Elas Não Matam Mas Moem



Sou uma pessoa muito meditativa, contemplativa, observadora e, sobretudo analítica. Passo a maior parte do tempo a pensar e a analisar as situações que surgem pelo meu caminho.

Quando os desgostos de amor são tema de conversa, há sempre alguém que diz que o amor não mata, ou que essa história de que morrer por amor, não existe. São apenas histórias e contos de livros românticos que alguém muito "lamechas" escreveu num dia em que estava com "dor de corno", como diz o povo em Portugal.

Pois bem, eu discordo plenamente e tenho experiências que provam o contrario. Senão, vejamos...

Em relação aos desgostos de amor, por exemplo, quem nunca os teve?

Quem nunca passou por isto?

Quem nunca teve um amor não correspondido?

Quem nunca teve um amor platónico?

Quem nunca teve um amor proibido?

A maioria das pessoas já passou por estas situações e sofreram com elas. Creio que nós lésbicas, temos mais predisposição para estas situações que as outras pessoas em geral. Eu por exemplo, já passei por todas estas situações. No entanto, sinto-me uma pessoa com muita sorte por ter tido o privilégio de ter passado por estes momentos menos bons.

Já notaram que quando passamos por situações conturbadas é que nós conseguimos aprender alguma coisa na vida?

Já pensaram que só assim questionamos a vida e entramos na "onda" dos porquês?

Porém, há quem tenha uma actitude muito diferente, fazem-se de vítimas e vestem a capa da autopiedade. Passam a maior parte do tempo a reclamar com as pessoas que as rodeiam, a queixarem-se de tudo e a culparem os outros. Não vêem que na vida tudo é passageiro. Não entendem que todas as situações, por mais penosas que sejam e cujas quais passámos, foram escolhas nossas que foram feitas para que evoluíssemos espiritualmente.

Quando foi que escolhemos?

Momentos antes de reencarnarmos. Nós escolhemos tudo, tudo. Desde o sexo, ao corpo, mas também o local de nascimento, os pais, a família e claro, o karma que devemos resgatar. Deus Todo Poderoso, Criador do Céu, da Terra, do Universo e de todos os Seres, na sua infinita sabedoria ofereceu-nos o Livre Arbítrio. É assim que aprendemos, errando, acertando e depois ensinando.

Assim, todos os relacionamentos são karmicos e todos eles nos ensinam algo. Porém, na verdade, existem pessoas com as quais o karma é menos problemático e então temos mais facilidade para nos relacionarmos com elas. Ainda bem, não é? É que senão, o processo de aprendizagem da reencarnação seria bem mais penoso.

Sem obstáculos não reflectimos, não criamos objectivos e nem questionamos a vida. Os desafios foram criados para serem contornados e vencidos, porque sem eles não chegamos a sentir o verdadeiro amor. Não o reconhecemos. Não o valorizamos e nem valorizamos quem está ao nosso lado.

Então, vamos agradecer em vez de nos queixarmos tanto. Afinal, tudo faz parte da nossa aprendizagem espiritual.

O problema é quando esses problemas não chegam a passar, quando esses momentos de crise se transformam em problemas de saúde. Por exemplo, os desgostos de amor transformam-se em problemas cardíacos. Fiquei consciente disto quando pus fim a um relacionamento, não tive qualquer outra opção. Os momentos com aquela mulher por quem nutria tanto amor, estavam a acabar com a minha alegria. Estavam a acabar comigo, com o meu bem-estar e com a minha serenidade. Assim, o fim do relacionamento foi a solução mais sensata. Sofri durante meses, mas hoje tenho o discernimento para compreender que foi o melhor que fiz. No fim da relação o sentimento de ciúme, posse, mágoa, ansiedade e desilusão eram predominantes o que fizeram com que eu desenvolvesse uma arritmia cardíaca e outros problemas, tal como retenção de líquidos.

Os meus estudos iniciais acerca de PNL - Programação Neuro Linguística, conduziram-me a esta interessante conclusão. Os livros de Auto-Ajuda são ferramentas valiosas para nos auxiliarem e abrirem a nossa mente para a espiritualidade. Portanto, concluo que as mazelas de amores conturbados não nos matam, mas moem. Os desgostos de amor não matam repentinamente, mas sim lentamente.

É uma morte lenta!


Cris Henriques

Barreiro, 15 de Agosto de 2011


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Autor: Cris Henriques


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