Borboleta e jardim



A sina castrando faz eunucos,
que guardam o harém da ventura,
A honra do sultão a manter-se pura,
Sem munição seus parcos trabucos.

O afago convidado ao desapego,
Se apega, mesmo contra o convite,
Incapaz de não sonhar com achego,
Natural que a lua em órbita, orbite.

O deserto o camelo até traça,
Foi moldado pra esse curso insano,
Duro é engolir esperança e graça,
E ruminar o bolo do desengano.

As flores dormem na semente,
Despertas trarão luz ao dia,
Por si mesma, a cor é alegria,
Pétalas suaves sorrirão de repente.

A lagarta de longa espera enfim,
Valerá ao ver a beleza que sai,
Seu casulo se abrirá para mim,
Sobre o jardim, voa butterfly.

Autor: Leonel Elizeu Valer Dos Santos


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