STATUS OBSOLETUS *



Eles fizeram. Teceram a malha sólida que agora se torna difícil desfibrar. As afirmativas inferem aos tempos de "glória" e/ou glamour vivenciados pelos Mega Stars, homens de pouca fé e muitos interesses, que plantaram os germes que brotaram e nas ultimas três décadas encerraram no exagero de insensatez corrente nas grandes instituições do nosso tempo.

O motivo é simples e redutivo, aliás, unipolar. As motivações e consequentemente a práxis, mormente, parte e repousa no ideário tri-composto: aquisição/consumo/acumulação e projeta-se para algo que ultrapassa a efemeridade da modernidade, conduz ao status obsoletus dos princípios outrora constituintes da Igreja, isto é, ela não se encaixa mais na realidade do capítulo 11 do livro de Hebreus** , onde o status do cristão era a Fé e não o poder.

Essa práxis adotada e abastecida pela contradição do modelo usurpador, ademais, contraditório que algema os indivíduos às suas divindades terrenas entesourando para si mesmos sucepções de conquistas não importa consequências. O alargamento das divisões de classes e, por conseguinte o aumento dos conflitos e das contradições econômica/social/espacial, nada move pequenos arautos (lideres religiosos) se seus "encapetados" desejos de se dar "bem" (mal).

Como reagir a essa ordem hierárquica terreamente rígida que está posta? Opondo-se a ela. É com a mais letal de todas as armas que o homem possui. A sua capacidade de diálogo, de manifestação de ideias, de não ceder aos apelos sedutores do consumismo (a roda dos escarnecedores) a força motora do mundo selvagem.

Carecemos editar um novo capítulo, cuja cena principal seja a que mostra homens, mulheres, jovens e crianças na vereda da vida. Mas que verdade? A unidade plural e a pluralidade singular convivendo na solidariedade, na reciprocidade, onde os conflitos e as diferenças não resistam ao desejo de superação que nasce em duas fontes. Eu e você.

Uma pratica (práxis) que finaliza em exprobrar o próximo vem do alto posto, do crescimento de "ordens sacerdotais" iniquas que desconhecem a humanidade de outrem, que coisifica, que mercadologisa as pessoas, que passa a fita métrica em cada um para saber seu tamanho (convertido em cifras) com a ânsia de algo poder sugar. Isso é incoerente. Mesmo sendo o entoo da moda, o que se canta nos quatro ou mais cantos não seja tal canto apreendido.

O cenário de vida tem pouco a pouco se tornado menos humano e as relações de vida menos espontâneas. A vida se processa calculosa e fria, sempre com resultados a serem expostos. A arrogância dos "poderosos" suplanta os sonhos e causam desamparos. Eles, os chamados líderes, venderam seus corações à luxúria e, lideram com mão-de-ferro para sua ostentação.

Diante do quadro atual, o que fazer? Qual trilha seguir? A mais difícil. A que está menos povoada certamente aquela trilha indesejada para qual nos conceitos dos chamados grandes líderes, é desinteressante más que no passado foi tida como o caminho da glória "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé" (II Tm 4:7).*** Dessa maneira pode-se inverter o quadro atual onde a lógica do capitalismo será objeto de reprovação e não de desejo diuturnamente latente.

* Herculano Candido de Sousa Neto é Professor licenciado em Geografia pela Universidade Estadual da Paraíba. Atua na associação dos geógrafos brasileiros seção Campina Grande - PB desde 2006 e, atualmente exerce o cargo de Presidente da mesma (gestão 2010 -2012).

** Bíblia de estudo Almeida Revista e Atualizada, 2 ed. - Barueri SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.

*** Texto extraído da Bíblia de estudo Almeida RA, 2 ed. Barueri SP: SBB, 1993.


Autor: Herculano Candido De Sousa Neto


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