Como quem lava a louça
Assusta e motiva pensar o cotidiano de quem lida nesse universo. E é essa pressão, essa necessidade de cumprir prazos, bater metas, superar a si mesmo que move as agências. Mas é também aí que surge a eminência de um erro que pode desacelerar o tão almejado avanço.
Com tantos grandes jobs em pleno vapor, os menores, mas não menos importantes, acabam sendo encarados de maneira equivocada. E o que tanto se teme na criação, acaba por se tornar realidade.
Criar como quem lava a louça. Isso mesmo. De forma desatenta e com demasiada pressa. Como se o que se tem nas mãos fosse uma tarefa qualquer. Algo irrelevante. Um erro, que pode comprometer não apenas o resultado do job em questão, mas ainda comprometer o relacionamento com o cliente no futuro.
Não existem "jobzinhos", "criaçõezinhas", "trabalhinhos". Profissionalismo é imprescindível em qualquer ação, qualquer trabalho. Em uma agência séria, competente, responsável, não cabe o desleixo.
A criação não se faz de atos repetitivos, mecânicos, irracionais. Criar é atitude. No bom e velho dicionário, criar é tirar do nada, dar existência. Para que isso aconteça, é necessário concentração, atenção, dedicação, empenho, vontade, paixão. Muito mais do que o pouco que se precisa para lavar a louça, certo?
Autor: Eduardo Nabuco
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