samba foi gravado em 1979, mas foi originalmente composto em 1971. Autorizado pela censura em um primeiro instante, e logo depois vetado. Ao ser interrogado por um censor, seu compositor deu a lacônica explicação de que "você" em questão era um galo que caiu na boemia e esqueceu-se de despertar o povo, mas tudo aconteceu mesmo sem o seu despertador.

Amanhã vai ser outro dia...
Hoje você é quem manda
Falou "ta falado" não tem discussão não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e
Olhando pro chão, viu

Você que inventou este Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão.
Apesar de você

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia... (HOLANDA, 1979) (Os grifos são meus.)

Outro drible nos censores foi a criação dos pseudo compositores Leonel Paiva e Julinho da Adelaide. É desses dois compositores outro exemplo do uso do pronome você na canção Jorge Maravilha com a transbordante simbologia de seus versos introdutórios "Você não gosta de mim/ mas sua filha gosta". (HOLANDA, 1973)

Diziam que a filha em questão era Amália Lucy, filha do então presidente Médici, que era fã declarada de Chico. O compositor desmente dizendo que a música foi feita inspirada nos policiais que o prendiam, porém na cela, pediam autógrafos com o pretexto de serem "para minha filha".
Até em uma despretensiosa canção de (des)amor, o pronome pessoal você aparece com um duplo sentido de interpretação. Você pode ser percebido nos versos iniciais e permeia todo o corpo da letra da canção Você Vai me Seguir levando a uma interpretação explícita que é a de cunho passional e outra implícita, que é a do protesto político.

Você vai me seguir
Aonde quer que eu vá
Você vai me agredir
Você vai se curvar.

Você vai resistir
Mais vai se acostumar... (HOLANDA, 1976)


2. Ninguém, Tu e Ele: "Opressor e Oprimido".

Na relação de Chico Buarque com o Regime Militar não há como fugir do maniqueísmo "bem e mal" permitindo uma análise com nuance marxista com a dualidade opressor/oprimido. Os pronomes "tu" e "ele" são usados para definir tanto o "ditador", quanto sua "vítima".
Na canção Maninha Chico apresentou um mundo belo que sofreu uma drástica ruptura e tornou-se obscuro. Isso acontecia sempre depois que "ele" passava, mas no fim foi deixada uma ponta de esperança que tudo é transitório.

Se lembra da fogueira
Se lembra dos balões
Se lembra dos luares dos sertões
A roupa no varal, feriado nacional
E as estrelas salpicadas nas canções
Se lembra quando toda modinha falava de amor
pois nunca mais cantei, oh maninha
Depois que ele chegou
Se lembra da jaqueira
A fruta no capim
Dos sonhos que você contou pra mim
Os passos no porão, lembra da assombração
E das almas com perfume de jasmim
Se lembra do jardim, oh maninha
Coberto de flor
Pois hoje só dá erva daninha
No chão que ele pisou
Se lembra do futuro
Que a gente combinou
Eu era tão criança e ainda sou
Querendo acreditar que o dia vai raiar
Só porque uma cantiga anunciou
Mas não me deixe assim, tão sozinha
A me torturar
Que um dia ele vai embora, maninha
Prá nunca mais voltar... (HOLANDA: 1976)


Como se escrevesse um irônico autorecado ? que poderia ser estendido a outros companheiros ,. Chico Buaruqe usa "tu" para driblar a censura militar e falar sobre guerrilha urbana e clandestinidade na música Hino de Duran.

Se tu falas muitas palavras sutis
Se gostas de senhas sussurros ardís
A lei tem ouvidos pra te delatar
Nas pedras do teu próprio lar
Se trazes no bolso a contravenção
Muambas, baganas e nem um tostão
A lei te vigia, bandido infeliz
Com seus olhos de raios X
Se vives nas sombras freqüentas porões
Se tramas assaltos ou revoluções
A lei te procura amanhã de manhã
Com seu faro de dobermam
E se definitivamente a sociedade
só te tem desprezo e horror
E mesmo nas galeras és nocivo,
és um estorvo, és um tumor
A lei fecha o livro, te pregam na cruz
depois chamam os urubus
Se pensas que burlas as normas penais
Insuflas agitas e gritas demais
A lei logo vai te abraçar infrator
com seus braços de estivador
Se pensas que pensas estás redondamente enganado
E como já disse o Dr Eiras,
vem chegando aí, junto com o delegado
pra te levar... (HOLANDA, 1978)


Em outra letra, Cordão, o compositor parece mandar um recado, até certo ponto raivoso, como Quem diz: "eu não me calo, por mais que mandem". Como disse o compositor Luiz Gonzaga Júnior ? o Gonzaguinha (1945-1991) ? na canção Recado, em resposta as tentativas da censura em calá-lo: "Se me der um grito não calo, se mandar calar mais eu falo" (GONZAGA JUNIOR, 1976).

Ninguém
Ninguém vai me segurar
Ninguém há de me fechar
As portas do coração
Ninguém
Ninguém vai me sujeitar
A trancar no peito a minha paixão
Eu não
Eu não vou desesperar
Eu não vou renunciar
Fugir
Ninguém
Ninguém vai me acorrentar
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Ninguém
Ninguém vai me ver sofrer
Ninguém vai me surpreender
Na noite da solidão
Pois Quem
Tiver nada pra perder
Vai formar comigo o imenso cordão
E então
Quero ver o vendaval
Quero ver o carnaval
Sair
Ninguém
Ninguém vai me acorrentar
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Enquanto eu puder cantar
Alguém vai ter que me ouvir
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder seguir
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Enquanto eu puder cantar... (HOLANDA, 1971)

Algumas canções de Chico Buarque, Gonzaguinha, Milton Nascimento e outros, traziam um clima de sufocamento, de um grito contido, parecendo descrever a angústia reprimida de seus autores.


3. Usando a primeira pessoa: O Eu lírico indignado.

Os pronomes são usados por Chico Buarque de Holanda não só para suscitar duplas interpretações, mas também para expressar sua contundente opinião. É o autor assumindo o proscênio do discurso. Tal artifício fica claro desde suas primeiras obras musicais como no caso da música "Fica" do ano de 1965.

Diz que eu não sou de respeito
Diz que não dá jeito
De jeito nenhum
Diz que eu sou subversivo
Um elemento ativo
Feroz e nocivo
Ao bem-estar comum... (HOLANDA, 1965)

Até em uma simples cantiga de ninar composta para sua filha Helena, o compositor mostra sutilmente a indignação com o cenário político em que vivia o Brasil.

Dorme (mi)nha pequena
Não vale a pena despertar
Eu vou sair
Por aí afora
Atrás da aurora
Mais serena (Acalanto) (HOLANDA, 1971)

Mais uma vez, assumindo a pessoa do compositor Julinho da Adelaide, Chico Buarque ironizou a "(des)ordem" promovida pelo regime militar e suas arbitrariedades através da canção Acorda Amor:

Acorda amor
Eu tive um pesadelo agora
Sonhei que tinha gente lá fora
Batendo no portão, que aflição
Era a dura, numa muito escura viatura
Minha nossa santa criatura
Chame, chame, chame lá
Chame, chame o ladrão, chame o ladrão
Acorda amor
Não é mais pesadelo nada
Tem gente já no vão de escada
Fazendo confusão, que aflição
São os homens
E eu aqui parado de pijama
Eu não gosto de passar vexame
Chame, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão
Se eu demorar uns meses
Convém, às vezes, você sofrer
Mas depois de um ano eu não vindo
Ponha a roupa de domingo
E pode me esquecer
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
(Não esqueça a escova, o sabonete e o violão) (ADELAIDE; PAIVA, 1974)

A canção em questão é uma ácida versão de Chico Buarque parao episósio de sua prisão ? para prestar depoimento primeiro no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) e depois no 1.º Exército - acontecida de madrugada. O episódio foi assim relatado por Regina Zappa: "Aquele dia Marieta Severo ? esposa de Chico ? pegou o carro e foi atrás de Chico. Na correria esqueceu-se das lentes de contato e saiu pelas ruas do Rio de Janeiro sem enxergar nada." (ZAPPA, 1999, p. 100)

4. Quem, Que pronomes indefinidos?

Como quem joga a questão no ar, Chico usa os pronomes indefinidos Quem, que, como interrogações para conclusões até certo ponto óbvias. Levando o interlocutor a uma cifrada e velada como é visto na canção Angélica, composta em parceria com Miltinho em homenagem à estilista Zuzu Angel (1923-1976) e em respeito a sua luta para ter o corpo do filho Stuart Angel Jones (1946-1971) ? supostamente morto pelos militares. Uma das letras mais contestadoras e indignadas sobre o período militar.

Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse lamento?
Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arranjo?
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino?
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho?
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar (HOLANDA, 1981)


Ao compor a trilha sonora do filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, Chico Buarque fez a canção O Que Será (À Flor da Terra), onde o uso do pronome "que" suscita vários "ques" assim como um general suscita para Chico Buarque "generalidades".

O que será que será
Que andam suspirando
Pelas alcovas?
Que andam sussurrando
Em versos e trovas?
Que andam combinando
No breu das tocas?
Que anda nas cabeças?
Anda nas bocas?
Que andam acendendo
Velas nos becos?
Estão falando alto
Pelos botecos
E gritam nos mercados
Que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza
Nem nunca terá!
O que não tem concerto
Nem nunca terá!
O que não tem tamanho...
O que será? Que Será?
Que vive nas idéias
Desses amantes
Que cantam os poetas
Mais delirantes
Que juram os profetas
Embriagados
Está na romaria
Dos mutilados
Está nas fantasias
Dos infelizes
Está no dia a dia
Das meretrizes
No plano dos bandidos
Dos desvalidos
Em todos os sentidos
Será, que será?
O que não tem decência
Nem nunca terá!
O que não tem censura
Nem nunca terá!
O que não faz sentido...
O que será? Que será?
Que todos os avisos
Não vão evitar
Porque todos os risos
Vão desafiar
Porque todos os sinos
Irão repicar
Porque todos os hinos
Irão consagrar
E todos os meninos
Vão desembestar
E todos os destinos
Irão se encontrar
E mesmo padre eterno
Que nunca foi lá
Olhando aquele inferno
Vai abençoar!
O que não tem governo
Nem nunca terá!
O que não tem vergonha
Nem nunca terá!
O que não tem juízo...(HOLANDA, 1976)

Conlusão:

Chico Buarque de Holanda trouxe para suas canções elementos herdados de seu pai, o historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), para falar do mesmo povo ? o brasileiro ? e ambos fizeram dos pronomes metáforas que trazem o belo para o amargo tempo.
Ao usar os pronomes para expressar sua opinião contrária ao regime militar, Chico Buarque driblou a censura e fez-se ouvir quando tentavam calá-lo. Quinze anos mais tarde, outro compositor popular, Renato Russo (1960-1996) também usou os pronomes para expressar sutil e veladamente a temática relacionada à homossexualidade.
Dessa maneira, Chico adensava a "rede de recados contra a ditadura" ao fazer dos pronomes "códigos" ou "setas" que levam o interlocutor a desvendar a quem alude sua "pena" (NAPOLITANO, 2003, p. 118).
A obra de Chico Buarque vai perpassando gerações e trazendo para os que não viveram o período recortes desta "Página infeliz da nossa história" (HOLANDA, 1984) e que com sua repressão aguçou ainda mais o talento de nossos compositores populares e sua veia irônica.







MATERIAL PESQUISADO
CDS e LP?S:
HOLANDA, Chico Buarque de. Construção. Rio de Janeiro: Philips, 1971. 1 disco compact (32min):digital, estéreo. 836.013-2
______Chico Buarque & Maria Bethânia ao vivo. Rio de Janeiro: Philips, 1975. 1 disco compact (57min.): digital, estéreo. 836.018-2.
______Meus Caros Amigos. Rio de Janeiro: Philips, 1976. 1 disco compact (38min):digital, estéreo. 6349189.
______ Chico Buarque. Rio de Janeiro: Philips, 1978. 1 disco compact (30min): digital, estéreo. 518.220-2.
______ Ópera do Malandro. Rio de Janeiro: Philips, 1979. 2 discos (84 min.): 33 1/3 rpm, microssulco, estéreo. 6349398.
______ Vida. Rio de Janeiro: Philips, 1980. 1 disco (34 min.): 33 1/3 rpm, microssulco, estéreo. 6349435.
______ Almanaque. Rio de Janeiro: Philips, 1981. 1 disco compact (32min): digital, estéreo. 510.010-2
______ Chico Buarque. Rio de Janeiro: RCA/Ariola, 1984. 1 disco compact (32min): digital, estéreo. 510.010-2
______ Francisco. Rio de Janeiro: RCA/Ariola 1 disco compact (32min): digital, estéreo. 140.0001.
______ Uma Palavra. Rio de Janeiro: RCA/BMG, 1995. 1 disco compact (38min): digital, estéreo. 74321126594.
DVDS:
ANOS DOURADOS. Chico Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: EMI Music, 2006. 1 DVD, (109min), (dobly stereo), (NTSC).
VAI PASSAR.Chico Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: EMI Music, 2006. 1 DVD, (102min), (dobly stereo), (NTSC). AA0040003.
MEU CARO AMIGO.Chico Buarque de Holanda. Rio de Janeiro: EMI Music, 2006. 1 DVD, (94min), (dobly stereo), (NTSC). AA0040002.
ENTREVISTAS:
HOLANDA, Chico Buarque de. Chico Buarque 50 anos. São Paulo: TV Cultura, 1995.
HOLANDA, Chico Buarque de. Entrevista à Revista Playboy. Disponível em www.chicobuarque.com.br. Acesso em 18-07-2010.


























REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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FICO, Carlos. Além do golpe: versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de Janeiro: Record, 2004.
HOBSBAWN. Eric. O que os historiadores devem a Karl Marx?. In:______Sobre história. São Paulo: Companhia das letras, 2001.
MARCADET, Christian. O poder da imaginação contra a violência do poder: ou de como, driblando a censura, Chico Buarque transformou a recepção das canções no Brasil nos anos de chumbo. CADERNO CRH, Salvador, v. 19, n. 48, p. 519-536, Set./Dez. 2006.
MARTINS, Christian Alves. O Inconformismo Social no Discurso de Chico Buarque de Holanda. Fênix ? Revista de História e Estudos Culturais.Vol. 2 Ano II nº 2 .
MENESES, Adélia Bezerra de. Desenho Mágico: Poesia e Política em Chico Buarque. São Paulo: Hucitec, 1982
NAPOLITANO, Marcos. A MPB sob suspeita: a censura musical vista pela ótica dos serviços de vigilância política (1968-1981). Revista Brasileira de História: São Paulo, 2004. v. 24, nº47, p.103-126 ? 2004.
______ Hoje preciso refletir um pouco. São Paulo, 2003, p. 115 ? 134.
NAVES, Santuza Cambraia. Da Bossa Nova à Tropicália: contenção e excesso na música popular. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol.15, nº 43. 2000 p. 35 ? 44.
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ZAPPA, Regina. Chico Buarque: para todos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.







Autor: Cláudio Rogério Abrita Gonçalves


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