O USO DAS ATIVIDADES DIDÁTICAS COMO ESTÍMULO À LEITURA



O USO DAS ATIVIDADES DIDÁTICAS COMO ESTÍMULO À LEITURA Autora: Elisa Oliveira da Conceição RESUMO: Este artigo tem como objetivo mostrar a importância da leitura para o desenvolvimento do discente durante toda sua vida escolar e também no seu dia-dia como ser humano e, além disso, como o uso dos recursos didáticos pode despertar no estudante o interesse contínuo pela leitura. ABSTRACT: This article aims to show the importance of reading for the development of students throughout their school life and also in their day to day as a human being and, moreover, as the use of educational resources can awaken in the student's continued interest in reading. 1. INTRODUÇÃO Embora a ciência tenha colocado à disposição do homem diversas tecnologias para ajudá-lo na sua formação intelectual, ainda é por meio da leitura que ele constrói seu pensar, alimenta suas idéias e adquire conhecimento, este, necessário para o seu desenvolvimento como ser humano e como exercício da sua cidadania. Porém, a prática da leitura ? essencial no cotidiano de cada cidadão ? não faz parte de um processo somente para a busca do saber científico. Nela, o leitor também tem como objetivos manter-se atualizado sobre os acontecimentos ou notícias que ocorreram a sua volta, por meio dos jornais, revistas, internet, etc; Distrair-se ou entreter-se, utilizando-se de cartazes, gibis, livros e instrumentos citados no item anterior; Expressar seu ponto de vista sobre determinado assunto que despertou seu interesse, através da produção textual. Ainda por meio dela, o leitor entra em contato com a experiência de vida (ou conhecimento de mundo) de outras pessoas. Ele se aproxima, por exemplo, das condições de vida em que os moradores do sertão nordestino são obrigados a aceitar, quando a mensagem do texto que ele tem em mãos trata-se da seca que castiga a maior parte da Região Nordeste, da fome impiedosa que mata a muitos nesta região ou das desigualdades regionais do nosso país. Por meio da leitura desse, ele passa a fazer a "leitura de mundo" dessas pessoas. Por estes motivos, deseja-se com este artigo ajudar o professor a trabalhar esta prática com seus alunos e assim despertar neles o gosto pela leitura e a sua prática em seu cotidiano, a partir das atividades didáticas apresentadas a ele. A leitura é uma atividade fundamental para o ser humano. Por meio dela, o homem adquire conhecimento, aprofunda-se nos assuntos de seu interesse, desenvolve sua visão crítica diante dos acontecimentos na sociedade em que vive, trilha o caminho do pensamento, da reflexão e desenvolve o seu intelectual. 2. DESENVOLVIMENTO O professor precisa ler para que seus alunos possam ser envolvidos pelo texto, servindo de referencial para a turma. Ao trabalhar artigos que privilegiem a leitura na sala de aula, estamos promovendo a emancipação do saber, rompendo a idéia que deu origem aos trabalhos com fichamentos, a interpretação com perguntas e respostas, que tanto foi usado pelo professor como forma de ver o rendimento do aluno quanto à leitura. Os debates, a leitura crítica e comparativa de textos, são atividades para trabalhar a leitura em sala, desenvolvendo no aluno a capacidade de pensar e crescer. Assim devemos evitar a avaliação do rendimento da leitura por meio da literatura, pois será inútil enquanto não tivermos alunos que encontrem o prazer no ato de ler. Os livros não podem servir de pretexto para serem, simplesmente, instrumentos de avaliação e serem lidos por obrigação. 2.1 DIFICULDADES DO ALUNO NA HORA DE LER A maioria dos alunos não desenvolve habilidades de leitura compatível com a série escolar que se encontra, ou seja, o problema de leitura não foi detectado, ou se detectado, foi deixado de lado. A contribuição do professor para a falta de estímulo do aluno, muitas vezes se concretiza porque a leitura é aplicada de forma mecânica utilizando-se textos fora da realidade do aluno. Esse uso inadequado de metodologia desestimula o interesse dos educandos pela leitura, pelo aprendizado e contribui para a evasão escolar, como conseqüência afeta o desenvolvimento intelectual desses alunos, trazendo sérios problemas dentro e fora da escola. Além desses aspectos, estima-se que no Brasil aproximadamente quinze milhões de estudantes têm algum tipo de dificuldades de leitura. Essas dificuldades podem ser de diversos tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiência múltipla. Deste universo acredita-se que pelo menos noventa e cinco por cento das crianças, na educação básica, sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada á linguagem como, por exemplo, dislexia, ou seja, déficit cognitivo, na qual uma pessoa possui problemas para ler e/ou escrever, e que tais problemas não podem ser explicados por falta de habilidade intelectual, falta de instrução ou problemas de visão. Enquanto as famílias ricas podem levar o filho a um psicólogo, uma criança de família pobre, estudando numa escola da rede pública, tende asseverar a dificuldade persistir com os transtornos de linguagem na fase adulta. Talvez, por essa razão, isto é, por uma questão de classe social, a dislexia seja um dos fatores que dificultam o aprendizado da leitura numa sala de aula, pois por muitas vezes, na maioria delas, não detectadas de imediato pelos professores, por muitas vezes por falta de preparo acadêmico. Por fim, além do intuito de incentivar o aluno a ler, o objetivo principal do educador deve ser o de criar o gosto pela leitura desde o início das etapas de escolaridade, e que este gosto o siga até a fim de sua carreira acadêmica. Mas para isso obter sucesso é necessário o incentivo do professor deve ser fundamental nesse processo, sendo o mediador entre o aluno e o livro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANBERG, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 1995. P. 109. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2004. P. 112. FULGÊNCIO, Lúcia & LIBERATO, Yara. A leitura na escola. São Paulo: Contexto, 1996. P. 103. _______________. Prática de Leitura. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Secretaria de educação Fundamental. Brasília.1997. p.53 a 65 Villard, Raquel. Ensinando a gostar de ler ? Leitura: Hábito ou Gosto?
Autor: Elisa Oliveira Da Conceição


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