Um pouco sobre : Depressão pós-parto



A maternidade traz consigo muitas expectativas e também frustrações provindas do encontro das fantasias construídas desde o período da gravidez ou até mesmo antes dele e o encontro com a "realidade".
A gravidez é uma fase de muitas mudanças tanto físicas quanto emocionais e dar conta de todas eles não é tão simples assim. A mulher se prepara para o papel de mãe, algo novo até então. A fantasia desempenha um papel importante onde há um espaço para "imaginar" como será a nova fase, como será o bebê e sua relação com ele.
É comum se sentir um pouco insegura com a nova fase, afinal tendemos a nos sentir assim perante o desconhecido. Assim, a fantasia nos permite experimentar, mesmo que mentalmente, uma situação e a partir daí, em um lugar mais "comum", já percorrido, encontrar a segurança que faltava.
Nem tudo sai de acordo com o imaginado, afinal não temos o controle sobre o outro mesmo que ele seja um recém-nascido. O bebê nasce com necessidades que precisam ser satisfeitas quase que imediatamente e não "se importa" com as necessidades maternas, no primeiro momento. Assim, as primeiras semanas é comum o bebê chorar e não se saber porque, afinal de contas precisamos aprender a compreender seu comportamento e também fornecer condições para que ele se desenvolva fora da barriga. Embora muito dependente do cuidado materno, o bebê é um ser separado da mãe e suas necessidades não irão coincidir com a da mãe. Com o passar do tempo o vinculo entre mãe e bebê tende a aumentar e se desenvolver dando lugar a uma maior compreensão e cumplicidade nessa relação.
A elaboração do luto pela "perda da barriga" e da condição de gravida, para a maternidade, traz consigo muitas emoções por vezes contraditórias. A falta de descanso, a intensa "doação" tanto física quanto emocional e a descoberta de que nem tudo o que foi imaginado tão perfeito é dessa forma podem fazer com que a mulher experimente sentimentos de impotência, insegurança, ansiedade, carência, autodepreciação, etc.
A depressão pós-parto está relacionada a dificuldade em formar o vínculo entre mãe e bebê, podendo manifestar um bloqueio em manifestar amor pelo bebê, embora os cuidados físicos possam estar ali presentes.
Nesse caso a mulher pode sentir que toda sua energia esta sendo direcionada aos cuidados com o bebê, como se ela só pudesse fazer isso chegando a uma situação de exaustão e de falta de cuidados pessoais. Além disso os sentimentos de "não dar conta" quanto as responsabilidades advindas com a maternidade também podem estar presentes.
O apoio da família, no sentido de proporcionar um espaço de acolhimento, compreensão e segurança a "nova mãe" são de extrema importância para que ela possa aos poucos assumir as responsabilidade inerentes a esse papel junto ao bebê. Por vezes o acompanhamento psicológico se faz necessário a elaboração desse contexto, trabalhando com as expectativas e frustrações e propiciando um espaço para que a mulher possa expressar suas emoção encontrando o suporte necessário.


Autor: Elaine Coimbra


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