Tabernáculo



O TABERNÁCULO A palavra tabernáculo vem do latim tabernaculum, "tenda", "cabana" ou "barraca" e designa o santuário portátil onde durante o Êxodo até os tempos do Rei Davi os israelitas guardavam e transportavam a arca da Aliança, a menorá e demais objetos sagrados. Em hebraico se chamava mishkan, ÞéÛß, "moradia", (local da Divina morada). Também se denominava mow'ed, ÞÕ¹âµÓ, "Tenda da Reunião". Era composto de três partes: Átrio Exterior, Santo Lugar e Santo dos Santos. O Tabernáculo é descrito em detalhes no livro de Êxodo no Antigo Testamento. Era o centro da adoração para as 12 tribos de Israel quando eles estavam vagando no deserto após deixarem o Egito. Era uma construção "portátil", em forma de tenda, que Deus ordenou a Moises que fizesse para servir de Sua morada no meio do povo de Israel. OS MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO Os materiais para construção do Tabernáculo foram adquiridos em grande quantidade, e foram ofertados pelo povo como oferta alçada. As madeiras vieram das florestas do deserto. Deram os homens e as mulheres os braceletes, as arrecadas, os anéis e os ornatos dos braços; todos os vasos de ouro foram postos à parte para donativos do Senhor. Se algum tinha Jacinto, púrpura e escarlata, linho fino e pelos de cabra, peles de carneiro, metais de prata e de cobre, paus de cetim para vários usos, tudo ofereceram ao Senhor. A CONSTRUÇÃO O tabernáculo formava um paralelogramo de 18 m de comprimento por 6 m de largo, com entrada pelo lado do oriente. A parte traseira e os dois lados eram feitos com 48 tábuas, 20 de cada lado e 8 nos fundos, das quais, duas formavam os ângulos, todas cobertas de ouro. As tábuas apoiavam-se em bases de prata duas em cada tábua, ligadas entre si por barrotes de pau de cetim; cinco para conterem as tábuas a um lado do tabernáculo outros cinco para o outro lado, e cinco para o lado ocidental, presos a argolas de ouro, Ex 26.15-30. Toda a frente servia de entrada, onde se erguiam cinco colunas de pau de cetim douradas, cujos capitéis eram de ouro e as bases de bronze, de onde pendia um véu de jacinto e de púrpura. O interior dividia-se em duas secções, separadas por uma cortina suspensa de quatro colunas douradas, com capitéis de ouro e bases de prata, Ex 26.32,37. Os dois compartimentos ficavam na parte ocidental, onde se achavam o santo dos santos e o santuário, ou lugar santo, Ex 26.16. Havia quatro cortinas: ? A coberta e os lados tinham uma cortina de linho retorcido de cor de jacinto, de púrpura e de escarlata com querubins. Esta cortina era feita em dez pedaços, cinco pedaços eram enlaçados uns com os outros, e os outros cinco se uniam do mesmo modo, de sorte que formavam duas peças que se prendiam entre si. Uma formava a coberta e três lados do santo dos santos, e a outra, a coberta e outros dois lados do santuário. ? A principal coberta externa do Tabernáculo, era de pelos de cabra e consistia de onze cobertas estreitas. Estas onze cobertas se ajuntavam umas às outras, formando duas secções: uma com cinco, e outra com seis, A parte formada pelas cinco cobria o teto e três lados do santo dos santos; a mais larga cobria o teto e os lados do santuário. ? A terceira coberta era de peles de carneiro, tintas de vermelho. ? À entrada do santuário pendia um véu e outro em frente do santo dos santos. Cada um deles era de cor de jacinto, de púrpura e de escarlata, e de linho fino retorcido, com lavores de bordados, com figuras de querubins, para indicar que ninguém se poderia aproximar da presença de Jeová. O tabernáculo ocupava um átrio retangular de 100 côvados de comprimento na direção de leste a oeste, e de 50 de largura de norte para sul, cercado por vinte colunas de cada lado com outras tantas bases de bronze e capitéis de prata, cada uma separada da outra, 5 côvados, com cortinas de linho retorcido. Na entrada do átrio havia uma coberta de vinte côvados, de jacinto, de púrpura, de escarlata tinta duas vezes, e de linho fino retorcido, com quatro colunas e outras tantas bases, Ex 27.9-18. O tabernáculo ocupava a metade da parte ocidental do átrio; o mar de bronze e o altar dos sacrifícios ficavam na outra metade para o lado do oriente sem coberta alguma A arca era o ponto de convergência de todo o cerimonial e ocupava o santo dos santos. No santuário, bem defronte do véu que o separava do santo dos santos, erguia-se o altar dos incensos, que, não obstante, também pertencia ao oráculo, 1Rs 6.22; Hb 9.3,4. Neste mesmo apartamento estavam à mesa dos pães da proposição ao lado direito, e ao lado esquerdo, o candeeiro de ouro. Fora do átrio, estava o mar de bronze e o altar dos sacrifícios. OS OBJETOS SAGRADOS Os objetos sagrados que acompanhavam o Tabernáculo eram: § No Átrio Exterior Altar do Holocausto - onde eram oferecidos os sacrifícios a Deus. Bacia - Onde os Sacerdotes lavavam os pés e as mãos simbolizando uma purificação para entrar no Santo Lugar. § No Santo Lugar Altar do incenso - localizado do lado oposto a entrada, no fundo, pouco antes do véu que separava do Santo dos Santos. Era usado para se queimar incenso pela manhã e à tarde pelos sacerdotes. Mesa dos Pães da Proposição - ficava logo à direita da entrada. Tinha esse nome, pois todos os sábado eram colocados 12 pães, simbolizando as 12 tribos de Israel em cima dela. Candelabro de Ouro - À esquerda da entrada, com sete hastes. Era diariamente enchido pelos sacerdotes para que nunca se apagar, Somente enquanto estava sendo transportado. Santo dos Santos O Véu - cortina que separava o Santo Lugar do Santo dos Santos. Arca da Aliança - Simbolizava a Presença de Deus e carregava as Tábuas da Lei - os 10 Mandamentos - e o pote de maná (alimento mandado por DEUS no deserto). Era a peça mais santa do Tabernáculo. Propiciatório - nada mais do que a tampa da Arca. Era o lugar onde o Sumo Sacerdote, uma vez ao ano, no dia da Expiação, aspergia o sangue pela remição seus pecados e pelos os pecados do povo. AS VESTES SACERDOTAIS Samara de Souza Freitas O SENHOR instruiu Moisés sobre a maneira em que se faria a intermediação entre Ele e o povo de Israel, dando-lhe instruções detalhadas sobre os sacerdotes que deveriam servi-lo no tabernáculo, suas vestes, e sua consagração. Os primeiros sacerdotes escolhidos pelo SENHOR foram o irmão de Moisés, Arão, e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Eles tinham maiores responsabilidades do que os demais levitas: Sumo sacerdote: Era responsável por todos os sacerdotes e levitas. O Sumo Sacerdote era o único que podia entrar no Santo dos Santos, o que ele fazia uma vez por ano no Dia da Expiação, num ritual em que oferecia sacrifícios por si mesmo e pelo povo (Levítico 16). Os demais sacerdotes: Efetuavam os sacrifícios diários, faziam a manutenção do tabernáculo, ensinavam e aconselhavam o povo para que soubessem como obedecer e agradar a Deus. Devido à sua destacada posição de intermediários entre o povo e Deus, deviam viver de maneira condizente com a sua função santa. AS VESTES No capítulo 28 de Êxodo encontramos os detalhes das vestes sagradas (separadas para o serviço de Deus) para glória e ornamento de Arão. Ele era o sacerdote principal (ou sumo sacerdote), e as suas vestes passariam para aquele dentre seus filhos e descendentes que viesse a ocupar a sua posição (capítulo 29:29-30). Vestes de Sarcedotes ? Calções para vestir por baixo da túnica, indo da cintura até os joelhos (capítulo 28:42). ? Túnica de linho fino, bordada (28:39). ? Cinto do mesmo material. ? Tiara, ou turbante, de linho fino para os sacerdotes, e uma mitra (coroa feita de 7 metros de pano enrolado) com uma placa de ouro gravada com as palavras Santidade ao SENHOR para o sumo-sacerdote. Vestes dos Sumo Sarcedotes ? A sobrepeliz, uma túnica de cor azul arroxeado, usada por baixo da estola sacerdotal. Chegava um pouco abaixo dos joelhos, e em toda a sua orla tinha romãs feitas de estofo azul, púrpura e carmesim, e pequenas campainhas de ouro entre elas, que soavam sempre que o sumo sacerdote se movia. As romãs são uma figura de fruto, e os sinos de testemunho. Ambos eram abundantes na vida de Cristo, e também devem caracterizar as nossas. Somos testemunhas de Cristo, e o fruto do Espírito aparece em nosso caráter (Gálatas 5:22-23). As duas coisas vão juntas, e se assim não for, algo de errado está acontecendo: não podemos testemunhar aos outros se estivermos praticando as obras da carne (Efésios 5:19-21), mas também fazemos mal se, andando no Espírito, não testemunhamos de Cristo. Devemos ter romãs e sinos, sinos e romãs. ? A estola sacerdotal, semelhante a um avental: era uma vestimenta vistosa feita de linho e fios de ouro, azul, púrpura e carmesim, composta de duas partes, sem mangas, presas uma à outra nas ombreiras. Nas ombreiras foram colocadas duas pedras de ônix, gravadas com os nomes das tribos, engastadas ao redor de ouro. Quando o sumo sacerdote entrava na presença de Deus, ele levava os Filhos de Israel sobre os seus ombros, na estola sacerdotal. Isto nos fala da força e do poder do sumo.sacerdote. Em Hebreus 7:25 lemos que Cristo pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Na parábola da ovelha perdida, o Pastor foi procurá-la, e, achando-a, colocou-a sobre seus ombros (Lucas 15:1-7). O Senhor Jesus nos leva, figuradamente, nos seus ombros, e, se cairmos, Ele nos levanta e nos coloca novamente ali. ? O peitoral do juízo, uma peça quadrada medindo um palmo de cada lado, feita do mesmo material que a estola sacerdotal, e preso às ombreiras desta por correntes e argolas de ouro; o peitoral nunca devia se separar da estola. Seu nome anuncia o fato que o pecado já foi castigado. É a couraça da justiça (dele próprio) que o Senhor Jesus vestiu no mundo (Isaías 59:17) e devemos vestir (Efésios 6:14), para cobrir o nosso coração pecaminoso. É a única maneira em que podemos nos apresentar diante de Deus, indicando que o nosso pecado já foi castigado. Ele tinha: 1. Na frente, doze pedras preciosas, cada uma esculpida como sinete com o nome de uma das tribos de Israel, para que Arão levasse sobre o seu coração os nomes dos filhos de Israel, quando entrasse no santuário, para memória do SENHOR continuamente. Os alicerces das muralhas da Nova Jerusalém também são adornados com essas mesmas pedras preciosas (Apocalipse 21:19-20). Cada pedra tem uma cor diferente, e juntas formam um conjunto de cores cintilantes. Quando o sumo sacerdote entrava na presença de Deus, usando o peitoril, ele simbolizava o Senhor Jesus Cristo que está à destra de Deus intercedendo por nós. Ele não só nos leva nos ombros, lugar de poder, mas também no peito, sobre Seu coração. Ele nos ama! ... 2. Em cima havia uma abertura formando um bolso, onde eram colocados Urim (Luzes) e Tumim (Perfeições), para que, quando Arão entrasse perante o SENHOR, ele assim levasse o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração diante do SENHOR continuamente. Há apenas conjecturas sobre que objetos seriam: ambas as palavras estão no plural, podendo, portanto, haver vários e não sódois como a tradução para o português indica. Eles eram usados para consultar a direção de Deus em ocasiões de crise. Urim é mencionado sete vezes na Bíblia. As Luzes e as Perfeições nos falam de Cristo, a Luz do Mundo e o Homem Perfeito, e aquilo que Ele nos fez, pela Sua graça, luzes no mundo (Mateus 5:14), e perfeitos nele (Mateus 5:48, João 17:23, Efésios 4:13, Colossenses 1:28). O Senhor Jesus, presente diante de Deus, leva sobre o seu coração as nossas luzes e as nossas perfeições. As vestes sacerdotais, de linho puro, simbolizam a justiça (resultado da nossa salvação pela fé - Romanos 9:30). Também João viu a noiva do Cordeiro (Apocalipse 19:8), sua igreja, em vestes de linho puro, os atos de justiça dos santos. A santificação era um elemento chave para um levita. "Os levitas se purificaram e lavaram as suas vestes, e Arão os apresentou por oferta movida perante o SENHOR e fez expiação por eles, para purificá-los. Depois disso, chegaram os levitas, para fazerem o seu serviço na tenda da congregação, perante Arão e seus filhos; como o SENHOR ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim lhes fizeram." (Números 8:21-22 RA) Este texto mostra que os levitas tinham que se lavar e purificar suas vestes antes de iniciarem seu serviço na tenda da congregação. Todos os levitas, no tempo de Davi, estavam vestidos com roupa especial: a roupa especial de linho significava a pureza. REFERÊNCIAS. ESCOLA Dominical. O Tabernáculo de Moisés em 3D. Disponível em: Autor: Samara De Souza Freitas


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