Pais Órfãos



Pais Órfãos

*Lourenço Nisticò Sanches

No circuito da vida humana encontramo-nos todos consagrados à misericórdia do Excelso que nos proporciona experiências múltiplas, imprescindíveis ao aprendizado e, consequentemente, ao nosso progresso em conformidade com a condição de criaturas eternas, tal como efetivamente o somos.

Situações há em que o aprendizado individual exige que o buril saneador desgaste profundamente regiões que atentam resvalar nos liames mais sutis de nossos sentimentos de almas encarnadas, chegando mesmo a agastar o equilíbrio de nossa estrutura somática, não raras vezes provocando desajustes de ordem psíquica e orgânica.

Entretanto nada passa desapercebido ao Pai Eterno que contabiliza cada mínima experiência vivenciada por Seus filhos, auspiciando nossa elevação espiritual, para a qual o resgate de mazelas, quer experimentadas nesta existência, quer no pretérito, se impôs a amarga lição.

Jamais nos esqueçamos, entretanto, que a misericórdia infinita do Criador ao permitir o sofrimento, não o faz sem que luza de Sua infinita bondade o amparo ? em qualquer circunstância, por meio de amados irmãos e irmãs que através de seu abençoado concurso nos fortalecem o ânimo e, não raras vezes, nos acompanham ao longo do difícil pedaço da jornada a ser superado, emprestando-nos sua força interior, seu amor fraterno e vigor constantes, evitando que claudiquemos. Deus não nos obriga a enfrentarmos provas superiores à nossa capacidade de ultrapassá-las com sucesso, e Seu infinito amor ainda nos dispõe de verdadeiros anjos encarnados para auxiliar nas difíceis travessias nas quais nossos espíritos carecem empreender.

Assim é que as dores emocionais, infinitamente superiores a quaisquer outras, pois advém do imo de nossa essência, por vezes mantém afastados pais de seus sempre amados filhos.

Por vezes o regresso em tenra idade à Pátria Espiritual, antecipando-se à lei natural, faz com que pais encontrem-se órfãos de seus queridos; em outras circunstâncias, não menos doridas, filhos distanciam-se de seus pais face à ocorrência de desastrosas circunstâncias no seio familiar, para o qual desafortunadamente o amor filial não conseguiu superar, impondo-se-lhes exacerbada falta da aplicação da Lei do Amor que nosso irmão maior Jesus nos ensinou, e tão bem exemplificou enquanto aqui permaneceu conosco há cerca de 2.000 anos.

Em todas as experiências humanas, estejamos convictos de que todos somos viajores de uma mesma estrada, alguns mais à frente, outros mais atrasados, contudo certo é que o final é comum a todos e as experiências que se nos apresentam nada mais são do que os pequeninos percalços desse mesmo caminho, cabendo a todos ampararem-se mutuamente para assim acelerarmos a conquista individual, das famílias espirituais formadas ? como também comum ao enorme contingente de criaturas que gravitam no orbe terrestre ? em busca de mundos de maior evolução, onde os valores maiores de amor do Eterno sejam praticados indistintamente entre todos os seus filhos.
Muita Paz e Equilíbrio a todos os Pais !

14 de agosto de 2011

Lourenço Nisticò Sanches - Marketing Adviser, Business & Politics - Nielsen Intl. School, Suiça - Pesquisador, Cronista e Ensaista.
Autor: Lourenço Nisticò Sanches


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