O Deus Baco



Ninguém pode ser feliz no desequilíbrio; a menos que seja um fingido (a). Contudo, o seu Espírito chora, e aos céus implora o poder da harmonia, pois a cada dia, defronta-se com a cobrança da sua consciência.


O néctar do Baco

Vi-a como metal brilhante, como fogo ao redor dela, desde os seus lombos e daí para cima; e desde os seus lombos e daí para baixo, vi-a como fogo e resplendor ao redor dela.
Livro do Profeta Ezequiel, cap. 1:27.

Não queiras imitar
Um deus pagão
Que morava num garrafão
Para melhorar a digestão
Dos antigos povos romanos
Que colocavam nos seus planos;
O plano Baco,
Que como um barril
Não passava pelo funil
Do equilíbrio,
Já que completamente ébrio
Subiu no prélio
De muitas consciências
Que vegetavam nas indiferenças
Dos seus íntimos interesses.

Quem é Baco?
Nome alternativo
Do deus grego Dionísio
Que numa garrafa de vinho
Fazia seu ninho.

Todas as festas
Eram lavadas
Pelas garrafadas
Do deus Baco
Que tornava em trapo
A Alma das Criaturas,
Pois, mudavam as suas posturas.

De cara cheia
Quem desfaria a teia
Que o vinho envolvente
Fazia da mente?

Tudo se tornava
Um tremendo bacanal,
Porque afinal,
O vinho comandava
Todas as festas.
Autor: Irene Baltar


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