GENERIFICAÇÃO DOS CORPOS E GÊNEROS NA ESCOLA



GENERIFICAÇÃO DOS CORPOS E GÊNEROS NA ESCOLA

PROJETO DE INTERVENÇÃO E RELATÓRIO FINAL

CARLA JANAINA PERES SILVA

Esse projeto foi desenvolvido para atender a solicitação do Curso de Sexualidade e Escola, a turma escolhida para intervenção foi o 4º ano de uma escola estadual localizada na cidade de Santa Vitória do Palmar, Rs, composta por 23 alunos.
Partindo do ponto que a escola deve tomar uma posição frente a generificação dos corpos e gêneros, escolhi como tema as profissões, uma escolha que pode determinar o estilo de vida de cada indivíduo na fase adulta e é tão influenciada pela nossa cultura.Assim segue a proposta e o relatório de intervenção.


Proposta de intervenção
Turma: 4º ano
Nº alunos: 23
Assunto: Profissões
Objetivos:

Problematizar com os alunos a escolha de sua profissão no futuro
Refletir sobre as profissões e a influencia da mídia

Descrição da atividade:

Será dada para as crianças revistas e solicitado que recortem imagens de profissões tipicamente masculinas e femininas.as crianças serão dispostas em círculo e cada uma irá expor a figura escolhida e colocar no papel junto ao quadro dividido em masculino e feminino, após perguntar para os alunos que profissão eles pensam escolher para trabalhar no futuro, e se tem alguém da família que já exerce essa profissão.

Em seguida debater com as crianças sobre as imagens da revista que escolheram e problematizar se poderia ser alguém do sexo oposto exercendo tal profissão. Ao final conversar sobre a escolha da profissão feita por elas anteriormente, se continuariam ou não.
Terminado o debate construir um quadro das profissões usando papel pardo, sem preconceito, mas levando em consideração o gosto de cada criança, o painel ficará exposto na sala.

Material:
Revistas
Papel pardo, canetas
Relatório Final

No dia da aplicação da atividade compareceram 20 crianças, das quais 11 eram meninos e 9 meninas, na faixa etária de 9 e 10 anos, após minha apresentação para os alunos foi explicada a atividade e distribuída revistas as crianças, pedindo para que cada uma recorta se imagens que mostrassem pessoas trabalhando.
Em seguida formamos um círculo e cada um foi convidado a expor o material encontrado e colar no papel deixado no quadro dividido em dois lados, masculino e feminino, onde cada criança foi e colocou a figura.
Após esse momento foi perguntei a elas o por que de ter colado em tal lado e qual profissão ela escolheria para o futuro e as respostas não foram supressas, ficando claro a influencia da cultura midiática nas escolhas.
As meninas escolherem profissões tipicamente femininas e os meninos profissões masculinas, ao serem questionados no por que das escolhas, as respostas foram dadas a partir da cultura e valores que cada um adquiri no meio social em que vivem, apesar da escola atender famílias de classe sociais estáveis às crianças não fugiram do senso comum em suas respostas.
Assim então começei a fazer a intervenção, debatendo os motivos pelos quais as mulheres não poderiam desempenhar profissões tipicamente masculinas como mecânica, por exemplo, procurando levar os alunos a refletirem sobre a questão, se teria causas físicas, que tornava a mulher não apta para tal profissão, alguns comentaram sobre a força, a sujeira, mostrando a mulher como frágil, delicada, vaidosa de mais para essa profissão.
Depois de debatermos o tema, foi perguntado novamente as crianças sobre qual profissão escolheriam para o futuro, podemos perceber que muitas haviam mudado suas escolhas e outras mantiveram, logo após formamos um novo quadro das profissões, mas sem classificar como masculino e feminino.
Como acontece em nossa sociedade alguns se abrem a novas idéias e outros permanecem acorrentados ao preconceito, a escola tem o papel de intervir nessa realidade para assim transformar a sociedade presente e futura.
Esse trabalho de intervenção mostrou que é possível sim trabalhar a questão de corpos e gêneros na escola, desde que a sala de aula seja um local que respeite a liberdade de opinião de cada um, a cultura da família, mas que tenha como objetivo informar, auxiliar na formação de cidadãos menos preconceituosos que saibam respeitar o direito do outro e reivindicar os seus com coerência.
É papel da escola a formação de indivíduos críticos reflexivos, formar para o mercado de trabalho, mas não podemos deixar de lado a formação de valores, pois é através da formação de valores que será possível conviver em uma sociedade mais justa e igualitária.

Autor: Carla Peres Silva


Artigos Relacionados


Professor – Educador: Mais Que Uma Profissão.

Especialista Em Criação De Sites E Especialista Em Otimização De Sites: As Profissões Do Futuro

O Que Fazer Quando Os Pais Querem Decidir A Profissão Dos Filhos

Cinderela Para As Meninas, 3 Porquinhos Para Os Meninos

O Trabalho De Orientação Profissional Com Estudantes De Ensino Médio

Jovens Estudam, Mas NÃo Exercem A ProfissÃo

Guia De Profissões