SOPRO DA VIDA
Na vida estamos sempre a imaginar
Que o futuro esta tão distante
Fica-se sempre, no amanhã a pensar
O hoje se passa num instante
O ontem, em branco se deixou passar
Quem dera fossemos eternos
E a vida não fosse um sopro
Que se esvai em um segundo
Levando-nos as ilusões e os sonhos
Transformando em pó nosso corpo
Diante de tanta superioridade
Esquecemos da pureza do amor
Às vezes de nossos semelhantes
Ainda há os que zombam da dor
Sobrepomos nossa vaidade
Com um vil sorriso tão aviltante
Quantas vezes nos calamos
Ou deixamos de dar afeto
Esquecemos a palavra perdão
Ou ficamos surdos frente a um pedido
Do coração apagamos a emoção
Acreditando na doce quimera
De ser a vida tão pétrea
E que não se vive por um sopro
Mais que com um sopro se revive.
Autor: Francisca Elizabeth Nascimento De Souza
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