De Onde Vens e Para Onde Vais?



De onde vens e para onde vais?


SELIHÂ ×ÔÙÜá (Arrependimento)

Pomba incauta, cuidado. O caminho é um tropeço,
tu contemplas o grão e esqueces a armadilha;
tua vida pendeu, mas o laço persiste.
Que hás de dizer Àquele que te fêz?
Acaso enfibrarás o teu espírito
até que seja pálido o seu brilho
e no vácuo se percam tuas forças?
Põe atenção no caminho
e cuidado em teu olhar:
De onde vens e para onde vais?
Acaso é pouco para ti gozar no mundo,
e aos prazeres ceder como em tempo de júbilo?
Vens das trevas e partes com vaidades;
aproximam-se os dias do desgosto.
despreza os devaneios,
vaidades deleitosas,
e rompe o coração
em mil pedaços.
Clama, chorosa:
De onde vens e para onde vais?
Se agora não te livras dos deleites,
quando será o dia de-pagares
pelo sangue da tua rebeldia?
Teu pecado é teu mal, tua aflição
teu bálsamo e, confesso, estarás livre.
Quando hajas chorado tôda a culpa
tua dor será vista por Aquele
que mata e vivifica
e que então perdoará as tuas faltas.
De onde vens e para onde vais?
Teus pecados aumentam sobre a tua cabeça.
Enquanto o coração crescia, êles cresciam;
se o coração houvesses quebrantado.
eles também cairiam;hoje, te enfrentam.
Afasta os teus pecados do teu íntimo,
purifica os afetos.
dá o teu coração em oferenda.
faz arder a gordura em sacrifício.
verte tuas lágrimas:
De onde vens e para onde vais?
Ó alma. que és formosa! Ao sol te igualarias
se não fôsse êsse sangue que te mancha;
não pura, maculada estás, e como pode
estar assim alma já resgatada?
Não te poupes nenhuma contrição,
pensa nos dias que ainda tens de vida,
recomeca a aliança
e os gozos de vaidade que colheste
arroja-os de ti.

De onde vens e para onde vais?
- Vim daquele que faço parte e vou naquele que faço parte.

Se eu não for por mim, quem será por mim?
- Vim só e partirei só, deixarei choros e risos atraz de mim.

Mas se eu for só por mim, o que sou eu?
- Passei pela vida e nunca vivi, nunca amei e nunca sofri.

E se não for agora, quando?
- O passado já se foi, o agora está acontecendo e o futuro à mim não pertence.


Autor: Moussa Simhon


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