Clássicos Da Vida



Hoje tem um grande jogo de futebol. Um verdadeiro clássico.

Já foi dito que quem se posiciona politicamente como quem escolhe um time de futebol, está mais alienado do que o mais fanático dos torcedores.

Isso também já foi dito por quem quase pulava em sua jugular dependendo de seu posicionamento político ou dependendo de sua escolha futebolística.

È muito comum, as pessoas terem seus posicionamentos políticos baseados em partidos políticos, assim como os micro-investidores não apostam um centavo em ações, sem a presença de uma corretora de "confiança", legalmente imposta como de confiança. Quase a mesma coisa de não podermos nos defender sem um advogado. Ninguém neste país tem o direito de se defender, sem contar com o serviço de um cara que, não tendo outra alternativa, pois era o único curso que casava com sua prática de surf no inverno, cursou uma faculdade de Direito.

Os partidos políticos que nos apresentam fazem com que tenhamos que escolher entre a esquerda A ou a esquerda B, ou quem sabe a direita A ou a direita B, direita B, que há pouco tempo era a esquerda A, mas que resolveu mudar em função de discordar da esquerda B. Sem falar na esquerda C, que nunca elege ninguém, nunca se queima pois não assume cargo nenhum, bate em todo o mundo à vontade por causa disso e está sempre à disposição para ser cortejada para cargos e coligações (o engraçado é que co-administração possui hífen, caracterizando e alertando para a separação; já coligação não. Coisas do português).

Eu tenho um colega que está cursando Filosofia e tudo o que ele faz é citar grandes filósofos do passado, sem conseguir sequer formular uma única sílaba própria sobre tudo o que leu e aprendeu. Eu nunca esqueço uma frase que dizia assim: "É muito melhor fazer história do que ficar lendo sobre ela".

Eu não sei dizer em qual período da filosofia esse meu colega parou, mas nunca mais cortou nem lavou os cabelos. Acredito que ele esteja tentando deixar seu visual como o de Schopenhauer. Aliás, o próprio já disse que: "muitos escrevem sempre sob a influência de outros, sem nunca alcançarem a originalidade".

Schopenhauer que influenciou muitos gênios já alertava para a não repetição "papagaial" (esse termo já é original e serve como ilustração) de outros autores e sim, a incansável procura da originalidade.

Não é muito difícil saber, pelo menos, o que não é original, basta desconfiar de tudo o que nos apresentam prontos, embalados, repetitivos e como verdades absolutas, normalmente vindo em forma de citações de sábios de outrora.

Mas como eu ia dizendo, hoje é dia de um grande clássico do futebol.

Quem vencer contará a "verdadeira" história".

Sérgio Lisboa.


Autor: Sérgio Lisboa


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