Pedagogia Do Ensino Superior



Hoje me deparo como final de curso de bacharel em Direito, bem será com foi este curso bem sucedido ou um curso que não valeu para a minha vida. De acordo com meus mestres este curso se caso levei a serio tenho grande chance de ser uma futura advogada com uma brilhante carreira pela frente... será que de fato isso ocorreu tanto para mim quanto para os meus colegas, bem esta e uma duvida que consome todos a minha volta acadêmicos do ensino superior... Estava pesquisando alguns artigo da Internet e encontrei vários opiniões também com o mesmo pensamentos semelhante com o meu.

Nisso achei uma frase bem interessante: Nosso sistema acadêmico se desenvolveu numa ordem inversa: assuntos e professores são os pontos de partida, e os alunos são secundários.(...) O aluno é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido. (...) Grande parte do aprendizado consiste na transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimento de outrem (...) nós aprendemos aquilo que nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz. (LINDERMAN, 1926., apud CAVALCANTI, 1999, p.01)

E ao decorre do artigo me deparei com um texto bem subjetivo: Pedagogia clássica na Universidade Educandos que chegam à Universidade, em sua maioria, são adolescentes e adultos jovens, em ávida busca por suas identidades e pela realização de suas potencialidades. Ainda inseguros, esperando da Universidade o ensino "superior" prometido pelo ordenamento educacional vigente, se deparam com o mero continuísmo da educação fundamental e média: programas pré-organizados em períodos e disciplinas, conteúdos selecionados e estabelecidos unilateralmente pelos professores ou pela instituição; são forçados a se ajustarem a essa estrutura rígida, a ocupar o espaçode uma carteira que lhe é destinada como objetos da ação educacional da instituição. Devem fazer silêncio, prestar atenção à "performance" dos professores e memorizar os conteúdos com o objetivo de responder perguntas nos testes de avaliação. Se tiverem dúvidas (e coragem), poderão dirigir perguntas ao alto do púlpito docente, é claro, com o máximo de propriedade para não serem ridicularizados por professores ou colegas de classe. A atividade escolar consiste em "aulas", que os alunos "ouvem", e algumas vezes tomando notas,e em exames em que se verificam o que sabem, por meio de provas escritas e orais. Marcam-se alguns "trabalhos" para casa e, em casa, se supõe que o aluno "es-tuda" o que corresponde em fixar de memória o quanto lhe tem sido, oralmente, ensinado nas aulas. Esta pedagogia podia funcionar perfeitamente numa escola da Idade Média. ( ANÍSIO TEIXEIRA 1956, p.230)

Nesse ambientes hostis, castradores, onde o professor ocupa o palco e os alunos, a platéia, onde suas liberdades e autonomias não podem ser exercidas, suas inteligências são relegadas o segundo plano frente às exigências de memória, suas experiências e criatividade são solenemente ignoradas e desestimuladas, os estudantes irão viver por quatro, cinco ou seis anos, o exato período onde deverá ocorrer a consolidação de seus desenvolvimentos psicológicos.

Será um tempo decisivo, que marcará de modo indelével a postura dos educandos frente aos desafios da vida cotidiana. A reação dos alunos a essa situação frustrante será variável, de acordo com a índole e o grau de amadurecimento de cada um deles. Alguns, mais imaturos e dependentes, aceitarão passivamente essa realidade, considerando que

a "instituição deve estar certa e as coisas são assim mesmo". Esses estudantes, uma vez inseridos no processo, terão "sucesso" na vida escolar, boas notas, aprovações, prêmios acadêmicos.

Receberão seus diplomas e só então perceberão a dura realidade de que não estão preparados para o mundo real. Outros, mais seguros de si e no propósito de defender seus ideais e objetivos, entrarão em conflito com a instituição e com professores. Rotulados de indisciplinados, serão punidos com faltas, suspensões, reprovações. Dentre esses, uns poucos saberão superar as dificuldades, mesmo sem ajuda, e extrair da Universidade, por iniciativa e persistência, aquilo que necessitam para realizar seus objetivos. Alguns outros seguirão a estrutura curricular de forma desinteressada e irresponsável, desestimulados, chegando ao término de seus cursos em letárgica mediocridade.

Finalmente, muitos estudantes promissores sucumbirão ao ambiente inóspito, sentindo-se incapazes por não conseguir a aprendizagem que esperam e de que precisam, e sem aceitar abrir mão de um mínimo de amor próprio para se enquadrar às regras vigentes. O conflito psicológico resultante pode ser severo, levando em numerosos casos à depressão, abandono do curso e, inclusive, ao suicídio. No dizer de Hoirisch (1993, p.26), "... o problema vai-se arrastando com grande ansiedade para o aluno, e eclode alguns períodos adiante através de episódios de depressão ou até idéias e tentativas de suicídio diante das pressões que enfrenta."


Autor: Maíta Ponciano


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