Relatorio Estagio Farmacia Hospitalar




FACULDADES INTEGRADAS DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO


CURSO: FARMÁCIA




RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR: FARMÁCIA HOSPITALR
HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS - HOF






VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
2011
FACULDADES INTEGRADAS DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO


CURSO: FARMÁCIA


RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR: FARMÁCIA DO HOSPITAL OTAVIO DE FREITAS - HOF


ALUNA: KATIA JESUS DE SÁ MATOSO
CARGA HORÁRIA TOTAL: 336 HORAS
ORIENTADORA: Drª. GLAUCE PRAZERES (Farmacêutica ? Bioquímica)
PROFº : CARLOS EDUARDO




VITÓRIA 2011
SUMÁRIO
Agradecimento...................................................................................................I
Relatório do Estágio Curricular..........................................................................II
1.0 ? Introdução.............................................................................................06
2.0 ? Objetivo do estágio curricular...............................................................08
3.0 ? Hospital Otávio de Freitas (HOF).........................................................09
4.0 ? Farmácia Central DI..............................................................................10
5.0 ? . Farmácia Satelites..............................................................................11
5.1 ? Farmácia da Emergencia...........................................................11
5.2 ? Farmácia da Pneumologia/Tisiologia.........................................12
5.3 ? Farmácia do Ambulatório...........................................................13
6.0 Recursos Humanos.................................................................................14
6.1 ? Atribuições do Farmacêutico.....................................................14
6.2 ? Atribuições do Auxiliar de Farmácia..........................................15
6.3 ? Atribuições do Auxiliar de Serviços Gerais................................15
7.0 - Aquisição de Medicamentos e Materiais..............................................16
8.0 ? Dispensação.........................................................................................17
8.1 ?Sistema de distribuição unitária..................................................17
8.2 ? sistema de distribuição coletiva.................................................18
8.3 - Dispensação de Medicamentos "Se Necessário".......................18
8.4 ? Devolução dos Medicamentos...................................................18
9.0 ? Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF).................................19
10.0 Recebimentos de Medicamentos e Materiais.....................................20
11. ? Material Médico Hospitalar...................................................................21
12. ? Nutrição Parenteral...............................................................................22
13.- Conclusão ............................................................................................23
13. ? Conclusão............................................................................................24
14. ? Referências Bibliográficas...................................................................25

AGRADECIMENTOS



Aos Farmacêuticos, Glauce, Luiz, Luiz Filho, Ana Claudia, Adriana, Fátima, Socorro, Elcione, pela dedicação e esforços que não foram medidos em repassar um pouco de seus conhecimentos e de sua experiência profissional.

Aos Auxiliares de Farmácia do HOF, que também sempre estiveram ao meu lado contribuindo com seus conhecimentos.

Aos demais funcionários do Hospital que também tiveram sua parcela de contribuição para a realização deste trabalho.











RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

O presente relatório é o resultado da experiência que obtive durante o Estágio Curricular em Farmácia Hospitalar , no período de Fevereiro a Junho de 2011, no qual se obteve uma carga horárial de 336 horas. Realizado no Hospital Otavio de Freitas, que é uma unidade geral e emergencial pertencentes ao SUS. As farmácias do HOF tem como principal meta prestar serviços aos pacientes, objetivando dispensar medicações de forma segura e oportuna. Tive a oportunidade de acompanhar e aprender as atividades cotidianas relacionadas à assistência farmacêutica através da orientação de excelentes profissionais. Contudo o estágio nas farmácias do HOF, foi de grande valia e me proporcionou o conhecimento no âmbito hospitalar e uma visão do campo de trabalho, relações humanas e ética profissional.













1- INTRODUÇÃO

A farmácia hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, modo pelo qual nela se desenvolvem atividades ligadas a produção, dispensação, controle e distribuição de medicamentos e correlatos para unidades hospitalares (GOMES,M. et al 2006). É responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando à eficácia da terapêutica, além da redução dos custos. È um órgão também voltado para o ensino e a pesquisa, propiciando um vasto campo de aprimoramento profissional. Entretanto, o Serviço de Farmácia dentro de um hospital é o apoio clínico integrado, funcional e hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção do Hospital e estão em constante e estreita relação com sua administração.
A meta principal da farmácia é prestar serviços ao paciente, objetivando dispensar medicações seguras e oportunas. Tem como missão compreender tudo o que se refere a medicamento, desde sua relação até sua dispensação, velando a todo o momento por sua adequação no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. Cabendo-lhe atuar em todas as fases da terapia medicamentosa, cuidando, em cada momento, de sua adequada utilização nos planos assistenciais, e econômico, de ensino e de pesquisa.( NETO, J.F.M. 1990).

O Farmacêutico Hospitalar

O medicamento adquire hoje uma dimensão especial no contexto global da medicina e o farmacêutico hospitalar é o profissional que, habilitado com o grau de especialista, é responsável pela problemática do medicamento a nível hospitalar. Está incluído numa carreira ? Técnicos Superiores de Saúde ? reservada aos que possuem licenciatura e habilitação profissional adequadas.
Assim, o ingresso na carreira farmacêutica hospitalar implica a posse de um grau como título de habilitação profissional ? estágio em farmácia hospitalar e saúde pública, regulamentado, elaborado em serviços acreditados, com a duração de três anos ? o qual visa a profissionalização e especialização para o exercício profissional e confere o grau de especialista. A sua carreira desenvolve-se pelas categorias de assistente, assistente principal, assessor e assessor superior, às quais correspondem funções de diferente natureza e de crescente complexidade e responsabilidade
Dada a natureza e especificidade das suas funções, constituem um corpo especial da área da saúde. Assim, o seu perfil profissional orienta-o para o exercício em áreas profissionais específicas, preconizadas a nível mundial como sendo parte integrante do exercício farmacêutico hospitalar: organização e gestão, distribuição e informação, farmacotecnia, controlo de qualidade, farmacovigilância, ensaios clínicos em meio hospitalar, farmacocinética, radiofarmácia, actividades complementares da designada farmácia clínica e cuidados farmacêuticos, sem esquecer o seu importante papel como formadores. Os serviços onde exercem, são departamentos com autonomia científica, técnica e de gestão dos órgãos de administração hospitalar, perante os quais respondem pelo resultado do seu exercício. A direção dos Serviços Farmacêuticos é confiada ao técnico superior de saúde farmacêutico, ao qual cabe a coordenação e representação do serviço junto do Conselho de Administração. (FREITAS, OLGA. O Farmacêutico Hospitalar ).
















2- OBJETIVO

O estágio curricular na unidade de farmácia hospitalar permite ao estudante conhecimentos, fixando os requisitos mínimos exigidos para a conservação, transporte, aquisição, dispensação. As atividades aqui relatadas visam o conhecimento das áreas de atuação do farmacêutico no âmbito hospitalar, proporcionando uma visão geral do campo de trabalho, relações humanas envolvidas e ética profissional.


















3- HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS

Batizado inicialmente de Sanatório do Sancho, a unidade está localizada em uma área privilegiada pelo ar seco e fresco das montanhas, lugar propício para tratar de pacientes com tuberculose e outras doenças respiratórias. O hospital começou a ser construído ainda na década de 40, durante o governo do interventor Agamenon Magalhães, mas só foi fundado em 1956. Foi em 1974 que ele passou a ser chamado de Hospital Geral Otávio de Freitas, em homenagem ao médico sanitarista, administrador de saúde pública, jornalista e pesquisador José Octávio de Freitas, um dos pioneiros no combate à tuberculose em Pernambuco. O HOF é uma unidade hospitalar geral e emergencial pertencente ao Serviço Único de Saúde (SUS) que funciona com a finalidade de proporcionar o bem está da população do Estado de Pernambuco. Localizado na Rua Aprígio Guimarães, S/N ? Tejipió ? Recife/PE. (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE. Hospital Otavio de Freitas).

? O HOF realiza cerca de 8 mil atendimentos/mês na emergência
? 400 atendimentos/dia no ambulatório
? 745 funcionários
? 310 médicos
? 493 leitos

Possui especialidades em:
? Emergência: Cirurgia geral, Clínica médica, Ortopedia, Pediatria, Pneumologia e Urologia.
? Ambulatório: Alergologia, Cardiologia, Cirurgia geral, Cirurgia torácica,Cirurgia plástica (reparadora), Clínica médica, Dermatologia, DST/Aids,Endocrinologia,Fonoaudiologia, Gastroenterologia, Hebiatria, Hepatologia, Medicina do trabalho, Nutrição, Ortopedia, Pediatria, Psicologia (infantil, adolescente e adulto) e Urologia.





4- FARMÁCIA CENTRAL

A Farmácia DI (distribuição interna) ou central do HOF, é caracterizada como uma unidade clinica administrativa e econômica e é contemplada na estrutura administrativa e subordinada à Direção Geral do Hospital(GOMES, M. et AL). A Farmácia está localizada em uma área que facilita a provisão de serviços a pacientes, tem como objetivo promover o uso correto e racional de medicamentos, além do desenvolvimento dos profissionais e prestação de assistência integrada ao paciente e a toda equipe de saúde.
A farmácia DI está, dividida em:
ü Setor de fracionamento e etiquetagem;
ü Setor de preparação das doses;
ü Setor de preparação dos medicamentos "Se Necessario"
ü Recepção










Fracionamento Preparação das doses



5- FARMÁCIAS SATÉLITES

"Por existir setores diferenciados com características e necessidades próprias de sistema de dispensação de materiais e medicamentos"( CAVALLINE,2010) , o HOF possui três farmácias satélites.
ü Farmácia da emergência
ü Farmácia da Pneumologia/Tisiologia
ü Farmácia ambulatorial
E em cada um desses setores os pacientes recebem materiais e medicamentos de forma diferenciada.

5.1- Farmácia da Emergência
A farmácia da Emergência, atende a emergência do hospital que esta divididas em alas: azul, verde, amarela e vermelha. Esta farmácia também esta localizada em uma área de fácil acesso e é composta de:
§ Setor de materiais médico hospitalar
§ Setor de preparação das doses
§ Recepção

Material médico Recepção


5.2- Farmácia da Pneumologia/Tisiologia

Como já foi descrito, por esta numa área privilegiada pelo ar seco e fresco, o HOF é um dos pioneiros no combate à tuberculose e outras doenças respiratórias em Pernambuco. A pneumologia e tisiologia do HOF por ser um setor de características específicas, localiza-se numa área isolada do hospital e é dividida em: Tisiologia(femenina e masculina); Pneumologia (femenina e masculina).
A farmácia da Pneumologia/Tisiologia esta localizada no próprio setor e tem como finalidade proporcionar a assistência farmacêutica efetiva e direta é composta de:
§ Setor de fracionamento e etiquetagem
§ Setor de preparação das doses e medicamentos "Se necessários"
§ Recepção
A farmácia ainda é responsável pela dispensação das medicações dos pacientes remanescente do antigo sanatório. E faz a dispensação mensalmente das medicações para o programa de pacientes com tuberculose multiresistente.
Principais medicações do programa tuberculose multiresistente:
§ Ofloxacino 400mg
§ Pirazimida 500mg
§ Terizidona 250mg
§ Etionamida 400mg
§ Amicacina 500mg
§ Levofloxacino 500mg







5.3- Farmácia Ambulatorial

A farmácia ambulatorial do HOF esta situada no ambulatório onde facilita o acesso dos pacientes após as consultas. No momento apenas ocorre a dispensação das medicações dos programas conveniados ao ministério da saúde, e doações de laboratórios. Para a dispensação dos medicamentos são utilizados alguns critérios, como diagnóstico, esquemas terapêuticos, monitorização/acompanhamento e demais parâmetros, contidos nos Protocolos Clínicos estabelecidos pela Secretaria de Assistência à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde. Os pacientes incluídos nos programas recebem uma carteirinha, que deve ser sempre apresentada na retirada dos medicamentos na farmácia, para controle do fornecimento.
Programas :
§ DST/AIDS
§ Doenças oportunistas
§ Saúde mental
§ Insulina
A aquisição das medicações são independente do hospital e feita pelo farmacêutico do setor, com base nos dados dos auxiliares, o farmaceutico elabora mapas de cada programa e os envia por e-mail a secretaria estadual de saúde no começo de cada mês. Os medicamentos antiretrovirais são adquiridos pelo Ministério da Saúde e repassados às Secretarias Estaduais de Saúde, que os distribuem para as unidades responsáveis pela dispensação dos mesmos aos pacientes cadastrados no Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM).
Principais antiretrovirais dispensados:
§ Abicavir
§ Didanosina
§ Estavudina
§ Lamivudina
§ Tenofovir
§ Efavirens
§ Ritonavir
§ Atazanavir dentre outros.


6- RECURSOS HUMANOS

§ 1 Farmacêutico responsável geral,
§ 8 Farmacêuticos plantonistas,
§ Auxiliares em farmácia sendo funcionários do quadro efetivo,
§ E auxiliares de serviços terceirizados.
A responsabilidade atribuída a cada funcionário é compatível com a sua qualificação e com a sua carga horária.


6.1- Atribuições do Farmacêutico
? Formulação e implemento do planejamento estratégico para prestação da assistência farmacêutica
? Acompanhamento da implementação das ações estabelecidas
? Avaliação e a correção, sempre que necessário
? O provimento do quadro de funcionários necessários à unidade.
? Atuar junto ao corpo de enfermagem quanto ao controle dos medicamentos.
? Receber prescrições e quantificá-las para que os medicamentos sejam dispensados.
? Receber receitas de medicamentos controlados, como também ficha de controle de prescrição de antimicrobianos.
? Dispensar medicamentos controlados, elaboração de manual de procedimentos que detalhe as atividades administrativa, operacionais e clínicas da unidade.
? Qualificação, quantificação e administração dos estoques de medicamentos e correlatos.
? Acompanhamento rotineiro do desempenho financeiro, incluindo a análise dos das diversas terapias medicamentosas em uso no hospital.
? Participar de comissões responsáveis pela formulação de políticas e procedimentos relacionados à assistência farmacêutica (Comissão de Farmácia e Terapêutica, comissão de controle de Infecções Hospitalares, Comissão de Ética).


? Estabelecimento de uma política de melhoria contínua da qualidade.
? Conscientizar quanto a racionalização medicamentosa segundo listagem padronizada.



6.2- Atribuições do Auxiliar de Farmácia


? Reposição de estoque dos produtos farmacêuticos sempre que preciso.
? Dispensação dos medicamentos não-controlados e, material médico-hospitalar.



6.3- Atribuições do auxiliar de Serviços Gerais.

? Manutenção da limpeza na parte física da farmácia diariamente.
(Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília,1994.)
















7- AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS


Na área administrativa se realizam todas as atividades da aquisição de medicamentos, controle de estoques, estudo de consumo e custos, previsão das atividades, enfim, onde são analisadas todas as ações realizadas na farmácia. Deve-se definir o consumo médio mensal e elaborar os pedidos de acordo com vários fatores políticos do hospital(GOMES, M. et AL).
A aquisição se faz através de compra ou por um processo de licitação de acordo com a Lei 8.666/93 onde é escolhida a empresa que tem o melhor produto e o menor preço. Também se faz a aquisição por Pregão eletrônico. É como um leilão que não tem valor limitado de compra, faz-se o edital e abre-se a licitação com empresas sérias legalizadas com ANVISA. Existe o processo de compras realizado através de requisições de material para aquisição de produtos de emergência. Cotação Eletrônica se faz com compras até R$ 8.000,00 sendo esta informatizada.(CAVALLINE,2010). Este procedimento ocorre quando é solicitado um medicamento que não se encontra no estoque da farmácia.
Também há medicamentos não padronizados que são solicitados através de ficha de justificativa médica, que são adquiridos em farmácia externas. Estes dois últimos casos não se têm processo de licitação. Em qualquer das modalidade, é emitidos formulários que vem junto com a nota fiscal que deve ser apresentado ao hospital no ato da entrega do produto cabendo também a empresa o certificado de analise do produto.(CAVALLINE,2010)










8- DISPENSAÇÃO

A dispensação consiste em um setor da farmácia responsável pelo atendimento eficiente dos pacientes da emergência e pacientes das enfermarias internas(GOMES, M. et AL). No HOF, o sistema de dispensação de medicamentos ocorre através da dispensação coletiva e unitária através do abastecimento e manutenção dos setores.
A dispensação dos antimicrobianos prescritos pela comissão de controle de infecção hospitalar CCIH, esta condicionada ao preenchimento de um formulário de solicitação de antimicrobiano; desta forma os funcionários da farmácia antes de dispensar os antimicrobianos devera consultar o registro feito no computador.


8.1 ? Sistema de Dispensação unitária


"Neste sistema os medicamentos são dispensados de acordo com a prescrição médica, sendo separados e identificados pelo nome do paciente, nº do leito e horário de administração. "( CAVALLINE,2010). Este tipo de sistema e utilizado na farmácia DI e na farmácia da pneumologia e tisiologia do HOF.

§ O medico faz a prescrição;
§ A enfermagem encaminha a prescrição carbonada ao farmacêutico;
§ O farmacêutico passa o senso, faz uma triagem da prescrição e encaminha pra o setor de preparação de dose;
§ Onde as mesmas são preparadas para 24 horas, na dose e horário certo da administração , com o nome e o leito do paciente;
§ É levado à recepção onde a enfermagem recebe, confere e administra.




8.2 ? Sistema de Dispensação coletiva

"É o sistema pelo qual a farmácia fornece materiais e medicamentos, atendendo a um pedido feito pela unidade solicitante"( CAVALLINE,2010). Este tipo de sistema é utilizado na farmácia da emergência do HOF.

§ O medico prescreve, a enfermagem transcreve as prescrições reunindo todos os pacientes;
§ O pedido é encaminhado em nome da unidade(alas azul, verde, amarela e vermelha);
§ A farmácia separa materiais médicos e medicamentos para 12 horas;
§ A enfermagem recebe o pedido e armazena os itens na enfermaria;
§ Depois a enfermagem separa o pedido por paciente e por dose e administra.


8.2 ? Dispensação de Medicamentos "SE NECESSÁRIO" (SN)


Os medicamentos prescritos a critério do médico e que trazem ao lado de sua apresentação a expressão SN. São aqueles em que a posologia é determinada pelo médico de acordo com o quadro clinico apresentado pelo paciente como: se dor, se febre, se pressão arterial além do limiar etc. Estes medicamentos são dispensados pela farmácia apenas quando a enfermagem solicita sendo necessário uma observação ao lado da prescrição pedindo para enviá-los, e só então o farmacêutico fará a dispensa. Nas farmácias do HOF estes medicamentos são dispensados duas vezes por semana.


8.3 ? Devolução de Medicamentos

Em caso especial de paciente com prescrições diferenciadas, ocorrendo alta hospitalar, óbito ou mesmo no caso de suspensão ou substituição dos medicamentos, são devolvidos à farmácia.


9- CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACEUTICO (CAF)

Chama-se de CAF, o deposito de drogas e correlatos que tem como funções principais: adquirir, armazenar, conservar e distribuir ou abastecer outros setores do Hospital. Entretanto, são necessárias técnicas diferenciadas das utilizadas num almoxarifado comum, sendo assim os materiais médicos hospitalares terem tratamento diferenciado de outros produtos. A Central de Abastecimento está instalada no corpo físico do Hospital permitindo fácil acesso.
A CAF encontra-se dentro dos padrões exigidos
? Ventilação adequada
? Temperatura ideal para manter a integridade dos produtos.
? Prateleiras
? Estrados

Medidas de segurança:
? Extintores de incêndio
? Paredes contendo todas as instalações hidráulicas e elétricas
? Prateleiras amplas, resistentes. ( Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília,1994.)

Na CAF do HOF as drogas são estocadas e organizadas por ordem alfabéticas da substancia química ativa e agrupados por forma farmacêutica. Da mesma forma os materiais médico-hospitalares são organizados por ordem alfabética segundo sua discriminação. Considerações que dão garantia e eficiência no funcionamento.










10 - RECEBIMENTO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS

Todos os medicamentos e correlatos são recebidos, conferidas as quantidades, validades. São observados se o pedido está de acordo com o empenho ou seja, o que foi solicitado. Posteriormente é registrado a entrada para ter um controle de estoque e o perfil das validades.
Os medicamentos são armazenados em sala climatizada com um esforço para manter a organização e a contagem de estoque de medicamentos e matérias médico-hospitalares. Para cada especialidade de medicamento ou material médico-hospitalar há na prateleira um registro do movimento de entrada e saída e controle destes. Os medicamentos termolábeis são solicitados em requisição própria, separados, debitados pelo código de barras e deixados na câmara fria até o próximo horário de ronda aos andares, sendo levados pelos mensageiros em bolsas térmicas destinadas para esse fim.(CAVALLINE,2010)

















11 - MATERIAL MÉDICO-HOSPITALAR

A administraçao de recursos materiais no ambiente hospitalar confunde-se com funções desempenhadas pela farmácia hospitalar. Na área da saúde entende-se que a questão logística é responsabilidade única e exclusiva deuma gerencia de suprimentos ou de materiais, podendo ser o gerente um profissional farmacêutico, pois ninguém entende mais de medicamentos e materiais correlatos do que esse profissional e estes itens chegam a representar, financeiramente ate 75% do que se consome em um hospital. (CAVALLINE,2010).
O material médico-hospitalar são materiais manuseados em contato direto com o paciente. Portanto é necessário um controle de qualidade rigoroso, bem como o prazo de validade para afastar os riscos de infecção hospitalar. O material penso ou médico-hospital engloba: gaze, esparadrapo, algodão, luva, termômetro, ataduras, fios de sutura, jelco, agulha, alguns materiais cirúrgicos e muitos outros. Como exemplos: pinos para cirurgias ortopédicas requerem uma atenção com maior ênfase. O material penso é dispensado duas vezes por semana.
A unidade de material penso encontra-se disposta no espaço físico da farmácia. É responsável por todo o abastecimento do hospital. È organizada em estantes identificadas e obedecendo a ordem alfabética.














12- NUTRIÇÃO PARENTERAL (NPT)

"Nutrição Parenteral pode ser utilizada tanto como terapia exclusiva quanto como de apoio, dependendo basicamente da capacidade fisiológica de digestão e/ou absorção de cada paciente "( CAVALLINE,2010). Segundo a portaria SVS/MS n 272/98 define-se Nutrição Parenteral (NP) como uma solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em sistema fechado (bolsa de plástico), destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não. Pode ser utilizada tanto como terapia exclusiva como de apoio, dependendo basicamente da capacidade fisiológica de digestão e/ou absorção de cada paciente, com o objetivo de manter o funcionamento de tecidos, órgãos ou sistemas. Existem duas vias que podem ser utilizadas para administração da nutrição parenteral:
Central: para soluções com altas concentrações de nutrientes; utiliza cateter venoso, posicionado em veias de grande calibre, como a veia cava superior. É a via de escolha para longos períodos de terapia, porém apresenta maior risco de infecções e outras complicações;
Periférica: para soluções com baixas concentrações de nutrientes, utiliza veias da mão ou do antebraço. É a via de escolha para curtos períodos de terapia, casos onde não há desnutrição grave e na transição da nutrição parenteral para a nutrição enteral (NE). Trata-se de uma via mais simples, mais barata e com menos risco de complicações.
As principais indicações para o uso da terapia de nutrição parenteral são: traumas, fístulas enterocutâneas, insuficiência hepática, insuficiência renal aguda, pancreatite aguda, enteropatias inflamatórias, bebês prematuros, pacientes com desordens metabólicas, e algumas cirurgias. A indicação adequada, a manutenção dos controles bioquímicos, clínicos e antropométricos permitem diminuir as complicações infecciosas, metabólicas ou de infusão. O retorno gradual e o mais precoce possível à alimentação oral é a condição a ser alcançada em toda terapia de nutrição parenteral. (GOMES,M. et al 2006).
A farmácia DI do HOF mantém este suporte nutricional que é solicitado pelo farmacêutico e empregado em pacientes que tem múltiplas complicações (pacientes da UTI). Esta nutrição não é manipulada no hospital, visto que o mesmo não dispõe de farmacotécnica. Esta nutrição é terceirizada por um laboratório especializado em nutrição (Clinutri), conveniado ao hospital.


13- CONCLUSÃO



Este estágio despertou em mim uma nova área de atuação de nossa profissão, ele foi bastante proveitoso e gratificante, aprendi noções de administração hospitalar, interpretação de prescrições médicas, como se relacionar com diversos setores da área hospitalar dentre outros assuntos além de vivenciar o ambiente profissional. O estágio prestou uma orientação no que diz respeito à Farmácia Hospitalar, onde pude acompanhar e aprender as atividades cotidianas da farmácia através da orientação dos profissionais do estabelecimento.



















11- REFERÊNCIAS


CAVALLINI,MÍRIAN ELIAS, Farmácia Hospitalar um enfoque em sistemas de saúde. Editora Manole. Barueri, 2010.
GOMES, MARIA JOSÉ VASCONCELOS MAGALHÃES, Ciencias Farmaceuticas: Uma abordagem em farmácia Hospitalar. Editora Atheneu. Rio de Janeiro, 2006.
NETO, JULIO FERNANDES MAIA, Farmácia Hospitalar um enfoque sistêmico. Editora Thesaurus. Brasília, 1990.
FREITAS,Olga.FarmacêuticoHospitalar. Acesso em:15 de maio 2011.
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE. Hospital Otavio de Freitas acesso em: 15 de maio de 2011.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília,1994. . Acesso em: 25 maio 2011












Autor: Katia De Sá Matoso


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