OS EFEITOS DO TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE DOS MEMBROS INFERIORES PARA O MELHORAMENTO DA MARCHA EM IDOSOS



FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA OS EFEITOS DO TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE DOS MEMBROS INFERIORES PARA O MELHORAMENTO DA MARCHA EM IDOSOS Recife Junho/2011 FILIPE LEONARDO AMARAL DA CUNHA OS EFEITOS DO TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE DOS MEMBROS INFERIORES PARA O MELHORAMENTO DA MARCHA EM IDOSOS Trabalho apresentado à Faculdade Maurício de Nassau, Curso de Bacharelado em Educação Física, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Educação Física, sob a orientação da professora Ms. Nayana Pinheiro Tavares. Recife Junho/2011 FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA OS EFEITOS DO TREINAMENTO DA FLEXIBILIDADE DOS MEMBROS INFERIORES PARA O MELHORAMENTO DA MARCHA EM IDOSOS FILIPE LEONARDO AMARAL DA CUNHA Aprovado em _____/_____/_____ BANCA EXAMINADORA ______________________________________ Profª. Orientadora: Nayana Pinheiro Tavares _____________________________________ Profª Nadia Patrizia Novena ___________________________________________ Profº Carlos Augusto Mulatinho de Queiroz Pedroso CONCEITO FINAL: ________________________ Recife Junho/2011 AGRADECIMENTOS Antes de tudo agradeço a Deus e a minha padroeira Nossa Senhora da Conceição, onde por muitas vezes busquei forças em minhas orações para superar todos os momentos de fraqueza, fazendo com que eu fosse perseverante e diante das adversidades jamais recuasse. A minha professora e principalmente admirável amiga Nayana Pinheiro Tavares, por toda a dedicação prestada em minha orientação e por tudo que vivenciamos na vida acadêmica. A minha família por toda dedicação e em especial as minhas duas mães. Dona Rosário e Dona Alzira "Tia". E a Roberta minha namorada, pela paciência e pelo o incentivo em todos os momentos da construção desse estudo. Aos professores: Ana Zélia, Carlos Mulatinho, Fabiano Souza, Hercules Mendonça, Marcelo Sant`Ana, Marcos Nunes, Martha Lamenha, Magdala Azevedo, Nadia Novena, Osvaldo Serejo, Palmira Lira, Patrícia Lisandra, Ruy Bandeira, Sérgio Cahú e Walker Bezerra. Pela importante contribuição na minha formação acadêmica. A Dona Zezé minha primeira aluna com seus 69 anos de vida bem vividos, que me serviu como inspiração para realização desse trabalho. Aos meus companheiros de farda do 10º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado, que mesmo distantes sempre me incentivaram na minha caminhada com uma única frase. "Sempre Haverá uma Cavalaria". Gal Dias Cardoso. Dedico esse trabalho a todos os meus eternos amigos da turma 2007.2 de Educação Física da Faculdade Maurício de Nassau, que realmente vivenciaram junto comigo a formação acadêmica, no qual foram indispensáveis em todos os momentos da minha vida acadêmica e pessoal. ABREVIATURAS DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica FC ? Freqüência Cardíaca IBGE ? Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística PA ? Pressão Arterial SNC ? Sistema Nervoso Central MMII ? Membros Inferiores ACSM - Colégio Americano de Medicina do Esporte RESUMO A flexibilidade é uma valência física indispensável para locomoção durante o processo de envelhecimento humano, assim há necessidade de mais pesquisas sobre o assunto a fim de contribuir para o seu crescimento no mundo cientifico. Este estudo tem como objetivo compreender e analisar os efeitos do treinamento da flexibilidade em membros inferiores no melhoramento da marcha em idosos, de ambos os sexos e idades, no período de 1992 até os dias atuais. A metodologia utilizada foi realizada através de uma pesquisa bibliográfica baseada em estudos de diversos autores que abordam o tema em questão. Nesta perspectiva, esse estudo se direcionou para a compreensão das principais alterações fisiológicas no processo de envelhecimento relacionado aos principais tipos de envelhecimento humano, e bem como a analise do treinamento da flexibilidade dos membros inferiores no melhoramento da marcha em idosos. Apesar de ter sido verificado neste estudo, que o uso da flexibilidade no treinamento para o melhoramento da marcha em idosos ainda possa depender de outras variáveis do treinamento como: (exercícios de força, resistência muscular e equilíbrio), devemos ampliar a busca por estudos relacionados à eficácia da flexibilidade no melhoramento da marcha. Assim baseado em alguns estudos que já apontam a eficácia do treinamento da flexibilidade em membros inferiores no melhoramento da marcha, podemos chegar à conclusão que, a flexibilidade pode interferir de modo significativo tanto no processo de manutenção dos níveis de flexibilidades dos MMII, como também no auxilio da reabilitação dos padrões de marcha em idosos. Palavras-Chave: Flexibilidade, Envelhecimento e Marcha. INTRODUÇÃO Segundo Zago; e Gobbi; (2003), o envelhecimento caracteriza-se pelas alterações biológicas, não as dissociando das necessidades sociais, psicológicas e culturais. Já para Nóbrega et al. (1999) o envelhecimento se caracteriza por um processo de continuidade onde os declínios relacionados à fisiologia humana ocorrem de forma gradual. Assim, com essas ações do processo de envelhecimento identificamos que não só o fator biológico é necessário para os estudos desta pesquisa. Nesse contexto do envelhecimento também são inseridas as conotações políticas, econômicas, ideológicas, psicológicas e culturais baseadas nos estudos de (FARINATTI, 2008). Levando em consideração o fato de estarem ligadas diretamente ao cotidiano das pessoas, e que poderão interferir maneira direta e/ou indireta, de forma positiva ou negativa no processo de envelhecimento do individuo. Desta forma, observamos uma gama diversa de fatores que influenciam o processo de envelhecimento, onde todos os aspectos devem ser levados em consideração para analisar o processo de envelhecimento de cada individuo. Considerando as colocações acima citadas, o objetivo principal deste estudo foi compreender e analisar os efeitos do treinamento da flexibilidade dos membros inferiores para o melhoramento da marcha em idosos, seguido pelos objetivos específicos de relacionar no processo de envelhecimento as suas principais alterações fisiológicas, os conceitos básicos e tipos de marcha, bem como fazer a relação dos tipos de treinamento de flexibilidade trabalhados no processo de treinamento, considerando a sua utilização, benefícios e cuidados necessários a sua aplicação. Este interesse surgiu por perceber que em algumas práticas, os exercícios de flexibilidade por vezes são secundários se comparado às práticas mais utilizadas em programas de treinamento como, por exemplo, o treinamento de força. Em busca de respostas nesse campo de pesquisa, realizamos um estudo das abordagens relacionadas à flexibilidade e exercício físico, uma vez que ainda são escassos programas de exercícios físicos relacionados ao assunto, e também por muitas vezes outros programas de treinamento como: (treinamento de força, corridas, aulas de ginástica e outros) não se encaixarem no perfil desta forma de alguns idosos, que por vezes apresentam limitações relacionadas a pouca flexibilidade. Assim, surgiu uma inquietação onde nos perguntamos: os exercícios relacionados à flexibilidade podem contribuir na melhoria da marcha em idosos? Partindo desta inquietação foi realizado um modelo de pesquisa bibliográfica com finalidade de colocar o pesquisador em contato com informações e materiais que já foram escritos sobre o tema relacionado, onde trazemos algumas produções científicas no campo da flexibilidade humana, marcha e envelhecimento humano no período de 1992 até os dias atuais. Sendo assim é de caráter qualitativo e exploratório (RODRIGUES, 2007). De modo que para a realizarmos esta pesquisa foram utilizados como base de dados fonte de revistas como a Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, Revista Brasileira de Fisioterapia. Sites como o da Organização Mundial de Saúde, Scielo Brasil, Bireme e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre outros, também livros que abordam o tema em questão. A pesquisa contém dois capítulos, o primeiro aborda questões sobre o processo de envelhecimento, sua demografia, seus tipos e principais teorias que justificam o processo de envelhecimento. No segundo é feito uma analise do treinamento da flexibilidade em membros inferiores para a melhoria da marcha em indivíduos idosos, onde foram comparados alguns estudos direcionados ao treinamento da flexibilidade com o intuito de entender a necessidade e a eficácia do treinamento da flexibilidade. Que por fim buscaremos uma resposta mais concreta sobre os exercícios físicos relacionados com a flexibilidade no processo de envelhecimento, para a contribuição no melhoramento da marcha em idosos. CAPÍTULO 1 ENVELHECIMENTO: Envelhecimento normal e patológico, Teorias do envelhecimento e Alterações fisiológicas nos principais sistemas. Segundo o IBGE (2008, p. 51). O efeito combinado da redução dos níveis da fecundidade e da mortalidade no Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população do Brasil, sobretudo a partir de meados dos anos de 1980. A população idosa aumenta paulatinamente e surge uma dúvida quando vislumbramos os nossos idosos, em muitas vezes sem o amparo de políticas públicas voltadas para esta população, que poderiam ser criadas para atender a demanda populacional que a cada década vem aumentando. Esse processo indica que nossa população envelhece mais, sendo que a qualidade desse processo de envelhecimento, geralmente pode não ser satisfatória. Segundo os estudos de Rosemberg (1992) e os estudos do IBGE (2008), observamos que os mesmos apontam uma melhora na qualidade de vida da população idosa. De acordo com Minayo, Hartz e Buzz (2000) a qualidade de vida vem demonstrada como uma noção humana que pode ser relacionada à satisfação, que encontramos na vida familiar, amorosa, social e ambiental no meio em que vivemos. De acordo com o IBGE (2010, p. 194). á medida que os índices de esperança de vida crescem, há uma tendência de aumento da incapacidade funcional da população idosa. De fato, a maior freqüência de declaração de incapacidade funcional foi verificada entre idosos de 75 anos ou mais de idade (27,2%). Os níveis de independência são fatos que devem ser levados em consideração quanto à autonomia da população idosa, onde vários idosos ainda são vistos como chefes de família e lidam com as responsabilidades essenciais para o cotidiano de uma sociedade ativa. De certa forma, esse contexto contribui para a manutenção do convívio social e familiar, ocorrendo uma abertura para novas vivencias e oportunidades de relacionamentos, visando à promoção de um envelhecimento mais saudável, ampliando a troca de experiências e se insere nesse processo de amadurecimento ocasionando a melhora da auto-estima, fazendo com que seja renovada a cada dia a perspectiva de uma vida cada vez mais saudável durante o envelhecimento. Quando falamos de envelhecimento humano, alguns autores apresentam suas justificativas a respeito do assunto e de certa forma compreendemos os diferentes conceitos apresentados. Fica claro que uma resposta única para o estudo do envelhecimento é praticamente difícil, as divergências de opiniões dos autores contribuem para a ampliação do campo de pesquisa nos estimulando á sempre descobrir algo novo sobre o assunto. De acordo com Vieira (1996) e Lopes (2000), (apud NETTO, 2004, p. 3) "os processos de envelhecimento se iniciam desde a concepção, sendo então a velhice definida como um processo dinâmico e progressivo [...]". Segundo a afirmação do autor, temos uma visão de um processo constante de envelhecimento, onde o mesmo enfatiza a velhice como um processo dinâmico e progressivo. A partir desse ponto podemos associar que envelhecer é uma constante desde a concepção, sendo que o passar dos anos, serve algumas vezes como um fator influenciador da velhice, possivelmente a relação da simples passagem do tempo venha contribui para mensurar o grau de envelhecimento em alguns casos, mas não de uma forma única e generalizada, onde conseqüências podem ser associadas à velhice de modo a começar a interferir em tarefas básicas do cotidiano. Rosemberg (1992, p. 3), diz que envelhecimento é, a "época em que as tarefas básicas em relação ao desempenho profissional e a família já foram, pelo menos em parte, cumpridas e o indivíduo pode se sentir mais livre para realizar seus desejos". Quando colocadas em evidencia as tarefas básicas, podemos observar que os idosos continuam agregando mais compromissos tanto profissionais quanto familiares e paralelamente a busca dos desejos provavelmente acompanham esses índices, onde pode estar ocorrendo um novo quadro de atribuições para os idosos, tendo em vista que a população mais jovem a cada dia parece encontrar dificuldades econômicas, e por conseqüência acabam usufruindo de uma suposta estabilidade encontrada dentro do ambiente familiar, quando se faz presente o individuo idoso. O envelhecimento envolve diversos aspectos como os sociais, fisiológicos e psicológicos que agregados influenciam no modo de envelhecer do ser humano, pode ser encarado como um fato natural do ciclo individual, patológico, manifestações biológicas e aspectos sociais do individuo. Esses aspectos são muito discutidos e possuem variáveis entre eles, onde não podemos justificar o envelhecimento apenas por uma única vertente, e sim por ações conjuntas que ocorrem no processo do envelhecimento. Conforme afirma Robert et al. (1994, p. 2), O conceito de envelhecimento é tido como a perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo às condições mutáveis do meio ambiente. Nele, estão contidas alterações em praticamente todos os sistemas do organismo, e todas são interligadas para a diminuição da função dos indivíduos. Ainda baseado no conceito de Robert (1994), entendemos que o processo de envelhecimento humano se dá através de dois tipos, um normal e outro patológico, levamos em consideração os aspectos relacionados à saúde de modo geral ao ambiente em que vivemos e a outros fatores sociais envolvidos desde o nascimento até o envelhecimento. Em muitos casos o tipo de envelhecimento pode influenciar na forma de intervenção dos programas de exercícios direcionados para os idosos, variando se o envelhecimento é normal ou patológico. O envelhecimento normal podendo ser caracterizado por alterações ocorridas de modo sincronizado nos órgãos e tecidos e através da queda lenta e gradativa das funções físicas e mentais do idoso (MOREIRA, 2001). O envelhecimento patológico podendo ser atribuído a algumas alterações como a deficiência de algum órgão ou sistema, ocasionado por algum tipo de doença como Parkinson ou lesões ocasionadas principalmente pelas quedas, muito comum em idosos (MOREIRA, 2001). Faz-se necessário o entendimento dessas abordagens para uma implantação de programas de exercícios físicos eficazes, para a manutenção ou melhoria do condicionamento físico, com o objetivo de aumentar a possibilidade de autonomia dos idosos, uma vez que dependendo do tipo de envelhecimento é necessário um tipo de intervenção apropriada para cada idoso. Assim é relevante voltarmos às atenções também para os aspectos que envolvem as teorias que justificam o envelhecimento humano, pelo fato de influenciarem no processo de envelhecimento. Com base nos estudos realizados por Farinatti (2008), iremos abordar pontos importantes das teorias do envelhecimento que nos ajudam esclarecer essas teorias no contexto biológico e também social. Para este autor as teorias biológicas examinam o envelhecimento sobre a visão do declínio e da degeneração das funções e das estruturas dos sistemas orgânicos das células; as falhas do organismo tendem a aparecer à medida que o tempo de utilização aumenta e nesse caso os idosos tendem a responder mais lentamente e com menos eficácia devido às alterações ambientais provocadas nos mecanismos fisiológicos (FARINATTI, 2008). As teorias biológicas se subdividem em duas partes que são as genético-desenvolvimentista e estocásticas. As teorias com base genética agregam uma subdivisão que relacionam o acúmulo de erros e o limite de hayflick (FARINATTI, 2008). E por vezes interferem nos sistemas trazendo conseqüências negativas para a renovação celular, gerando células defeituosas quando se trata do processo de acumulo de erros e as representações de uma quantidade máxima, geneticamente programada, da capacidade de reprodução celular no organismo do idoso, gerando o desequilíbrio gradual esse desequilíbrio estão voltadas para a atenção do funcionamento de alguns sistemas corporais, voltados para regulação dos demais sistemas onde fazem parte o sistema nervoso central e endócrino, que são considerados essenciais para regulação do metabolismo e a integração entre os órgãos. Segundo Farinatti (2008), as teorias estocásticas possuem duas subdivisões, que são as ligações cruzadas e a restrição calórica, onde cada uma delas difere no processo de envelhecimento biológico. As ligações cruzadas sendo uma das teorias mais conhecidas estão baseadas na possibilidade de danos moleculares e progressivos onde afetam diretamente o DNA, causando pequenas lesões que acarretam grandes alterações nas funções celulares, causando conseqüências sobre o funcionamento dos sistemas corporais em geral. As teorias sociais parecem ser uma das mais visíveis na sociedade no qual o ambiente familiar, por vezes pode ser a porta de entrada para a influência desta teoria na vida dos idosos durante o seu processo de envelhecimento. Ainda baseando-se em Farinatti (2008), as teorias sociais do envelhecimento envolvem quatro processos teóricos baseados nas teorias do desengajamento social, da atividade, da sub-cultura e o fenômeno ageism. Fazendo uma abordagem bem sucinta de cada uma dessas teorias pode ser identificado no desengajamento social, como um processo entre o individuo e sociedades se ajustam para uma retirada ou desengajamento entre os dois com a intenção do beneficio mutuo entre ambos. A teoria da sub-cultura analisa características exclusivas em relação aos idosos, onde separações por faixa etária são desenvolvidas e conseqüentemente levam um processo de segregação, justamente por não haver nenhum tipo de conduta que possa nortear padrões de comportamento sendo assim entendidos como uma sub-cultura. E por fim o fenômeno ageism que consiste na discriminação das pessoas mais velhas (da variável) idade. Onde podem ser identificados dois tipos de ações muito comuns, que são a discriminação e o preconceito aonde os aspectos da idade cronológica e aparência das pessoas mais velhas, vem a desencadear o fenômeno do ageismo. Capítulo 1.1 alterações fisiológicas nos principais sistemas O corpo humano passa por diversas modificações ao longo da vida e os sistemas fisiológicos também acompanham essas modificações, podendo variar de individuo para individuo. Abordaremos algumas particularidades dos sistemas: nervoso central, respiratório, circulatório e musculoesquelético. Onde identificaremos como se procede ao seu funcionamento durante o processo de envelhecimento. Sistema nervoso central O sistema nervoso central (SNC) sofre alterações como qualquer sistema do organismo durante o envelhecimento, muitos estudos analisam a interferência do SNC na funcionalidade dos idosos, quando são levados em consideração vários fatores, tais como os níveis de atividade, alimentação, saúde e, sobretudo perda da funcionalidade. Conforme afirma Kauffman (2001, p. 14), Estas alterações, por si só, não geram incapacidades, mas seu efeito cumulativo pode influenciar de forma significativa na capacidade de compensação e de reaprendizado do idoso, quando uma patologia especifica ou doença criou a perda funcional. As patologias e doenças crônicas nesse contexto do autor, podem se caracterizar como fator determinante para aceleramento da perda de funcionalidade, associado ao comprometimento normal e gradativo do SNC durante o processo de envelhecimento onde se observa uma redução no peso e na espessura do cérebro. Acarretando algumas alterações nos sistemas visuais e auditivos, que interferem diretamente no equilíbrio corporal, conseqüentemente comprometendo a marcha e facilitando a propensão a quedas nos indivíduos idosos. As alterações emocionais são também levadas em consideração quando se trata da funcionalidade, assim representando um papel especifico no SNC influenciando no aumento ou redução da freqüência cardíaca (FC) e da pressão arterial (PA) (KAUFFMAN, 2001). Desse proposto podemos identificar que reações emocionais interferem de modo agudo no SNC e quando incluídos nessas relações indivíduos frágeis como os idosos, podemos observar que influencias externas aos sistemas, interferem causando alterações que acumulam conseqüências, assim comprometendo o sistema límbico que é responsável pelo controle e modificação das emoções no organismo. O sistema nervoso central recebe estímulos e possui um complexo de áreas ou massas nucleares onde ao certo ainda não está claro seu começo e seu final (KAUFFMAN, 2001). As relações e alterações com envelhecimento são idênticas as citadas anteriormente, pelo qual de modo geral o avanço da idade não significa o comprometimento do sistema motor, mas quando aliados a lesões e doenças, pode comprometer. Ao avaliarmos esse contexto podemos identificar que a principal origem de alterações no sistema nervoso central pode ocorrer através das patologias, doenças ou lesões como por exemplo: (Acidente Vascular Cerebral, Tumores entre outros). De certo modo o SNC pode absorver as conseqüências do processo de envelhecimento, sendo que ele por si só em indivíduos idosos saudáveis não possui um comprometimento significativo, que possa interferir gravemente no seu funcionamento, exceto quando são associados a lesões patológicas e doenças. Sistema pulmonar Neste sistema quando analisamos o envelhecimento de indivíduos saudáveis se observa que as ações de modificação do mesmo são lentas e progressivas, de certo modo a função pulmonar é bastante preservada até aos 80 anos de vida (KAUFFMAN, 2011). Um fator que pode influenciar de maneira precoce seu declínio seria as patologias que por vezes acabam causando limitações que venham a comprometer o desempenho em atividades físicas (KAUFFMAN, 2001). Baseado ainda nos estudos de Kauffman (2001), os efeitos da idade avançada podem provocar alterações na estrutura do sistema pulmonar, de modo que os tecidos lisos, as fibras musculares e o esqueleto em especial a caixa torácica, são diretamente afetados e podem influenciar não só no desempenho da respiração, más também possa haver alguma relação no desempenho da postura, e da marcha nessa relação com sistema pulmonar quando relacionado ao exercício. Ainda para Kauffman (2001), essas relações musculares e esqueléticas são influenciadas pela perda de elasticidade dos tecidos dos alvéolos, o enfraquecimento dos músculos respiratórios abdominais e a diminuição da mobilidade da caixa torácica, desta forma se observam que as ações estruturais ocorrem em conjunto para o declínio das funções pulmonares no envelhecimento. As alterações no sistema pulmonar podem ocorrer de formas variadas, um tipo muito comum de alteração ocasionada por doença está relacionado à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Segundo a Associação Latino-Americana de Tórax (2006, p. 8), "A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) vem apresentando, mundialmente, um significativo aumento em prevalência e mortalidade". Com base nesse dado seria importante focar a atenção as patologias relacionadas ao sistema pulmonar dos idosos que participam de programas de exercícios físicos, e analisar de fato o que pode ser utilizado para diminuir a prevalência e a mortalidade causada pela (DPOC). As influencias das pneumopatias quando relacionadas ao envelhecimento podem ser de inseridas nas ações conjuntas vistas anteriormente que contribuem para promover o declínio das funções pulmonares. Para Kauffman (2001), o bom condicionamento do sistema pulmonar se caracteriza pelo fato do individuo ter uma boa mobilidade da caixa torácica e um bom condicionamento dos músculos respiratórios que vão facilitar a mecânica da troca de oxigênio pelos tecidos do sistema pulmonar. Sistema vascular O sistema vascular é um dos sistemas mais abordados pelos estudiosos em estudos relacionados com exercícios físicos, pelo fato da regulação de funções especificas do sistema como, freqüência cardíaca (FC) e a pressão arterial (PA) entre outros, que possuem relação direta com os exercícios físicos. Em alguns casos iremos observar que esse sistema pode promover restrições e benefícios diante do treinamento, falaremos das principais alterações relacionadas ao envelhecimento. Segundo Kauffman (2001), foi constatado que o sistema vascular é constituído de um ciclo de ações que são organizadas para o transporte de oxigênio para o corpo, no qual conseguimos identificar três processos de transporte que são: o transporte de oxigênio do meio externo para o meio interno do corpo, a circulação do oxigênio no corpo e o de fornecimento de oxigênio aos tecidos. E por fim um processo de remoção, que possui a ação de remover os produtos gerados pela degradação da utilização do oxigênio durante a vascularização. Com base nesse ciclo que envolve o transporte e a remoção de oxigênio e seus resíduos, poderemos entender as alterações estruturais relacionadas ao envelhecimento. Com o passar dos anos pode ser possível que, alterações na fisiologia vascular venham modificar a estrutura do sistema causando o seu declínio, esse declínio pode se associar ao avanço da idade, outro ponto chave que geralmente podemos identificar nesse processo é a presença de doenças que acometem o sistema vascular, podendo assim acelerar as alterações que comprometem o seu funcionamento. Observamos ainda que as alterações vasculares segundo Kauffman (2001), mais comuns nos idosos estão relacionadas a alguns fatores se tratando das alterações estruturais. Destacamos duas ações como a calcificação da musculatura lisa e o aumento do teor de colágeno, no qual leva a perda da capacidade de contração dos vasos e a redução das fibras elásticas tornado os vasos mais rígidos com o avanço da idade. Alguns estudos apontam que programas de treinamento físico podem contribuir para o melhoramento das funções do sistema vascular durante o processo de envelhecimento. De acordo com Silva e Zanesco (2010), os programas de treinamento com exercícios aeróbios podem promover benefícios tanto para a prevenção quanto para o tratamento das patologias que acometem o sistema vascular. Em outro estudo, Santarem (2000), afirma que os exercícios resistidos seriam poucos eficientes e até perigosos para promover algum tipo de beneficio no sistema vascular em idosos, más atualmente estudos já trazem a tona que os exercícios resistidos, podem também contribuir para prevenção e o melhoramento das funções do sistema vascular durante o processo de envelhecimento. Sistema musculoesquelético Neste sistema procuramos identificar as principais alterações relacionadas à musculatura e a estrutura óssea dos idosos, analisando os efeitos ocasionados pelo processo de envelhecimento, que possam vir a comprometer o desempenho musculoesquelético. Observamos que com a chegada do envelhecimento as limitações musculoesqueléticas podem começar a interferir na funcionalidade dos idosos, por lesões como as quedas, que são freqüentes em idosos, ou por patologias que são associadas ao processo de envelhecimento. Partindo destes aspectos acima citados, são observadas as dificuldades em tarefas do dia-dia como, caminhar, manter o equilíbrio postural, realizar a própria higiene pessoal entre outros aspectos que influenciam na funcionalidade do sistema musculoesquelético. Segundo Kauffman (2001, p. 7), "em torno dos 80 anos de idade, são perdidos cerca de 40% a 50% da força muscular, da massa muscular, dos motoneurônios alfa e das células musculares". Com isso chamamos a atenção da perda da força muscular para uma possível contribuição na diminuição das funções do sistema musculoesquelético, mas também podendo relacionar, a perda de flexibilidade como um dos fatores que possam vir a comprometer o sistema e conseqüentemente o desempenho da marcha ao longo do processo de envelhecimento. Nesse contexto contabilizamos vários fatores que podem interferir nas funções do sistema, como a redução da massa muscular, redução das fibras tipo I e II, a degeneração dos sistemas neurais, a redução da ingestão de proteínas entre outros. Alguns autores apontam que o declínio dos sistemas do nosso corpo se inicia a partir da 3ª década de vida, ocorrendo sua aceleração após os 50 anos de idade como a chegada da senescencia nos indivíduos. Ainda relacionado a essas ações, se percebe as reduções de uma forma mais contundente no sistema musculoesquelético, uma delas é a redução das fibras tipo I e II (KAUFFMAN, 2001). No qual ocorrem variações nessas reduções, onde as fibras do tipo I são mais preservadas do que as do tipo II. De modo especifico as fibras de contração lenta fibras tipo I, são mais preservadas durante o processo de envelhecimento daí podemos avaliar que em alguns casos a capacidade dos idosos executarem movimentos que exijam velocidade são comprometidos pela redução mais acentuada das fibras tipo II (KAUFFMAN, 2001). Ainda conforme afirma Kauffman (2001, p. 9), Muitas propriedades morfológicas, bioquímicas e fisiológicas da musculatura esquelética são determinadas, ou pelo menos fortemente influenciadas, pela proporção e distribuição dos diferentes tipos de fibra. Assim, uma perda ou uma transformação das fibras pode ter um efeito significante sobre a função muscular. As limitações funcionais ocorrentes no sistema musculoesquelético também estão associadas à sarcopenia que segundo Baumgartner (1998), definiu que a sarcopenia poderia ser definida como uma redução da massa muscular esquelética. Mas ainda baseado nos estudos de Kauffman (2001), não podemos generalizar que todos os músculos são afetados de forma semelhante durante o envelhecimento. A sarcopenia influi diretamente na massa muscular do idoso na maioria dos casos, mas devemos também levar em consideração outras ações como, a redução na ingestão alimentar que para alguns autores é chamada de "anorexia do envelhecimento". A redução na ingestão alimentar pode ser um fator contribuinte para o avanço da sarcopenia durante o envelhecimento (SILVA ; COLS, 2006). Outros efeitos do processo de envelhecimento nesse sistema, envolvem os tecidos ósseos, as articulações e os ligamentos, que são elementos fundamentais juntamente com os músculos para a realização dos movimentos do corpo, desta forma iremos destacar alguns aspectos importantes relacionados ao processo de envelhecimento. Segundo Kauffman (2001), os tecidos ósseos fornecem sustentação ao corpo onde dão forma e auxiliam no movimento corporal e também na proteção de alguns órgãos, sendo dotada de duas categorias determinadas, uma por ossos chatos e outra por ossos longos. Esses tecidos passam por uma remodelagem constante ao longo da vida, através de processos de remoção e de substituição dos tecidos, de uma formal geral esse processo de remodelagem ocorre muito bem controlado pelo tecido ósseo, mas com a chegada do envelhecimento e a associação até patologias, é muito comum o surgimento da osteoporose, que geralmente pode causar algum tipo de desequilíbrio no tecido ósseo, fragilizando os ossos e os tornando mais vulneráveis a fraturas supostamente influenciadas pela deficiência da absorção de cálcio que é muito comum em idosos. Dando continuidade aos estudos do sistema musculoesquelético os tecidos ósseos, as articulações e os ligamentos também desenvolvem um papel fundamental na locomoção e na amplitude dos movimentos do corpo, onde se faz necessário entender também algumas particularidades que se desenvolvem durante o processo de envelhecimento. Possivelmente as ações que possam vir a comprometer as articulações e os ligamentos durante o envelhecimento, pode estar ainda associada a algumas patologias ou traumas acometidos nos idosos. Norteando-se ainda pelos estudos de Kauffman (2001), são classificados dois tipos de articulações: articulação sinovial as chamadas (diartroses) e articulação não sinovial denominadas (sinartroses), que diferem uma da outra quando são relacionadas com a amplitude de movimento por exercerem funções diferenciadas no sistema musculoesquelético. As diartroses permitem uma maior amplitude de movimento e as sinartroses apresentam limitações de movimento, em geral as duas são comprometidas no seu desempenho durante o processo de envelhecimento. Com o avanço da idade se observa que as articulações tendem a apresentar calcificações, em especial nas articulações fibrosas do tipo sindesmose responsáveis pelos ligamentos, e as cartilaginosas onde também ocorrem alterações durante o envelhecimento. No qual o maior comprometimento acontece na coluna vertebral mais especificamente nos discos intervertebrais, pelo fato da ocorrência de perda de hidratação, aumento da rigidez dos discos e a degeneração do colágeno, que por vez, acarreta numa perda muito significativa na amplitude de movimento da coluna vertebral (KAUFFMAN, 2001). Desta forma seria possível afirmar segundo estes estudos, que quase todas as alterações fisiológicas que acometem não só este sistema, mas os anteriormente vistos nesta pesquisa, na maioria dos casos estão ligados a traumas lesões, patologias entre outros fatores. Onde de fato essas ocorrências parecem contribuir de forma muito significativa para a perda da funcionalidade no cotidiano dos idosos. Assim, com tudo que vem sendo estudado nessa pesquisa podemos perceber que ao envelhecer observamos ações de declínio nos principais sistemas fisiológicos, no qual a maioria desses declínios estão quase sempre relacionada a algum tipo de patologia, lesão, ou outros fatores externos. Nessa perspectiva não se poderia afirmar que apenas o processo de envelhecer seria fator único para o declínio das funções do sistema fisiológico dos idosos, e sim determinado por um conjunto relações que comprometem os sistemas ao longo da vida. CAPÍTULO 2 A MARCHA: Marcha normal e patológica e a analise do treinamento da flexibilidade dos membros inferiores no melhoramento da marcha em idosos. Neste capitulo observaremos alguns conceitos relativos à marcha humana e faremos uma analise da contribuição do treinamento dos exercícios relacionados à flexibilidade, no intuito de constatar a eficácia do uso da flexibilidade em programas de treinamento físico para idosos, com o objetivo do melhoramento da marcha. Segundo Smith, Weiss e Lehmkual (1997), a marcha pode ser definida pelo estilo ou forma de andar dos indivíduos, no qual podemos classificar dois tipos de marcha, chamadas de marcha normal e patológica. A marcha normal podendo ocorrer alterações originadas pela fraqueza muscular, declínios no controle motor entre outros. E a marcha patológica podendo ser advindas de lesões ou doenças como Parkinson, AVC entre outras patologias. Outros fatores que compõem os padrões de marcha são apontados pelo ciclo de marcha, velocidade de marcha e a atividade muscular no ciclo da marcha. Ainda baseado nos estudos de Smith, Weiss e Lehmkual (1997), a marcha possui duas fases em seu ciclo, uma é chamada de fase de apoio do ciclo de marcha, que identificamos como fase de solo ou contato dos pés com solo e outra é a fase de balanço do ciclo de marcha que identificamos como a fase aérea ou momento em que o pé não toca o solo. A velocidade de marcha se caracteriza importante também pelo fato das alterações na sua velocidade quando comparadas as distancias percorridas, fator este que vem diretamente ligado a cadencia do passo e comprimento das passadas que vão influir diretamente na velocidade marcha (SMITH; WEISS; LEHMKUAL, 1997). De acordo com o conceito acima ao comparamos com o processo de envelhecimento, podemos observar que às alterações na musculatura, articulações e ligamentos vistas no capitulo anterior, de certo modo podem interferir direta ou indiretamente nas fases do ciclo de marcha, pelo possível fato declínio ocasionado durante processo de envelhecimento. Podendo desta forma vir a comprometer a velocidade de marcha e toda atividade muscular envolvida nesse processo pelo declínio da flexibilidade. Ao avaliarmos o papel da musculatura dos membros inferiores durante a marcha, estudos realizados por Viel (2001), apontam o chamado triplo papel dos músculos dos membros inferiores durante o ciclo de marcha. Este autor chama a atenção para a função de alguns músculos utilizados para a realização dos movimentos como: os músculos isquiotibiais para de frenagem dos segmentos envolvidos, os músculos da face anterior da perna e os estabilizadores laterais da pelve no amortecimento de choques e vibrações, os músculos adutores de coxa e os flexores do quadril na aceleração dos segmentos. Já para a atividade muscular envolvida durante o ciclo de marcha, vem sendo utilizados por vários músculos dos membros inferiores, onde também são inseridos os músculos do tronco. Segundo Smith, Weiss e Lehmkual (1997, p. 496), "Os músculos transversoespinhais, eretor da espinha e quadrado lombar mostram atividade bifásica no ciclo de marcha". Analisando este contexto percebe-se que estão envolvidos outros grupos musculares além dos membros inferiores, que também auxiliam no ciclo de marcha, podendo influenciar de forma negativa ou positiva no ciclo de marcha quando associadas ao processo de envelhecimento. Ainda conforme afirma Smith, Weiss e Lehmkual (1997, p. 497e 498), Alterações leves começam a aparecer em alguns pacientes após 60 a 65 anos de idade. Há uma tendência a andar em um ritmo mais lento, confortável, com velocidades rápidas sendo efetuadas mais pelo aumento da cadência do que da extensão da passada. Essas alterações acima evidenciadas pelos autores, podem ser associadas por inúmeras causas acometidas no processo de envelhecimento, tais como as patologias e o próprio declínio das funções dos sistemas fisiológicos, onde o papel da flexibilidade pode ser um aliado muito importante como fator minimizador de algumas alterações relacionadas marcha de um modo geral. 2.1 Analise do treinamento da flexibilidade dos membros inferiores no melhoramento da marcha em idosos Dando continuidade aos estudos sobre o treinamento da flexibilidade direcionados ao melhoramento da marcha em idosos, procuramos buscar alguns estudos sobre o tema, a fim de identificar se existe eficácia do treinamento da flexibilidade no melhoramento da marcha dos idosos. Segundo Cristopoliski et al. (2006, p.139), "estudos têm procurado demonstrar que a flexibilidade pode constituir em um fator limitante no desempenho da marcha, especialmente de pessoas idosas". Partindo dessa afirmação é importante voltarmos às atenções para os exercícios de flexibilidade, porque de fato o que aparenta é que com chegada do envelhecimento, o declínio de flexibilidade em idosos seja um fator influenciador nos padrões de marcha. Ainda baseado nos estudos de Cristopoliski et al.(2006), reduções dos níveis de flexibilidade dos músculos flexores do quadril, causam o comprometimento da mobilidade articular do quadril, associado a esse fator a diminuição e a limitação da amplitude das passadas. Ainda para Cristopoliski et al.(2006), alguns exercícios de flexibilidade sendo utilizados no método estático, foram adotados em seus estudos no qual foi considerado como método mais adequado segundo o ACMS (1995), para a intervenção com idosos no melhoramento da marcha. De acordo com esses estudos foi realizada uma serie de exercícios de flexibilidade direcionados para a musculatura flexora e extensora do quadril através do método estático. Cristopoliski et al.(2006, p.143), afirmam que, Independente do tipo, ou mesmo das características dos exercícios empregados na sessão de flexibilidade, tais exercícios foram satisfatórios para provocar alterações em um número de variáveis dinâmicas de marcha. Desta forma alguns exercícios de flexibilidade realizados através do método estático onde são realizados exercícios de flexibilidade com duração de 30 segundos podem ser favoráveis, desta forma alguns exercícios de flexibilidade de um modo dinâmico como os de mobilidade articular também podem contribuir de forma muito proveitosa em idosos que apresentem algum tipo de patologia ou qualquer outro fator que impeça a intervenção de algum outro método de treinamento diferente do de flexibilidade, como o de força por exemplo. Considerando que com o avanço da idade, alguns exercícios podem não ser tão adequados se comparados com o condicionamento físico do publico idoso, o que se percebe é que o método pode ser utilizado tanto de modo ativo ou passivo no melhoramento da marcha nos idosos. Farinatti e Lopes (2004), em seus estudos relacionam o declínio da flexibilidade do quadril e tornozelo como fator contribuinte para redução da amplitude media do passo em idosos, associando o seu melhoramento a exercícios de flexibilidade, força e resistência muscular. Outros autores como Williams e Bird (1992), evidenciavam que a perda de flexibilidade se apresentava como um fator importante, de tal modo que possivelmente pudesse ocorrer algum tipo de alteração relacionado ao padrão de marcha, podendo assim comprometer tanto a amplitude com passo quanto o equilíbrio dos idosos. Segundo Dantas et al. (2002), também é feito uma relação da diminuição das amplitudes de flexão e extensão do quadril, e da redução de flexibilidade nos tornozelos, em um estudo relacionado à perda de flexibilidade durante o envelhecimento. Acreditamos, contudo, que esses declínios de flexibilidade apresentados conforme os autores acima referenciados, principalmente nas articulações do quadril e tornozelo dos idosos, podem influenciar diretamente na deambulação, de tal modo faz-se importante o uso de exercícios de flexibilidade nessas articulações visando o seu melhoramento. Assim os exercícios de flexibilidade utilizados de forma isolada ou associados a outros exercícios direcionados aos membros inferiores segundo alguns autores, podem contribuir no melhoramento ou até mesmo na prevenção de possíveis alterações no padrão de marcha dos idosos. Nota-se nesses estudos que com o avanço da idade os níveis de flexibilidade são reduzidos e um dos fatores de redução pode esta ligada a ausência de estimulo acarretando disfunções na marcha. Com base na necessidade de manutenção da mobilidade, a flexibilidade é considerada no fitness para o publico idoso, como fator primordial de segurança, autonomia e melhoramento da capacidade de mobilidade (DANTAS et al, 2002). Aguiar e Gurgel (2009), ao realizarem estudos relacionados à amplitude do movimento articular dos membros inferiores associados a exercícios de flexibilidade na hidroginástica em idosas, mostraram que a flexibilidade possui papel importante no treinamento direcionado para melhoramento da marcha. Aguiar e Gurgel (2009, p. 341), dizem que, Tendo em vista a maior média de alcance identificada no grupo praticante de hidroginástica, pode-se concluir que a prática regular e bem orientada de hidroginástica foi capaz de aprimorar a flexibilidade das idosas, valência física tão importante por garantir a amplitude dos movimentos. Analisando a afirmação acima citada, podemos identificar a importância da valência física flexibilidade no trabalho de manutenção e melhoramento da marcha em idosos. O estudo relacionado à investigação do treinamento da flexibilidade na melhoria da amplitude dos movimentos, em especial aos membros inferiores, tem uma possível perspectiva que o treinamento da flexibilidade utilizado de forma isolada ou associado a exercícios de força ou de resistência muscular, possa ser utilizado em várias modalidades da educação física, com o objetivo de atender as diversas necessidades que por vezes o publico idoso apresenta frente aos programas de treinamento físico. Em um estudo realizado com 30 mulheres com idade superior aos 65 anos, foram analisadas algumas variáveis de treinamento em busca do melhor desempenho da marcha ao grupo de idosas. E uma dessas variáveis está relacionada ao treinamento da flexibilidade do tronco, e das articulações do quadril, joelhos e tornozelos (SCHENATTO et al, 2009). Ainda baseado no mesmo estudo Lord et al. (1996) já evidenciava o melhoramento significativo através do treinamento da flexibilidade associado a outras variáveis após 22 semanas de treinamento em idosos. Já no estudo realizado por Varejão, Dantas e Matsudo (2007) é destacada a importância da flexibilidade como capacidade funcional para autonomia em idosos, onde são evidenciados nestes estudos que, o treinamento da flexibilidade vem sendo considerado importante para manutenção da qualidade de vida dos idosos. Nesta concepção de qualidade de vida, conforme afirmação dos autores acima referenciados poderia associar o ato de caminhar como fator importante nesse processo e voltar às atenções para a manutenção e melhoramento da marcha durante o processo de envelhecimento. Varejão, Dantas e Matsudo (2007) trazem dois métodos de treinamento para seus achados, no qual um envolve o treinamento da flexibilidade através do alongamento, outro baseado nos de Achour Jr (2002), eles trazem o método direcionado a flexibilidade e o flexionamento, para quais os autores apontam que ambos podem ser utilizados de varias formas no treinamento com idosos visando o melhoramento das capacidades relacionadas à flexibilidade. Para Geraldes et al. (2007) a manutenção dos níveis de flexibilidade durante o envelhecimento estão associados a vários benefícios relacionados às atividades diárias dos idosos como: caminhar, usar os transportes coletivos, realizar a própria higiene entre outras atividades. Mas alguns autores nesse mesmo estudo de Geraldes et al. (2007) apontam que o treinamento especifico da flexibilidade em idosos pode não ser significativo. De acordo com Brochu et al. (2001 apud GERALDES, 2007) foi observado que o treinamento especifico flexibilidade não alterou de forma significativa o desempenho funcional de um grupo de idosas com idade entre 65 e 91 anos. Ainda no mesmo estudo Mullrow et al. (1994 apud GERALDES, 2007, p. 239) "enfatizam que não há resultados suficientes de pesquisas que dêem sustentação à hipótese de que o treinamento de flexibilidade possa influenciar favorável e significativamente a funcionalidade de idosos". Baseado nas afirmações acima percebemos que, realmente alguns estudos que compõem esta pesquisa bibliográfica, apontam que os exercícios relacionados flexibilidade geralmente estão associados a outras variáveis do treinamento, como os exercícios de força, resistência muscular e equilíbrio. No entanto em contra partida se percebe também nesta pesquisa, que o treinamento da flexibilidade é de fundamental importância no auxilio do melhoramento dos padrões de marcha em idosos. Conforme Schenatto et al. (2009), Lord et al. (1996) e Varejão, Dantas e Matsudo (2007) trazem em seus estudos, o treinamento da flexibilidade pode proporcionar benefícios significativos quando relacionados ao melhoramento da marcha em idosos e quando direcionados principalmente as articulações do quadril, joelho e tornozelo. De acordo com Guimarães e Farinatti (2005), é atribuída ao declínio da flexibilidade durante o processo de envelhecimento, a redução da amplitude dos movimentos de uma forma global, onde são apontadas as diminuições das amplitudes dos movimentos de quadril, joelhos, tornozelos e coluna vertebral. Ainda baseado nos autores acima referenciados, esses declínios em especifico os que envolvem as articulações de membros inferiores, além de alterarem os padrões de deambulação durante o envelhecimento, são paralelamente envolvidos ao risco de quedas. Avaliando a afirmativa acima, entendemos que as alterações relacionadas à marcha em idosos, podem vir associadas a outros riscos além do comprometimento da marcha. As quedas são muito freqüentes em idosos podendo ser causadas por inúmeros fatores como: comprometimentos na força muscular, flexibilidade, equilíbrio e vários outros fatores segundo alguns estudos. Para Ueno et al. (2000) o declínio da flexibilidade do quadril vem associado a vários motivos, um deles se dá através da inatividade física, desta forma contribuindo para restrição dos movimentos relacionados à amplitude articular do quadril e conseqüentemente, podendo influenciar de modo negativo comprometendo as atividades da vida diária, em especial o caminhar. Ainda para Ueno et al. (2000, p. 10), Embora hajam estudos que demonstrem ganhos na flexibilidade com o treinamento generalizado, não se pode afirmar com segurança que tal treinamento aumenta essas capacidades, visto que nem todos os ganhos observados na flexibilidade, são estatisticamente significante. Norteando-se através afirmação acima referenciada, é de fato notável que existe uma boa influencia do uso de exercícios de flexibilidade nos programas de treinamento voltados para os idosos, de modo que sua intervenção praticada de forma isolada nestes programas de exercícios físicos, em especifico os direcionados a MMII na intenção de melhoramento da marcha, podem não ser ainda tão satisfatórios pelo fato da necessidade de outras variáveis do treinamento serem necessárias para ocasionarem melhoras significativas em relação ao melhoramento da marcha. Aikawa et al. (2009) em seus estudos trazem que as principais alterações relacionadas à marcha dos idosos, se associam a alterações nos pés e tornozelos, nas quais a redução da mobilidade dessas articulações podem de certa forma influenciar de modo significativo nas realizações de tarefas básicas do cotidiano. Ainda conforme Aikawa et al. (2009, p. 402), A integridade da flexibilidade do tornozelo e a manutenção da força dos músculos flexores e extensores do tornozelo permitem a geração de força eficaz e execução de estratégia de movimento corporal adequada para a marcha, As afirmações dos autores em relação à importância da flexibilidade na forma de contribuição do melhoramento da marcha em idosos são relevantes pelo fato da redução dos níveis de flexibilidade durante o processo de envelhecimento, desta forma percebemos a necessidade do treinamento da flexibilidade em membros inferiores, mesmo que associados a exercícios de força para o melhoramento da marcha. Um estudo realizado com idosas a fim de comparar os níveis de autonomia relacionados à flexibilidade se utilizou do Tai Chi, arte marcial milenar chinesa, como alternativa de utilização dos seus movimentos em beneficio do treinamento da flexibilidade no melhoramento das amplitudes articulares (MELO et al, 2004). Onde ainda segundo Melo et al. (2004) dois grupos participaram deste estudo, um grupo de idosas praticantes de Tai Chi e outro grupo de idosas sedentárias onde ambos obtiveram ganhos praticamente iguais nas amplitudes dos arcos articulares de uma forma geral. De acordo com o estudo acima referenciado, percebe-se que os exercícios relacionados à flexibilidade podem causar efeitos benéficos nos mais variados modos de intervenção de programas de exercícios físicos, no caso do Tai Chi movimentos associados à flexibilidade inserida na arte marcial contribuem tanto para praticantes da modalidade quanto para sedentários. Embora a maioria dos estudos ainda não certificarem o uso exclusivo da flexibilidade como uma alternativa intervenção principal na contribuição do melhoramento da marcha em idosos, se percebe que a flexibilidade possui um papel muito importante quando associada principalmente ao trabalho de força nos MMII. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo foi realizado através de publicações a partir do ano de 1992 até os dias atuais, onde se constatou que os declínios da flexibilidade durante o processo de envelhecimento podem influenciar de modo significativo na independência dos idosos principalmente quando relacionado ao padrão de marcha. Chamamos a atenção para as particularidades que envolvem os principais sistemas fisiológicos nos idosos, no qual destacamos os sistemas, nervoso central, pulmonar, vascular e musculoesquelético. Em relação às respostas dos objetivos deste estudo, pudemos verificar que os declínios na marcha em idosos, sofrem influencias significativas através dos declínios da flexibilidade no envelhecimento. Desta forma, alguns estudos mostraram que o comprometimento da marcha ocorre principalmente nas articulações do quadril, joelhos e tornozelos. Assim, no intuito de minimizar essas limitações nas articulações dos membros inferiores, o papel da flexibilidade é importante, e deve ser intensificado e mais explorado nos programas de treinamento físico para idosos. Apesar de ter sido verificado neste estudo, que o uso da flexibilidade no treinamento para o melhoramento da marcha em idosos ainda possa depender de outras variáveis do treinamento como: (exercícios de força, resistência muscular e equilíbrio), devemos ampliar a busca por estudos relacionados à eficácia da flexibilidade no melhoramento da marcha. Assim baseado em alguns estudos que já apontam a eficácia do treinamento da flexibilidade em membros inferiores no melhoramento da marcha, podemos chegar à conclusão que, a flexibilidade pode interferir de modo significativo tanto no processo de manutenção dos níveis de flexibilidades dos MMII, como também no auxilio da reabilitação dos padrões de marcha em idosos. Percebemos com isso, que ainda as produções cientificas relacionadas ao tema em questão, além de serem limitadas são escassas, de tal modo se faz necessário estimular a pesquisa no campo da flexibilidade relacionado ao melhoramento da marcha em idosos, a fim de contribuir para o desenvolvimento de uma melhor independência, principalmente quando relacionado à realização das atividades diárias com a chegada do envelhecimento. REFERÊNCIAS ACHOUR J. A. Exercícios de Alongamento Anatomia e Fisiologia. 1ª edição. São Paulo: Editora Manole, 2002. ACHOUR JÚNIOR, A. 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Autor: Filipe Leonardo Amaral Da Cunha


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