Buraco



Meus dedos sangram.
O frio se encarregou de cortar minha pele,e de congelar minhas víceras.
Mesmo assim,cavei.
Cavei um buraco fundo para me proteger. E consegui...
Por muito tempo permaneci nesse buraco,protegida do sol,e sentindo apenas a terra úmida embaixo de meus pés.
Mas agora,algo me ilumina e aquece minha face. Desconheço o que possa ser.
Seria um resquício de Sol? Talvez...
Mas por que aparecera só agora? Por que dessa forma tão brusca? Por que??
Talvez essas respostas sejam insignificantes... E minha única certeza seja o suficiente: Tentei fugir,mas ele me achou...
O Sol que agora queima minha pele nada mais é que seu maldito olhar sobre mim.
O ardor das queimaduras nada é perto do que sinto ao te ver tentando fingir que não existo...
É tolice,você sabe que estou aqui,sempre aqui...
Eu sei que quando você não puder mais me ver,sentirá o mesmo que sinto longe de ti: a insessante angústia que grita em peito...
Ouça-me,por favor: não tente desfarçar... Sei que se importa (mesmo que por pedância)...
Não me deixe cair denovo no buraco,por que dessa vez,não sei se consigo sair de lá...
Autor: Tai Heinz


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