Ao Sol da Manhã
Da janela do escritório, sob o sol forte que surge e ofusca, vejo os carros
que correm para o litoral levando pessoas em sua ânsia de viver.
Aviões levantam voo - estou nas imediações do Bosque da Saúde - e reavivam em mim saudades de voos antigos, não necessariamente voos, mas antigos.
Escrevo tentando encaixar no faturamento o líquido e o incerto; um sabiá não me entende e canta livre me relembrando as coisas boas que renascem com a manhã.
Saio pra natureza e ando assim, olhando a vida, como se não houvesse nada mais importante pra fazer e me surpreendo ao constatar que realmente não há, não há nada melhor, nem mais importante, do que viver. Só viver sem se dar conta.
Autor: Luiz Ramos
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