NÓS DOIS




Novamente o espaço ficou vazio.
Novamente a música parou e as
palavras antes sussurradas com
carinho, agora são contidas.
Novamente o doce ficou amargo
e a vida... a vida ficou sem sentido.
Novamente as lágrimas correm pela face
sem alguém para secá-las, sem voce
para senti-las.
E de seus olhos sou o brilho triste do
adeus lento e melancólico.
Ambos procuramos algo para relembrar.
O último gesto, o último beijo, a
lágrima da despedida.
Não há tortura, mas como dá
o adeus forçado.
Novamente os sonhos são desfeitos,
os segredos guardados um com o outro.
Nem você, nem eu saberemos seguir
diante, um sem o outro.
Se vale a pena tentar, não sei...
Novamente eu sozinho, você sozinha talvez.
Como explicar a separação?
Como explicar não sei, mas tambem
não saberei viver sem você.
Como acordar sem o seu sorriso
para se juntar ao meu e fazermos
de nosso amanhã um sol sem fim.
Como abrir meus olhos e não encontrar
os seus a me observar
acordando para mais um dia
ao seu lado.




EWALD KOCH

Autor: Ewald Koch


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