FINANCIANDO O CRIME AMBIENTAL



FINANCIANDO O CRIME AMBIENTAL
Enquanto colecionadores ostentam tapetes de animais, casacos de peles, bolsas de couros, quadro de borboletas e etc. Enquanto oficinas continuarem comprando madeiras sem notas ou não fiscalizadas. Enquanto a captação de recursos hídricos não for administrada de forma séria. Enquanto a ambição petrolífera continuar causando desastres marinhos com suas perfurações. Enquanto as pastagens devorarem avidamente as florestas para sustentação de uma única espécie animal. Enquanto as chaminés de poluentes químicos continuarem envenenando as aves. Enquanto os resíduos de agentes contaminadores forem lançados sem reutilização ou tratamento, nos aterros sanitários. Dentre tantos outros fatores, enquanto muitos veículos de comunicação disputam altos índices de audiência com programações e temas apelativos de bundalização e sensacionalismo e não derem o espaço merecido, continuaremos todos vítimas da irresponsabilidade de alguns que se julgam donos do planeta. Enquanto alguns ficam de braços cruzados por omissão, outros enriquecem de algumas dessas maneiras citadas, financiando o crime ambiental e fortalecendo o tráfico de recursos naturais. O destruidor imediatista acha que pode tudo hoje imaginando que o futuro é muito distante e longe dele, mas de que vale enriquecer com a morte do planeta se seus descendentes não tiverem saúde. Há que se chegar a uma dosagem entre o sustentável e o radicalismo. Os recursos naturais não precisam ser proibidos e sim controlados e usados com responsabilidade. A natureza precisa se recompor e o tempo geográfico da terra é lento, a ambição desenfreada da humanidade aumenta a aceleração. Tente fazer seu mínimo pela natureza sem medo de parecer conservador demais, os destruidores estão chegando ao máximo deles. Quando as feridas provocadas afetarem todas as funções desse corpo planetário, talvez o remédio não faça mais efeito.


Autor: Cesar Gonçalves


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