Por trás das destruições de 11 de setembro de 2001



POR TRÁS DAS DESTRUIÇÕES DE 11 DE SETEMBRO DE 2001

AloízioMonteiro
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"Atentado"? Não. O termo correto é "destruição". Infelizmente, a grande maioria das pessoas, no mundo inteiro, é cega para esses detalhes -- e não se debruça em analisar a política internacional com a perspicácia investigativa com que os fatos merecem ser tratados. E, assim, a Mentira se sobrepõe à Verdade.
A decretação da morte de Saddam Hussein nada teve a ver com a vingança por um atentado contra sua vida, pelo fato de que ele mandou executar um agrupamento xiita composto por 148 pessoas que lhe eram hostis, na cidade de Dujail, no longínquo ano de 1982. No entanto, esse foi o pretexto arranjado, no decorrer do julgamento, pelo tribunal de exceção, chamado Supremo Tribunal Penal, que não teve qualquer legitimidade internacional para atuar com esse intento, uma vez que foi dirigido por um juiz curdo, inimigo de Saddam. O tal tribunal sequer foi formado por juízes de nacionalidades outras e não foi sequer autorizado para assim funcionar, pelo Conselho de Segurança da ONU, como seria, até certo ponto, aceitável. Portanto, para o julgamento de Saddam Hussein, não houve, em hipótese alguma, o devido processo legal.
A invasão do Iraque pela coalizão EUA-Inglaterra, ocorrida no dia 20-03-2003, foi apoiada pelo Movimento Sionista Internacional, que sempre se regeu pelo princípio do talião "olho por olho, dente por dente", e foi o principal prejudicado com a destruição do World Trade Center, no fatídico dia 11-09-2001, uma vez que essas edificações abrigavam diversos bancos internacionais de origem judaica; avisados por membros do Governo Bush -- que sabiam que algo ia acontecer naquele dia, no World Trade Center! --, muitos executivos desses bancos não foram trabalhar; mas, o prejuízo maior foi a queima e a destruição de inúmeros títulos e letras de câmbio, fato que abalou um pouco a economia mundial, nos dias seguintes após os ataques.
"Independentemente da natureza ditatorial do regime iraquiano, cabe notar que a razão então alegada para a invasão do Iraque -- a existência de armas de destruição em massa -- nunca foi comprovada", disse a nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no dia 29-12-2006.
Saddam Hussein foi condenado à morte no dia 05-11-2006, após ter decorrido cerca de vinte e seis anos da matança que lhe foi imputada. Porém, o real motivo de sua condenação remonta ao dia 19 de agosto de 2002, quando morreu Abu Nidal, "o terrorista mais procurado do mundo", conforme expressão usada pela CIA e FBI, constante nos noticiários que atemorizaram diferentes governos, nos últimos quarenta anos.
Até então, havia no Google e na CNN milhares de informações sobre Abu Nidal, o mais temível terrorista que o mundo já conheceu, que dedicou toda a sua vida à "destruição do Estado de Israel", e foi o responsável pela morte, em 1975, de Said Hammami (representante da OLP em Londres), pela morte do embaixador de Israel em Londres, Schlomo Argov (1982), dando a Israel o pretexto -- aceitável para o governo Reagan (EUA) -- para invadir o Líbano; dentre outros atos, a então formada Organização Abu Nidal assassinou Issam Sartaoui, um assessor de Arafat que, em 1976, participara das primeiras negociações secretas de paz, com os israelenses, em Paris, enquanto representava a OLP num congresso internacional socialista, que se realizava em Portugal, no ano de 1983. Hoje, o que existe na internet sobre Abu Nidal são apenas notícias sobre a sua morte.
No mesmo ano, Abu Nidal, juntamente com outro árabe, Abu Musa, planejaram um feito inusitado: os atentados simultâneos aos balcões da companhia aérea israelense El-Al, em Roma e Viena; após a execução, restou um saldo de 10 mortos e mais de 100 feridos. Foi aí que nasceu a ideia dos atentados simultâneos, que veio a culminar com os Ataques do dia 11 de setembro de 2001, em New York. Seguiram-se o sequestro do avião da Pam Am, em Karachi (Paquistão), cujo saldo foi de 22 mortos, depois o do avião da Egypt Air, que voava do Cairo para Atenas, com 96 pessoas a bordo; nesse atentado, um dos passageiros, oficial da Força Aérea Egípcia, reagiu e seguiu-se um tiroteio que deu, como saldo, 02 mortos e 05 feridos; no pouso para negociações em Malta, os policiais invadiram o avião e houve novo tiroteio. Saldo: 58 passageiros mortos. Nascia, assim, por essa época, a ideia de usar aviões como arma.
No ano de 1988, em Istambul, capital da Turquia, os homens de Abu Nidal executaram 21 judeus no interior de uma sinagoga. No mesmo ano, Abu Nidal foi responsabilizado pela explosão, em pleno voo, do avião da TWA, que caiu sobre a cidade de Lockerbie, na Escócia, matando mais de 250 pessoas. Nesse atentado, Abu Nidal deu outro avanço inusitado na sua ira anibálica: perpetrou o atentado mais mortal ocorrido antes do dia 11 de setembro de 2001, e do qual, pela primeira vez, os terroristas não se identificaram e nem exigiram resgate. Nascia, assim, a era da morte a troco de nada, do "terror pelo prazer do horror".
Abu Nidal tramou e tentou, por várias vezes, matar Yasser Arafat e Abu Mazen (Mahmoud Abbas), mas chegou a matar Salah Kalaf, o segundo homem na hierarquia da OLP, em Tunis, na África do Norte; em 1993, eliminou o diplomata jordaniano Naeb Maaytah; por este assassinato, ele foi condenado à morte mesmo sem ter comparecido a julgamento.
A partir do início de 1994, Abu Nidal simplesmente desapareceu e só voltou à tona no ano de 2002. A Síria, a Jordânia e a Líbia (principalmente depois que os EUA dinamitam a residência de Muamar Kaddafi, matando dois filhos seus) não quiseram mais lhe dar abrigo. Só lhe restou ir para os braços de Saddam Hussein. Nesse ínterim, começou a despontar outra figura perigosa e sinistra: Osama bin Laden, que veio, enfim, a financiar a Operação 11 de Setembro, composta por 23 árabes sauditas preparados no Iraque por Abu Nidal.
Em outubro de 2001, os EUA invadiram o Afeganistão, sob o pretexto de que a poderosa nação estava à procura de Osama bin Laden, mas não o procuraram no país de onde ele saíra -- a Arábia Saudita, aliada dos EUA, desde décadas passadas -- mesmo dizendo (na época do ataque ao World Trade Center e ao Pentágono) que, dos 23 terroristas árabes, 21 eram árabes-sauditas. Ora, se 23 terroristas árabes, no mínimo, entraram nos EUA, a soldo e orientação de Osama bin Laden, por que Abu Nidal não poderia ser mais um deles? Os 23 terroristas também não seriam a facção saudita da Organização Abu Nidal?
Em 2002, ao descobrir onde estava Abu Nidal, o Governo Bush pediu à Saddam Hussein que o entregasse vivo. Mas, o líder iraquiano preferiu mandar matá-lo. Assim, no dia 19 de agosto de 2002, o corpo de Abu Nidal foi encontrado crivado de balas em um apartamento situado no centro de Bagdá. Então, foi divulgada a versão de que, um pouco antes, Abu Nidal havia sido avisado de que certos terroristas viriam lhe matar e, já doente (leucemia), sem muitos recursos para se defender e sem ter para onde ir -- pois, nenhum outro país queria lhe dar abrigo --, ele decidira cometer suicídio.
A última notícia relativa à vida de Abu Nidal e sua relação com os ataques perpetrados nos EUA, no dia 11 de setembro de 2001, veio a ser divulgada no dia 14 de dezembro de 2003 (quando Abu Nidal já estava morto), pelo Tahir Jalil Habbush al-Tikriti, que assumiu a chefia do serviço de inteligência iraquiana, depois da invasão: a descoberta de um memorando secreto ("genuíno", nas exatas palavras de um membro do primeiro governo de coalizão, o Dr. Ayad Allawi), assinado por Saddam Husein, informava expressamente a presença, em Bagdá, no dia 01 de julho de 2001, de Mahommed Atta (o único palestino que, junto com outros árabes, estava no avião que se lançou contra uma das torres do World Trade Center). Mahommed Atta teria ido receber as últimas instruções de Abu Nidal, no campo de treinamento que ele montara a cerca de 90 km de distância de Bagdá. Mas, há outras notícias de que Mahommed Atta também esteve em Bagdá no dia 29 de agosto de 2001, ou seja, doze dias antes de 11-09-2001. Mas, o mais provável é que Abu Nidal tenha estado no aeroporto de New York exatamente no dia 11 de setembro de 2001, sincronizando os ataques por radio ou por telefones celulares e, logo em seguida, tomou um avião de volta ao Iraque. Para tanto, ousadia não lhe faltava e, por essa época, o governo dos EUA havia desmantelado a CIA por não existir mais o perigo da "guerra fria" com a ex-URSS.
Os iraquianos no poder não revelaram como obtiveram o manuscrito acima citado: nele está escrito que Mahommed Atta foi a Bagdá para cumprir um "programa de trabalho" de três dias, em campo de treinamento, em contato direto com Abu Nidal! (Ver www.news.telegraph.co.uk).
O Governo dos EUA sempre soube que Abu Nidal estava por trás de vários atentados, mas nunca conseguiu pegá-lo! O Governo de Israel também. (A contra-informação chegou a dizer que Abu Nidal era um agente do Mossad, a serviço de Israel. . .). Na verdade, nenhum dos dois países quis mostrar ao mundo que houve um homem capaz de planejar e fazer tudo aquilo! Pensando pelo modo maniqueísta "mocinho versus bandido", eles não tinham, como ainda não têm, qualquer interesse em louvar mártires de outros povos -- mas sim, de transformar os mercenários contratados à Blackwater em seus próprios heróis!
Por fim, para se entender de uma vez por todas tudo o que Abu Nidal fez -- na ira anibálica de dedicar a sua vida adulta à destruição do Estado de Israel --, vejam o que ele (corroborando a informação contida em um relatório do Federal Research Division) disse sobre a vida anterior de sua família, ao jornalista David Yallop, quando este o entrevistou, em novembro de 1988, colhendo dados para escrever o best-seller "Até o Fim do Mundo", sobre o Chacal (p. 250):
"Minha família era a mais rica da Palestina. Meu pai era o homem mais rico de todos. Tinha mais de seis mil acres. Suas terras iam do sul de Jaffa à Faixa de Gaza. Aquela terra toda. Aquela terra toda foi confiscada pelos judeus. Agora, me diga, que porção da minha própria terra eu deveria aceitar do governo assaltante israelense, em troca de lhes proporcionar essa paz? Onde ficavam os nossos pomares, hoje vivem imigrantes judeus. A casa em que cresci é hoje um tribunal distrital do Exército israelense. O que eu deveria aceitar em troca de lhes dar paz? O andar térreo?"
Saddam Hussein morreu sem revelar o segredo pelo qual poderia vir a ser envolvido de participação nos Ataques de 11 de setembro de 2001: o fato de ter abrigado, em Bagdá, durante o período de 1993 a 2002, o palestino Abu Nidal, considerado pela CIA e FBI como "o terrorista mais procurado do mundo" -- quando a Síria, a Líbia, o Líbano e a Jordânia não o aceitavam mais.
Abu Nidal foi o verdadeiro comandante dos Ataques de 911 e os EUA não queriam fazer dele um mártir da causa palestina. Assim, após identificar onde estava escondido Abu Nidal e receber a recusa de Saddam Hussein de entregá-lo vivo, George W. Bush decidiu invadir o Iraque, sob um pretexto fajuto de que havia armas de destruição em massa no Iraque.
Esta é a verdadeira história ocultada pelo Governo Bush; ela é baseada em pesquisas feitas naquela época, em diversas fontes. Depois da morte de Saddam Hussein fechou-se mais um ciclo de mentiras sobre tudo o que vem acontecendo no Oriente Médio desde o ano de 1947, quando o embaixador brasileiro na ONU deu o "voto de minerva" que possibilitou a criação dos Estados de Israel e da Palestina -- mas que, na realidade, somente o primeiro foi efetivamente criado logo no dia seguinte, quando as forças paramilitares comandadas por Ben Gurion, guerrilheiro judeu, tomaram Jerusalém das mãos dos palestinos.

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Autor: Aloízio Monteiro De Oliveira


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