Poeta



Poeta

Que pena minha em teu pesar
Nas folhas brancas dura tinta
É loucura pensar em teu versar
Mas minha Alma está faminta.

Em que desregradas regras te cingiste?
O que te orientou a norte do desnorte?
Não foi Fortuna,
Não foi Fado,
Talvez a Sorte...

Foi a Morte, a Morte
Que não temeste
E por isso morreste
Mas não morreste.

Da mortal Morte
Não, não morreste
Renasceste,
Para sempre...
Renasceste.

A eterna Morte te roubou
Que Vida te tirou?
Tirou-te a vida mundana
Livrou-te da existência profana.

Por uma vez morrerás
Para a Eternidade
Mas para sempre viverás
Para a Humanidade.

A impressão vincada
Como selo de água
Que deixaste...

Sente falta tua sede
De bebê-la com devora,
A terra seca por ti chora.

As pegadas na areia
Em que o mar
Por entre, vagueia
No subir da maré cheia.

A gravura de tua mão
Do barro jamais se extinguirá
É para as pedras como pão
É de Israel o seu maná.

Foste um monstro, Adamastor
Um Gigante, qual Golias
Amaste mais do que o Amor
Viveste o que quiseste...
Ou o que podias.

Da Morte, como Fénix renascias...




Autor: Claudio Cordeiro


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