Latim ? Uma Língua Realmente Morta?
Está vivo nas línguas francesa, alemã, espanhola, catalã, italiana, portuguesa, entre outras. A língua sofre modificações com o tempo, o que não determina sua "morte". Uma língua que é base de outras línguas; compondo palavras de seu vocábulo, pode ser considerada MORTA se vive nos lábios de um ou mais povos e nas gramáticas dos mesmos? Uma língua para ser considerada morta ela tem que no mínimo não ter nascido e no máximo ter seus falantes todos mortos junto a ela.
Origem: remete-nos aos tempos pré-históricos, é uma língua indo-europeia do ramo itálico originalmente falada no Lácio, região central da Itália.
Difusão: Se estendeu ao povo através do domínio romano, especialmente aos europeus. E graças à Igreja Católica se tornou a língua padrão dos filósofos e acadêmicos medievais.
Formas básicas: Clássico (ou erudito, considerado a forma culta, e está vinculado aos filósofos) e Eclesiástico (surgiu a partir da era cristã do império romano).
Períodos:
? Pré-clássico, As inscrições mais antigas procedem do século VII a.C. Nos séculos III e II a.C. a literatura faz sua aparição, sob influência grega (Plauto, Terencio).
? Clássico, do século II a.C. ao século II d.C. A idade dourada da literatura latina.
? Latim Vulgar, incluindo o período patrístico, do século II ao V d.C. Onde se inclui a Vulgata de São Jerônimo e as obras de Santo Agostinho. Esse Latim Vulgar é a essência do que é o italiano atual, tanto que para estudo do latim nos dias de hoje usa-se a pronúncia restaurada, que é o latim pronunciado como o italiano, devido a dificuldade que há em conhecer a real pronúncia do latim na antigüidade.
? Período Medieval, do século VI ao século XIV. A literatura latina continua, mas surgem as línguas românicas.
? Do século XV até os dias atuais. Redescoberta do latim da idade dourada no Renascimento. O latim vulgar continua sendo usado pelos eruditos até o século XVII, como Isaac Newton, e pela Igreja Católica Romana (obrigatório até meados do século XX).
Onde está presente na sociedade: na música e na literatura. Algumas bandas, como o Tristania (na música Preludium, por exemplo) e After Forever (em músicas como Leaden Legacy e Ex Cathedra), incluem em suas letras citações em latim. Na literatura, alguns autores intitulam suas obras com expressões latinas. Por exemplo, o mineiro Alphonsus de Guimaraens, autor de Pulchra Et Luna e Ossa Mea. E, apesar de não nos darmos conta, o latim forneceu um repertório nas raízes ou bases nos campos semânticos, culturais e técnicos para uma longa variedade de línguas. Pois muitas das palavras que dizemos têm raízes latinas.
Autor: Gaby Carvalho Alves
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