Família: A Origem Não Importa



Introdução
O termo família é um conceito já muito antigo, desde as primeiras civilizações já existia. Saibamos que naquela época um dos aspectos que uniam as pessoas era o fato da sobrevivência. O tempo foi passando e outros aspectos como o cuidado, o amor, a atenção entre os entes foi ganhando o seu espaço, pois percebiam que através desses hábitos podiam contribuir para uma melhor condição de vida para todos.
Ao procurar uma definição podemos encontrar "Conjunto de todos os parentes de uma pessoa, e, principalmente, dos que moram com ela". Nesses termos podemos supor que família se configura na união sanguínea em que há o esforço de cada um para manter à sua estrutura. Talvez?! Isso porque o que observamos na sociedade é uma reestruturação em termos desta ideia de família.
Cerca de vinte a trinta anos atrás de maneira geral os familiares se uniam com frequência ou mesmo que de vez em quando para conviver. Cada um ao seu modo compartilhava das suas experiências de vida, tanto nas alegrias quanto nas tristezas. Havia de certo modo uma consideração com os membros deste modelo familiar.
Hoje a situação é diferente. O que se pensava em termos de convivência do aprender com os mais velhos considerando os seus erros e acerto aos poucos está deixando de existir. As pessoas que até pouco tempo atrás consideradas membros da família (pai, mãe, avô, avó, tios e primos) se tornaram estranhos.
Como tudo na vida há os seus prós e os seus contras. Então, convido você a refletir sobre esse assunto com um pouco mais de profundidade.
A era da liberdade
Como já percebemos nas palavras anteriores o termo família vem com o passar do tempo se reconfigurando. Uma das hipóteses que possa mobilizar de maneira sutil essa trajetória ao se tratar do primeiro núcleo social em que o ser humano tem experiência coletiva é mau uso da liberdade.
Ao pesquisar sobre essa ideia podemos encontrar "Direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem". Nesses termos podemos entender que a liberdade é a possibilidade de agir conforme os nossos desejos sem prejudicar a vida alheia. Então, ate aqui o que mudou nessa estrutura? A construção mental e formal do ser humano sobre esse conceito de família.
Se antes as pessoas buscavam conviver mesmo com as diferenças e isso era o que garantia a evolução deste núcleo independente dos problemas, hoje já não é mais desta maneira. As pessoas do mundo contemporâneo têm manifestado o poder escolha com quem deseja conviver. Podemos dizer então, que há liberdade de excluir seja pela religião, opção sexual, raça e cor pessoas do seu núcleo familiar.
Não é mais necessário a partir de uma visão anti-nuclear-tradicional conviver com os parentes sanguíneos (pais, avós, tios e primos). Por vários motivos, entre eles: a opção sexual em que as pessoas decidem viver diferentemente do modelo tradicional com relação a um cônjuge e são repudiadas por essa determinação; os problemas com drogas no qual algum integrante do grupo familiar tem enfrentado essa doença e deixado de lado aguardando ser morto pela polícia, traficante ou por si mesmo; pessoas que apresentam problemas psicológicos ou psiquiátricos e são excluídas do convívio familiar e vivem a mercê do destino; e o fundamentalismo religioso em que as pessoas fazem juízo de valor e decidem conviver mais com estranhos e deixando de lado toda sua história de vida. Logo, a sociedade de modo geral apresenta este perfil de excluir as pessoas que fazem parte mesmo de maneira simbólica da "família do passado".
Para as pessoas que crescem, aprendem e desenvolvem a partir desses valores se torna algo normal. Se seus antigos pais, avôs, avós, tios e primos por não fazem parte de sua forma de pensar se tornam descartáveis. O que há é a liberdade escolher os seus novos pais, tios, avós, primos, ou seja, sua nova família.
Conclusão
A família ainda continua existindo mesmo com essa estrutura que muda a cada momento. As pessoas estão se organizando por afinidades e deixando de lado a questão da sua gênese. Mais ainda, as experiências que as pessoas poderiam aprender com a troca de ideias entre os seus pais, filhos, avós, avos, tios e primos sanguíneos poderiam garantir a evolução e a manutenção dos genese (origem) de cada um.
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Autor: Kleber Marin


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