REFLEXÕES SOBRE O CASAMENTO



REFLEXÕES SOBRE O CASAMENTO


1-Baseado no livro: COMER, REZAR E AMAR. Autora: Elizabeth Gilbert.
? A autora conta sua desilusão com o casamento.
? Afirma que em parte o fracasso do mesmo deve-se a pouca idade, experiência e informação.
? Ficou remoendo o assunto a ponto de fazer uma pesquisa; inicialmente entre os amigos e parentes e depois, por diversos povos.
? Percebeu que cada povo possui seu próprio nível de exigência, o que faz com que o casamento possua mais ou menos chances de sucesso dependendo do grupo a que pertençamos.
? Em seus relatos, observo que em pequenos núcleos e tribos, onde todos seguem as mesmas tradições, o nível de exigência é menor porque todos fazem o que se espera deles por diversas gerações. Ninguém inova nada, ninguém cria nada, por que
sempre foi assim. É só copiar o que uma geração fez atrás da outra. Não há insatisfação ou anseios.
? Diante dos inúmeros resultados de sua pesquisa, percebo que o homem moderno, numa sociedade capitalista, não segue normas nem regras e por isso se perderam. Consideram-se auto-suficientes. Não precisam de Deus.
? Percebo que o homem lá naquela aldeia, longe de tudo, num universo pequeno, sem grandes apelos, tem melhor condição de ser feliz. Aprenderam a ser felizes com as pequenas coisas: a visão do pássaro, as gotas de chuva, o azul do céu. São sábios. São menos exigentes e mais responsáveis. Cada um, homem, mulher, jovem, velho, faz o que se espera dele.
? Percebo também, que quando não
Sabemos qual o nosso papel no casamento, não cumprindo determinadas regras e normas, nos perdemos.
? O homem moderno, longe das tradições de sua família judaica-cristã, esta perdido, sem direção.
? A autora fez uma pesquisa extensa. De todas as narrativas, percebo que quanto maior a sofisticação, maior a insatisfação. O homem tornou-se um ser insaciável.
? Esta havendo um exagerado apelo a forma, ao sexo e aos vícios.
? Percebo que a felicidade (Embora relativa), esteja na simplicidade e no temor a Deus.
? Os casais não se dedicam um ao outro, existindo competição e agressividade. Dedicam-se, sim a seus próprios interesses. O casamento, ou qualquer outra forma de relacionamento deveria ser uma maneira de fazer o outro ser feliz, crescer e superar as dificuldades.
? Conheci no passado uma família de emigrantes espanhóis. Era uma família feliz, que morava nos subúrbios carioca. Ela saia todos os dias para trabalhar. Ele permanecia em casa, por problemas de saúde e cuidava da casa. Fazia todo o serviço, com alegria. Chamou-me a atenção o amor que os unia. A troca de funções não fez com que perdessem o respeito de um pelo outro.
? A corrida atrás da felicidade através da liberdade desenfreada leva o homem a degeneração da espécie. Estão todos enlouquecendo em seus desvarios no exagero dessa busca da felicidade. Os bens dessa vida não podem satisfazer a fome existente na alma daqueles que não possuem a Deus. O Deus verdadeiro. O Deus bíblico.
? A família nuclear desaparece junto com a intolerância e o desamor, dando lugar a uma família desestruturada que busca compensação nos valores materiais. Amor é diferente de paixão. O amor é tolerante e compreensivo. A paixão é egoísta.
? Os pais, na busca de sua própria felicidade, não se dedicam mais aos filhos. Eles se tornam, muitas vezes, um estorvo. Eles crescem sem amar os pais, por vê-los apenas como aquele que supre suas ganâncias infinitas no vestir, no comer, no calçar e no lazer.
? Concluo que O casamento atual não é uma instituição falida, é uma instituição sem Deus.


2- Baseado na Novela da Globo:Insensato Coração
Nessa novela pude ver o desenrolar da decadência humana e seus conflitos e desajustes. Uma completa inversão de valores onde o errado, passa a ser natural normal e aceito. Passei a analisar a novela sob a ótica de Elizabeth Gilbert. Porque as pessoas são tão infelizes, mesmo quando pensam que encontraram o amor? Porque sofrem tanto, persistindo nos mesmos erros, sem aprenderem com eles?
? Na novela Podemos analisar diversos tipos de relacionamentos, todos baseados no egoísmo, no interesse, na luxúria, na promiscuidade. Os valores cristãos de deiscência passam longe.
? Vemos como funcionam as Relações abertas,o que vivem e sentem os "ficantes", as traições, as pessoas em busca apenas dos prazeres carnais, metendo os pés pelas mãos sem pensar nas conseqüências. Todo mundo querendo se dar bem, tirar vantagens.
? O homem da relação geralmente é fraco, a mulher autoritária, sem limites, YANG em demasia. Gritam, não sabem conversar. Não existe sensatez, só arrogância que chega as raias da selvageria.
? Esse desequilíbrio de desrespeito e ausência de valores é o retrato da sociedade moderna, onde vale tudo e cada cabeça é uma sentença. Liberdade a todo preço, onde ninguém leva ninguém em consideração.
?
3- Baseado na Novela da Globo: O CLONE

Nesta novela me chamou a atenção a história da Jade; Jovem muçulmana, criada no Rio de Janeiro, 17 anos, e que se enamorou do Lucas, jovem de uns 19 anos, que possuía um problema de individualidade por ter um irmão gêmeo, de temperamento mais audacioso e arrojado. Era um fraco, indeciso diante de suas escolhas.

A história se passa num clima de romance tipo Romeu e Julieta. Jade fica entre seguir as tradições de sua família ou os valores ocidentais.

Ao ficar órfã, a família a obriga a voltar para Marrocos e casar-se com um pretendente escolhido pela família como manda a tradição.

Jade pertence a uma família rica, rodeada de luxo e conforto. O novo marido, alto, louro, muito bonito a trata como a uma princesa. Ele esta apaixonado por ela. Ela não corresponde porque esta apaixonada por Lucas. Eles juraram amor eterno de um para o outro e que superariam todos os obstáculos para ficarem juntos um dia. Acreditam ser esse o seu destino. ESTA ESCRITO, diz jade.
Os anos passam e Jade é uma mulher infeliz. Por mais que o marido a ame e a encha de presentes seu pensamento esta sempre preso a Lucas e suas lembranças fantasiosas. Antevê em sua imaginação os prazeres de um romance avassalador que viveria com ele um dia, e que duraria para sempre.
Sua vida é de completa insatisfação. É infeliz e torna seu marido infeliz. A distância de Lucas, ao invés de desanimá-la parece uni-los mais ainda, pois alimenta esta história em sua imaginação, pois leva toda a sua existência se lembrando dos beijos e das juras de amor de LUCAS.

Ela crê que esse destino esta escrito nas estrelas pela vontade de Alá. Em sua imaginação, ela nasceu para ele e vice versa, para serem felizes para sempre.
Os anos passam e a infelicidade de todos é visível: o tio de Jade sofre, por vê-la arruinando sua vida em busca de um romance impossível, alimentando uma ilusão. O marido de Jade sofre porque não consegue fazer-se amar. A governanta da casa sofre porque Jade em suas inúmeras tentativas de fuga para encontrar-se com Lucas a envolve na trama fazendo-a correr risco de castigos. Lucas sofre porque não consegue se desvencilhar dos ardis do destino que o impede de jogar tudo para o alto e ir se encontrar com Jade.

O sofrimento de todos é terrível. Isso durou 20 anos. As filhas, tanto a de Jade, quanto a de Lucas, de uma forma ou de outra também sofreram as conseqüências desse amor não vivido.
Surgiu uma oportunidade de Jade casar-se uma segunda vez, quando se divorciou do marido que não agüentava mais tanta frieza e desamor. Sempre segundo os costumes Islâmicos, ou seja; segundo o livro sagrado. Tudo direitinho. Claro que mais uma vez Jade joga tudo pelo vento, pois sua obsessão por Lucas não lhe dá paz. Não consegue ser feliz com o que ALÁ lhe preparou.

Certas palavras do texto, certas frases dita pelos personagens me fizeram questionar sobre minha Própria vida e talvez faça você pensar sobre a sua também:
? Você escreveu em cima da escrita de Alá, Jade.

Aqui, entendo que Deus tinha uma história a ser vivida por Jade e ela não levando em conta os conselhos recebidos do tio e nem da governanta, resolveu ignorar as evidências e seguir aquilo que ela considerou ser o seu próprio destino, escrito por sua vontade, desprezando o que Alá havia escrito para ela.
A sua vontade independente da vontade de Alá. Estava em rebelião. Por mais que se repetissem para ela as leis do Alcorão, Jade ignorava tudo. Deus escrevia de um jeito, Jade escrevia de outro jeito na mais completa insubmissão.
? Você jogou o seu destino no vento, Jade.

Aqui entendo que Jade não respeitou o que Alá lhe tinha escrito. Não viveu sua história. Não cumpriu bem o papel que tinha que viver. Num bom português, esculhambou,estragou, interrompeu, afrontou, jogou para o alto, desconsiderou a vontade de Deus.
? Você deixou os instintos guiarem sua vida, Jade.

Entendo que a parte animal, instintiva, irracional foi mais forte. Na maioria das vezes é o instinto que comanda a nossa vida, no lugar da razão. Ela foi extremamente egoísta não levando os outros a sua volta em consideração. Só valia a sua vontade. O número de vezes em que tentou fugir, sempre sendo acobertada pela governanta e depois desculpada pelo tio Ali, mesmo sacrificando seus princípios, para poupá-la demonstrava o quanto desconsiderou a dor dos que estavam a sua volta.

Quando questionada ela só dizia: Eu só queria ser feliz. Eu queria ir atrás do meu destino. Não sabia que o destino dela era uma história a ser vivida naquele lugar com as pessoas que a cercava.

? Você jogou seu destino no vento, Jade.

Com isso entendo que ela desrespeitou o destino dado por Deus, com seus desafios, seus problemas a serem enfrentados, para serem superados por ela.

Todos nós temos desafios nesta vida, no contexto em que estamos. Cada um tem o seu. Não existe ninguém que não os tenha. Mas às vezes nos falta sabedoria.

Jade vivia um sonho, uma obsessão e não se conformava de não vivê-lo de fato. Nem reparou que 20 anos haviam se passado e que ela nem ninguém foi feliz.
Ela jogou o seu destino, o destino escrito por Alá, no vento. Não reparou nos enormes impedimentos que a separava de Lucas. Tinha uma idéia fixa e o desrespeito e a falta de temor a Deus a levou a rebeldia à vontade de Deus para a sua vida. Todas as portas estavam trancadas. Ela corria de um lado para outro, numa tentativa vã de viver o que ela acreditava ser o seu destino.
? As coisas desse mundo crescem para a morte, Jade.

A família vivia repetindo para a Jade o que estava escrito no livro sagrado, o alcorão. Era certa a felicidade ao segui-lo, pois ali Alá cuidava dos órfãos, das viúvas, das esposas, da família em geral. A família, unida, participava de tudo, apoiando, aconselhando, mas Jade se rebelava.

Insistia em dizer que havia sido criada como ocidental. Queria sua independência. Queria trabalhar, ganhar seu próprio dinheiro e vivia repetindo isso. Quando se segue as coisas desse mundo; os hábitos, os valores, as tradições, os modismos, isso nos leva a perdição, a morte espiritual.
Ela tinha um livro a ser seguido, preceitos milenares de extrema sabedoria, mas, infelizmente ela queria a liberdade de uma ocidental. Liberdade baseada na desorientação, onde cada cabeça possui sua sentença. Cada um faz o que quer. Não há regras.
? Nós nascemos, cada um com o nosso destino pendurado no pescoço, Jade, não adianta fugir.

Levei muitos anos questionando sobre o Determinismo e o Livre Arbítrio. Sim, algo esta determinado em nossa vida. Porque nasci no Brasil e não no Canadá? Porque Deus assim quis. Porque me casei com o João, a Maria e não com o José? Porque Deus assim quis. Porque não sou cantora, professora ou médica? Porque Deus quis assim.

Temos sim, o livre arbítrio, dentro dos limites daquilo que já nos foi predestinado, mas temos que agüentar as conseqüências agravantes de nossos erros, de nossas más escolhas.
? Você não pode confiar num ocidental, Jade. Eles não têm Deus. Cada um faz a sua lei. Você não sabe o que esperar deles, pois cada um segue o que acha certo. Você confiou nas palavras de Lucas e sua palavra não vale nada.

Aqui entendo a tranqüilidade de um povo que segue a Deus. Ele é obediente a vontade de Deus e todos os que comungam da mesma fé respeitam-se mutuamente.

As famílias e os outros núcleos humanos ao seguirem a mesma fé torna mais fácil o entendimento. Você sabe mais ou menos o que espera do outro porque ele também segue a mesma tradição. Falam a mesma língua, seguem o mesmo impulso do inconsciente coletivo dominante.
O mesmo se vê em determinadas tribos onde se seguem as tradições. Ninguém questiona nada. É assim, porque sempre foi assim e pronto. Reina a paz.

Ficou claro para mim o drama dessa família provocada pela desobediência de um de seus membros. Basta um fazer errado, para trazer a infelicidade para o teto desta casa, a todos os membros desta família às vezes por diversas gerações.

Minha vida:
Minha mãe vivia repetindo para mim que eu deveria buscar uma carreira para ser uma mulher independente. Disse que eu só me casaria quando entrasse para a faculdade. Entrei para a Faculdade Santa Úrsula e logo me casei.

Não completei, cursando apenas 2 anos, porque além de estar grávida da minha primeira filha, meu marido chorava na porta da faculdade todos os dias, impedindo-me de entrar em sala de aula. Era um desespero. Acabei desistindo.

Um dia, eu tinha 14 anos e queria saber qual o meu destino. Conversava com minha vizinha, uma senhora espanhola, que brigou comigo dizendo: O destino de uma mulher é cuidar de sua família. Esse é o seu destino.

Era década de 60. Não havia ainda acontecido a grande rebelião do Movimento Feminino. A pílula não havia sido ainda apresentada ao grande público mundial. No Brasil isso só começou por volta de 1962.
Os homens eram a cabeça da família. Cabia as mulheres cuidarem de seus lares, renunciarem aos seus sonhos em nome da família.
Hoje sei que essa mudança toda, bagunçou com o mundo. A mulher não deseja mais exercer suas funções femininas e nem os homens as masculinas. O caos se instalou.

As mulheres foram para a rua, os filhos ficaram ao deus dará. Ninguém mais faz as refeições na mesa. Não há almoços de domingo com a família. Naquela época ninguém queria ser "careta", imitar seus avós. Coisas de antigamente.

Minha mãe havia me dito repetidas vezes que eu deveria ser "Alguém". E eu fui buscar o que ela disse: Eu tinha que ser independente financeiramente. Não depender de homem, ela dizia.

Aos 15 anos passei a dar aulas particulares para crianças de 5-6-7 anos. Eu tinha sérios problemas de acne. Quando acordava horrorosa, cheia de pus num rosto cheio de calombos vermelhos, eu não ia dar aula. Ficava em casa chorando. Dois dias depois, quando retornava, já estava despedida, dispensada. Havia outra no meu lugar.

Aos 18 anos, fui trabalhar na Biblioteca da PUC. Minha tia que lá trabalhava arrumou essa oportunidade para mim. Meu chefe, o padre Machado, logo que eu chegava, levava-me para o sótão e mostrava-me livros raros, entre eles os de NÙS ARTISTICOS.

Caminhávamos de lá para cá, pelas estantes, ele com as mãos nos meus ombros, escorregando pelos meus seios, de ladinho, cutucando. Eu não concebia isso. Para mim era imaginação minha, pois ele era um padre, na época, para os católicos nós os considerávamos homens Santos.

Um dia, no banheiro da PUC, encontrei-me com outras meninas, funcionárias e elas me perguntaram: Como é, Leila. O padre Machado já começou a te bulinar? Levei um susto. Elas me contaram que ele fazia isso com todas e que eu fosse ao RH me queixar.
Eu fui. E tive que repetir toda essa história na frente do Padre e do chefe do RH. Em dado momento, o Padre pede que eu me retire e ficou lá dentro conversando. Quando a porta abriu, eu já estava despedida. Não sei por quê. Talvez o Padre tenha dito que eu que o havia agarrado. Era velho, feio e parece que o remédio de PARKISON que tomava o deixava abrasado. É o que diziam.

Depois, já namorando meu futuro marido, fui trabalhar na SEARS, no departamento de crédito. Tinha acabado de fazer 19 anos. Fui trabalhar para fazer meu enxoval. Meu chefe, o Wagner, uns 26 anos, arrogante, soberbo, dono do mundo, vivia me chamando para ir ao cinema. Uma colega nossa, disse: Wagner, a menina é noiva. Ele disse: E daí? Burro amarrado Tb. come.

Dias depois, ele pediu que eu assinasse um papel. Eu assinei minha demissão, sem saber.

Depois, fui trabalhar num escritório de um agiota Frances, em Copacabana. Todos os dias ele tirava do cofre um monte de jóias. Colocava na mesa espalhando e dizia que no dia em que eu aceitasse jantar em sua casa, ele me daria uma delas. Dessa vez, após alguns assédios, eu é que pedi as contas.

Ou seja; relato aqui os meus fracassos na tentativa de ser uma mulher independente. Eu estava querendo escrever uma história em cima da escrita de ALÁ. Mas como adivinhar o que Deus queria fazer na minha vida?

Casei-me. Estava sempre infeliz e insatisfeita, apesar de todo o seu amor. É como se eu estivesse em busca de algo que não sabia o quê.

Tudo acontecia na minha vida, naturalmente sem que fizesse esforço algum. Nunca me preocupei em namorar, quando vi já estava namorando um judeu. Nunca pensei em ter filhos, quando abri os olhos já estava com as 3 meninas mais lindas desse mundo. Nunca me preocupei em viajar, quando vi já conhecia quase todo o Brasil e meia parte do mundo.
Ou seja, nem sonhar, ambicionar, eu tive trabalho, pois as coisas caiam em meu colo, sem nenhum esforço de minha parte. Mas eu não era feliz.

Todos os esforços de meu marido para fazer-me feliz eram em vão. Nunca fui. Tinha meu coração lá longe, onde haveria de estar o meu destino, embora eu não soubesse qual era ele.

Com o tempo, fui alimentando a idéia de ser uma Terapeuta nutricional. Eu queria ser famosa, uma empresária, dona do meu SPA. Estudei muito e em todas as línguas, para isso. Meu marido não deixou.

Eu já estava gastando muito dinheiro nesse chalé Suíço, sede de minha clínica, que eu estava construindo no alto da montanha desta cidade. Ele não apoiava. Brigávamos muito por isso. Ele queria, como todo carioca, transformar meu chalé numa casa de campo. Não levou meus sonhos em consideração. Mas isso, o SPA, não estava no meu destino. Eu queria escrever uma história em cima da história que Alá havia escrito para mim. Mas qual era essa história? Eu não sabia.

Todas as tentativas para a realização do SPA foram frustradas. Tive carreiras meteóricas ao longo do caminho. Algumas com muito sucesso, como ao ser convidada para apresentar o meu trabalho: A CURA PELA ALIMENTAÇÃO ANTITÓXICA, num congresso de Odontologia,na Faculdade de Lavras ou como professora homenageada pela turma de 1992 na UFJF.

Quando parecia que tudo ia dar certo, algo misterioso sempre ocorria e eu sucumbia a algum novo fracasso.
Em busca desse destino, eu metia os pés pelas mãos. Fazia todos a minha volta sofrerem. Eu me sentia presa, limitada. Queria voar, queria dar certo, queria ser feliz.

Achei que ao me separar, isso ocorreria, mas misteriosamente, todas as minhas iniciativas deram erradas. Nada dava certo. Tinha tudo para dar certo, mas não fluía, não acontecia. Fui acumulando fracassos em minha vida.

Preparada acima da média, expressando-me muito bem, pois aos 21 anos, já em busca de meu destino, tive aulas de oratória. Sempre tive uma cultura geral surpreendente, me destacava em qualquer grupo. Dei muitas palestras, adoro falar em público, cheguei a escrever para o jornal da cidade sobre cultura alternativa, e escrevi um livro sobre a Nova Era, tido pela crítica como o único livro sério sobre o tema naquela época, 1981, no entanto, surpreendentemente tudo se extinguia e eu era novamente a imagem do fracasso. Nunca venci.

Penso que o fracasso sempre acompanha aquele que esta em rebelião contra Deus.
A pessoa não é abençoada.

Muitos anos depois, recentemente, por curiosidade, fiz um jogo numerológico. O jogo do Destino.

Ali dizia que meu destino seria casar-me, construir uma família muito bem constituída. Ter um lar maravilhoso, aconchegante, bem decorado, bonito, com um marido amoroso a me paparicar e filhos bem educados segundo os melhores padrões. E que eu estaria envolvida também com a ARTE DA BOA ALIMENTAÇÃO E SAÚDE.

Meu Deus! Eu pensei. Estava Tudo ali pertinho de mim, o destino que ALÁ escreveu, e eu o buscando lá longe do lugar em que já estava.

Consegui realizar parte do projeto que Deus escreveu para mim.
Sim. Eu tive e ainda tenho uma casa bonita e bem decorada. Passei para as minhas filhas esse talento. Sim. Dei a elas uma educação de princesa, elitizada. Eu as fiz acreditar que eram muito especiais e como princesas, se casariam algum dia com um príncipe, cada uma delas e seriam muito felizes.
Eu me lembro que dizia, pedagogicamente: "Príncipes são pessoas muito especiais. Nós não os encontraremos nos bares da vida, tomando cerveja."
Com essas palavras pretendia reduzir os itens que levam as pessoas aos desatinos, em meus futuros genros.

Sim, eu recebia os amigos e executivos de meu marido que estava em plena ascensão profissional nas Multinacionais em que trabalhou.

Mas eu morria de tédio. Minha vida se resumia em sauna, cabeleireiro, massagens, vida social, jantar fora, viajar e administrar a casa com minhas 2 e as vezes, 3 empregadas. Sentia um tremendo vazio. Uma falta de realização pessoal. Desafios a serem superados. Uma vida mais instigante.

Eu tinha Meu doce marido, meu lindo lar, minhas filhinhas educadas como princesas e eu joguei tudo para o vento numa atitude visível de irresponsabilidade e desrespeito à Deus.
Fui possuída por um espírito de profunda rebelião, fruto do destemor. A falta de sabedoria, a insensatez, o egoísmo norteou minha vida. Minha vida foi jogada ao vento. Tomei as rédeas de minha vida com minhas próprias mãos. Dava cabeçada para todos os lados. Não conhecia Deus. Fui infeliz.

Meu destino era aquele ali, estava pertinho de mim. Destino é aquilo que Deus prepara para cada um de nós, segundo a sua vontade. Só ele sabe por que as coisas são do jeito que são. As coisas boas vêm como bênçãos, as más; os problemas, os desafios, surgem para superação e crescimento. É a forma que escolheu para nos apegarmos a Ele.

Ainda não venci completamente, Mas a minha vida também ainda não terminou. Aguardo pacientemente as próximas páginas do script da minha vida, escritas dessa vez, por Deus.
Hoje eu creio que Ele existe e que é o galardoador daqueles que o buscam.

"O Amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija ? se na verdade.
Tudo Sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 Cor. 13:1


Leila Oliveira
8 de agosto de 2011
Desintoxicacã[email protected]


Autor: Leila Gonçalves Oliveira


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